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1 FISIOLOGIA ENDÓCRINA - MECANISMOS DE AÇÃO HORMONAL - um ou mais hormônios direcionados a uma determinada função → exemplo: regulação da disponibilidade energética → insulina e glucagon, mas tem influência do hormônio de crescimento e do cortisol → vários hormônios regulando uma única função ou múltiplas funções do nosso organismo - os hormônios desenvolvem suas são os órgãos alvos, através de segundos mensageiros ou alteração genética direta - vitamina D (pode ser considerada como hormônio) faz uma alteração genética direta: aumenta a expressão de canais para 𝐶𝑎++ - SISTEMA CLÁSSICO: endócrino, parácrino e autócrino Melo, A.M. D., 2012. 1. ENDÓCRINO: temos uma célula secretora que libera o hormônio para circulação sanguínea que atua no receptor que pode ser citoplasmático ou de membrana (hormônio hidrossolúvel atua em um receptor de membrana,já o hormônio lipossolúvel, como a testosterona, atua em um receptor citoplasmático, porque consegue atravessar a membrana e se ligar a esse receptor dentro da célula) → liberam na corrente sanguínea (geralmente a célula alvo está distante da secretora) 2. PARÁCRINO: atua numa célula vizinha 3. AUTÓCRINO: libera e atua na própria célula - SISTEMA NÃO CLÁSSICO: criptócrino, intrácrino e justácrino Melo, A.M. D., 2012. 1. CRIPTÓCRINA: observou-se nas células de Sertoli nos túbulos seminíferos onde ocorre a espermatogênese → tem uma barreira hematotesticular → formação dos espermatócitos que evoluem para espermátides que evoluem para espermatozoides → tem células que sintetizam fatores de crescimento → a testosterona (lipossolúvel) adentra esse sistema para estimular a espermatogênese 2. JUSTÁCRINA: uma célula que libera um hormônio, que atua na célula alvo que está justa a esta célula como se houvesse uma ponte física entre a célula secretora e a célula alvo e essa ponte permite atuação do hormônio - parece com a parácrina, mas, na justácrina possui a presença de uma ponte física 3. INTRÁCRINA: clássicos são os hormônios tireoidianos - na tireoide forma mais hormônios T4 do que T3, mas, o T3 que tem ação biológica → as células alvo dos hormônios tireoideanos têm uma enzima que converte T4 em T3 → síntese do hormônio e a ligação do receptor ocorre na mesma célula, porque o hormônio ativo é o T3, então o T4 entra e é convertida em T3 dentro da célula e se liga ao seu receptor → a própria célula alvo converte esse hormônio na forma ativa e tem um receptor que ele vai atuar para modificar as ações daquela célula - ÓRGÃOS ENDÓCRINOS TRANSITÓRIOS E CLÁSSICOS - TRANSITÓRIOS: 1. placenta: restrita ao período da gestação 2. miócitos cardíacos: produzem peptídeo natriurético atrial que atua nos rins DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 2 3. células gastrointestinais - grelina (estimula a fome) e PYY (estimula a saciedade) 4. tecido adiposo: libera leptina que estimula a saciedade - CLÁSSICOS: 1. hipotálamo 2. hipófise 3. paratireóides: paratormônio (metabolismo do e fosfato)𝐶𝑎++ 4. tireóide: T3 e T4 5. adrenal: aldosterona, cortisol e hormônios sexuais 6. pâncreas: glucagon e insulina 7. ovários: progesterona e estrogênio (hormônios sexuais) 8. testículos: testosterona (hormônio sexual) - CLASSIFICAÇÃO DOS HORMÔNIOS - a maioria dos hormônios são peptídicos, alguns são derivados de aminoácidos (aminas dopanogênicas - dopamina, adrenalina, serotonina, T3, T4) e existem os esteroidais, que são derivados do colesterol (aldosterona, cortisol, estradiol, progesterona e testosterona) - HIDROFÍLICOS: atuam em receptores da membrana, porque não conseguem permear a membrana → como os hormônios proteicos e as catecolaminas (derivados de aminoácidos) são hormônios hidrossolúveis podem circular no sangue de forma livre - assim são rapidamente metabolizados, geralmente são filtradas pelos rins e sua ação é realizada - a ação desses hormônios é muito curta (tempo de meia vida - tempo que vão agir e são degradados é curto) - LIPOFÍLICOS: derivados do colesterol (cortisol e hormônios sexuais) e tireoideanos (T3 e T4) - conseguem atravessar a membrana plasmática e os receptores estão presentes no citosol das células → no contexto dos hormônios esteroidais e os tireoideanos têm características lipossolúveis - para serem transportados no sangue tem que estarem fixados a uma proteína plasmática - como estão ligados a proteínas, são difíceis de metabolizar, então o tempo de ação é maior (proteínas protegem eles de uma metabolização muito rápida) - SÍNTESE DOS HORMÔNIOS HIDROSSOLÚVEIS - os hormônios peptídicos e as aminas biogênicas são sintetizados como pré e pró-hormônio - são reduzidos a pró-hormônio até chegarem no hormônio propriamente dito → geralmente chegam essa fase no complexo de golgi, onde enzimas transformam o pró-hormônio em hormônio → daí eles são estocados em vesículas e quando essa célula recebe um estímulo e esse estímulo aumenta intracelular, as vesículas são𝐶𝑎++ fundidos através de exocitose na membrana plasmática e os hormônios são liberados para circulação - parecido com a sinapse química Guyton, 2006 - MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS HIDROSSOLÚVEIS - irão circular no sangue de forma livre, não precisam estar ligados a proteínas e os receptores são receptores de membrana DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 3 → esses receptores, quando o hormônio se liga ele, promove a formação de 2º mensageiros que irão alterar a função daquela célula → paratormônio, angiotensina II, ADH, hormônio liberador de tireotrofina, peptídeo natriurético atrial, insulina, fatores de crescimento → a grande maioria desses hormônios estão ligados a receptores acoplado os a proteína G que irão gerar 2º mensageiros que farão ação dentro da célula Boron & Boulpaep, 2015 - exemplos: ● o paratormônio se ligam receptor acoplado à proteína G que está relacionada ao aumento do AMPc que vai desenvolver a ação da célula ● o ADH se liga a um receptor acoplado à proteína G que leva a formação de 2º mensageiros ● o hormônio liberador de tireotrofina que estimula adeno-hipófise, também é ligado à proteína G ● a insulina se liga ao receptor do tipo tirosina cinase que leva a fosforilação de diversas proteínas e gera resposta celular Boron & Boulpaep, 2015 - as aminas biogênicas são receptores adrenérgicos, dopaminérgicos, também ligados à proteína G - SÍNTESE DOS HORMÔNIOS LIPOSSOLÚVEIS - derivados do colesterol - são produzidos pela suprarrenal, ovários e testículos - como o colesterol chega às células endócrinas? → o colesterol da dieta chega ao fígado e incorpora os quilomícrons (molécula exocitada do intestino para os vasos linfáticos e chega ao fígado) → o quilomícron tem triglicerídeos (TAG), colesterol, fosfolipídios e vitaminas lipossolúveis → o colesterol dos quilomícrons é metabolizado ou provém da Acetil-CoA → agora o colesterol incorporado às VLDLS, LDLS (tem receptores para LDLS nas células endócrinas que reconhecem a LDL inteira que é endocitada) → na célula endócrina, a LDL é metabolizada e libera o colesterol a partir da LDL que fica armazenado na forma de ÉSTER DE COLESTEROL → por isso a coloração dessas glândulas (órgãos) endócrinos são amarelados - armazenam ésteres de colesterol em vesículas para produzirem hormônios derivados do colesterol (colesterol é o produto para a síntese desses hormônios) → quando essa célula estimulada, o colesterol, através de inúmeras reações enzimáticas é convertido em pregnenolona, que também passa por inúmeras reações enzimáticas dando origem aos hormônios derivados do colesterol - aldosterona, cortisol testosterona, estradiol Boron & Boulpaep, 2015 - MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS LIPOSSOLÚVEIS - circulam no sangue ligados a uma proteína plasmática (~98%) e poucos na forma livre (~2%) → quando a fração livre se aproxima da célula, por ser lipossolúvel, atravessam a membrana DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 4 plasmática e se ligam a um receptor citoplasmático → esse complexo hormônio + receptor se transloca para o núcleo, agem numa região promotora de um gene específico, mudando a expressão gênicae, por exemplo aumentando a expressão gênica de uma determinada proteína → exemplo: vitamina D - entra, age no receptor citoplasmático, o complexo transloca para o núcleo e aumenta a expressão gênica de canais para 𝐶𝑎++ - o hormônio esteroidal está atravessando a membrana plasmática e no citosol tem um receptor ligado à chaperonas, então quando hormônio se liga ao receptor, as chaperonas se desligam e o complexo receptor + hormônio se translocam e se ligam uma região específica de um gene, que vai aumentar a expressão gênica de uma determinada proteína → a própria fita de DNA tem um ponto para ligação do complexo hormônio/receptor e então uma nova proteína sintetizada (canal iônico, uma bomba) - RESUMINDO: hidrossolúveis se ligam a 2º mensageiros e geram resposta; enquanto lipossolúveis alteram a expressão gênica de uma proteína e isso demanda mais tempo - REGULAÇÃO E SECREÇÃO HORMONAL Boron & Boulpaep, 2015 - FEEDBACK NEGATIVO: mantém a homeostasia e limita os excessos de hormônios e suas ações - FEEDBACK POSITIVO: exemplo - ocitocina (parto) - DESCRIÇÃO DA FIGURA → A: alça retroalimentação simples: sensor libera o hormônio que atinge o alvo 1 que gera hormônio ou metabólito que atinge um alvo 2, o hormônio ou metabólito gerado chegar no sensor e inibe o sensor → quando chega um determinado nível desse hormônio ou metabólito na circulação, eles inibem o sensor para diminuir a síntese desse hormônio → exemplo de retroalimentação negativa → B: controle hierárquico - exemplo prático: o córtex cerebral atua sobre o hipotálamo que libera o hormônio liberador de corticotrofina (CRH). O CRH atua sobre a hipófise anterior que libera o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) que atua na suprarrenal liberando cortisol que vai atuar no tecido alvo → quando o cortisol aumenta na circulação, próprio cortisol vai atuar sobre a hipófise anterior para