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AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS Prof. Mayron Morais Os sinais vitais são indicadores das condições de saúde de uma pessoa. Qualquer alteração dos sinais vitais de um cliente pode ser um sinal para a intervenção médica ou de enfermagem. SINAIS VITAIS Mesmo que a investigação dos sinais vitais possa ser delegada a outros funcionários de saúde, é responsabilidade do enfermeiro garantir a precisão dos dados e comunicar achados anormais. AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO CONCEITOS SOBRE RESPIRAÇÃO A sobrevivência humana depende da capacidade do oxigênio alcançar as células do corpo e do dióxido de carbono ser removido das células. A Respiração é o mecanismo que o corpo usa para promover a troca gasosa entre a atmosfera e o sangue e do sangue até as células. A Respiração envolve os mecanismos de Ventilação, Difusão e Perfusão. CONCEITOS SOBRE RESPIRAÇÃO A análise da eficiência respiratória requer a integração de dados da avaliação destes 3 processos. A Ventilação é avaliada ao se determinar a frequência, a profundidade e o ritmo respiratório. A Difusão e a Perfusão podem ser avaliadas ao se determinar o nível de saturação de oxigênio. FATORES INFLUENCIADORES Fatores que variam desde mudanças ambientais até alterações fisiopatológicas em vários sistemas do organismo podem resultar em elevações ou reduções na frequência, no ritmo e na profundidade das respirações. Idade: FR diminui com a idade. Gênero: - Homens: diafragmática - abdominal - Mulheres: movimento maior do músculo intercostal. Dor Ansiedade Exercício Posição do corpo AVALIAÇÃO A aferição precisa requer o uso da inspeção e palpação do movimento da parede torácica. 1) Frequência respiratória – observação dos movimentos de inspiração e expiração da caixa torácica durante 1 minuto. VENTILAÇÃO AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA h Respirações por minuto Recém nascido: 30 - 40 1 ano: 20 - 40 2 anos: 25 - 32 8 -10 anos: 20 - 26 12 - 14 anos: 18 - 22 16 anos: 12 - 20 Adulto: 10 - 20 JARVIS, 2012 ANORMALIDADES DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Taquipnéia: aumento da FR. Toda condição causadora de aumento de dióxido de carbono e redução de oxigênio no sangue, como no caso da febre, tende a aumentar a FR e a profundidade das respirações. A FR aumenta até quatro respirações por minuto a cada aumento de temperatura de 6º C além do normal. Bradipnéia: diminuição da FR. Ocorre no aumento da pressão intracraniana que deprime o centro de respiração, resultando em respiração irregular ou superficial, respiração lenta ou ambas. Alguns medicamentos, como narcóticos também deprimem a FR. ANORMALIDADES DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Eupnéia? AVALIAÇÃO 2) Profundidade Ventilatória – a profundidade das respirações é avaliada ao se observar o nível de excursão ou movimento da parede torácica. É descrito subjetivamente como profundo, normal ou superficial. 3) Ritmo ventilatório – intervalo regular entre os ciclos respiratórios. É classificada como regular ou irregular VENTILAÇÃO AVALIAÇÃO Saturação de Oxigênio A porcentagem de hemoglobina que se agrega ao oxigênio. Situa-se normalmente entre 95% a 100%. DIFUSÃO E PERFUSÃO PADRÃO RESPIRATÓRIO NORMAL Frequência de 10 a 20 por minuto Ritmo regular, suspiros ocasionais TAXA I:E= 1:2 AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA Podem ser normais durante o sono de crianças e idosos Frequência variável Períodos de apnéia alternando com períodos de hiperventilação Profundidade de cada movimento depende do estado clínico RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA RESPIRAÇÃO SUSPIROSA SUSPIROS RESPIRAÇÃO ENTRECORTADA POR SUSPIROS FREQUENTES AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA RESPIRAÇÃO RÁPIDA E PROFUNDA HIPERVENTILAÇÃO (RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL) AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA