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FISIOLOGIA ENDÓCRINA

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1
FISIOLOGIA ENDÓCRINA
- MECANISMOS DE AÇÃO HORMONAL
- um ou mais hormônios direcionados a uma
determinada função
→ exemplo: regulação da disponibilidade
energética → insulina e glucagon, mas tem
influência do hormônio de crescimento e do
cortisol
→ vários hormônios regulando uma única
função ou múltiplas funções do nosso
organismo
- os hormônios desenvolvem suas são os órgãos
alvos, através de segundos mensageiros ou
alteração genética direta - vitamina D (pode ser
considerada como hormônio) faz uma alteração
genética direta: aumenta a expressão de canais
para 𝐶𝑎++
- SISTEMA CLÁSSICO: endócrino, parácrino e
autócrino
Melo, A.M. D., 2012.
1. ENDÓCRINO: temos uma célula secretora que
libera o hormônio para circulação sanguínea
que atua no receptor que pode ser
citoplasmático ou de membrana (hormônio
hidrossolúvel atua em um receptor de
membrana,já o hormônio lipossolúvel, como a
testosterona, atua em um receptor
citoplasmático, porque consegue atravessar a
membrana e se ligar a esse receptor dentro da
célula)
→ liberam na corrente sanguínea (geralmente a
célula alvo está distante da secretora)
2. PARÁCRINO: atua numa célula vizinha
3. AUTÓCRINO: libera e atua na própria célula
- SISTEMA NÃO CLÁSSICO: criptócrino,
intrácrino e justácrino
Melo, A.M. D., 2012.
1. CRIPTÓCRINA: observou-se nas células de
Sertoli nos túbulos seminíferos onde ocorre a
espermatogênese
→ tem uma barreira hematotesticular
→ formação dos espermatócitos que evoluem
para espermátides que evoluem para
espermatozoides
→ tem células que sintetizam fatores de
crescimento → a testosterona (lipossolúvel)
adentra esse sistema para estimular a
espermatogênese
2. JUSTÁCRINA: uma célula que libera um
hormônio, que atua na célula alvo que está justa
a esta célula como se houvesse uma ponte física
entre a célula secretora e a célula alvo e essa
ponte permite atuação do hormônio - parece
com a parácrina, mas, na justácrina possui a
presença de uma ponte física
3. INTRÁCRINA: clássicos são os hormônios
tireoidianos - na tireoide forma mais hormônios
T4 do que T3, mas, o T3 que tem ação biológica
→ as células alvo dos hormônios tireoideanos
têm uma enzima que converte T4 em T3
→ síntese do hormônio e a ligação do receptor
ocorre na mesma célula, porque o hormônio
ativo é o T3, então o T4 entra e é convertida em
T3 dentro da célula e se liga ao seu receptor
→ a própria célula alvo converte esse hormônio
na forma ativa e tem um receptor que ele vai
atuar para modificar as ações daquela célula
- ÓRGÃOS ENDÓCRINOS TRANSITÓRIOS E
CLÁSSICOS
- TRANSITÓRIOS:
1. placenta: restrita ao período da
gestação
2. miócitos cardíacos: produzem peptídeo
natriurético atrial que atua nos rins
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
2
3. células gastrointestinais - grelina
(estimula a fome) e PYY (estimula a
saciedade)
4. tecido adiposo: libera leptina que
estimula a saciedade
- CLÁSSICOS:
1. hipotálamo
2. hipófise
3. paratireóides: paratormônio
(metabolismo do e fosfato)𝐶𝑎++
4. tireóide: T3 e T4
5. adrenal: aldosterona, cortisol e
hormônios sexuais
6. pâncreas: glucagon e insulina
7. ovários: progesterona e estrogênio
(hormônios sexuais)
8. testículos: testosterona (hormônio sexual)
- CLASSIFICAÇÃO DOS HORMÔNIOS
- a maioria dos hormônios são peptídicos,
alguns são derivados de aminoácidos (aminas
dopanogênicas - dopamina, adrenalina,
serotonina, T3, T4) e existem os esteroidais, que
são derivados do colesterol (aldosterona,
cortisol, estradiol, progesterona e testosterona)
- HIDROFÍLICOS: atuam em receptores da
membrana, porque não conseguem permear a
membrana
→ como os hormônios proteicos e as
catecolaminas (derivados de aminoácidos) são
hormônios hidrossolúveis podem circular no
sangue de forma livre - assim são rapidamente
metabolizados, geralmente são filtradas pelos
rins e sua ação é realizada - a ação desses
hormônios é muito curta (tempo de meia vida -
tempo que vão agir e são degradados é curto)
- LIPOFÍLICOS: derivados do colesterol (cortisol
e hormônios sexuais) e tireoideanos (T3 e T4) -
conseguem atravessar a membrana plasmática
e os receptores estão presentes no citosol das
células
→ no contexto dos hormônios esteroidais e os
tireoideanos têm características lipossolúveis -
para serem transportados no sangue tem que
estarem fixados a uma proteína plasmática -
como estão ligados a proteínas, são difíceis de
metabolizar, então o tempo de ação é maior
(proteínas protegem eles de uma metabolização
muito rápida)
- SÍNTESE DOS HORMÔNIOS HIDROSSOLÚVEIS
- os hormônios peptídicos e as aminas
biogênicas são sintetizados como pré e
pró-hormônio - são reduzidos a pró-hormônio
até chegarem no hormônio propriamente dito
→ geralmente chegam essa fase no complexo de
golgi, onde enzimas transformam o
pró-hormônio em hormônio
→ daí eles são estocados em vesículas e quando
essa célula recebe um estímulo e esse estímulo
aumenta intracelular, as vesículas são𝐶𝑎++
fundidos através de exocitose na membrana
plasmática e os hormônios são liberados para
circulação - parecido com a sinapse química
Guyton, 2006
- MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS
HIDROSSOLÚVEIS
- irão circular no sangue de forma livre, não
precisam estar ligados a proteínas e os
receptores são receptores de membrana
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
3
→ esses receptores, quando o hormônio se liga
ele, promove a formação de 2º mensageiros que
irão alterar a função daquela célula
→ paratormônio, angiotensina II, ADH,
hormônio liberador de tireotrofina,
peptídeo natriurético atrial, insulina,
fatores de crescimento
→ a grande maioria desses hormônios estão
ligados a receptores acoplado os a proteína G
que irão gerar 2º mensageiros que farão ação
dentro da célula
Boron & Boulpaep, 2015
- exemplos:
● o paratormônio se ligam receptor
acoplado à proteína G que está
relacionada ao aumento do AMPc que vai
desenvolver a ação da célula
● o ADH se liga a um receptor acoplado à
proteína G que leva a formação de 2º
mensageiros
● o hormônio liberador de tireotrofina que
estimula adeno-hipófise, também é ligado
à proteína G
● a insulina se liga ao receptor do tipo
tirosina cinase que leva a fosforilação de
diversas proteínas e gera resposta
celular
Boron & Boulpaep, 2015
- as aminas biogênicas são receptores
adrenérgicos, dopaminérgicos, também ligados
à proteína G
- SÍNTESE DOS HORMÔNIOS LIPOSSOLÚVEIS
- derivados do colesterol
- são produzidos pela suprarrenal, ovários e
testículos
- como o colesterol chega às células
endócrinas?
→ o colesterol da dieta chega ao fígado e
incorpora os quilomícrons (molécula exocitada
do intestino para os vasos linfáticos e chega ao
fígado)
→ o quilomícron tem triglicerídeos (TAG),
colesterol, fosfolipídios e vitaminas lipossolúveis
→ o colesterol dos quilomícrons é metabolizado
ou provém da Acetil-CoA
→ agora o colesterol incorporado às VLDLS,
LDLS (tem receptores para LDLS nas células
endócrinas que reconhecem a LDL inteira que é
endocitada)
→ na célula endócrina, a LDL é metabolizada e
libera o colesterol a partir da LDL que fica
armazenado na forma de ÉSTER DE
COLESTEROL
→ por isso a coloração dessas glândulas
(órgãos) endócrinos são amarelados -
armazenam ésteres de colesterol em vesículas
para produzirem hormônios derivados do
colesterol (colesterol é o produto para a síntese
desses hormônios)
→ quando essa célula estimulada, o colesterol,
através de inúmeras reações enzimáticas é
convertido em pregnenolona, que também
passa por inúmeras reações enzimáticas dando
origem aos hormônios derivados do colesterol -
aldosterona, cortisol testosterona, estradiol
Boron & Boulpaep, 2015
- MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS
LIPOSSOLÚVEIS
- circulam no sangue ligados a uma proteína
plasmática (~98%) e poucos na forma livre (~2%)
→ quando a fração livre se aproxima da célula,
por ser lipossolúvel, atravessam a membrana
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
4
plasmática e se ligam a um receptor
citoplasmático → esse complexo hormônio +
receptor se transloca para o núcleo, agem numa
região promotora de um gene específico,
mudando a expressão gênicae, por exemplo
aumentando a expressão gênica de uma
determinada proteína
→ exemplo: vitamina D - entra, age no receptor
citoplasmático, o complexo transloca para o
núcleo e aumenta a expressão gênica de canais
para 𝐶𝑎++
- o hormônio esteroidal está atravessando a
membrana plasmática e no citosol tem um
receptor ligado à chaperonas, então quando
hormônio se liga ao receptor, as chaperonas se
desligam e o complexo receptor + hormônio se
translocam e se ligam uma região específica de
um gene, que vai aumentar a expressão gênica
de uma determinada proteína
→ a própria fita de DNA tem um ponto para
ligação do complexo hormônio/receptor e então
uma nova proteína sintetizada (canal iônico,
uma bomba)
- RESUMINDO: hidrossolúveis se ligam a 2º
mensageiros e geram resposta; enquanto
lipossolúveis alteram a expressão gênica de
uma proteína e isso demanda mais tempo
- REGULAÇÃO E SECREÇÃO HORMONAL
Boron & Boulpaep, 2015
- FEEDBACK NEGATIVO: mantém a homeostasia
e limita os excessos de hormônios e suas ações
- FEEDBACK POSITIVO: exemplo - ocitocina
(parto)
- DESCRIÇÃO DA FIGURA
→ A: alça retroalimentação simples: sensor libera
o hormônio que atinge o alvo 1 que gera
hormônio ou metabólito que atinge um alvo 2, o
hormônio ou metabólito gerado chegar no
sensor e inibe o sensor
→ quando chega um determinado nível desse
hormônio ou metabólito na circulação, eles
inibem o sensor para diminuir a síntese desse
hormônio → exemplo de retroalimentação
negativa
→ B: controle hierárquico - exemplo prático: o
córtex cerebral atua sobre o hipotálamo que
libera o hormônio liberador de corticotrofina
(CRH). O CRH atua sobre a hipófise anterior que
libera o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
que atua na suprarrenal liberando cortisol que
vai atuar no tecido alvo
→ quando o cortisol aumenta na circulação,
próprio cortisol vai atuar sobre a hipófise
anterior para diminuir o ACTH que vai atuar
sobre o hipotálamo para diminuir o CRH -
feedback negativo
- o hipotálamo que se conecta de forma neural
com a hipófise posterior e os neurônios que
recebem estímulos e geram potenciais de ação
(PA), fazem a hipófise posterior liberar ocitocina,
que faz a contração uterina durante o parto
→ a medida que a concentração de ocitocina
aumenta, ela estimula o hipotálamo a liberar
mais ocitocina - feedback positivo
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
5
- então feedback positivo é a liberação cada vez
maior do hormônio sem sinalização para reduzir
a liberação desse hormônio; enquanto feedback
negativo é a sinalização para inibir/diminuir a
produção daquele hormônio - quando
hormônios chegam determinados níveis na
circulação, o próprio hormônio ou algum
metabólito gerado pelo sistema fazem essa
sinalização
- EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE
- controla, através de hormônios que serão
produzidos dentro desse eixo, a função de
várias glândulas como a tireóide, suprarrenal,
