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Mecanismo de sinalização do receptor de insulina

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Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
Mecanismo de sinalização do receptor de 
insulina 
As células que respondem a insulina possuem um receptor de insulina em sua 
superfície. O receptor de insula, além de ser uma proteína que se fixa a um ligante, 
é também uma enzima que adiciona grupos fosfato a resíduos específicos de 
tirosina em outras proteínas, sendo assim, uma proteína tirosinoquinase (RTK). O 
receptor é um tetrâmero proteico composto por duas cadeias polipeptídicas α e 
duas β. A cadeia α está situada na superfície extracelular da membrana, logo, 
contém locais de ligação para a insulina, e a cadeia β atravessa a membrana e 
transmite o sinal para a parte interna da célula. 
A ligação de insulina a subunidade α muda a conformação da subunidade β, 
ativando a tirosinoquinase. A enzima ativada transfere grupos fosfatos para a 
outra subunidade β, um processo chamado de autofosforilação, e para os 
substratos do receptor de insulina (IRS). Os IRS fosforilados possuem a função de 
ligar e ativar diversos efetores, funcionando como uma “estação de ancoragem” 
que liga proteínas que possuem o domínio SH2. As proteínas com domínio SH2 
que se ligam as IRS podem ativar diferentes vias de sinalização. 
Um desses efetores seria o fosfatidilinositol 3-hidroxi quinase (PI3K). Esse efetor 
catalisa uma reação com adição de um grupo fosfato, produzindo o PI 3,4-
bifosfato (PIP₂) e o PI 3, 4, 5-trifosfato (PIP₃), que permanecem na membrana, 
servindo como mensageiros lipídicos ligados à membrana. Os produtos do PIK3 
ligam-se ao domínio PH de uma ezima-chave, a proteíno-quinase B. A ligação do 
PIP₂ recruta uma molécula de PKB para a membrana e altera a sua conformação, 
transformando-a em um substrato apropriado para a ativação por outra 
proteíno-quinase. A sua ativação da PKB causa a transferência dos 
transportadores de glicose para a membrana plasmática, que vão participar da 
captura de glicose, aumento da síntese de proteínas e estimulação da conversão 
de glicose em glicogênio. 
Outra via de sinalização ativada pela fosforilação do IRS seria a proteína RAS, que 
tem um papel importante na estimulação do crescimento e proliferação celular.

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