Secundária à acidose metabólica Frequência é rápida, mas ocasionalmente pode ser normal ou lenta Pode ser associada com perda de CO² Usualmente regular TAXA I:E= 1:1 RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA RESPIRAÇÃO ATÁXICA- RESPIRAÇÃO DE BIOT AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA As incursões podem ser rápidas ou profundas e cessar por períodos Frequência variável Apnéia alternando com períodos de respiração Profundidade variável- predominando movimentos superficiais Irregularidade Causas: depressão respiratória e lesão cerebral, tipicamente a nível bulbar RESPIRAÇÃO ATÁXICA- RESPIRAÇÃO DE BIOT AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA TEMPERATURA E DOR Avaliação inicial da dor Você tem dor? Onde dói? Quando a dor começou? Com o que se parece a sua dor? Qual a intensidade da dor que você está sentindo agora? O que torna a sua dor melhor ou pior? Como a dor limita a sua função ou as suas atividades? Como você costuma reagir quando está com dor? 9. O que essa dor significa para você? DOR Temperatura Corporal A Temperatura Corporal é a diferença entre a quantidade de calor produzido pelos processos corporais (metabolismo, exercícios, digestão de alimentos e fatores externos) e a quantidade de calor perdido para o ambiente externo. A regulação da temperatura corporal ocorre no hipotálamo, o qual procura manter a temperatura corporal relativamente constante – 36 a 38°C. Fatores que afetam a temperatura corporal: Idade, exercício, nível hormonal (eleva com a ovulação) e hábitos (eleva com cigarros e bebidas quentes). Ritmo circadiano: temperatura 0,6º C mais baixa no começo da manhã (1 a 4 hora da madrugada). Pico da temperatura entre 16 e 18 horas. Diferença de 0,5ºC a 1°C. Estresse e ambiente. TERMOGÊNESE DIÁRIA Função tireoidiana Catecolaminas (ESTRESSE) Hormônio do crescimento Refeições (METABOLISMO) Atividade física Recém-nascidos - oscilações Idosos ALTERAÇÕES NA TEMPERATURA CORPORAL FEBRE Pirexia ou febre ocorre porque os mecanismos de perda de calor são incapazes de manter o compasso com a produção de calor excessiva, resultando em um aumento na temperatura corporal. A febre não é prejudicial se ela permanece abaixo do nível de 39°C. ALTERAÇÕES NA TEMPERATURA CORPORAL HIPERTERMIA É uma elevada temperatura corporal relacionada à incapacidade do corpo de promover perda de calor ou reduzir a produção de calor. Geralmente, há uma rápida ascendência da temperatura e esta geralmente se encontra acima de 42°C. Alterações no hipotálamo interferem na sua regulação. Hipertermia maligna. ALTERAÇÕES NA TEMPERATURA CORPORAL HIPOTERMIA A perda de calor supera a capacidade de produção de calor. Quando a temperatura da pele cai até 35°C, o paciente sofre de tremores incontroláveis, perda da memória e depressão. À medida que a temperatura cai (abaixo de 34,4°C), a frequência cardíaca, a frequência respiratória e pressão arterial diminuem. EQUIPAMENTOS Termômetro Clínico oral – 3 min retal – 2 a 3 min Axilar – 10 min Cuidado com o mercúrio!!! EQUIPAMENTOS Termômetro digital e oral (4-60 segundos) (oral, retal ou axilar) Termômetro de membrana timpânica (1-3 segundos) AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS A Taxa Aceitável em seres humanos é de 36°C a 38°C (POTTER; PERRY, 2005). A Jarvis (2002) afirma que a temperatura corporal central encontra-se em torno de 37,2° C. A temperatura Oral varia de 35,8°C a 37, 3°C. A Temperatura Retal é 0,4°C a 0,5° C maior. A Temperatura Axilar é 0,5°C menor do que a Oral. AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS Valores de Normalidade Axilar - 35,5 a 37,5ºC Oral - 36,0 a 37,4 ºC Centrais Retal - 36,0 a 37,5 ºC Timpânica - 36,0 a 37,5 ºC Febre Leve – em torno de 37,5°C a 37,8°C Moderada – até 38,5°C Alta – acima de 38,5°C Hipotermia Leve – 34 a 36°C Moderada – 30 a 34°C Grave – abaixo de 30°C OBRIGADO!!
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