ovários e testículos
- estruturas cerebrais (neocórtex) que recebem
estímulos (sono, vigília, ciclo circadiano, …) que
chegam ao cérebro e alteram o funcionamento
do eixo hipotálamo-hipófise
→ uma vez que se recebe esses estímulos podem
alterar diversas coisas, descritas na imagem
abaixo, isso através do sistema hormonal
Joaquim, C.R. P. (2017)
- temos dois eixos:
1. EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE ANTERIOR
(ADENO-HIPÓFISE)
2. EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE POSTERIOR
(NEURO-HIPÓFISE)
- EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE ANTERIOR
(ADENO-HIPÓFISE): é feito através de uma
conexão vascular chamada sistema porta
hipotálamo-hipofisária
→ rede de vasos sanguíneos que conecta o
hipotálamo a hipófise anterior e através desse
sistema de vasos o hipotálamo libera diversos
hormônios que atuam sobre a hipófise anterior
estimulando ou inibindo a liberação desses
hormônios adeno-hipofisários
Joaquim, C.R. P. (2017)
→ esses hormônios da adeno-hipófise controlam
outros órgãos (o eixo cortisol começa pelo
hipotálamo que libera um hormônio que atua
sobre a adeno-hipófise que libera outro
hormônio que atua sobre suprarrenal que libera
o cortisol - o cortisol depende desse eixo assim
como os hormônios sexuais, por exemplo)
- o hipotálamo faz síntese e liberação de
hormônios inibidores ou liberadores que caem
no sistema porta hipotálamo-hipofisário,
chegam a hipófise anterior e estimulam a
liberação de outros hormônios que irão
modificar outros tecidos endócrinas ou agir
diretamente
● ACTH: age na suprarrenal liberando
cortisol
● TSH: atua na tireóide estimulando T3 e T4
● FSH e LH: atuam nos testículos
estimulando a espermatogênese e
liberando testosterona e nos ovários
liberando estradiol e progesterona
● GH (hormônio do crescimento): atuam em
todas as células
● PRL (prolactina): estimula produção do
leite materno
- os hormônios da adeno-hipófise que são
influenciados por outros hormônios e liberados
pelo hipotálamo, são o GH (todas as células,
principalmente nos ossos), PRL (glândulas
mamárias), FSH e LH (testículos e ovários), TSH
(tireóide - T3 e T4), ACTH (córtex renal - cortisol),
MSH (melanócitos) e endorfina (analgesia)
EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE POSTERIOR
(NEURO-HIPÓFISE): a conexão é feita através de
neurônios, onde o corpo celular desses
neurônios encontram-se no hipotálamo e o
axônio se prolonga até hipófise posterior e
terminação axônica dá origem a sinapse que
libera os hormônios para os capilares que estão
ao entorno
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
6
Joaquim, C.R. P. (2017)
→ os principais hormônios liberados pela
neuro-hipófise: ocitocina e ADH
→ são sintetizados pelo hipotálamo e através lá
dos axônios são transportados e armazenados
na terminação sináptica dos neurônios na
hipófise posterior - quando esses neurônios
disparam PA, suas terminações liberaram esses
hormônios para circulação sanguínea
→ PA chega na terminação sináptica, entra𝐶𝑎++
e libera o hormônio para atuar no órgão efetor
- HORMÔNIOS E AÇÕES DA ADENO-HIPÓFISE
- o hipotálamo libera um hormônio que vai atuar
na adeno-hipófise:
1. GHRH (hormônio liberador do hormônio de
crescimento - GH) ou GHIH (hormônio inibidor
do GH) - somatostatina: então esses hormônios
atuam sobre células somatotróficas e modificam
a liberação do GH
● GHRH: estimula a liberação do GH
● GHIH: inibe as células a produzirem em
GH
→ o GH uma vez que liberado estimula produção
de um fator chamado insulina-like (IGF-1) que é
um fator de crescimento que atua na formação,
por exemplo, de massa magra, síntese de massa
muscular, estimula o processo de
remodelamento ósseo
2. TRH (hormônio liberador de tireotrofina): atua
sobre a adeno-hipófise, na células tireotróficas,
estimulando a liberação do hormônio
tireoestimulante que atua sobre a tireóide,
estimulando a liberação de T3 e T4
3. CRH (hormônio liberador de corticotrofina):
atua na adeno-hipófise, estimulando as células
corticotróficas a liberar um hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH) que atua no córtex
adrenal estimulando principalmente a liberação
de cortisol
4. GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina):
atua nas células gonadotróficas da
adeno-hipófise estimulando-as a liberarem o
FSH e LH que atuam nos ovários estimulando a
síntese do estrogênio e progesterona e nos
testículos estimulando a espermatogênese e a
síntese de testosterona
5. DOPAMINA (inibitória): agem sobre as células
lactotróficas, estimulando a síntese de
prolactina (PRL) que estimula as glândulas
mamárias na produção do leite - a dopamina
inibe a produção de leite, atuando sempre nos
homens e nas mulheres que não estão
amamentando
- EM RELAÇÃO À TIREÓIDE
- então temos diversos estímulos que chegam ao
nosso cérebro (luz, frio, …) que estimulam o
hipotálamo a liberar TRH que, por sua vez,
estimula a hipófise anterior a liberar TSH que
atua sobre tireóide que libera T3 e T4 para
circulação
→ quando as concentrações de T3 e T4
aumentam, irão produzir feedback negativo
tanto no hipotálamo para reduzir o TRH, quanto
na hipófise para reduzir a liberação de TSH
Joaquim, C.R. P. (2017)
- EM RELAÇÃO AO CORTISOL
- o cortisol é muito influenciado pelo ciclo
circadiano e por estresse físico e mental
→ então quando esses estímuloschegam ao
nosso cérebro, o hipotálamo libera ser CRH que
atua sobre a hipófise anterior, estimulando a
ACTH que, por sua vez, atua sobre a
suprarrenal estimulando principalmente o
cortisol (glicocorticoide)
→ uma vez na circulação, o glicocorticoide
diminui o ACTH e diminui o CRH no hipotálamo
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
7
Joaquim, C.R. P. (2017)
- EM RELAÇÃO ÀS GÔNADAS
- alguns neurotransmissores atuam sobre o
hipotálamo que libera o GnRH que estimula a
hipófise anterior a liberar o hormônio
luteinizante e o hormônio folículo estimulante
(LH e FSH)
→ NOS TESTÍCULOS: o LH e o FSH estimulam a
liberação de testosterona, o FSH também
estimula espermatogênese
→ depois da estimulação da produção de
testosterona, ela mesmo faz o feedback negativo
para reduzir o GnRH e o LH e FSH
→ mas também as células Sertoli a liberam um
hormônio chamado INIBINA que ajuda no
feedback negativo da hipófise anterior (↓ FSH e
LH) → um hormônio chamado ATIVINA (também
produzida pelas células Sertoli nos testículos)
que faz feedback positivo para aumentar a
liberação de LH e FSH
Joaquim, C.R. P. (2017)
→ NOS OVÁRIOS: o LH estimula células TECA do
ovário a produzirem testosterona que se
difunde para as células granulosas
→ o FSH estimula a célula granulosa quanto a
maturação dos óvulos e a liberação de
estrogênio e progesterona que fazem feedback
negativo na hipófise anterior do hipotálamo
Joaquim, C.R. P. (2017)
- EM RELAÇÃO AO HORMÔNIO DE
CRESCIMENTO (GH)
- o hipotálamo recebe estímulos que libera
GHRH (liberador) e SS (somatostatina - inibitória)
→ o GHRH atua sobre a adeno-hipófise,
liberando GH que ao passar pelo fígado e
estimula a síntese de fatores de crescimento
chamado IGF-1. Tanto o GH quanto o IGF-1 fazem
feedback negativo → o IGF-1 faz na
adeno-hipófise e no hipotálamo e o GH só no
hipotálamo
Joaquim, C.R. P. (2017)
- EM RELAÇÃO A PROLACTINA
- a alça que induz a liberação de PRL só ocorre
durante a gravidez e amamentação
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
8
→ homens e mulheres não grávidas não
induzem a liberação (a dopamina- que é
inibitória está atuando nessa alça)
→ então, durante a gravidez e amamentação,
ocorre a liberação da alça que faz a liberação
de PRL pela hipófise anterior. A PRL atua nas
gônadas e nas glândulas mamárias
principalmente, estimulando a produção de leite
(feedback positivo - quanto mais a mulher
amamenta mas ela produz leite)
Joaquim, C.R. P. (2017)
→ o hipotálamo libera o hormônio que estimula
a liberação de PRL pela adeno-hipófise. A PRL
estimula a síntese de leite pelas glândulas
mamárias e a própria PRL ele faz feedback
positivo para a síntese de mais PRL - SUCÇÃO
MAMILAR é o principal estímulo para liberação
de PRL durante amamentação → quanto +
amamenta, + leite produz
- AÇÕES DA PROLACTINA: desenvolvimento
mamário, juntamente com o estrogênio e a
progesterona; lactogênese (não precisando
haver gravidez); inibição da ovulação (inibe a
síntese de GnRH)
- HORMÔNIOS E AÇÕES DA NEURO-HIPÓFISE
- corpo celular no hipotálamo e terminação
sináptica está na neuro-hipófise e uma vez que
esses neurônios são estimulados irão produzir
PA que chegam a terminação e liberam para
circulação vasopressina (ADH) ou ocitocina
Joaquim, C.R. P. (2017)
- VASOPRESSINA: aumento da osmolaridade
plasmática, queda da pressão, hipovolemia,
hipoglicemia, entre outros, estimulam/atuam
sobre o núcleo supra óptico e paraventricular
do hipotálamo que estimulam os neurônios com
as terminações sinápticas na hipófise posterior
que sob esse estímulo libera vasopressina que
pode atuar:
● rins: estimula aumentando reabsorção de
água
● músculo liso dos vasos: vasoconstrição
● outros
- OCITOCINA: aleitamento, final da gravidez,
parto, outros, estimulam os neurônios do núcleo
supra óptico e paraventricular do hipotálamo
com terminações na hipófise posterior e liberam
ocitocina que atua:
● útero: contração uterina (parto) -
admissão de ocitocina durante o parto
● glândula mamária: estimula células
musculares do entorno para ejeção do
leite durante sucção
● outros: aumento da capacidade de
memória e raciocínio no cérebro, gera
prazer
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
9
- a ocitocina estimula a contração do miométrio
no parto (feedback positivo) e estimula ejeção
do leite e a sucção mamilar, além de estimular
estimular a produção de PRL, também estimula
produção de ocitocina
→ período de resguardo: período de
sangramento vaginal pós parto - quando a
mulher amamenta logo após o parto ocorre
estimulação do sangramento vaginal (cólica e
dor no peito causado pela ocitocina, contraindo
as células musculares em torno da glândula
mamária e ainda continua contraindo o
miométrio - importante para eliminar o que fica
no útero da gestação → importante amamentar
para diminuir o período de resguardo)
- REGULAÇÃO DO HORMÔNIO DO
CRESCIMENTO
- HORMÔNIOS QUE INFLUENCIAM
CRESCIMENTO
● GH: determina crescimento longitudinal
dos indivíduos e a manutenção de várias
células do nosso corpo (principal)
● T3 e T4
● androgênios e estrogênios
● insulina glicocorticóides
- na falha de qualquer um desses o
crescimento é afetado
- criança com hipotireoidismo não cresce
direito e tem comprometimento ósseo
- CRESCIMENTO FETAL
- INFLUÊNCIAS MATERNAS: alimentação da mãe,
hábitos sociais (tabagismo, alcoolismo, drogas)
e genética
- PADRÃO DA DIETA: rica em proteínas (impacto
positivo) rica em gorduras (impacto negativo)
- crescimento fetal no período final da gestação
● androgênios fetais
● hormônios tireoidianos - mais importante
ao final da gestação (36ª semana) →
crescimento físico e desenvolvimento
neural
● insulina fetal - fator importante que induz
secreção de IGF. Pode ser estimulada pela
glicose materna
● IGFII (envolvido no crescimento
embrionário)
● IGFI (principal fator de crescimento
pós-natal).