diminuir o ACTH que vai atuar sobre o hipotálamo para diminuir o CRH - feedback negativo - o hipotálamo que se conecta de forma neural com a hipófise posterior e os neurônios que recebem estímulos e geram potenciais de ação (PA), fazem a hipófise posterior liberar ocitocina, que faz a contração uterina durante o parto → a medida que a concentração de ocitocina aumenta, ela estimula o hipotálamo a liberar mais ocitocina - feedback positivo DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 5 - então feedback positivo é a liberação cada vez maior do hormônio sem sinalização para reduzir a liberação desse hormônio; enquanto feedback negativo é a sinalização para inibir/diminuir a produção daquele hormônio - quando hormônios chegam determinados níveis na circulação, o próprio hormônio ou algum metabólito gerado pelo sistema fazem essa sinalização - EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE - controla, através de hormônios que serão produzidos dentro desse eixo, a função de várias glândulas como a tireóide, suprarrenal, ovários e testículos - estruturas cerebrais (neocórtex) que recebem estímulos (sono, vigília, ciclo circadiano, …) que chegam ao cérebro e alteram o funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise → uma vez que se recebe esses estímulos podem alterar diversas coisas, descritas na imagem abaixo, isso através do sistema hormonal Joaquim, C.R. P. (2017) - temos dois eixos: 1. EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE ANTERIOR (ADENO-HIPÓFISE) 2. EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE POSTERIOR (NEURO-HIPÓFISE) - EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE ANTERIOR (ADENO-HIPÓFISE): é feito através de uma conexão vascular chamada sistema porta hipotálamo-hipofisária → rede de vasos sanguíneos que conecta o hipotálamo a hipófise anterior e através desse sistema de vasos o hipotálamo libera diversos hormônios que atuam sobre a hipófise anterior estimulando ou inibindo a liberação desses hormônios adeno-hipofisários Joaquim, C.R. P. (2017) → esses hormônios da adeno-hipófise controlam outros órgãos (o eixo cortisol começa pelo hipotálamo que libera um hormônio que atua sobre a adeno-hipófise que libera outro hormônio que atua sobre suprarrenal que libera o cortisol - o cortisol depende desse eixo assim como os hormônios sexuais, por exemplo) - o hipotálamo faz síntese e liberação de hormônios inibidores ou liberadores que caem no sistema porta hipotálamo-hipofisário, chegam a hipófise anterior e estimulam a liberação de outros hormônios que irão modificar outros tecidos endócrinas ou agir diretamente ● ACTH: age na suprarrenal liberando cortisol ● TSH: atua na tireóide estimulando T3 e T4 ● FSH e LH: atuam nos testículos estimulando a espermatogênese e liberando testosterona e nos ovários liberando estradiol e progesterona ● GH (hormônio do crescimento): atuam em todas as células ● PRL (prolactina): estimula produção do leite materno - os hormônios da adeno-hipófise que são influenciados por outros hormônios e liberados pelo hipotálamo, são o GH (todas as células, principalmente nos ossos), PRL (glândulas mamárias), FSH e LH (testículos e ovários), TSH (tireóide - T3 e T4), ACTH (córtex renal - cortisol), MSH (melanócitos) e endorfina (analgesia) EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE POSTERIOR (NEURO-HIPÓFISE): a conexão é feita através de neurônios, onde o corpo celular desses neurônios encontram-se no hipotálamo e o axônio se prolonga até hipófise posterior e terminação axônica dá origem a sinapse que libera os hormônios para os capilares que estão ao entorno DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 6 Joaquim, C.R. P. (2017) → os principais hormônios liberados pela neuro-hipófise: ocitocina e ADH → são sintetizados pelo hipotálamo e através lá dos axônios são transportados e armazenados na terminação sináptica dos neurônios na hipófise posterior - quando esses neurônios disparam PA, suas terminações liberaram esses hormônios para circulação sanguínea → PA chega na terminação sináptica, entra𝐶𝑎++ e libera o hormônio para atuar no órgão efetor - HORMÔNIOS E AÇÕES DA ADENO-HIPÓFISE - o hipotálamo libera um hormônio que vai atuar na adeno-hipófise: 1. GHRH (hormônio liberador do hormônio de crescimento - GH) ou GHIH (hormônio inibidor do GH) - somatostatina: então esses hormônios atuam sobre células somatotróficas e modificam a liberação do GH ● GHRH: estimula a liberação do GH ● GHIH: inibe as células a produzirem em GH → o GH uma vez que liberado estimula produção de um fator chamado insulina-like (IGF-1) que é um fator de crescimento que atua na formação, por exemplo, de massa magra, síntese de massa muscular, estimula o processo de remodelamento ósseo 2. TRH (hormônio liberador de tireotrofina): atua sobre a adeno-hipófise, na células tireotróficas, estimulando a liberação do hormônio tireoestimulante que atua sobre a tireóide, estimulando a liberação de T3 e T4 3. CRH (hormônio liberador de corticotrofina): atua na adeno-hipófise, estimulando as células corticotróficas a liberar um hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) que atua no córtex adrenal estimulando principalmente a liberação de cortisol 4. GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina): atua nas células gonadotróficas da adeno-hipófise estimulando-as a liberarem o FSH e LH que atuam nos ovários estimulando a síntese do estrogênio e progesterona e nos testículos estimulando a espermatogênese e a síntese de testosterona 5. DOPAMINA (inibitória): agem sobre as células lactotróficas, estimulando a síntese de prolactina (PRL) que estimula as glândulas mamárias na produção do leite - a dopamina inibe a produção de leite, atuando sempre nos homens e nas mulheres que não estão amamentando - EM RELAÇÃO À TIREÓIDE - então temos diversos estímulos que chegam ao nosso cérebro (luz, frio, …) que estimulam o hipotálamo a liberar TRH que, por sua vez, estimula a hipófise anterior a liberar TSH que atua sobre tireóide que libera T3 e T4 para circulação → quando as concentrações de T3 e T4 aumentam, irão produzir feedback negativo tanto no hipotálamo para reduzir o TRH, quanto na hipófise para reduzir a liberação de TSH Joaquim, C.R. P. (2017) - EM RELAÇÃO AO CORTISOL - o cortisol é muito influenciado pelo ciclo circadiano e por estresse físico e mental → então quando esses estímuloschegam ao nosso cérebro, o hipotálamo libera ser CRH que atua sobre a hipófise anterior, estimulando a ACTH que, por sua vez, atua sobre a suprarrenal estimulando principalmente o cortisol (glicocorticoide) → uma vez na circulação, o glicocorticoide diminui o ACTH e diminui o CRH no hipotálamo DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 7 Joaquim, C.R. P. (2017) - EM RELAÇÃO ÀS GÔNADAS - alguns neurotransmissores atuam sobre o hipotálamo que libera o GnRH que estimula a hipófise anterior a liberar o hormônio luteinizante e o hormônio folículo estimulante (LH e FSH) → NOS TESTÍCULOS: o LH e o FSH estimulam a liberação de testosterona, o FSH também estimula espermatogênese → depois da estimulação da produção de testosterona, ela mesmo faz o feedback negativo para reduzir o GnRH e o LH e FSH → mas também as células Sertoli a liberam um hormônio chamado INIBINA que ajuda no feedback negativo da hipófise anterior (↓ FSH e LH) → um hormônio chamado ATIVINA (também produzida pelas células Sertoli nos testículos) que faz feedback positivo para aumentar a liberação de LH e FSH Joaquim, C.R. P. (2017) → NOS OVÁRIOS: o LH estimula células TECA do ovário a produzirem testosterona que se difunde para as células granulosas → o FSH estimula a célula granulosa quanto a maturação dos óvulos e a liberação de estrogênio e progesterona que fazem feedback negativo na hipófise anterior do hipotálamo Joaquim, C.R. P. (2017) - EM RELAÇÃO AO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GH) - o hipotálamo recebe estímulos que libera GHRH (liberador) e SS (somatostatina - inibitória) → o GHRH atua sobre a adeno-hipófise, liberando GH que ao passar pelo fígado e estimula a síntese de fatores de crescimento chamado IGF-1. Tanto o GH quanto o IGF-1 fazem feedback negativo → o IGF-1 faz na adeno-hipófise e no hipotálamo e o GH só no hipotálamo Joaquim, C.R. P. (2017) - EM RELAÇÃO A PROLACTINA - a alça que induz a liberação de PRL só ocorre durante a gravidez e amamentação DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 8 → homens e mulheres não grávidas não induzem a liberação (a dopamina- que é inibitória está atuando nessa alça) → então, durante a gravidez e amamentação, ocorre a liberação da alça que faz a liberação de PRL pela hipófise anterior. A PRL atua nas gônadas e nas glândulas mamárias principalmente, estimulando a produção de leite (feedback positivo - quanto mais a mulher amamenta mas ela produz leite) Joaquim, C.R. P. (2017) → o hipotálamo libera o hormônio que estimula a liberação de PRL pela adeno-hipófise. A PRL estimula a síntese de leite pelas glândulas mamárias e a própria PRL ele faz feedback positivo para a síntese de mais PRL - SUCÇÃO MAMILAR é o principal estímulo para liberação de PRL durante amamentação → quanto + amamenta, + leite produz - AÇÕES DA PROLACTINA: desenvolvimento mamário, juntamente com o estrogênio e a progesterona; lactogênese (não precisando haver gravidez); inibição da ovulação (inibe a síntese de GnRH) - HORMÔNIOS E AÇÕES DA NEURO-HIPÓFISE - corpo celular no hipotálamo e terminação sináptica está na neuro-hipófise e uma vez que esses neurônios são estimulados irão produzir PA que chegam a terminação e liberam para circulação vasopressina (ADH) ou ocitocina Joaquim, C.R. P. (2017) - VASOPRESSINA: aumento da osmolaridade plasmática, queda da pressão, hipovolemia, hipoglicemia, entre outros, estimulam/atuam sobre o núcleo supra óptico e paraventricular do hipotálamo que estimulam os neurônios com as terminações sinápticas na hipófise posterior que sob esse estímulo libera vasopressina que pode atuar: ● rins: estimula aumentando reabsorção