- hormônios tireoideanos são da mãe e chegam
pelo cordão umbilical: importante para
crescimento a partir da 36ª semana → pode ter
déficit do crescimento neural
- insulina fetal estimulada pela glicose materna:
se a mãe é diabética ou tem diabete
gestacional, o tamanho do feto aumenta
→ a glicose materna estimula a insulina fetal
que estimula secreção de fatores crescimento
que estimulam o crescimento fetal
- CRESCIMENTO PÓS-FETAL
- 2 picos de crescimento:
1. 0 – 2 anos
2. estirão puberal (testosterona/estrogênio
+ GH)
- esse estirão depende do sexo, de 10 a 13
anos - puberdade feminina (outro pico de
crescimento - menarca), de 14 a 16 anos -
puberdade masculina (outro pico de
crescimento - adrenarca)
- depois da adrenarca e da menarca, os
hormônios sexuais + GH, estimulam o pico de
crescimento. Depois dessa fase, o adolescente
cresce pouco - as epífises começam a se fechar
- fatores genéticos e nutricionais impactam
positivamente ou negativamente no crescimento
- quando a menarca ocorre muito cedo (8 anos
por exemplo), geralmente as meninas foram
grandes na infância, as epífises se fecharam
logo após a menarca, e serão um pouco
menores na fase adulta
→ existe como postergar essa menarca precoce
→ déficit de crescimento também tem
intervenção médica e endócrina como indução
de GH nas crianças
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
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- muitas vezes o crescimento do corpo não
acompanha o crescimento de outros órgãos e
tecidos
→ sistemas reprodutor só vai
crescer/amadurecer após a menarca e a
adrenarca → liberam grandes quantidades de
hormônios sexuais que influenciam na função e
tamanho dos órgãos genitais
- dentro do contexto dos hormônios sexuais, o
GH é o mais importante - influência em 30% da
estatura final
- Alça: hipotálamo libera GHRH que age sobre
hipófise anterior liberando GH que faz seu
feedback negativo no hipotálamo
→ age no fígado estimulando o fator de
crescimento, que faz feedback negativo na
hipófise anterior e no hipotálamo
→ o GH atua no tecido adiposo, liberando
ácidos graxos livres (efeito lipolítico), que
inclusive contribuem para o feedback negativo
→ atua no fígado que é o principal órgão que
libera fator de crescimento
→ atua no estômago estimulando a grelina- até 20 anos: ↑ GH e ↑ IGF
→ quando vamos envelhecendo a quantidade
desses hormônios vão diminuindo
- CARACTERÍSTICAS
- hormônio proteico
- armazenada em vesículas e secretado por
exocitose toda vez que o intracelular𝐶𝑎++
aumenta
● para aumento do precisa da𝐶𝑎++
liberação do hormônio liberador de GH
que age sobre hipófise anterior
estimulando GH (hidrossolúvel), então
circula no sangue livremente e atua em
receptores de membrana produzindo 2°
mensageiros que irão modificar a função
da célula
- GH ligado ao seu receptor produz diversos 2º
mensageiros que atuam tanto em respostas
agudas (PI-3K) como também interfere na função
genética, altera a transcrição gênica para
diversas proteínas que irão estar influenciando
no metabolismo e crescimento (tanto a
diferenciação quanto a proliferação celular)
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
11
- ações diretas: mediadas pelo GH diretamente
→ metabolismo (em caso de aumento das
concentrações ou por disfunção hormonal ou
admissão: anabolismo de proteínas, efeito
lipolítico no entanto hiperglicêmico) →
anabólico, lipolítico e hiperglicemiante
- ações indiretas: IGF-1 → função óssea e
trofismo dos órgãos
→ depois que acaba o crescimento, o GH
contribui para o trofismo dos órgãos; ação no
metabolismo de lipídios e proteínas → ação
direta do GH
→ no metabolismo de carboidratos o GH tem
uma ação anti anti insulínica, reduz a captação
de glicose para dentro das células, aumenta
glicemia → quem usa GH inadequadamente
pode vir a desenvolver diabetes, além de alterar
a funcionalidade de vários órgãos
→ vai contribuir para aumento da massa
muscular e redução da adiposidade, mas, há
prejuízos
- sob influência do GH, as gorduras são usados
para energia em preferências carboidratos e
proteínas, porque ele reduz a captação de
glicose dentro da célula, mas, faz efeito
lipolítico, liberando ácidos graxos para
circulação, que chegam ao fígado e estimulam a
síntese de proteínas = aumento da massa magra
e redução da do tecido adiposo
→ OBS.: excesso de GH (seja por disfunção
orgânica por automedicação), pela sua ação no
metabolismo lipídicos, pode causar CETOSE e
ESTEATOSE HEPÁTICAS → além do aumento da
glicose que pode levar a um quadro de diabetes
EFEITO DIABETOGÊNICO = diminuição da
captação de glicose pelas células, sensibilidade
diminuída à insulina
- RESUMINDO: o GH causa aumento da síntese
protéica; mobilização de ácidos graxos do
tecido adiposo com aumento de ácidos graxos
no sangue e sua utilização como fonte de
energia; redução da utilização de glicose
- COMPORTAMENTO DO GH AO LONGO DO DIA
- existe um pico noturno de GH nos homens
- nas mulheres é um pouco diferente, o pico
noturno é menor e tem um pico pela manhã
também
→ os picos só ocorrem se estiver no estágio IV
do sono (sono profundo)
→ o ciclo circadiano que induz esses picos → no
escuro tem a liberação de melatonina, que induz
o sono e na fase profundo tem estímulo do GH ò
noite
- ESTÍMULOS E INIBIÇÃO DO GH
- jejum e privação calórica: diminuição da
glicose que por sua vez é estímulo para
liberação de GH → jejum estimula a liberação
de GH, o que contribui para a manutenção da
glicemia no jejum e no sono
- sobre a inibição → criança obesa, que
geralmente está ligado ao aumento da glicose,
junto a outros fatores, a obesidade em si,
aumenta a glicose no sangue e aumenta os
ácidos graxos, que impactam de forma negativa
na liberação do GH
→ fatores ambientais intervém no crescimento
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
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→ a criança desenvolve obesidade
principalmente pela hiperplasia de adipócitos →
depois que gerou esse aumento do número de
adipócitos, ele não vai reduzir e na fase adulta
não aumenta o número de adipócitos; ou ele se
enche (adipogênese) ou ele se esvazia (ação
lipolítica) - o aumento da proliferação de
adipócitos na infância aumenta a chance de
obesidade na vida adulta
→ pessoa com alto nível de GH pode ter
diabetes
- em adultos diabéticos, pode ser reduzida a
liberação de GH, devido aos altos índices
glicêmicos
- ANORMALIDADES RELACIONADAS AO GH
- pan-hipopituitarismo na infância: redução da
secreção de todos os hormônios da
adeno-hipófise, incluindo o GH. Pode causar:
● nanismo: sem GH, sem crescimento linear
→ deficiência congênita ou não do IGF
que produz as ações ósseas
- pan-hipopituitarismo no adulto: aparecimento
de tumor que reduz o GH
- distúrbios associados ao aumento do GH:
→ congênito ou tumor na adeno-hipófise
● antes do fechamento das epífises:
gigantismo
● depois do fechamento das epífises:
acromegalia → crescimento de
cartilagens e osso laterais
- pigmeus: não sintetizam IGF, perdem estatura
mas não tem alterações metabólicas, o GH está
funcionando
- HORMÔNIOS ADRENAIS
- as glândulas suprarrenais ficam sobre os rins,
composta de três zonas (80% do órgão e é
tecido mesodérmico):
1. GLOMERULOSA: liberal aldosterona
2. FASCICULADA: libera cortisol
3. RETICULAR: liberar androgênios
Sato, 2021
- a medula adrenal não faz parte da
suprarrenal (20% do órgão e é tecido
neurodérmico) e é responsável por liberar
noradrenalina
- todos os hormônios suprarrenal são formados
a partir do colesterol (lipossolúveis) → o que
determina a liberação de cada hormônio por
cada zona é o complexo enzimático presente em
cada zona
Sato, 2021
- zona glomerulosa: colesterol → pregnolona →
progesterona → … → aldosterona
- zona reticular: libera androstenediona - é
formada a partir dos cinco anos e é responsável
pela liberação dos hormônios sexuais
→ as enzimas que metabolizam as substâncias
metabolizadas a partir do colesterol que
determina o hormônio final
- FUNÇÃO DA ALDOSTERONA: aumenta
reabsorção de e secreção de , elimina𝑁𝑎+ 𝐾+ 𝐾+
na urina e aumenta reabsorção de na𝑁𝑎+
circulação → por isso nome
MINERO-CORTICOIDES
- FUNÇÃO DO CORTISOL (corticosterona -
cortisol inativo, ativado nos tecido): impacto no
metabolismo de carboidratos por isso nome
GLICOCORTICÓIDES
- FUNÇÃO DA ANDROSTENEDIONA: é convertida
em hormônios sexuais por isso nome
ESTERÓIDES SEXUAIS
- o colesterol provém através da LDL circulante
que é captada para as zonas da suprarrenal, ele
é esterificado e armazenada como éster de
colesterol em vesículas na glândula (aspecto
amarelado); ou vem através da Acetil-CoA, que
forma o colesterol e armazena na mesma forma
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
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→ quando essas células são estimuladas,
começa a hidrólise desse colesterol até o
primeiro composto que é chamado
PREGNENOLONA
- REGULAÇÃO E SECREÇÃO DO CORTISOL
- o hipotálamo sofre influência de vários
neurotransmissores, que podem ter o aumento
ou redução da sua liberação através de diversos
estímulos que chegam nos centros superiores
do cérebro
● ciclo claro/escuro
● infecções
● traumatismo
● calor/frio intenso
● estresse físico e mental
- PELO EIXO HIPOTÁLAMO HIPOFISÁRIO:
estimulam o hipotálamo a liberar o CRH
(hormônio liberador de corticotrofina), que atua
na adeno-hipófise sobre um receptor acoplado
à proteína G, que aumenta os níveis de 𝐶𝑎++
intracelular, através de 2º mensageiros,
estimulando a liberação (por exocitose) de ACTH
(hormônio adrenocorticotrófico), que por sua
vez estimula a liberação de glicocorticóides
(cortisol e corticosterona) na suprarrenal, que
por sua vez fazem seu feedback negativo
Joaquim, C.R. P. (2017)
- ACTH
- o ACTH é derivado da pró-opiomelanocortina
(POMC)
→ quando a POMC é quebrada, ela gera
diversos produtos, hormônios, substâncias que
reduzem o grau de dor (analgesia) - como a
beta-endorfina e a beta-encefalina
→ libera gama-MSH: hormônio estimulador de
melanócitos, que atua no controle de ingestão
alimentar
→ liberar ACTH, que estimula a liberação do
cortisol pela suprarrenal
- o ACTH é um hormônio hidrossolúvel que atua
em receptores acoplados os à membrana,
gerando segundos mensageiros, que atuam que
ativam as enzimas da via citocromo P450,
presente na zona fasciculada, que converte
colesterol em outros produtos até chegar no
cortisol
Sato, 2021
- CICLO E LIBERAÇÃO DO CORTISOL
Sato, 2021
- o cortisol cai ao longo do dia e aumenta
durantea noite, quando amanhece tem um pico
máximo e vai caindo ao longo do dia
- o ACTH também tem o mesmo comportamento,
porque ele que estimula o cortisol
- junto com o GH, ajudam a manter a glicemia
durante o sono devido esses acréscimos/picos
noturnos
- COMO O CORTISOL AGE NAS CÉLULAS?
- circula no sangue ligado a uma proteína
plasmática, porque é lipossolúvel → a fração
livre entra na célula por difusão e atua em
receptores citoplasmáticos
→ a combinação hormônio/receptor transloca
para o núcleo da célula e aumenta a síntese de
várias proteínas (faz sua ação alterando a
expressão gênica)
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
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- a 11 -HSD2 é uma enzima que inativa o cortisol,β
enquanto a 11 -HSD1 converte cortisona emβ
cortisol
- exemplo: pomada de corticóide, a terminação
“ona” significa que está na forma inativa e será
ativada pelos tecidos
- METABOLIZAÇÃO DO CORTISOL
- CIRCULAÇÃO:
1. 70 - 80% - ligado a transcortina
2. 15% - ligado a albumina
3. 5 - 10% - livre - fração livre que vai fazer
sua ação biológica
- MEIA VIDA: 70 min
→ tempo de meia vida é alta porque está como
está ligado a uma proteína, ele precisa ser
metabolizado pelo fígado antes e os produtos
da metabolização são eliminados nas fezes
- AÇÃO DO CORTISOL
- atua no metabolismo
1. no fígado estimula a gliconeogênese
(efeito de aumento da glicemia)
2. no tecido muscular estimula o aumento
do catabolismo proteico
3. no tecido adiposo estimula lipólise
4. ação sobre o sistema imune: supressão
do sistema imune
- METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
● aumenta a glicogênese hepática
● reduz a utilização de glicose pelas células
● mantém ou aumenta a glicemia (a
depender da concentração) → “diabetes
adrenal”
● Obs: importante na prevenção de
hipoglicemia de jejum.
- os dois primeiros tópicos, em conjunto
aumentam a glicemia
→ o cortisol tem uma importante função para
evitar a hipoglicemia de jejum
→ quando a glicose plasmática vai reduzindo,
primeiro estimula o glucagon, que libera glicose
para o sangue, se ele não der conta o cortisol
agem para elevar a glicemia
→ fisiologicamente falando mantém a glicemia
no jejum → só causa hiperglicemia se a
concentração dele subir demais no sangue e
causar um efeito de hiperglicemia
→ se tem muito cortisol: aumenta a síntese de
glicose pelo fígado e reduz a captação de
glicose pela células e isso aumenta glicemia, em
excesso pode gerar diabetes adrenal →
hipercortisolismo leva diabetes adrenal
- METABOLISMO DE PROTEÍNAS
- nos tecidos periféricos: reduz a síntese de
proteínas e aumenta seu catabolismo.
- no fígado: aumenta a síntese de proteínas
(mobilização de a.a.) → maior concentração de
a.a. plasmática
- catabólica (diferente do do GH que é
anabólico): aumenta a liberação de
aminoácidos para o sangue esses aminoácidos
chegam ao fígado e são utilizados para a
síntese de proteínas hepáticas
- METABOLISMO DE LIPÍDIOS
- ação lipolítica: aumento de ácidos graxos na
circulação das extremidades, no tronco, face e
gorduras viscerais tem ação lipogênica
OBS.: promove a diferenciação e proliferação de
adipócito, sobretudo no tecido adiposo visceral.
Embora o cortisol estimule a lipólise, a
hipercortisolemia crônica pode acarretar em
aumento de depósito de gordura visceral devido
a modulação da lipogênese por meio da
indução da lipase de lipoproteína (favorecendo
ao aumento da síntese de triglicerídeos e da
concentração de ácidos graxos livres).
→ por isso e por hipercortisolismo gera essa
obesidade com aumento da circunferência
abdominal
→ pessoa que está fazendo uso de corticóide
tem que ter uso muito bem monitorado,
porque causa aumento da glicose,
catabolismo protéico com redução da massa
muscular e lipogênese, que quando a com
acentuado (obesidade extrema) aumento risco
cardíaco
→ lembrando que hipercortisolismo pode ser
dado tanto por disfunção da suprarrenal ou
do eixo hipotálamo-hipófise, quanto pela
admissão prolongado do cortisol
- METABOLISMO MINERAL
- age sobre o osteoblasto, reduzindo (ação
inibitória) o remodelamento ósseo e
predispondo a osteopenia e a osteoporose
- inibe a absorção intestinal de cálcio e aumenta
sua excreção renal
- SISTEMA IMUNE
- reduz a resposta inflamatória → indução de
uma proteína chamada lipocortina que diminui
inflamação (uso farmacêutico)
→ tem ação imunossupressora: está suprimindo
todo processo inflamatório
→ processo inflamatório existe para combater
algum a gente estranha
→ EXEMPLO: COVID-19 → ocorre ativação do
sistema imune para tentar eliminar o vírus -
preciso que, a princípio, minha resposta imune
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
15
não seja bloqueada para tentar combater o
vírus
→ no COVID se os sintomas forem baixos,
significa que o sistema imune está dando conta
de eliminar o vírus. Se não combater, a resposta
imune fica exagerada e entra em uma
tempestade de citocinas → causa uma resposta
inflamatória muito exacerbada no pulmão e isso
que reduz a saturação, então nesse ponto
precisa bloquear a resposta inflamatória. Pode
administrar o corticoide!!
→ se usar no início da inflamação, bloqueia
resposta imunológica e aumenta a replicação
viral
→ paciente hospitalizado perde massa muscular
por causa dos corticoide e por causa da
doença → nutrição atua nisso, tanto no período
hospitalar quanto no período pós-hospitalar
- AÇÕES GERAIS
● mantém a função do músculo, mas, em
excesso causa catabolismo
● modula o comportamento do indivíduo:
aumenta o estresse, aumenta agitação
aumenta irritabilidade
● aumenta reabsorção óssea
● diminui tecido conectivo
● inibe a resposta imunológica inflamatória
● cortisol da mãe estimula produção de
surfactante no feto, substância presente
nos alvéolos que ajuda a evitar o
fechamento deles
● ajuda a manter a função cardíaca
● além dos efeitos metabólicos
● aumenta o n° receptores -adrenérgicosβ
no coração
● aumenta o n° receptores -adrenérgicosβ
no tec. Vascular
- efeitos são importantes para
manutenção da pressão arterial e volume
sanguíneo
- SÍNDROME DE CUSHING
(HIPERCORTISOLISMO)
Sato, 2021
- fraqueza muscular induz a sarcopenia
- REGULAÇÃO E SECREÇÃO DE ALDOSTERONA
- a primeira camada da suprarrenal, a zona
glomerulosa, libera aldosterona a partir do
colesterol, principalmente da ação da
angiotensina II
- sistema renina angiotensina aldosterona
(SRAA): a angiotensina II vai na suprarrenal e
estimula a liberação de aldosterona → através
do seu receptor estimula atividade da
aldosterona-sintase que converte
corticosterona em aldosterona, que é liberado
para circulação
- AÇÃO:
- NOS RINS: aumento do e diminuição do𝑁𝑎+ 𝐾+
→ aumenta reabsorção de água, fluxo osmótico
causado pelo aumento da reabsorção de =𝑁𝑎+
aumento da volemia sanguínea e restauração
da pressão arterial
- a aldosterona atravessa a membrana
plasmática e atua em receptores citosólicos,
aumentando a transcrição gênica para canais
de na membrana luminal e de bombas de𝑁𝑎+
na membrana basolateral𝑁𝑎+
→ o aumento da reabsorção de para o𝑁𝑎+
sangue consequentemente elimina mais mais𝐾+
na urina
- DOENÇA DE ADDISON: ocorre devido a
ausência de glicocorticóides (diminuição do
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
16
cortisol) e redução da aldosterona. Causam
diversos prejuízos
● diminuição do no sangue𝑁𝑎+
● diminuição do no sangue𝐶𝑙−
● diminuição do no plasma𝐾+
● hipoglicemia: ausência do cortisol, a
glicemia cai
● anorexia: cortisol estimula o centro da
fome → pessoa que faz uso de corticoide
está estimulando centro da fome - tende
a ter mais fome = atuação/intervenção
nutricional
- ANDROGÊNIOS CORTICAIS
- zona reticulada começa aparecer após o 5º
ano de idade e ela libera hormônios sexuais
importantes para o aparecimento das primeiras
características sexuais secundárias: pelos
corporais, crescimento da genitália, etc. → os
androgênios são importantes para isso. Seu
pico máximo é entre 20 - 30 anos e começa a
declinar
- os DHEAS e a androstenediona são
precursores androgênicos. Podem ser
convertidos perifericamente (tecido adiposo).