de água ● músculo liso dos vasos: vasoconstrição ● outros - OCITOCINA: aleitamento, final da gravidez, parto, outros, estimulam os neurônios do núcleo supra óptico e paraventricular do hipotálamo com terminações na hipófise posterior e liberam ocitocina que atua: ● útero: contração uterina (parto) - admissão de ocitocina durante o parto ● glândula mamária: estimula células musculares do entorno para ejeção do leite durante sucção ● outros: aumento da capacidade de memória e raciocínio no cérebro, gera prazer DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 9 - a ocitocina estimula a contração do miométrio no parto (feedback positivo) e estimula ejeção do leite e a sucção mamilar, além de estimular estimular a produção de PRL, também estimula produção de ocitocina → período de resguardo: período de sangramento vaginal pós parto - quando a mulher amamenta logo após o parto ocorre estimulação do sangramento vaginal (cólica e dor no peito causado pela ocitocina, contraindo as células musculares em torno da glândula mamária e ainda continua contraindo o miométrio - importante para eliminar o que fica no útero da gestação → importante amamentar para diminuir o período de resguardo) - REGULAÇÃO DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO - HORMÔNIOS QUE INFLUENCIAM CRESCIMENTO ● GH: determina crescimento longitudinal dos indivíduos e a manutenção de várias células do nosso corpo (principal) ● T3 e T4 ● androgênios e estrogênios ● insulina glicocorticóides - na falha de qualquer um desses o crescimento é afetado - criança com hipotireoidismo não cresce direito e tem comprometimento ósseo - CRESCIMENTO FETAL - INFLUÊNCIAS MATERNAS: alimentação da mãe, hábitos sociais (tabagismo, alcoolismo, drogas) e genética - PADRÃO DA DIETA: rica em proteínas (impacto positivo) rica em gorduras (impacto negativo) - crescimento fetal no período final da gestação ● androgênios fetais ● hormônios tireoidianos - mais importante ao final da gestação (36ª semana) → crescimento físico e desenvolvimento neural ● insulina fetal - fator importante que induz secreção de IGF. Pode ser estimulada pela glicose materna ● IGFII (envolvido no crescimento embrionário) ● IGFI (principal fator de crescimento pós-natal). - hormônios tireoideanos são da mãe e chegam pelo cordão umbilical: importante para crescimento a partir da 36ª semana → pode ter déficit do crescimento neural - insulina fetal estimulada pela glicose materna: se a mãe é diabética ou tem diabete gestacional, o tamanho do feto aumenta → a glicose materna estimula a insulina fetal que estimula secreção de fatores crescimento que estimulam o crescimento fetal - CRESCIMENTO PÓS-FETAL - 2 picos de crescimento: 1. 0 – 2 anos 2. estirão puberal (testosterona/estrogênio + GH) - esse estirão depende do sexo, de 10 a 13 anos - puberdade feminina (outro pico de crescimento - menarca), de 14 a 16 anos - puberdade masculina (outro pico de crescimento - adrenarca) - depois da adrenarca e da menarca, os hormônios sexuais + GH, estimulam o pico de crescimento. Depois dessa fase, o adolescente cresce pouco - as epífises começam a se fechar - fatores genéticos e nutricionais impactam positivamente ou negativamente no crescimento - quando a menarca ocorre muito cedo (8 anos por exemplo), geralmente as meninas foram grandes na infância, as epífises se fecharam logo após a menarca, e serão um pouco menores na fase adulta → existe como postergar essa menarca precoce → déficit de crescimento também tem intervenção médica e endócrina como indução de GH nas crianças DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 10 - muitas vezes o crescimento do corpo não acompanha o crescimento de outros órgãos e tecidos → sistemas reprodutor só vai crescer/amadurecer após a menarca e a adrenarca → liberam grandes quantidades de hormônios sexuais que influenciam na função e tamanho dos órgãos genitais - dentro do contexto dos hormônios sexuais, o GH é o mais importante - influência em 30% da estatura final - Alça: hipotálamo libera GHRH que age sobre hipófise anterior liberando GH que faz seu feedback negativo no hipotálamo → age no fígado estimulando o fator de crescimento, que faz feedback negativo na hipófise anterior e no hipotálamo → o GH atua no tecido adiposo, liberando ácidos graxos livres (efeito lipolítico), que inclusive contribuem para o feedback negativo → atua no fígado que é o principal órgão que libera fator de crescimento → atua no estômago estimulando a grelina- até 20 anos: ↑ GH e ↑ IGF → quando vamos envelhecendo a quantidade desses hormônios vão diminuindo - CARACTERÍSTICAS - hormônio proteico - armazenada em vesículas e secretado por exocitose toda vez que o intracelular𝐶𝑎++ aumenta ● para aumento do precisa da𝐶𝑎++ liberação do hormônio liberador de GH que age sobre hipófise anterior estimulando GH (hidrossolúvel), então circula no sangue livremente e atua em receptores de membrana produzindo 2° mensageiros que irão modificar a função da célula - GH ligado ao seu receptor produz diversos 2º mensageiros que atuam tanto em respostas agudas (PI-3K) como também interfere na função genética, altera a transcrição gênica para diversas proteínas que irão estar influenciando no metabolismo e crescimento (tanto a diferenciação quanto a proliferação celular) DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 11 - ações diretas: mediadas pelo GH diretamente → metabolismo (em caso de aumento das concentrações ou por disfunção hormonal ou admissão: anabolismo de proteínas, efeito lipolítico no entanto hiperglicêmico) → anabólico, lipolítico e hiperglicemiante - ações indiretas: IGF-1 → função óssea e trofismo dos órgãos → depois que acaba o crescimento, o GH contribui para o trofismo dos órgãos; ação no metabolismo de lipídios e proteínas → ação direta do GH → no metabolismo de carboidratos o GH tem uma ação anti anti insulínica, reduz a captação de glicose para dentro das células, aumenta glicemia → quem usa GH inadequadamente pode vir a desenvolver diabetes, além de alterar a funcionalidade de vários órgãos → vai contribuir para aumento da massa muscular e redução da adiposidade, mas, há prejuízos - sob influência do GH, as gorduras são usados para energia em preferências carboidratos e proteínas, porque ele reduz a captação de glicose dentro da célula, mas, faz efeito lipolítico, liberando ácidos graxos para circulação, que chegam ao fígado e estimulam a síntese de proteínas = aumento da massa magra e redução da do tecido adiposo → OBS.: excesso de GH (seja por disfunção orgânica por automedicação), pela sua ação no metabolismo lipídicos, pode causar CETOSE e ESTEATOSE HEPÁTICAS → além do aumento da glicose que pode levar a um quadro de diabetes EFEITO DIABETOGÊNICO = diminuição da captação de glicose pelas células, sensibilidade diminuída à insulina - RESUMINDO: o GH causa aumento da síntese protéica; mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo com aumento de ácidos graxos no sangue e sua utilização como fonte de energia; redução da utilização de glicose - COMPORTAMENTO DO GH AO LONGO DO DIA - existe um pico noturno de GH nos homens - nas mulheres é um pouco diferente, o pico noturno é menor e tem um pico pela manhã também → os picos só ocorrem se estiver no estágio IV do sono (sono profundo) → o ciclo circadiano que induz esses picos → no escuro tem a liberação de melatonina, que induz o sono e na fase profundo tem estímulo do GH ò noite - ESTÍMULOS E INIBIÇÃO DO GH - jejum e privação calórica: diminuição da glicose que por sua vez é estímulo para liberação de GH → jejum estimula a liberação de GH, o que contribui para a manutenção da glicemia no jejum e no sono - sobre a inibição → criança obesa, que geralmente está ligado ao aumento da glicose, junto a outros fatores, a obesidade em si, aumenta a glicose no sangue e aumenta os ácidos graxos, que impactam de forma negativa na liberação do GH → fatores ambientais intervém no crescimento DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 12 → a criança desenvolve obesidade principalmente pela hiperplasia de adipócitos → depois que gerou esse aumento do número de adipócitos, ele não vai reduzir e na fase adulta não aumenta o número de adipócitos; ou ele se enche (adipogênese) ou ele se esvazia (ação lipolítica) - o aumento da proliferação de adipócitos na infância aumenta a chance de obesidade na vida adulta → pessoa com alto nível de GH pode ter diabetes - em adultos diabéticos, pode ser reduzida a liberação de GH, devido aos altos índices glicêmicos - ANORMALIDADES RELACIONADAS AO GH - pan-hipopituitarismo na infância: redução da secreção de todos os hormônios da adeno-hipófise, incluindo o GH. Pode causar: ● nanismo: sem GH, sem crescimento linear → deficiência congênita ou não do IGF que produz as ações ósseas - pan-hipopituitarismo no adulto: aparecimento de tumor que reduz o GH - distúrbios associados ao aumento do GH: → congênito ou tumor na adeno-hipófise ● antes do fechamento das epífises: gigantismo ● depois do fechamento das epífises: acromegalia → crescimento de cartilagens e osso laterais - pigmeus: não sintetizam IGF, perdem estatura mas não tem alterações metabólicas, o GH está funcionando - HORMÔNIOS ADRENAIS - as glândulas suprarrenais ficam sobre os rins, composta de três zonas (80% do órgão e é tecido mesodérmico): 1. GLOMERULOSA: liberal aldosterona 2. FASCICULADA: libera cortisol 3. RETICULAR: liberar androgênios Sato, 2021 - a medula adrenal não faz parte da suprarrenal (20% do órgão e é tecido neurodérmico) e é responsável por liberar noradrenalina - todos os hormônios suprarrenal são formados a partir do colesterol (lipossolúveis) → o que determina a liberação de cada hormônio por cada zona é o complexo enzimático presente em cada zona Sato, 2021 - zona glomerulosa: colesterol → pregnolona → progesterona → … → aldosterona - zona reticular: libera androstenediona - é formada a partir dos cinco anos e é responsável pela liberação dos hormônios sexuais → as enzimas que metabolizam as substâncias metabolizadas a partir