Quando caem na circulação sanguínea e
chegam ao tecido de adiposo, sofrem
aromatizaçãoe se transformam em androgênios
ativos, nas mulheres corresponde a 50% dos
androgênios circulante
→ em excesso (aparecimento de um tumor na
última camada, por exemplo) além de
hipercortisolismo e excesso de aldosterona,
também tem excesso desses hormônios: nas
mulheres = voz mais grossa, formação de pelos
faciais amenorreia, acnes
- HORMÔNIOS DA TIREÓIDE E PARATIREÓIDES
- TIREÓIDE
- maior glândula do nosso organismo
-situado abaixo da laringe, acima da traqueia,
dividida em lóbulo direito e esquerdo e uma
parte central - istmo - que conecta os lóbulos
- na vista posterior é possível visualizar as
paratireóides
- HORMÔNIOS DA TIREÓIDE
- executa 3 funções principais
1. CRESCIMENTO: participar de forma ativa do
crescimento, crianças com hipotiroidismo
apresentam diminuição do seu crescimento
2. MATURAÇÃO DO SNC: importante na fase fetal
e na primeira infância - bebê que nasce com
hipotiroidismo e isso não é detectado logo nos
primeiros dias/semanas de vida, apresentam um
retardo mental conhecido como cretinismo. Se
for detectado nas primeiras semanas é feita
reposição dos hormônios e isso consegue ser
recuperado, se não for feita, esse retardo mental
irreversível
3. PARTICIPA DE FORMA ATIVA NA MANUTENÇÃO
DO NOSSO METABOLISMO BASAL: se por acaso
a glândula zerar a produção de hormônio, o
metabolismo é reduzido em 40%
- PRINCIPAIS HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA
TIREÓIDE (ATIVOS)
1. TRIIODOTIRONINA (T3): 3 moléculas de iodo
2. TETRAIODOTIRONINA OU TIROXINA (T4): 4 iodo
- sendo o T3 mais ativo que o T4. porém quase
toda a produção da glândula é T4, em algum
momento o T4 será transformado em T3 para
potencializar os efeitos
- SÍNTESE DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE
- acontece nos folículos tireoideanos, é
complexa, envolve uma etapa intracelular e uma
extracelular
→ a tireóide é composta por vários folículos
tireoideanos, os vasos sanguíneos estão por
entre esses folículos. Em cada folículo tem uma
célula epitelial e internamente uma matriz -
COLÓIDE - que armazena os hormônios recém
sintetizadas até sua liberação
- ETAPAS:
1. produção de tireoglobulina (rica em
tirosina) na célula epitelial folicular
2. iodeto é transportado ativamente do
sangue para dentro da célula epitelial
folicular
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
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3. iodeto cruza a membrana apical onde é
oxidado a iodo pela tireóide peroxidase
4. na membrana apical, no limite com o
lúmen folicular, o iodo se combina com os
resíduos de tirosina da tireoglobulina
para formar monoiodotirosina (MIT) e
diiodotirosina (DIT), através da ação da
tireóide peroxidase
5. formação de T3 e T4 = MIT + DIT e DIT +
DIT respectivamente. T3 e T4 se ligam
também a tireoglobulina que agora
possui MIT, DIT, T3 e T4 ligadas a ela
6. frente ao estímulo, a tireoglobulina sofre
endocitose
7. no citoplasma, as vesículas de
tireoglobulina se fundem às vesículas
lisossômicas e com isto, T3, T4, MIT e DIT
são liberados da tireoglobulina
8. T3 e T4 são transportados para
circulação
9. MIT e DIT são desiodinados pela enzima
tireóide desiodinase. O iodeto gerado é
reciclado, assim como as moléculas de
tirosina
- os hormônios da tireoide ficam armazenados
dentro do colóide até estímulo para secreção →
TSH que estimula
→ deficiência na enzima desiodinase: perda de
30 a 40% da síntese dos hormônios da tireoide
- enzimas importantes:
● TIREOPEROXIDASE: catalisa todas as
etapas da síntese de T3 e T4
● DESIODINASE: retira iodo da molécula de
MIT e DIT para reaproveitamento delas
Linda Constanzo. Fisiologia 4e
- TRANSPORTE DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE
NA CIRCULAÇÃO
- podem estar de três formas
→ a maioria dos T3 eT4 estão ligados a uma
globulina TBG (globulina fixadora de tiroxina) >
albumina > forma livre (ativa)
→ se falta T3 e T4 na circulação, desliga eles da
proteína e joga pra circulação
→ se acumular T3 e T4 na circulação, e liga eles
a essa proteína para tentar manter os níveis
normais na circulação
→ TBG: reservatório circulante de T3 e T4
- indivíduos com insuficiência hepática produz
menos dessa globulina, mais T3 e T4 na forma
livre, para compensar isso, acontece feedback
negativo para inibir a síntese dos hormônios da
tireoide
- na gravidez, aumenta TBG (aumenta os níveis
de estrogênio na gravidez, inibindo a
degradação hepática dessa proteína) tem
menos T3 e T4 livres que estimulam a síntese
desse hormônio
→ alterações dos níveis de TBG podem
estimular/inibir a síntese do hormônio da
tireóide, porque geram alterações das
concentrações de T3 e T4 na forma livre - ativa
→ os níveis de T3 e T4 na forma livre influenciam
diretamente na síntese de T3 e T4 pelos
hormônios da tireoide
→ T3 e T4 na forma livre também influenciam no
eixo hipotálamo-hipófise
Joaquim, C.R. P. (2017)
- o hipotálamo produz TRH (hormônio liberador
de tireotrofina) que é lançado na circulação
porta hipotalâmico-hipofisário e quando banha
os tireotrofos da adeno-hipófise, estimula a
liberação de TSH (hormônio estimulador da
tireoide ou tireotrofina)
→ o TSH, por sua vez, cai na circulação
sanguínea e quando chega na tireóide se liga a
um receptor específico que estimula a glândula
tireóide a secretar T3 e T4 na circulação
→ quando os níveis de T3 e T4 começam a
aumentar na circulação, gera um feedback
negativo sobre a adeno-hipófise e sobre o
hipotálamo para regular a síntese de TSH e TRH
→ agora os níveis de T3 e T4 começam a cair no
sangue, o feedback e diminui e passa a ter TSH
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
18
e TRH novamente e liberar T3 e T4 - é um ciclo
constante
- o TSH, uma vez a circulação, se liga a um
receptor específico na célula da tireóide, a
ligação TSH + receptor ativa uma via intracelular
mediada pelo AMPc que fosforila a proteína
cinase A e forma uma cascata de fosforilação
que acarreta em aumento da síntese e secreção
de T3 e T4 (a proteína cinase A pode ativar, por
exemplo, a tireoideperoxidase que aumenta a
síntese de T3 e T4)
→ possui ação trófica, estimula hipertrofia e
hiperplasia das células foliculares
- uma das causas de hipertireoidismo é a
Doença de Graves :uma fração de IgG produzida
de maneira incorreta é capaz de estimular o
receptor de TSH e aumentar T3 e T4 no sangue
- REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS
DA TIREOIDE
- ESTIMULADORES: TSH (principal);
imunoglobulinas cuja estrutura permite que elas
se liguem ao receptor de TSH e estimulam a
síntese dos hormônios da tireóide; aumento nos
níveis de TBG - menos T3 e T4 livres e aumenta o
feedback positivo = síntese de T3 e T4
- INIBIDORES: deficiência de iodo (principal);
diminuição nos níveis de TBG = feedback
negativo = menos síntese de T3 e T4
- AÇÃO DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE
- a maior parte dos efeitos são mediados por T3
→ o receptor (receptor nuclear) tem mais
afinidade com o T3 que com o T4
→ T3 e T4 entram na célula, no citoplasma tem
uma enzima que tira iodo (5’-iodinase) que tira
um iodo T4, transformando-o em T3
→ o T3 migra até o núcleo, se liga ao receptor
nuclear e ativa transcrição e tradução de
proteínas: proteínas envolvidas nas funções que
T3 e T4 querem desempenhar:
1. promover crescimento: estimula a síntese
de colágeno síntese de actina e miosina
2. promover taxa de metabolismo basal:
estimula a / ATPase𝑁𝑎+ 𝐾+
3. exerce efeitos sobre o sistema
cardiovascular: estimula a síntese de um
receptor adrenérgico e aumenta oβ −
débito cardíaco
- FUNÇÕES
- TAXA DE METABOLISMO BASAL:
● aumenta a síntese/atividade da /𝑁𝑎+ 𝐾+
ATPase
● aumento consumo de oxigênio →
aumenta o gasto de ATP
● aumenta produção de calor
● aumenta o metabolismo basal → para ter
metabolismo basal precisa de um nível
determinado de T3 e T4 na circulação
- lembrando: se a glândula tireóide zera a
produção de T3 e T4, reduz quase pela
metade o metabolismo
- METABOLISMO:
- são hormônios envolvidos no gasto energético
→ ação que libera energia → porque aumenta o
metabolismo
● estimula a glicólise - para manter o
metabolismo basal (efeito do T3 e T4 é
sempre catabólico)
● aumenta absorção de glicose - para fazer
glicólise precisa de glicose
● aumenta a glicogenólise - quebra do
glicogênio
● aumentaa lipólise
● só não é catabólica sobre ação nas
proteínas - T3 e T4 estimulam a síntese e
degradação de proteínas para fornecer
energia
- CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO
- se eu tenho no organismo uma determinada
taxa de metabolismo, essa taxa também tem que
ser suprida pelo sistema respiratório
cardiovascular → não tem como fazer
metabolismo sem oxigênio
→ efeitos de T3 e T4 sobre o sistema
cardiovascular e respiratório: basicamente são
mediados pelo SNS
→ T3 e T4 são capazes de aumentar a
densidade dos receptores adrenérgicos
● aumenta receptor adrenérgico queβ −
aumenta frequência cardíaca e
contratilidade que aumenta o débito
cardíaco
● aumenta a frequência respiratória para
fornecer mais oxigênio para as células
manterem o metabolismo
- CRESCIMENTO
- participar de forma ativa da maturação óssea,
junto ao hormônio do crescimento e a
somatomedina
→ criança com hipotiroidismo apresenta retardo
no crescimento
- SISTEMA NERVOSO CENTRAL E SISTEMA
NERVOSO AUTONÔMICO
- SNA: aumenta receptores adrenérgico eβ −
liberação de catecolaminas
- SNC: envolvido na maturação do SNC
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
19
→ na gravidez tem que fazer exames de T3 e T4.
porque o feto preciso do T3 e T4 da mãe para
maturar seu sistema nervoso central, uma vez
que criança nasce ela precisa de produzir esses
hormônios para a maturação do SNC e para
crescer, se não tiver esses hormônios no período
fetal ou no período perinatal, o indivíduo
apresenta cretinismo → retardo mental que
pode ser irreversível se não detectada a tempo.