do colesterol que determina o hormônio final - FUNÇÃO DA ALDOSTERONA: aumenta reabsorção de e secreção de , elimina𝑁𝑎+ 𝐾+ 𝐾+ na urina e aumenta reabsorção de na𝑁𝑎+ circulação → por isso nome MINERO-CORTICOIDES - FUNÇÃO DO CORTISOL (corticosterona - cortisol inativo, ativado nos tecido): impacto no metabolismo de carboidratos por isso nome GLICOCORTICÓIDES - FUNÇÃO DA ANDROSTENEDIONA: é convertida em hormônios sexuais por isso nome ESTERÓIDES SEXUAIS - o colesterol provém através da LDL circulante que é captada para as zonas da suprarrenal, ele é esterificado e armazenada como éster de colesterol em vesículas na glândula (aspecto amarelado); ou vem através da Acetil-CoA, que forma o colesterol e armazena na mesma forma DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 13 → quando essas células são estimuladas, começa a hidrólise desse colesterol até o primeiro composto que é chamado PREGNENOLONA - REGULAÇÃO E SECREÇÃO DO CORTISOL - o hipotálamo sofre influência de vários neurotransmissores, que podem ter o aumento ou redução da sua liberação através de diversos estímulos que chegam nos centros superiores do cérebro ● ciclo claro/escuro ● infecções ● traumatismo ● calor/frio intenso ● estresse físico e mental - PELO EIXO HIPOTÁLAMO HIPOFISÁRIO: estimulam o hipotálamo a liberar o CRH (hormônio liberador de corticotrofina), que atua na adeno-hipófise sobre um receptor acoplado à proteína G, que aumenta os níveis de 𝐶𝑎++ intracelular, através de 2º mensageiros, estimulando a liberação (por exocitose) de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), que por sua vez estimula a liberação de glicocorticóides (cortisol e corticosterona) na suprarrenal, que por sua vez fazem seu feedback negativo Joaquim, C.R. P. (2017) - ACTH - o ACTH é derivado da pró-opiomelanocortina (POMC) → quando a POMC é quebrada, ela gera diversos produtos, hormônios, substâncias que reduzem o grau de dor (analgesia) - como a beta-endorfina e a beta-encefalina → libera gama-MSH: hormônio estimulador de melanócitos, que atua no controle de ingestão alimentar → liberar ACTH, que estimula a liberação do cortisol pela suprarrenal - o ACTH é um hormônio hidrossolúvel que atua em receptores acoplados os à membrana, gerando segundos mensageiros, que atuam que ativam as enzimas da via citocromo P450, presente na zona fasciculada, que converte colesterol em outros produtos até chegar no cortisol Sato, 2021 - CICLO E LIBERAÇÃO DO CORTISOL Sato, 2021 - o cortisol cai ao longo do dia e aumenta durantea noite, quando amanhece tem um pico máximo e vai caindo ao longo do dia - o ACTH também tem o mesmo comportamento, porque ele que estimula o cortisol - junto com o GH, ajudam a manter a glicemia durante o sono devido esses acréscimos/picos noturnos - COMO O CORTISOL AGE NAS CÉLULAS? - circula no sangue ligado a uma proteína plasmática, porque é lipossolúvel → a fração livre entra na célula por difusão e atua em receptores citoplasmáticos → a combinação hormônio/receptor transloca para o núcleo da célula e aumenta a síntese de várias proteínas (faz sua ação alterando a expressão gênica) DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 14 - a 11 -HSD2 é uma enzima que inativa o cortisol,β enquanto a 11 -HSD1 converte cortisona emβ cortisol - exemplo: pomada de corticóide, a terminação “ona” significa que está na forma inativa e será ativada pelos tecidos - METABOLIZAÇÃO DO CORTISOL - CIRCULAÇÃO: 1. 70 - 80% - ligado a transcortina 2. 15% - ligado a albumina 3. 5 - 10% - livre - fração livre que vai fazer sua ação biológica - MEIA VIDA: 70 min → tempo de meia vida é alta porque está como está ligado a uma proteína, ele precisa ser metabolizado pelo fígado antes e os produtos da metabolização são eliminados nas fezes - AÇÃO DO CORTISOL - atua no metabolismo 1. no fígado estimula a gliconeogênese (efeito de aumento da glicemia) 2. no tecido muscular estimula o aumento do catabolismo proteico 3. no tecido adiposo estimula lipólise 4. ação sobre o sistema imune: supressão do sistema imune - METABOLISMO DE CARBOIDRATOS ● aumenta a glicogênese hepática ● reduz a utilização de glicose pelas células ● mantém ou aumenta a glicemia (a depender da concentração) → “diabetes adrenal” ● Obs: importante na prevenção de hipoglicemia de jejum. - os dois primeiros tópicos, em conjunto aumentam a glicemia → o cortisol tem uma importante função para evitar a hipoglicemia de jejum → quando a glicose plasmática vai reduzindo, primeiro estimula o glucagon, que libera glicose para o sangue, se ele não der conta o cortisol agem para elevar a glicemia → fisiologicamente falando mantém a glicemia no jejum → só causa hiperglicemia se a concentração dele subir demais no sangue e causar um efeito de hiperglicemia → se tem muito cortisol: aumenta a síntese de glicose pelo fígado e reduz a captação de glicose pela células e isso aumenta glicemia, em excesso pode gerar diabetes adrenal → hipercortisolismo leva diabetes adrenal - METABOLISMO DE PROTEÍNAS - nos tecidos periféricos: reduz a síntese de proteínas e aumenta seu catabolismo. - no fígado: aumenta a síntese de proteínas (mobilização de a.a.) → maior concentração de a.a. plasmática - catabólica (diferente do do GH que é anabólico): aumenta a liberação de aminoácidos para o sangue esses aminoácidos chegam ao fígado e são utilizados para a síntese de proteínas hepáticas - METABOLISMO DE LIPÍDIOS - ação lipolítica: aumento de ácidos graxos na circulação das extremidades, no tronco, face e gorduras viscerais tem ação lipogênica OBS.: promove a diferenciação e proliferação de adipócito, sobretudo no tecido adiposo visceral. Embora o cortisol estimule a lipólise, a hipercortisolemia crônica pode acarretar em aumento de depósito de gordura visceral devido a modulação da lipogênese por meio da indução da lipase de lipoproteína (favorecendo ao aumento da síntese de triglicerídeos e da concentração de ácidos graxos livres). → por isso e por hipercortisolismo gera essa obesidade com aumento da circunferência abdominal → pessoa que está fazendo uso de corticóide tem que ter uso muito bem monitorado, porque causa aumento da glicose, catabolismo protéico com redução da massa muscular e lipogênese, que quando a com acentuado (obesidade extrema) aumento risco cardíaco → lembrando que hipercortisolismo pode ser dado tanto por disfunção da suprarrenal ou do eixo hipotálamo-hipófise, quanto pela admissão prolongado do cortisol - METABOLISMO MINERAL - age sobre o osteoblasto, reduzindo (ação inibitória) o remodelamento ósseo e predispondo a osteopenia e a osteoporose - inibe a absorção intestinal de cálcio e aumenta sua excreção renal - SISTEMA IMUNE - reduz a resposta inflamatória → indução de uma proteína chamada lipocortina que diminui inflamação (uso farmacêutico) → tem ação imunossupressora: está suprimindo todo processo inflamatório → processo inflamatório existe para combater algum a gente estranha → EXEMPLO: COVID-19 → ocorre ativação do sistema imune para tentar eliminar o vírus - preciso que, a princípio, minha resposta imune DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 15 não seja bloqueada para tentar combater o vírus → no COVID se os sintomas forem baixos, significa que o sistema imune está dando conta de eliminar o vírus. Se não combater, a resposta imune fica exagerada e entra em uma tempestade de citocinas → causa uma resposta inflamatória muito exacerbada no pulmão e isso que reduz a saturação, então nesse ponto precisa bloquear a resposta inflamatória. Pode administrar o corticoide!! → se usar no início da inflamação, bloqueia resposta imunológica e aumenta a replicação viral → paciente hospitalizado perde massa muscular por causa dos corticoide e por causa da doença → nutrição atua nisso, tanto no período hospitalar quanto no período pós-hospitalar - AÇÕES GERAIS ● mantém a função do músculo, mas, em excesso causa catabolismo ● modula o comportamento do indivíduo: aumenta o estresse, aumenta agitação aumenta irritabilidade ● aumenta reabsorção óssea ● diminui tecido conectivo ● inibe a resposta imunológica inflamatória ● cortisol da mãe estimula produção de surfactante no feto, substância presente nos alvéolos que ajuda a evitar o fechamento deles ● ajuda a manter a função cardíaca ● além dos efeitos metabólicos ● aumenta o n° receptores -adrenérgicosβ no coração ● aumenta o n° receptores -adrenérgicosβ no tec. Vascular - efeitos são importantes para manutenção da pressão arterial e volume sanguíneo - SÍNDROME DE CUSHING (HIPERCORTISOLISMO) Sato, 2021 - fraqueza muscular induz a sarcopenia - REGULAÇÃO E SECREÇÃO DE ALDOSTERONA - a primeira camada da suprarrenal, a zona glomerulosa, libera aldosterona a partir do colesterol, principalmente da ação da angiotensina II - sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA): a angiotensina II vai na suprarrenal e estimula a liberação de aldosterona → através do seu receptor estimula atividade da aldosterona-sintase que converte corticosterona em aldosterona, que é liberado para circulação - AÇÃO: - NOS RINS: aumento do e diminuição do𝑁𝑎+ 𝐾+ → aumenta reabsorção de água, fluxo osmótico causado pelo aumento da reabsorção de =𝑁𝑎+ aumento da volemia sanguínea e restauração da pressão arterial - a aldosterona atravessa a membrana plasmática e atua em receptores citosólicos, aumentando a transcrição gênica para canais de na membrana luminal e de bombas de𝑁𝑎+ na membrana basolateral𝑁𝑎+ → o aumento da reabsorção de para o𝑁𝑎+ sangue consequentemente elimina mais mais𝐾+ na urina - DOENÇA DE ADDISON: ocorre devido a ausência de glicocorticóides (diminuição do DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 16 cortisol) e redução da aldosterona. Causam diversos prejuízos ● diminuição do no sangue𝑁𝑎+ ● diminuição do no sangue𝐶𝑙− ● diminuição do no plasma𝐾+ ● hipoglicemia: ausência do cortisol, a glicemia cai ● anorexia: cortisol estimula o centro da fome → pessoa que faz uso de corticoide está estimulando centro da fome - tende a ter mais fome = atuação/intervenção nutricional - ANDROGÊNIOS CORTICAIS - zona reticulada começa aparecer após o 5º ano de idade e ela libera hormônios sexuais importantes para o aparecimento das primeiras características sexuais secundárias: pelos corporais, crescimento da genitália, etc. → os androgênios são importantes para isso. Seu pico máximo é entre 20 - 30 anos e começa a declinar - os DHEAS e a androstenediona são precursores androgênicos. Podem ser convertidos perifericamente (tecido adiposo). Quando caem na circulação sanguínea e chegam ao tecido de adiposo, sofrem aromatizaçãoe se transformam em androgênios ativos, nas mulheres corresponde a 50% dos androgênios circulante → em excesso (aparecimento de um tumor na última camada, por exemplo) além de hipercortisolismo e excesso de aldosterona, também tem excesso desses hormônios: nas mulheres = voz mais grossa, formação de pelos faciais amenorreia, acnes - HORMÔNIOS DA TIREÓIDE E PARATIREÓIDES - TIREÓIDE - maior glândula do nosso organismo -situado abaixo da laringe, acima da traqueia, dividida em lóbulo direito e esquerdo e uma parte central - istmo - que conecta os lóbulos - na vista posterior é possível visualizar as paratireóides - HORMÔNIOS DA TIREÓIDE - executa 3 funções principais 1. CRESCIMENTO: participar de forma ativa do crescimento, crianças com hipotiroidismo apresentam diminuição do seu crescimento 2. MATURAÇÃO DO SNC: importante na fase fetal e na primeira infância - bebê que nasce com hipotiroidismo e isso não é detectado logo nos primeiros dias/semanas de vida, apresentam um retardo mental conhecido como cretinismo. Se for detectado nas primeiras semanas é feita reposição dos hormônios e isso consegue ser recuperado, se não for feita, esse retardo mental irreversível 3. PARTICIPA DE FORMA ATIVA NA MANUTENÇÃO DO NOSSO METABOLISMO BASAL: se por acaso a glândula zerar a produção de hormônio, o metabolismo é reduzido em 40% - PRINCIPAIS HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA TIREÓIDE (ATIVOS) 1. TRIIODOTIRONINA (T3): 3 moléculas de iodo 2. TETRAIODOTIRONINA OU TIROXINA (T4): 4 iodo - sendo o T3 mais ativo que o T4. porém quase toda a produção da glândula é T4, em algum momento o T4 será transformado em T3 para potencializar os efeitos - SÍNTESE DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE - acontece nos folículos tireoideanos, é complexa, envolve uma etapa intracelular e uma extracelular → a tireóide é composta por vários folículos tireoideanos, os vasos sanguíneos estão por entre esses folículos. Em cada folículo tem uma célula epitelial e internamente uma matriz - COLÓIDE - que armazena os hormônios recém sintetizadas até sua liberação - ETAPAS: 1. produção de tireoglobulina (rica em tirosina) na célula epitelial folicular 2. iodeto é transportado ativamente do sangue para dentro da célula epitelial folicular DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 17 3. iodeto cruza a membrana apical onde é oxidado a iodo pela tireóide peroxidase 4. na membrana apical, no limite com o lúmen folicular, o iodo se combina com os resíduos de tirosina da tireoglobulina para formar monoiodotirosina (MIT) e diiodotirosina (DIT), através da ação da tireóide peroxidase 5. formação de T3 e T4 = MIT + DIT e DIT + DIT respectivamente. T3 e T4 se ligam também a tireoglobulina que agora possui MIT, DIT, T3 e T4 ligadas a ela 6. frente ao estímulo, a tireoglobulina sofre endocitose 7. no citoplasma, as vesículas de tireoglobulina se fundem às vesículas lisossômicas e com isto, T3, T4, MIT e DIT são liberados da tireoglobulina 8. T3 e T4 são transportados para circulação 9. MIT e DIT são desiodinados pela enzima tireóide desiodinase. O iodeto gerado é reciclado, assim como as moléculas de tirosina - os hormônios da tireoide ficam armazenados dentro do colóide até estímulo para secreção → TSH que estimula → deficiência na enzima desiodinase: perda de 30 a 40% da síntese dos hormônios da tireoide - enzimas importantes: ● TIREOPEROXIDASE: catalisa todas as etapas da síntese de T3 e T4 ● DESIODINASE: retira iodo da molécula de MIT e DIT para reaproveitamento delas Linda Constanzo. Fisiologia 4e - TRANSPORTE DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE NA CIRCULAÇÃO - podem estar de três formas → a maioria dos T3 eT4 estão ligados a uma globulina TBG (globulina fixadora de tiroxina) > albumina > forma livre (ativa) → se falta T3 e T4 na circulação, desliga eles da proteína e joga pra circulação → se acumular T3 e T4 na circulação, e liga eles a essa proteína para tentar manter os níveis normais na circulação → TBG: reservatório circulante de T3 e T4 - indivíduos com insuficiência hepática produz menos dessa globulina, mais T3 e T4 na forma livre, para compensar isso, acontece feedback negativo para inibir a síntese dos hormônios da tireoide - na gravidez, aumenta TBG (aumenta os níveis de estrogênio na gravidez, inibindo a degradação hepática dessa proteína) tem menos T3 e T4 livres que estimulam a síntese desse hormônio → alterações dos níveis de TBG podem estimular/inibir a síntese do hormônio da tireóide, porque geram alterações das concentrações de T3 e T4 na forma livre - ativa → os níveis de T3 e T4 na forma livre influenciam diretamente na síntese de T3 e T4 pelos hormônios da tireoide → T3 e T4 na forma livre também influenciam no eixo hipotálamo-hipófise Joaquim, C.R. P. (2017) - o hipotálamo produz TRH (hormônio liberador de tireotrofina) que é lançado na circulação porta hipotalâmico-hipofisário e quando banha os tireotrofos da adeno-hipófise, estimula a liberação de TSH (hormônio estimulador da tireoide ou tireotrofina) → o TSH, por sua vez, cai na circulação sanguínea e quando chega na tireóide se liga a um receptor específico que estimula a glândula tireóide a secretar T3 e T4 na circulação → quando os níveis de T3 e T4 começam a aumentar na circulação, gera um feedback negativo sobre a adeno-hipófise e sobre o hipotálamo para regular a síntese de TSH e TRH → agora os níveis de T3 e T4 começam a cair no sangue, o feedback e diminui e passa a ter TSH DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 18 e TRH novamente e liberar T3 e T4 - é um ciclo constante - o TSH, uma vez a circulação, se liga a um receptor específico na célula da tireóide, a ligação TSH + receptor ativa uma via intracelular mediada pelo AMPc que fosforila a proteína cinase A e forma uma cascata de fosforilação que acarreta em aumento da síntese e secreção de T3 e T4 (a proteína cinase A pode ativar, por exemplo, a tireoideperoxidase que aumenta a síntese de T3 e T4) → possui ação trófica, estimula hipertrofia e hiperplasia das células foliculares - uma das causas de hipertireoidismo é a Doença de Graves :uma fração de IgG produzida de maneira incorreta é capaz de estimular o receptor de TSH e aumentar T3 e T4 no sangue - REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE - ESTIMULADORES: TSH (principal); imunoglobulinas cuja estrutura permite que elas se liguem ao receptor de TSH e estimulam a síntese dos hormônios da tireóide; aumento nos níveis de TBG - menos T3 e T4 livres e aumenta o feedback positivo = síntese de T3 e T4 - INIBIDORES: deficiência de iodo (principal); diminuição nos níveis de TBG = feedback negativo = menos síntese de T3 e T4 - AÇÃO DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE - a maior parte dos efeitos são mediados por T3 → o receptor (receptor nuclear) tem mais afinidade com o T3 que com o T4 → T3 e T4 entram na célula, no citoplasma tem uma enzima que tira iodo (5’-iodinase) que tira um iodo T4, transformando-o em T3 → o T3 migra até o núcleo, se liga ao receptor nuclear e ativa transcrição e tradução de proteínas: proteínas envolvidas nas funções que T3 e T4 querem desempenhar: 1. promover crescimento: estimula a síntese de colágeno síntese de actina e miosina 2. promover taxa de metabolismo basal: estimula a / ATPase𝑁𝑎+ 𝐾+ 3. exerce efeitos sobre o sistema cardiovascular: estimula a síntese de um receptor adrenérgico e aumenta oβ − débito cardíaco - FUNÇÕES - TAXA DE METABOLISMO BASAL: ● aumenta a síntese/atividade da /𝑁𝑎+ 𝐾+ ATPase ● aumento consumo de oxigênio → aumenta o gasto de ATP ● aumenta produção de calor ● aumenta o metabolismo basal → para ter metabolismo basal precisa de um nível determinado de T3 e T4 na circulação - lembrando: se a glândula tireóide zera a produção de T3 e T4, reduz quase pela metade o metabolismo - METABOLISMO: - são hormônios envolvidos no gasto energético → ação que libera energia → porque aumenta o metabolismo ● estimula a glicólise - para manter o metabolismo basal (efeito do T3 e T4 é sempre catabólico) ● aumenta absorção de glicose - para fazer glicólise precisa de glicose ● aumenta a glicogenólise - quebra do glicogênio ● aumentaa lipólise ● só não é catabólica sobre ação nas proteínas - T3 e T4 estimulam a síntese e degradação de proteínas para fornecer energia - CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO - se eu tenho no organismo uma determinada taxa de metabolismo, essa taxa também tem que ser suprida pelo sistema respiratório cardiovascular → não tem como fazer metabolismo sem oxigênio → efeitos de T3 e T4 sobre o sistema cardiovascular e respiratório: basicamente são mediados pelo SNS → T3 e T4 são capazes de aumentar a densidade dos receptores adrenérgicos ● aumenta receptor adrenérgico queβ − aumenta frequência cardíaca e contratilidade que aumenta o débito cardíaco ● aumenta a frequência respiratória para fornecer mais oxigênio para as células manterem o metabolismo - CRESCIMENTO - participar de forma ativa da maturação óssea, junto ao hormônio do crescimento e a somatomedina → criança com hipotiroidismo apresenta retardo no crescimento - SISTEMA NERVOSO CENTRAL E SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO - SNA: aumenta receptores adrenérgico eβ − liberação de catecolaminas - SNC: envolvido na maturação do SNC DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 19 → na gravidez tem que fazer exames de T3 e T4. porque o feto preciso do T3 e T4 da mãe para maturar seu sistema nervoso central, uma