O adulto que produz pouco T3 e T4 apresenta
efeitos no SNC em relação ao seu
funcionamento → sintomas: cansaço,
sonolência, letargia, etc., porque o SNC não está
funcionando de maneira adequada
- HIPERTIREOIDISMO
- aumento dos níveis plasmáticos os de T3 e T4
- SINTOMAS: insônia; hiperatividade - inclusive
tremores; fraqueza muscular; taquicardia; perda
de peso (metabolismo acelerado); aumenta a
sensação de fome; aumenta a sensação de calor
(sudorese aumentada); exoftalmia - protusão
anormal dos olhos (capilares retro-orbitais ficam
mais permeáveis e passa a ter edema
retro-orbital e o globo ocular “pula” para fora)
- HIPOTIROIDISMO
- diminuição dos níveis plasmáticos de T3 e T4
- SINTOMAS: ganho de peso; sensibilidade ao
frio; muito sono; letargia (“pessoa devagar”);
dificuldade de fazer as coisas; mixedema -
inchaço facial embaixo dos olhos - face inchada
pela falha da síntese de colágeno
- EM RELAÇÃO AO TSH
HIPERTIREOIDISMO HIPOTIREOIDISMO
T3 e T4↑ T3 e T4↓
→ se o TSH estiver
alto vai ter feedback
negativo sobre a
hipófise
→ pode estar alto ou
baixo os níveis de TSH
→ importante para
saber onde está
vindo o problema
→ se o indivíduo tem
muito T3 e T4 porque
ele tem muito TSH o
problema não está na
tireóide e sim na
adeno-hipófise
→ se o indivíduo
produz muito T3 e T4.
mas o TSH está
baixo, o problema
está na tireóide
→ pode ter pouco
TSH e por isso
produzir pouco T3 e
T4, o problema
estaria na
adeno-hipófise
→ pode ter muito
TSH, mas a tireóide
não dá conta de
produzir T3 e T4, o
problema está na
tireóide: deficiência
de iodo; deficiência
de adenodilase
- exame inclui medidas de T4 livre que será
transformado em T3 e inclui TSH para saber
onde é o problema
- PARATIREÓIDE
- 4 glândulas localizadas atrás da tireóide
→ pessoa com hipertireoidismo que retira a
tireoide
● total: perde as paratireóides também
● parcial: pode manter alguma paratireóide
- tem dois tipos celulares principais:
1. células principais: produzem o
paratormônio
2. células oxifílicas: acessórios com função
desconhecida → hipótese: regulam a
secreção de paratormônio pelas células
principais ou são células principais que
morreram e permaneceram ali
- FUNÇÃO DO PARATORMÔNIO
- regular a concentração de ionizado no𝐶𝑎++
sangue (forma livre)
→ o pode estar de diversas maneiras:𝐶𝑎++
ligado a proteínas plasmática, de forma livre
(ionizado) ou complexado a ânions
- HOMEOSTASE DO 𝐶𝑎++
1. pode retirar do osso se faltar no sangue e𝐶𝑎++
se estiver sobrando no sangue faz o𝐶𝑎++
contrário
2. pode regular pela entrada de no trato𝐶𝑎++
gastrointestinal (TGI) → regulação de absorção:
aumenta absorção ou diminui absorção de
acordo com as necessidades do organismo
3. pode regular a saída de pelos rins𝐶𝑎++
reabsorvendo mais ou reabsorvendo menos,
conforme necessidade do organismo
- para manter nossa concentração normal de
= 10 mg/dl, já existe um balanço disso tudo𝐶𝑎++
acontecendo:
→ ingestão de aproximadamente 1 g (1.000 mg) de
por dia e eliminação de 800 mg nas fezes →𝐶𝑎++
200 mg entraram no sistema
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
20
→ o TGI absorve aproximadamente 350 mg sobre
ação da vitamina D e secreta 150 mg = 200 mg
entram
→ para manter 10 mg/dl constante, elimina parte
na urina e no osso existe um equilíbrio → o
remodelamento ósseo é constante, está sempre
sendo renovado (sempre sendo depositado ou
absorvido), então para manter os 10 mg/dl tem
que depositar o mesmo tanto que reabsorve
- E SE CAIR A CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO NO
SANGUE?
- precisa corrigir o no sangue que está𝐶𝑎++
baixo:
1. deposição e reabsorção: não
continuaram em equilíbrio, privilegia a
reabsorção do para o sangue𝐶𝑎++
2. TGI: aumenta absorção de 𝐶𝑎++
3. rim: excreta menos 𝐶𝑎++
- E SE AUMENTAR A CONCENTRAÇÃO DE
CÁLCIO NO SANGUE?
- acontece o contrário: aumento deposição nos
ossos, diminui absorção no TGI e aumenta
excreção na urina
- OSSOS
- matriz orgânica: 30% (colágeno e
proteoglicanos)
- sais de cálcio: 70% (mistura amorfa: pode ser
lançado rápido para o sangue ou sair do
sangue e entrar rápido nessa mistura amorfa) →
cristais de hidroxiapatita
- o processo de remodelamento ósseo é
contínuo
- FORMAÇÃO DO OSSO: células ósseas:
1. OSTEOBLASTOS: depositam a matriz
óssea até que ficam presos nessa matriz
formando os OSTEÓCITOS
2. OSTEOCLASTOS: degradam a matriz
óssea
→ os osteoclastos estão sempre
degradando o osso velho e os
osteoblastos depositando novo
- um dos fatores que regulam essa reabsorção e
deposição óssea é o PARATORMÔNIO
→ a redução da concentração de ionizado𝐶𝑎++
no sangue é o principal estímulo para liberação
desse hormônio no sangue
→ se a concentração de no sangue cai, a𝐶𝑎++
concentração de paratormônio no sangue
aumenta
→ se a concentração de no sangue𝐶𝑎++
aumenta, diminui a concentração de
paratormônio no sangue
- para corrigir a queda da concentração de 𝐶𝑎++
plasmático o paratormônio age:
1. NO OSSO: aumentando a reabsorção de 𝐶𝑎++
2. NO RIM: aumentando reabsorção de e𝐶𝑎++
diminuindo a excreção de 𝐶𝑎++
→ uma pessoa que tem hiperparatireoidismo
(aumento da secreção de paratormônio) pode
apresentar osteoporose
→ o paratormônio também diminui a reabsorção
do fosfato → porque se não o iria se ligar𝐶𝑎++
ao fosfato no sangue e continuaria com sua
forma livre em baixas concentrações
→ potencializa a forma livre do sangue porque é
isso que paratormônio no regula, a
concentração de ionizado no sangue𝐶𝑎++
3. NO TGI: estímulo a síntese da vitamina D →
mais vitamina D + absorve no intestino𝐶𝑎++
- se aumenta concentração de , secreta𝐶𝑎++
mais por que não vai ter paratormônio𝐶𝑎++
atuando
- VITAMINA D
- considerada um hormônio, porque é
produzido por um tipo celular e é lançada na
circulação
- sua produção envolve vários órgãos
→ se inicia pela transformação do
7-dehidrocolesterol em colecalciferol através da
ação da luz UV - acontece na pele
→ o colecalciferol pode ser fornecido pela dieta
também; quando e ele passa pelo fígado recebe
uma no e se transforma em𝑂𝐻− 𝐶
25
25-OH-colecalciferol
→ agora duas coisas diferentes podem
acontecer no rim:
1. pode receber mais uma no ,𝑂𝐻− 𝐶
1
realizado pela 1 hidroxilase que éα −
estimulada pela: diminuição da
concentração de , aumento da𝐶𝑎++
concentração de paratormônio ou
diminuição da concentração de fosfato.
Agora a vitamina D é transformada em
sua forma ativa: 1,25-(OH) -colecalciferol
2
2. recebe a no : 24,25-(OH)𝑂𝐻− 𝐶
24 2
-colecalciferol que é a forma inativa
- normalmente metade é transformadana forma
ativa e metade na forma inativa, essa balança
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
21
pode mudar de acordo com as necessidades do
organismo
→ se estiver faltando no organismo, produz𝐶𝑎++
mais forma ativa de vitamina D para estimular
absorção de no TGI e mais vitamina D na𝐶𝑎++
forma ativa, mais é absorvido no TGI𝐶𝑎++
→ se estiver sobrando , forma mais vitamina𝐶𝑎++
D na forma inativa
- ABSORÇÃO DE NO INTESTINO𝐶𝑎++
- entra na células através de canais de na𝐶𝑎++
membrana luminal e é a transportado dentro da
célula através de uma proteína chamada
calbindina; na membrana basolateral ele se
desliga da calbindina e é transportado para
fora da célula por uma ATPase𝐶𝑎++
→ meio extracelular é mais concentrado de 𝐶𝑎++
que o meio intracelular, então tem mais no𝐶𝑎++
lúmen do intestino e no sangue que no meio
intracelular
● então para entrar é fácil = difusão
● para sair é bombeado contra o gradiente
de concentração
- a vitamina D é um hormônio derivado do
colesterol → atravessa a membrana e estimula a
síntese de proteínas: canais de , calbindina𝐶𝑎++
e as ATPases𝐶𝑎++
→ aumenta todas as etapas de absorção de
- quanto mais vitamina D tiver, mais canais𝐶𝑎++
de na membrana luminal vai ter, mais𝐶𝑎++
calbindina no meio intracelular e mais 𝐶𝑎++
ATPase na membrana basolateral → portanto
maior será a absorção de no TGI𝐶𝑎++
- AÇÕES DA VITAMINA D
1. NOS RINS: estimula a reabsorção de fosfato e
(quer fornecer matéria-prima para produzir𝐶𝑎++
osso)
2. NOS OSSOS: estimula o remodelamento ósseo
3. importante para o crescimento, papel muito
importante para as crianças
- DEFICIÊNCIA NA SÍNTESE OU BAIXA INGESTÃO:
leva ao desenvolvimento do RAQUITISMO
(crianças não crescem adequadamente por falta
de vitamina D) ou OSTEOMALÁCIA em adultos
(ossos ficam moles = membros de vara-verde →
pouco material rígido e muita cartilagem)
- HORMÔNIOS SEXUAIS
- gônadas: são os responsáveis pela maturação
e desenvolvimento das células germinativas
● espermatozóides
● óvulos
→ MASCULINA: testículos → responsáveis pela
formação e maturação dos espermatozóides e
pela síntese e secreção da testosterona,
principal hormônio sexual masculino
→ FEMININAS: ovários → responsável pelo
desenvolvimento e maturação dos óvulos e
síntese e secreção dos principais hormônios
sexuais femininos: estrogênio e progesterona
- DIFERENCIAÇÃO SEXUAL
- SEXO GENÉTICO: XX (mulher) ou XY (homem) →
determine a presença da gônada
● XX: apresenta ovário
● XY: apresenta testículo
- SEXO FENOTÍPICO: aparência da genitália e
do trato genital interno
- GÔNADA BIPOTENCIAL:
- não apresenta traços da genital externa ainda
- acontece na fase intra-uterina → antes da 16ª
semana de gestação não é possível avaliar o
sexo do feto
- O QUE FAZ A DIFERENCIAÇÃO NO TRATO
GENITAL
- XY: vai possuir testículo e começar a sintetizar
dois hormônios essenciais para o
desenvolvimento do trato genital interno e
externo de aparência masculina: testosterona e
hormônio antimulleriano
→ na gônada bipotencial tem o ducto
mulleriano e o ducto wol�ano → a testosterona
faz o ducto de Wol�an se desenvolver em
estruturas masculinas
→ o hormônio antimulleriano impede
diferenciação do ducto mulleriano → se
desenvolve em estrutura feminina na ausência
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
22
desse hormônio (XY: ele vai atrofiar e se
degenerar)
- XX: os ovários não produzem testosterona,
então o ducto de Wol�an não se desenvolve e
se degenera; e também não tem o hormônio
antimulleriano e esse ducto (mulleriano) se
diferencia uma estrutura feminina
- RESUMINDO: uma gônada é indiferenciável, se
o sexo genético é XY, o gonádico do indivíduo é
testículo ele produz testosterona e hormônio
antimulleriano, o que leva o indivíduo a ter uma
estrutura de aparência masculina; entretanto, se
o sexo genético for XX, o sexo gonádico é ovário,
então não produz estes hormônios o que
permite o desenvolvimento de um trato genital
de aparência feminina
- ERROS NA DIFERENCIAÇÃO SEXUAL
- um indivíduo XY, com testículos que produzem
normalmente os hormônios, mas, o indivíduo
não tem receptores de testosterona
● sexo fenotípico feminino
● sexo genético e gonádico masculino
→ testículo não desce para o saco escrotal =
feminização testicular
→ na adolescência se descobre, porque não vai
ter desenvolvimento dos seios e não menstrua
- OBS.: na fase infantil quase não tem
diferenciação, a não ser pela genitália, porque a
produção de hormônios sexuais é dada
exclusivamente pelo córtex adrenal
- quando chega na puberdade, o eixo
hipotálamo-hipófise é ativado para produção
gonadotrofina e passa tem uma produção
diferente de hormônios sexuais nas mulheres
nos homens, o que vai gerar características
sexuais diferenciados
- PUBERDADE
- é uma série de acontecimentos que varia entre
cada indivíduo
- SEXO MASCULINO: surto de crescimento,
crescimento do pênis, aumento de pelos
pubianos, aumento de pelos axilares, aumento
de pelos faciais, primeira ejaculação, produção
de sêmen
- SEXO FEMININO: brotamento e
desenvolvimento das mamas, aumento dos
pelos pubianos e axilares, surto de crescimento
(mais curto que masculino) e menarca
→ depois da menarca, diminui a velocidade de
crescimento, porque o estrogênio tem a