vez que criança nasce ela precisa de produzir esses hormônios para a maturação do SNC e para crescer, se não tiver esses hormônios no período fetal ou no período perinatal, o indivíduo apresenta cretinismo → retardo mental que pode ser irreversível se não detectada a tempo. O adulto que produz pouco T3 e T4 apresenta efeitos no SNC em relação ao seu funcionamento → sintomas: cansaço, sonolência, letargia, etc., porque o SNC não está funcionando de maneira adequada - HIPERTIREOIDISMO - aumento dos níveis plasmáticos os de T3 e T4 - SINTOMAS: insônia; hiperatividade - inclusive tremores; fraqueza muscular; taquicardia; perda de peso (metabolismo acelerado); aumenta a sensação de fome; aumenta a sensação de calor (sudorese aumentada); exoftalmia - protusão anormal dos olhos (capilares retro-orbitais ficam mais permeáveis e passa a ter edema retro-orbital e o globo ocular “pula” para fora) - HIPOTIROIDISMO - diminuição dos níveis plasmáticos de T3 e T4 - SINTOMAS: ganho de peso; sensibilidade ao frio; muito sono; letargia (“pessoa devagar”); dificuldade de fazer as coisas; mixedema - inchaço facial embaixo dos olhos - face inchada pela falha da síntese de colágeno - EM RELAÇÃO AO TSH HIPERTIREOIDISMO HIPOTIREOIDISMO T3 e T4↑ T3 e T4↓ → se o TSH estiver alto vai ter feedback negativo sobre a hipófise → pode estar alto ou baixo os níveis de TSH → importante para saber onde está vindo o problema → se o indivíduo tem muito T3 e T4 porque ele tem muito TSH o problema não está na tireóide e sim na adeno-hipófise → se o indivíduo produz muito T3 e T4. mas o TSH está baixo, o problema está na tireóide → pode ter pouco TSH e por isso produzir pouco T3 e T4, o problema estaria na adeno-hipófise → pode ter muito TSH, mas a tireóide não dá conta de produzir T3 e T4, o problema está na tireóide: deficiência de iodo; deficiência de adenodilase - exame inclui medidas de T4 livre que será transformado em T3 e inclui TSH para saber onde é o problema - PARATIREÓIDE - 4 glândulas localizadas atrás da tireóide → pessoa com hipertireoidismo que retira a tireoide ● total: perde as paratireóides também ● parcial: pode manter alguma paratireóide - tem dois tipos celulares principais: 1. células principais: produzem o paratormônio 2. células oxifílicas: acessórios com função desconhecida → hipótese: regulam a secreção de paratormônio pelas células principais ou são células principais que morreram e permaneceram ali - FUNÇÃO DO PARATORMÔNIO - regular a concentração de ionizado no𝐶𝑎++ sangue (forma livre) → o pode estar de diversas maneiras:𝐶𝑎++ ligado a proteínas plasmática, de forma livre (ionizado) ou complexado a ânions - HOMEOSTASE DO 𝐶𝑎++ 1. pode retirar do osso se faltar no sangue e𝐶𝑎++ se estiver sobrando no sangue faz o𝐶𝑎++ contrário 2. pode regular pela entrada de no trato𝐶𝑎++ gastrointestinal (TGI) → regulação de absorção: aumenta absorção ou diminui absorção de acordo com as necessidades do organismo 3. pode regular a saída de pelos rins𝐶𝑎++ reabsorvendo mais ou reabsorvendo menos, conforme necessidade do organismo - para manter nossa concentração normal de = 10 mg/dl, já existe um balanço disso tudo𝐶𝑎++ acontecendo: → ingestão de aproximadamente 1 g (1.000 mg) de por dia e eliminação de 800 mg nas fezes →𝐶𝑎++ 200 mg entraram no sistema DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 20 → o TGI absorve aproximadamente 350 mg sobre ação da vitamina D e secreta 150 mg = 200 mg entram → para manter 10 mg/dl constante, elimina parte na urina e no osso existe um equilíbrio → o remodelamento ósseo é constante, está sempre sendo renovado (sempre sendo depositado ou absorvido), então para manter os 10 mg/dl tem que depositar o mesmo tanto que reabsorve - E SE CAIR A CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO NO SANGUE? - precisa corrigir o no sangue que está𝐶𝑎++ baixo: 1. deposição e reabsorção: não continuaram em equilíbrio, privilegia a reabsorção do para o sangue𝐶𝑎++ 2. TGI: aumenta absorção de 𝐶𝑎++ 3. rim: excreta menos 𝐶𝑎++ - E SE AUMENTAR A CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO NO SANGUE? - acontece o contrário: aumento deposição nos ossos, diminui absorção no TGI e aumenta excreção na urina - OSSOS - matriz orgânica: 30% (colágeno e proteoglicanos) - sais de cálcio: 70% (mistura amorfa: pode ser lançado rápido para o sangue ou sair do sangue e entrar rápido nessa mistura amorfa) → cristais de hidroxiapatita - o processo de remodelamento ósseo é contínuo - FORMAÇÃO DO OSSO: células ósseas: 1. OSTEOBLASTOS: depositam a matriz óssea até que ficam presos nessa matriz formando os OSTEÓCITOS 2. OSTEOCLASTOS: degradam a matriz óssea → os osteoclastos estão sempre degradando o osso velho e os osteoblastos depositando novo - um dos fatores que regulam essa reabsorção e deposição óssea é o PARATORMÔNIO → a redução da concentração de ionizado𝐶𝑎++ no sangue é o principal estímulo para liberação desse hormônio no sangue → se a concentração de no sangue cai, a𝐶𝑎++ concentração de paratormônio no sangue aumenta → se a concentração de no sangue𝐶𝑎++ aumenta, diminui a concentração de paratormônio no sangue - para corrigir a queda da concentração de 𝐶𝑎++ plasmático o paratormônio age: 1. NO OSSO: aumentando a reabsorção de 𝐶𝑎++ 2. NO RIM: aumentando reabsorção de e𝐶𝑎++ diminuindo a excreção de 𝐶𝑎++ → uma pessoa que tem hiperparatireoidismo (aumento da secreção de paratormônio) pode apresentar osteoporose → o paratormônio também diminui a reabsorção do fosfato → porque se não o iria se ligar𝐶𝑎++ ao fosfato no sangue e continuaria com sua forma livre em baixas concentrações → potencializa a forma livre do sangue porque é isso que paratormônio no regula, a concentração de ionizado no sangue𝐶𝑎++ 3. NO TGI: estímulo a síntese da vitamina D → mais vitamina D + absorve no intestino𝐶𝑎++ - se aumenta concentração de , secreta𝐶𝑎++ mais por que não vai ter paratormônio𝐶𝑎++ atuando - VITAMINA D - considerada um hormônio, porque é produzido por um tipo celular e é lançada na circulação - sua produção envolve vários órgãos → se inicia pela transformação do 7-dehidrocolesterol em colecalciferol através da ação da luz UV - acontece na pele → o colecalciferol pode ser fornecido pela dieta também; quando e ele passa pelo fígado recebe uma no e se transforma em𝑂𝐻− 𝐶 25 25-OH-colecalciferol → agora duas coisas diferentes podem acontecer no rim: 1. pode receber mais uma no ,𝑂𝐻− 𝐶 1 realizado pela 1 hidroxilase que éα − estimulada pela: diminuição da concentração de , aumento da𝐶𝑎++ concentração de paratormônio ou diminuição da concentração de fosfato. Agora a vitamina D é transformada em sua forma ativa: 1,25-(OH) -colecalciferol 2 2. recebe a no : 24,25-(OH)𝑂𝐻− 𝐶 24 2 -colecalciferol que é a forma inativa - normalmente metade é transformadana forma ativa e metade na forma inativa, essa balança DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 21 pode mudar de acordo com as necessidades do organismo → se estiver faltando no organismo, produz𝐶𝑎++ mais forma ativa de vitamina D para estimular absorção de no TGI e mais vitamina D na𝐶𝑎++ forma ativa, mais é absorvido no TGI𝐶𝑎++ → se estiver sobrando , forma mais vitamina𝐶𝑎++ D na forma inativa - ABSORÇÃO DE NO INTESTINO𝐶𝑎++ - entra na células através de canais de na𝐶𝑎++ membrana luminal e é a transportado dentro da célula através de uma proteína chamada calbindina; na membrana basolateral ele se desliga da calbindina e é transportado para fora da célula por uma ATPase𝐶𝑎++ → meio extracelular é mais concentrado de 𝐶𝑎++ que o meio intracelular, então tem mais no𝐶𝑎++ lúmen do intestino e no sangue que no meio intracelular ● então para entrar é fácil = difusão ● para sair é bombeado contra o gradiente de concentração - a vitamina D é um hormônio derivado do colesterol → atravessa a membrana e estimula a síntese de proteínas: canais de , calbindina𝐶𝑎++ e as ATPases𝐶𝑎++ → aumenta todas as etapas de absorção de - quanto mais vitamina D tiver, mais canais𝐶𝑎++ de na membrana luminal vai ter, mais𝐶𝑎++ calbindina no meio intracelular e mais 𝐶𝑎++ ATPase na membrana basolateral → portanto maior será a absorção de no TGI𝐶𝑎++ - AÇÕES DA VITAMINA D 1. NOS RINS: estimula a reabsorção de fosfato e (quer fornecer matéria-prima para produzir𝐶𝑎++ osso) 2. NOS OSSOS: estimula o remodelamento ósseo 3. importante para o crescimento, papel muito importante para as crianças - DEFICIÊNCIA NA SÍNTESE OU BAIXA INGESTÃO: leva ao desenvolvimento do RAQUITISMO (crianças não crescem adequadamente por falta de vitamina D) ou OSTEOMALÁCIA em adultos (ossos ficam moles = membros de vara-verde → pouco material rígido e muita cartilagem) - HORMÔNIOS SEXUAIS - gônadas: são os responsáveis pela maturação e desenvolvimento das células germinativas ● espermatozóides ● óvulos → MASCULINA: testículos → responsáveis pela formação e maturação dos espermatozóides e pela síntese e secreção da testosterona, principal hormônio sexual masculino → FEMININAS: ovários → responsável pelo desenvolvimento e maturação dos óvulos e síntese e secreção dos principais hormônios sexuais femininos: estrogênio e progesterona - DIFERENCIAÇÃO SEXUAL - SEXO GENÉTICO: XX (mulher) ou XY (homem) → determine a presença da gônada ● XX: apresenta ovário ● XY: apresenta testículo - SEXO FENOTÍPICO: aparência da genitália e do trato genital interno - GÔNADA BIPOTENCIAL: - não apresenta traços da genital externa ainda - acontece na fase intra-uterina → antes da 16ª semana de gestação não é possível avaliar o sexo do feto - O QUE FAZ A DIFERENCIAÇÃO NO TRATO GENITAL - XY: vai possuir testículo e começar a sintetizar dois hormônios essenciais para o desenvolvimento do trato genital interno e externo de aparência masculina: testosterona e hormônio antimulleriano → na gônada bipotencial tem o ducto mulleriano e o ducto wol�ano → a testosterona faz o ducto de Wol�an se desenvolver em estruturas masculinas → o hormônio antimulleriano impede diferenciação do ducto mulleriano → se desenvolve em estrutura feminina na ausência DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 22 