capacidade de fechar as epífises
→ esse eventos não acontecem de uma hora
para outra, demoram anos e varia em cada
indivíduo e com influência de aspectos
ambientais
- REGULAÇÃO E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS
SEXUAIS MASCULINOS
- ANATOMIA DOS ÓRGÃOS SEXUAIS
MASCULINOS
● TRATO GENITAL INTERNO: próstata,
vesículas seminais, canal deferente e
epidídimo
● GENITÁLIA EXTERNA: saco escrotal e
pênis
→ o pênis serve tanto ao aspecto urinário,
quanto ao aspecto sexual
→ EREÇÃO: ativação do SNP (únicos inervados
pelo SNP) que relaxam os vasos penianos e se
enche de sangue, promovendo a ereção
1. TESTÍCULOS: 3 tipos celulares
1. ESPERMATOGÔNIA: células que darão
origem aos espermatozoides
2. CÉLULAS DE LEYDIG: que produzem
testosterona
3. CÉLULAS DE SERTOLI: serão responsáveis
pela sustentação e produção do
hormônio antimulleriano
→ os espermatozoides são produzidos nos
túbulos seminíferos e entram no lúmen do tubo
e se encaminham até o epidídimo, seguem para
o canal deferente e para uretra
→ ESPERMATOGÊNESE: formação de
espermatozóide
→ os homens produzem espermatogônias
durante toda sua vida (mas só amadurece os
espermatozóides na puberdade)
→ a espermatogônia se divide por meiose e
forma um espermatócito primário que sofre
primeira divisão meiótica e forma o
espermatócito secundário e cada um deles
sofrem uma segunda divisão meiótica, formando
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
23
as espermátides → cada espermatócito primário
origina 4 espermatozóides ativos
- HORMÔNIOS QUE ESTIMULAM A
ESPERMATOGÊNESE
1. testosterona: essencial para a o
crescimento e divisão das células
germinativas testiculares
2. LH: estimula as células de Leydig a
secretar testosterona
3. FSH: estimula as células de Sertoli; sem
esta estimulação a conversão das
espermátides em SPTZ não ocorreria
4. estrógenos: essenciais para a conversão
das espermátides em SPTZ
5. GH: controla as funções metabólicas
basais dos testículos, atua na divisão das
espermatogônias (anões possuem baixa
taxa de produção dos SPTZ)
- não é ativa em todos os tecidos. Sendo assim,
nesses tecidos ela precisa ser convertida em
diidrotestosterona.
→ função da testosterona: diferenciação fetal do
epidídimo, canal deferente e vesículas seminais.
Aumento da massa muscular, fechamento das
placas epifisárias, crescimento do pênis e
vesículas seminais, pela voz mais grave,
espermatogênese e libido.
→ função da diidrotestosterona: diferenciação
fetal do pênis, bolsa escrotal e próstata,
distribuição dos pêlos e padrão masculino da
calvície, atividade das glândulas sebáceas,
crescimento da próstata (finasterida – inibidor
da 5α-redutase)
Joaquim, C.R. P. (2017)
- o hipotálamo produz GnRh e através do
sistema porta hipotalâmico-hipofisário, atua
sobre as células da adeno-hipófise estimulando
a liberação de gonadotrofinas (LH - testículosestimulando a secreção de testosterona; e FSH -
atua sobre as células de Sertoli, estimulando a
espermatogênese)
→ INIBINA e a própria testosterona fazem
feedback negativo sobre adeno-hipófise e sobre
hipotálamo → efeitos comportamentais podem
modular esse eixo
- na gestação tem um pico de testosterona para
a diferenciação da gônada, no período neonatal
tem outro pico secreção (pico de estirão de 0 a 2
anos) e durante a puberdade tem outro pico
que incide com a produção dos
espermatozoides
- testosterona é um hormônio lipossolúvel, se
liga a um receptor citoplasmático, vai para o
núcleo e estimula a síntese de alguma proteína
- EFEITOS DA TESTOSTERONA
● distribuição dos pelos corporais
● calvície
● alterações do timbre da voz
● alterações sobre a pele e
desenvolvimento de acne → aumento da
secreção pelas glândulas sebáceas na
adolescência (pico de testosterona)
● alterações na formação de proteínas e
desenvolvimento muscular → efeito
anabolizante
● alterações do crescimento e retenção de
cálcio → aumento da quantidade total de
matriz óssea e retenção de cálcio.
● alterações no metabolismo basal
● aumento da produção de eritrócitos.
- RELAÇÃO E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS
SEXUAIS FEMININOS
- ANATOMIA DOS ÓRGÃOS SEXUAIS FEMININOS
● TRATO GENITAL INTERNO: trompas de
falópio útero, terço superior da vagina
● GENITÁLIA EXTERNA: clitóris, grandes e
pequenos lábios vaginais, 2/3 inferiores
da vagina
1. ÚTERO: tem três camadas (de externo para
interno) perímetro, miométrio (muscular
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
24
contração no parto e cólicas menstruais) e
endométrio (onde ocorre a fixação do
blastocisto)
→ o útero se comunica com os ovários (onde são
produzidos os óvulos) através das trompas de
falópio
→ na ponta das trompas tem as fímbrias, que se
movimentam → a célula germinativa é lançada
entre as fímbrias e o movimento dessa estrutura
atrai as células germinativas para as trompas,
onde ocorre a fecundação
→ pode haver infertilidade devido a não
movimentação dessas fímbrias - o óvulo não
consegue atingir a trompa
2. OVÁRIO: síntese dos óvulos e secreção dos
hormônios sexuais femininos: estrogênio e
progesterona
→ as mulheres produzem todas as células
germinativas durante a vida intra-uterina
→ o ogônio (célula germinativa primordial) se
divide por mitose e forma o ovócito primário
→ as meninas nascem com todos os ovócitos
primários prontos
→ todo mês a mulher libera uma quantidade de
ovócitos e somente um se transforma no óvulo é
liberado no ciclo menstrual
→ após liberado, o ovócito primário se divide em
ovócito secundário e primeiro corpo polar
→ ovócito secundário se divide um óvulo e o
segundo corpo polar
→ o primeiro corpo polar também se divide, mas,
seus produtos se desintegram
→ o segundo corpo polar também se desintegra
Berne and Levy. Principles of Physiology 4e
- OBS.: cada ovócito primário dá origem a
apenas um óvulo, enquanto nos homens cada
espermatócito dava origem a quatro
espermatozóides
→ o processo de meiose do óvulo só se completa
se esse óvulo for fecundado
- O QUE ACONTECE COM O ÓVULO A CADA
CICLO MENSTRUAL
- os ovócitos primários (ou folículos - um folículo
composto por várias células que circundam
ovócito primário) - a cada ciclo menstrual essas
células foliculares vão se proliferando e
começam a produzir hormônios sexuais e
substâncias para a nutrição do “óvulo”
→ chega um ponto que um dos folículos se torna
um óvulo e faz todos os outros regredirem em e
só esse continua com o processo e esse óvulo
será liberado
→ depois da ovulação pode:
1. ocorrer a fertilização e estrutura que
sobra depois da ovulação passa a se
chamar corpo lúteo, que produz
substâncias necessárias para nutrir o
zigoto enquanto não tiver placenta
2. não ocorrerá a fertilização e o corpo
lúteo se desintegra formando uma
cicatriz, o corpo albicans, e ao fim desse
ciclo ocorre a menstruação
- CICLO MENSTRUAL
- o ciclo hipotalâmico-hipofisário varia de
acordo com ciclo menstrual
- podem ser divididos de acordo com os eventos
que acontecem no ovário - ciclo ovariano ou de
acordo com os eventos que acontecem no útero
- ciclo uterino
- independente do ciclo, ovariano ou uterino, na
primeira metade do ciclo:
→ as gonadotrofinas irão estimular os ovários a
sintetizar estradiol e gerar feedback negativo
sobre adeno-hipófise
→ sempre no meio do ciclo, na ovulação, o
hipotálamo libera GnRH que atua sobre
adeno-hipófise e estimula a liberação de FSH e
LH, levando a síntese de estriol e gera feedback
positivo sobre adeno-hipófise
+ gonadotrofina + estrogênio, + estrogênio +
gonadotrofina
→ isso que induz a ovulação
→ depois esse feedback volta a ser negativo
→ o GnRH produzido pelo hipotálamo atua
sobre adeno-hipófise, que libera FSH e LH e
atua sobre o ovário estimulando a síntese de
progesterona
→ na primeira metade do ciclo o hormônio
dominante é o estrogênio e na segunda metade
o dominante a progesterona
→ no meio do ciclo o feedback é positivo, nas
outras fases é negativo
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
25
- começa a contagem do ciclo menstrual no
primeiro dia da menstruação
→ NO PRIMEIRO DIA: FASE MENSTRUAL DO
CICLO: descamação das paredes do endométrio
(sangra); folículos ovarianos se proliferando;
nível maior de estrogênio e progesterona
→ FASE PROLIFERATIVA: a camada do
endométrio está se preparando para receber o
óvulo, caso ele seja fecundado (ali que o óvulo se
fixa); essa proliferação coincide com aumento
dos níveis de estrogênio (proliferação
endometrial é mediada pelo estrogênio); o
folículo continua se proliferando e o LH está alto
também ( hormônio folículo estimulante está
estimulando a proliferação dos folículos)
→ quando as células foliculares sintetizam
estrogênio, quanto + folículo eu tenho, +
estrogênio eu vou produzir, até “virar a chave” do
feedback
→ quando o nível de estrogênio começou a
aumentar, o FSH começou a diminuir, porque o
feedback era negativo
→ agora que a “chave vira”, o nível de estrogênio
aumenta abruptamente o nível de LH e FSH -
quanto + estrogênio + LH e FSH, quanto + FSH e
LH +s estrogênio
→ esse pico de FSH e LH coincide com ovulação:
o folículo libera o óvulo entre as fímbrias e o
ovário
→ agora começa a SEGUNDA METADE DO
CICLO: podem acontecer duas coisas:
1. fertilização
2. não fertilização
→ depois da liberação do óvulo, a camada
endometrial está pronta para receber o óvulo,
caso este foi fecundado
→ na segunda metade do ciclo, o que ficou no
ovário se chama corpo lúteo, ele é responsável
por produzir progesterona
→ depois da ovulação, FSH e LH estimulam o
corpo lúteo a produzir progesterona que por
sua vez estimula a vascularização do
endométrio - porque se o óvulo foi
fecundado/estiver fecundado, ele vai precisar
receber oxigênio e nutrientes e para isso precisa
de sangue
1. SE O ÓVULO FOI FECUNDADO: o nível de
progesterona e estrogênio irão subir = gravidez
= processo gestacional
2. SE O ÓVULO NÃO FOI FECUNDADO: o corpo
lúteo tende a regredir e a medida que ele vai
regredindo, menos progesterona vai sendo
produzida, então também vai diminuindo a
vascularização do endométrio, até as células
morrerem e o endométrio começar a descamar,
entrando na fase de menstruação = início do
ciclo
Silverthorn. Human Physiology: an Integrated Approach. 7e
- AÇÕES DO ESTROGÊNIO
● maturação e manutenção do útero,
trompas e vagina
● desenvolvimento das características
sexuais secundárias femininas
● desenvolvimento das mamas
● proliferação e desenvolvimento das
células da granulosa
● manutenção da gravidez
● estimulação da secreção de prolactina
● crescimento ósseo e fechamento das
epífises
- AÇÕES DA PROGESTERONA
● manutenção da atividade secretora do
útero durante a fase lútea
● manutenção da gravidez
● estimula a atividade secretora dos
ductos mamários
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
26
● aumento do limiar uterino para o
estímulo contrátil
● ações termogênicas
- FUNCIONAMENTO DO ANTICONCEPCIONAL
- de maneira geral os anticoncepcionais são
combinados de estrogênio + progesterona
→ para ovular precisa de um picode estrogênio
seguido de um pico de LH e FSH que culmina na
ovulação
→ esse padrão fisiológico de níveis normais é o
que faz a mulher ovular
- de maneira geral, a mulher toma 21 dias o
comprimido e faz uma pausa de 7
→ ela menstruou → começa a tomar o
anticoncepcional novamente e por 21 dias
aumenta os níveis de estrogênio e progesterona
e não tem variação nos níveis desses hormônios,
ficam altos sem variar, então a mulher não vai
ovular
→ quando ela parar de tomar o medicamento,
os níveis desse hormônio irão descer e ela vai
menstruar e voltar a tomar → mulher que toma
anticoncepcional não ovula, pois não acontece
o pico de estrogênio que leva ao pico de LH e
FSH que, por sua vez, leva ovulação
- E SE ESQUECER DE TOMAR UM DIA?