desse hormônio (XY: ele vai atrofiar e se degenerar) - XX: os ovários não produzem testosterona, então o ducto de Wol�an não se desenvolve e se degenera; e também não tem o hormônio antimulleriano e esse ducto (mulleriano) se diferencia uma estrutura feminina - RESUMINDO: uma gônada é indiferenciável, se o sexo genético é XY, o gonádico do indivíduo é testículo ele produz testosterona e hormônio antimulleriano, o que leva o indivíduo a ter uma estrutura de aparência masculina; entretanto, se o sexo genético for XX, o sexo gonádico é ovário, então não produz estes hormônios o que permite o desenvolvimento de um trato genital de aparência feminina - ERROS NA DIFERENCIAÇÃO SEXUAL - um indivíduo XY, com testículos que produzem normalmente os hormônios, mas, o indivíduo não tem receptores de testosterona ● sexo fenotípico feminino ● sexo genético e gonádico masculino → testículo não desce para o saco escrotal = feminização testicular → na adolescência se descobre, porque não vai ter desenvolvimento dos seios e não menstrua - OBS.: na fase infantil quase não tem diferenciação, a não ser pela genitália, porque a produção de hormônios sexuais é dada exclusivamente pelo córtex adrenal - quando chega na puberdade, o eixo hipotálamo-hipófise é ativado para produção gonadotrofina e passa tem uma produção diferente de hormônios sexuais nas mulheres nos homens, o que vai gerar características sexuais diferenciados - PUBERDADE - é uma série de acontecimentos que varia entre cada indivíduo - SEXO MASCULINO: surto de crescimento, crescimento do pênis, aumento de pelos pubianos, aumento de pelos axilares, aumento de pelos faciais, primeira ejaculação, produção de sêmen - SEXO FEMININO: brotamento e desenvolvimento das mamas, aumento dos pelos pubianos e axilares, surto de crescimento (mais curto que masculino) e menarca → depois da menarca, diminui a velocidade de crescimento, porque o estrogênio tem a capacidade de fechar as epífises → esse eventos não acontecem de uma hora para outra, demoram anos e varia em cada indivíduo e com influência de aspectos ambientais - REGULAÇÃO E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS SEXUAIS MASCULINOS - ANATOMIA DOS ÓRGÃOS SEXUAIS MASCULINOS ● TRATO GENITAL INTERNO: próstata, vesículas seminais, canal deferente e epidídimo ● GENITÁLIA EXTERNA: saco escrotal e pênis → o pênis serve tanto ao aspecto urinário, quanto ao aspecto sexual → EREÇÃO: ativação do SNP (únicos inervados pelo SNP) que relaxam os vasos penianos e se enche de sangue, promovendo a ereção 1. TESTÍCULOS: 3 tipos celulares 1. ESPERMATOGÔNIA: células que darão origem aos espermatozoides 2. CÉLULAS DE LEYDIG: que produzem testosterona 3. CÉLULAS DE SERTOLI: serão responsáveis pela sustentação e produção do hormônio antimulleriano → os espermatozoides são produzidos nos túbulos seminíferos e entram no lúmen do tubo e se encaminham até o epidídimo, seguem para o canal deferente e para uretra → ESPERMATOGÊNESE: formação de espermatozóide → os homens produzem espermatogônias durante toda sua vida (mas só amadurece os espermatozóides na puberdade) → a espermatogônia se divide por meiose e forma um espermatócito primário que sofre primeira divisão meiótica e forma o espermatócito secundário e cada um deles sofrem uma segunda divisão meiótica, formando DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 23 as espermátides → cada espermatócito primário origina 4 espermatozóides ativos - HORMÔNIOS QUE ESTIMULAM A ESPERMATOGÊNESE 1. testosterona: essencial para a o crescimento e divisão das células germinativas testiculares 2. LH: estimula as células de Leydig a secretar testosterona 3. FSH: estimula as células de Sertoli; sem esta estimulação a conversão das espermátides em SPTZ não ocorreria 4. estrógenos: essenciais para a conversão das espermátides em SPTZ 5. GH: controla as funções metabólicas basais dos testículos, atua na divisão das espermatogônias (anões possuem baixa taxa de produção dos SPTZ) - não é ativa em todos os tecidos. Sendo assim, nesses tecidos ela precisa ser convertida em diidrotestosterona. → função da testosterona: diferenciação fetal do epidídimo, canal deferente e vesículas seminais. Aumento da massa muscular, fechamento das placas epifisárias, crescimento do pênis e vesículas seminais, pela voz mais grave, espermatogênese e libido. → função da diidrotestosterona: diferenciação fetal do pênis, bolsa escrotal e próstata, distribuição dos pêlos e padrão masculino da calvície, atividade das glândulas sebáceas, crescimento da próstata (finasterida – inibidor da 5α-redutase) Joaquim, C.R. P. (2017) - o hipotálamo produz GnRh e através do sistema porta hipotalâmico-hipofisário, atua sobre as células da adeno-hipófise estimulando a liberação de gonadotrofinas (LH - testículosestimulando a secreção de testosterona; e FSH - atua sobre as células de Sertoli, estimulando a espermatogênese) → INIBINA e a própria testosterona fazem feedback negativo sobre adeno-hipófise e sobre hipotálamo → efeitos comportamentais podem modular esse eixo - na gestação tem um pico de testosterona para a diferenciação da gônada, no período neonatal tem outro pico secreção (pico de estirão de 0 a 2 anos) e durante a puberdade tem outro pico que incide com a produção dos espermatozoides - testosterona é um hormônio lipossolúvel, se liga a um receptor citoplasmático, vai para o núcleo e estimula a síntese de alguma proteína - EFEITOS DA TESTOSTERONA ● distribuição dos pelos corporais ● calvície ● alterações do timbre da voz ● alterações sobre a pele e desenvolvimento de acne → aumento da secreção pelas glândulas sebáceas na adolescência (pico de testosterona) ● alterações na formação de proteínas e desenvolvimento muscular → efeito anabolizante ● alterações do crescimento e retenção de cálcio → aumento da quantidade total de matriz óssea e retenção de cálcio. ● alterações no metabolismo basal ● aumento da produção de eritrócitos. - RELAÇÃO E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS - ANATOMIA DOS ÓRGÃOS SEXUAIS FEMININOS ● TRATO GENITAL INTERNO: trompas de falópio útero, terço superior da vagina ● GENITÁLIA EXTERNA: clitóris, grandes e pequenos lábios vaginais, 2/3 inferiores da vagina 1. ÚTERO: tem três camadas (de externo para interno) perímetro, miométrio (muscular DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 24 contração no parto e cólicas menstruais) e endométrio (onde ocorre a fixação do blastocisto) → o útero se comunica com os ovários (onde são produzidos os óvulos) através das trompas de falópio → na ponta das trompas tem as fímbrias, que se movimentam → a célula germinativa é lançada entre as fímbrias e o movimento dessa estrutura atrai as células germinativas para as trompas, onde ocorre a fecundação → pode haver infertilidade devido a não movimentação dessas fímbrias - o óvulo não consegue atingir a trompa 2. OVÁRIO: síntese dos óvulos e secreção dos hormônios sexuais femininos: estrogênio e progesterona → as mulheres produzem todas as células germinativas durante a vida intra-uterina → o ogônio (célula germinativa primordial) se divide por mitose e forma o ovócito primário → as meninas nascem com todos os ovócitos primários prontos → todo mês a mulher libera uma quantidade de ovócitos e somente um se transforma no óvulo é liberado no ciclo menstrual → após liberado, o ovócito primário se divide em ovócito secundário e primeiro corpo polar → ovócito secundário se divide um óvulo e o segundo corpo polar → o primeiro corpo polar também se divide, mas, seus produtos se desintegram → o segundo corpo polar também se desintegra Berne and Levy. Principles of Physiology 4e - OBS.: cada ovócito primário dá origem a apenas um óvulo, enquanto nos homens cada espermatócito dava origem a quatro espermatozóides → o processo de meiose do óvulo só se completa se esse óvulo for fecundado - O QUE ACONTECE COM O ÓVULO A CADA CICLO MENSTRUAL - os ovócitos primários (ou folículos - um folículo composto por várias células que circundam ovócito primário) - a cada ciclo menstrual essas células foliculares vão se proliferando e começam a produzir hormônios sexuais e substâncias para a nutrição do “óvulo” → chega um ponto que um dos folículos se torna um óvulo e faz todos os outros regredirem em e só esse continua com o processo e esse óvulo será liberado → depois da ovulação pode: 1. ocorrer a fertilização e estrutura que sobra depois da ovulação passa a se chamar corpo lúteo, que produz substâncias necessárias para nutrir o zigoto enquanto não tiver placenta 2. não ocorrerá a fertilização e o corpo lúteo se desintegra formando uma cicatriz, o corpo albicans, e ao fim desse ciclo ocorre a menstruação - CICLO MENSTRUAL - o ciclo hipotalâmico-hipofisário varia de acordo com ciclo menstrual - podem ser divididos de acordo com os eventos que acontecem no ovário - ciclo ovariano ou de acordo com os eventos que acontecem no útero - ciclo uterino - independente do ciclo, ovariano ou uterino, na primeira metade do ciclo: → as gonadotrofinas irão estimular os ovários a sintetizar estradiol e gerar feedback negativo sobre adeno-hipófise → sempre no meio do ciclo, na ovulação, o hipotálamo libera GnRH que atua sobre adeno-hipófise e estimula a liberação de FSH e LH, levando a síntese de estriol e gera feedback positivo sobre adeno-hipófise + gonadotrofina + estrogênio, + estrogênio + gonadotrofina → isso que induz a ovulação → depois esse feedback volta a ser negativo → o GnRH produzido pelo hipotálamo atua sobre adeno-hipófise, que libera FSH e LH e atua sobre o ovário estimulando a síntese de progesterona → na primeira metade do ciclo o hormônio dominante é o estrogênio e na segunda metade o dominante a progesterona → no meio do ciclo o feedback é positivo, nas outras fases é negativo DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 25 - começa a contagem do ciclo menstrual no primeiro dia da menstruação → NO PRIMEIRO DIA: FASE MENSTRUAL DO CICLO: descamação das paredes do endométrio (sangra); folículos ovarianos se proliferando; nível maior de