- o nível de estrogênio cai!!
- e se a mulher agora resolver tomar dois para
compensar?
→ irá ocorrer um pico de estrogênio, gerando
um pico de LH e FSH que pode resultar na
ovulação
→ tem que seguir à risca o consumo de
anticoncepcional, porque não pode haver
alterações hormonais, porque pode ser que
essa alteração resulte na ovulação
→ a melhor orientação para quando se esquece
de tomar o comprimido é a fazer uma pausa de
7 dias e depois retornar - a única maneira de
garantir a eficácia
- mulheres que fazem uso contínuo de
anticoncepcional e não menstruam, porque o
nível hormonal permanece inalterado
- POR QUE HOMENS QUE FAZEM USO DE
TESTOSTERONA EXÓGENA DESENVOLVEM
MAMAS?
- colesterol é transformado em pregnenolona,
por estímulo de LH e depois em progesterona →
se a pregnenolona continuar na sequência,
forma a testosterona e a testosterona pode ser
transformado, via estímulo do FSH, em 17 -β
estradiol (estrogênio)
- o estrogênio é sintetizada a partir da
testosterona, por isso que o homem que faz os
uso exógeno de testosterona pode desenvolver
característica sexual secundária, mediada pelo
estrogênio → forma muito testosterona e
consequentemente muito estrogênio
● NAS MULHERES: isso ocorre nos ovários
● NOS HOMENS: podem acontecer no
tecido de adiposo - homens obesos têm
mamas porque esse tecido transforma
testosterona em estrogênio, resultam em
características sexuais secundárias
- OBS.: o tecido adiposo é capaz de sintetizar
estrogênio - mulheres obesas podem menstruar
mais cedo e homens obesos podem desenvolver
mamas
- PÂNCREAS ENDÓCRINO
- menor parte do pâncreas
→ fundamental no controle do metabolismo de
carboidratos, lipídios e proteínas através da
liberação de insulina e glucagon
→ como está envolvido na regulação do
metabolismo, qualquer alteração na sua
secreção pode acarretar diabetes, síndrome
metabólica e obesidade
- ILHOTAS DE LANGERHANS - ILHOTAS ILHOTAS
PANCREÁTICAS
1. CÉLULAS OU B (60 - 70%): liberam insulinaβ
2. CÉLULAS OU A (20 - 25%): liberam glucagonα
3. CÉLULAS OU D (10%): liberam somatostatinaδ
que diminui a secreção ácida do estômago,
inibe o centro da fome e ativa a sociedade e é
contra reguladora da liberação de insulina e
glucagon
4. CÉLULAS PP (< 2%): liberam polipeptídeo
pancreático
- INSULINA
- hormônio peptídico (não precisa circular no
sangue ligado a proteínas, meia-vida muito
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
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rápida, se liga a receptores de membrana para
atuação nas células alvo)
→ hormônios hidrossolúveis são sintetizados
como pré e pró-hormônios no complexo de
golgi, são reduzidos a pró-hormônios e são
veiculados por enzimas lisossomais
→ algumas cadeias dos pró-hormônios são
quebrados, liberando o hormônio e vezes um
intermediário desse hormônio (no caso da
insulina, o grânulos secretores a insulina (com
suas pontes de dissulfeto) e peptídeo C
(peptídeo conector que faz parte da
pró-insulina)) - mas é a insulina que tem a ação
Guyton, 2011
- ESTÍMULOS PARA SECREÇÃO DE INSULINA
1. aumento da glicose sanguínea (mais
importante)
→ principalmente após uma refeição - o índice
glicêmico de um alimento que determina o quão
rápido essa glicose vai chegar no sangue →
alcança o pâncreas endócrino e ocorre o
estímulo para liberação de insulina
→ diabéticos devem evitar alimentos com alto
índice glicêmico
2. aminoácidos
3. ácidos graxos
4. alguns hormônios
5. sistema nervoso autônomo
1. AUMENTO DA GLICOSE PLASMÁTICA
- aumento da glicose plasmática faz com que
ela entre nas células através do GLUT-2, é
metabolizado gerando ATP
→ o aumento do ATP, gerado pela entrada de
glicose (que foi metabolizado e oxidada) vai
fechar canais para sensíveis a ATP𝐾+
→ normalmente o canal está aberto e o sai𝐾+
por diferença de concentração, no momento do
aumento dos níveis de ATP, o canal se fecha e
aumenta a concentração de intracelular e𝐾+
causa uma despolarização, que abre canais
para voltagem dependentes𝐶𝑎++
→ o entra na célula através do seu𝐶𝑎++
gradiente de concentração e estimula a
exocitose dos grânulos que contém insulina
para circulação
2. ÁCIDOS GRAXOS LIVRES E AMINOÁCIDOS
- farão o mesmo trajeto da glicose, aumentando
o ATP intracelular (mas a glicose é muito mais
importante)
3. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA)
as células B possuem receptores para
acetilcolina (ACh), uma vez que a ACh se liga aos
receptores muscarínicos (M), ativa 2º
mensageiros que culmina com aumento do 𝐶𝑎++
intracelular
→ IP3 é o 2º mensageiro (libera o do retículo𝐶𝑎++
→ DAG (diacilglicerol) estimula abertura de
canais para na membrana𝐶𝑎++
→ SNP: estimula a liberação de insulina sistema
→ SNS: inibe a liberação de insulina
→ as células B possuem receptores
alfa-adrenérgicos, onde a via de sinalização
desse receptor é acoplados à proteína Gi
(inibitória) e causa redução do AMPc que reduz
a liberação de insulina (adrenalina e
norepinefrina que se ligam a esse receptor)
- o SNP é estimulante de todas as funções
gastrointestinais, estimula a liberação de
insulina na fase pós absortivo
- o SNS está envolvido na manutenção da
glicemia de jejum e nas respostas de luta e fuga
→ tem que manter a glicose no sangue para ter
aporte de glicose no sangue no processo de
luta e fuga
4. GLP-1
- tipo de incretina que está envolvida na
estimulação do centro da sociedade, também
aumenta a sensibilidade das células a insulina e
estimula a liberação de insulina
→ potencial farmacológico para tratamento de
diabetes tipo II → estimula a liberação de
insulina pela célula
- RESUMINDO: glicose circulante → quando a
glicose aumenta, adentra a célula pancreática
estimulando a liberação de insulina que causa
entrada do transporte de compostos
energéticos para dentro das células
→ a redução da glicose plasmática (causado
devido sua entrada para dentro da célula)
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
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causam feedback para inibir a liberação de
mais insulina
→ lembrando que aminoácidos e ácidos graxos
também elevam a secreção de insulina
- MECANISMOS DE AÇÃO DA INSULINA
- atua em receptores de membrana do tipo
tirosina cinase
→ as pontes de dissulfeto se ligam a duas
subunidades desse receptor e estimula a
formação de substratos dos receptores de
insulina, ou IRS que são os 2º mensageiros dessa
via de ativação do receptor pela insulina
→ os IRS causam a translocação dos receptores
de glicose para a membrana plasmática, que
culmina na entrada de glicose para dentro das
células, vai estimular anabolismo nas células
musculares (estimulando a síntese de proteínas),
estimula a lipogênese nos adipócitos, estimula
síntese de glicose e estimula a expressão gênica
de fatores de crescimento
- TIPOS DE RECEPTORES PARA GLICOSE
- GLUT-1, 2 e 3: Independentes de insulina (não
precisam de insulina para captação de glicose),
- GLUT-4: sua inserção na membrana, para
captação de glicose, ácidos graxos ou
aminoácido são dependentes de insulina
- EFEITOS DA INSULINA
1. NO FÍGADO
→ independente de insulina para captação de
glicose (GLUT-2), mas a insulina potencializa as
vias metabólicas de conversão de glicose em
glicogênio para reserva energética
● aumenta a formação de glicogênio
● diminui a produção hepática de glicose
● excesso de glicose se transforma em
triglicerídeos
● aumenta a glicogenólise
● inibe a cetogênese → aumento de corpos
cetônicos em diabéticos devido à falta

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