estrogênio e progesterona → FASE PROLIFERATIVA: a camada do endométrio está se preparando para receber o óvulo, caso ele seja fecundado (ali que o óvulo se fixa); essa proliferação coincide com aumento dos níveis de estrogênio (proliferação endometrial é mediada pelo estrogênio); o folículo continua se proliferando e o LH está alto também ( hormônio folículo estimulante está estimulando a proliferação dos folículos) → quando as células foliculares sintetizam estrogênio, quanto + folículo eu tenho, + estrogênio eu vou produzir, até “virar a chave” do feedback → quando o nível de estrogênio começou a aumentar, o FSH começou a diminuir, porque o feedback era negativo → agora que a “chave vira”, o nível de estrogênio aumenta abruptamente o nível de LH e FSH - quanto + estrogênio + LH e FSH, quanto + FSH e LH +s estrogênio → esse pico de FSH e LH coincide com ovulação: o folículo libera o óvulo entre as fímbrias e o ovário → agora começa a SEGUNDA METADE DO CICLO: podem acontecer duas coisas: 1. fertilização 2. não fertilização → depois da liberação do óvulo, a camada endometrial está pronta para receber o óvulo, caso este foi fecundado → na segunda metade do ciclo, o que ficou no ovário se chama corpo lúteo, ele é responsável por produzir progesterona → depois da ovulação, FSH e LH estimulam o corpo lúteo a produzir progesterona que por sua vez estimula a vascularização do endométrio - porque se o óvulo foi fecundado/estiver fecundado, ele vai precisar receber oxigênio e nutrientes e para isso precisa de sangue 1. SE O ÓVULO FOI FECUNDADO: o nível de progesterona e estrogênio irão subir = gravidez = processo gestacional 2. SE O ÓVULO NÃO FOI FECUNDADO: o corpo lúteo tende a regredir e a medida que ele vai regredindo, menos progesterona vai sendo produzida, então também vai diminuindo a vascularização do endométrio, até as células morrerem e o endométrio começar a descamar, entrando na fase de menstruação = início do ciclo Silverthorn. Human Physiology: an Integrated Approach. 7e - AÇÕES DO ESTROGÊNIO ● maturação e manutenção do útero, trompas e vagina ● desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas ● desenvolvimento das mamas ● proliferação e desenvolvimento das células da granulosa ● manutenção da gravidez ● estimulação da secreção de prolactina ● crescimento ósseo e fechamento das epífises - AÇÕES DA PROGESTERONA ● manutenção da atividade secretora do útero durante a fase lútea ● manutenção da gravidez ● estimula a atividade secretora dos ductos mamários DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 26 ● aumento do limiar uterino para o estímulo contrátil ● ações termogênicas - FUNCIONAMENTO DO ANTICONCEPCIONAL - de maneira geral os anticoncepcionais são combinados de estrogênio + progesterona → para ovular precisa de um picode estrogênio seguido de um pico de LH e FSH que culmina na ovulação → esse padrão fisiológico de níveis normais é o que faz a mulher ovular - de maneira geral, a mulher toma 21 dias o comprimido e faz uma pausa de 7 → ela menstruou → começa a tomar o anticoncepcional novamente e por 21 dias aumenta os níveis de estrogênio e progesterona e não tem variação nos níveis desses hormônios, ficam altos sem variar, então a mulher não vai ovular → quando ela parar de tomar o medicamento, os níveis desse hormônio irão descer e ela vai menstruar e voltar a tomar → mulher que toma anticoncepcional não ovula, pois não acontece o pico de estrogênio que leva ao pico de LH e FSH que, por sua vez, leva ovulação - E SE ESQUECER DE TOMAR UM DIA? - o nível de estrogênio cai!! - e se a mulher agora resolver tomar dois para compensar? → irá ocorrer um pico de estrogênio, gerando um pico de LH e FSH que pode resultar na ovulação → tem que seguir à risca o consumo de anticoncepcional, porque não pode haver alterações hormonais, porque pode ser que essa alteração resulte na ovulação → a melhor orientação para quando se esquece de tomar o comprimido é a fazer uma pausa de 7 dias e depois retornar - a única maneira de garantir a eficácia - mulheres que fazem uso contínuo de anticoncepcional e não menstruam, porque o nível hormonal permanece inalterado - POR QUE HOMENS QUE FAZEM USO DE TESTOSTERONA EXÓGENA DESENVOLVEM MAMAS? - colesterol é transformado em pregnenolona, por estímulo de LH e depois em progesterona → se a pregnenolona continuar na sequência, forma a testosterona e a testosterona pode ser transformado, via estímulo do FSH, em 17 -β estradiol (estrogênio) - o estrogênio é sintetizada a partir da testosterona, por isso que o homem que faz os uso exógeno de testosterona pode desenvolver característica sexual secundária, mediada pelo estrogênio → forma muito testosterona e consequentemente muito estrogênio ● NAS MULHERES: isso ocorre nos ovários ● NOS HOMENS: podem acontecer no tecido de adiposo - homens obesos têm mamas porque esse tecido transforma testosterona em estrogênio, resultam em características sexuais secundárias - OBS.: o tecido adiposo é capaz de sintetizar estrogênio - mulheres obesas podem menstruar mais cedo e homens obesos podem desenvolver mamas - PÂNCREAS ENDÓCRINO - menor parte do pâncreas → fundamental no controle do metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas através da liberação de insulina e glucagon → como está envolvido na regulação do metabolismo, qualquer alteração na sua secreção pode acarretar diabetes, síndrome metabólica e obesidade - ILHOTAS DE LANGERHANS - ILHOTAS ILHOTAS PANCREÁTICAS 1. CÉLULAS OU B (60 - 70%): liberam insulinaβ 2. CÉLULAS OU A (20 - 25%): liberam glucagonα 3. CÉLULAS OU D (10%): liberam somatostatinaδ que diminui a secreção ácida do estômago, inibe o centro da fome e ativa a sociedade e é contra reguladora da liberação de insulina e glucagon 4. CÉLULAS PP (< 2%): liberam polipeptídeo pancreático - INSULINA - hormônio peptídico (não precisa circular no sangue ligado a proteínas, meia-vida muito DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 27 rápida, se liga a receptores de membrana para atuação nas células alvo) → hormônios hidrossolúveis são sintetizados como pré e pró-hormônios no complexo de golgi, são reduzidos a pró-hormônios e são veiculados por enzimas lisossomais → algumas cadeias dos pró-hormônios são quebrados, liberando o hormônio e vezes um intermediário desse hormônio (no caso da insulina, o grânulos secretores a insulina (com suas pontes de dissulfeto) e peptídeo C (peptídeo conector que faz parte da pró-insulina)) - mas é a insulina que tem a ação Guyton, 2011 - ESTÍMULOS PARA SECREÇÃO DE INSULINA 1. aumento da glicose sanguínea (mais importante) → principalmente após uma refeição - o índice glicêmico de um alimento que determina o quão rápido essa glicose vai chegar no sangue → alcança o pâncreas endócrino e ocorre o estímulo para liberação de insulina → diabéticos devem evitar alimentos com alto índice glicêmico 2. aminoácidos 3. ácidos graxos 4. alguns hormônios 5. sistema nervoso autônomo 1. AUMENTO DA GLICOSE PLASMÁTICA - aumento da glicose plasmática faz com que ela entre nas células através do GLUT-2, é metabolizado gerando ATP → o aumento do ATP, gerado pela entrada de glicose (que foi metabolizado e oxidada) vai fechar canais para sensíveis a ATP𝐾+ → normalmente o canal está aberto e o sai𝐾+ por diferença de concentração, no momento do aumento dos níveis de ATP, o canal se fecha e aumenta a concentração de intracelular e𝐾+ causa uma despolarização, que abre canais para voltagem dependentes𝐶𝑎++ → o entra na célula através do seu𝐶𝑎++ gradiente de concentração e estimula a exocitose dos grânulos que contém insulina para circulação 2. ÁCIDOS GRAXOS LIVRES E AMINOÁCIDOS - farão o mesmo trajeto da glicose, aumentando o ATP intracelular (mas a glicose é muito mais importante) 3. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA) as células B possuem receptores para acetilcolina (ACh), uma vez que a ACh se liga aos receptores muscarínicos (M), ativa 2º mensageiros que culmina com aumento do 𝐶𝑎++ intracelular → IP3 é o 2º mensageiro (libera o do retículo𝐶𝑎++ → DAG (diacilglicerol) estimula abertura de canais para na membrana𝐶𝑎++ → SNP: estimula a liberação de insulina sistema → SNS: inibe a liberação de insulina → as células B possuem receptores alfa-adrenérgicos, onde a via de sinalização desse receptor é acoplados à proteína Gi (inibitória) e causa redução do AMPc que reduz a liberação de insulina (adrenalina e norepinefrina que se ligam a esse receptor) - o SNP é estimulante de todas as funções gastrointestinais, estimula a liberação de insulina na fase pós absortivo - o SNS está envolvido na manutenção da glicemia de jejum e nas respostas de luta e fuga → tem que manter a glicose no sangue para ter aporte de glicose no sangue no processo de luta e fuga 4. GLP-1 - tipo de incretina que está envolvida na estimulação do centro da sociedade, também aumenta a sensibilidade das células a insulina e estimula a liberação de insulina → potencial farmacológico para tratamento de diabetes tipo II → estimula a liberação de insulina pela célula - RESUMINDO: glicose circulante → quando a glicose aumenta, adentra a célula pancreática estimulando a liberação de insulina que causa entrada do transporte de compostos energéticos para dentro das células → a redução da glicose plasmática (causado devido sua entrada para dentro da célula) DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES 28 causam feedback para inibir a liberação de mais insulina → lembrando que aminoácidos e ácidos graxos também elevam a secreção de insulina - MECANISMOS DE AÇÃO DA INSULINA - atua em receptores de membrana do tipo tirosina cinase → as pontes de dissulfeto se ligam a duas subunidades desse receptor e estimula a formação de substratos dos receptores de insulina, ou IRS que são os 2º mensageiros dessa via de ativação do receptor pela insulina → os IRS causam a translocação dos receptores de glicose para a membrana plasmática, que culmina na entrada de glicose para dentro das células, vai estimular anabolismo nas células musculares (estimulando a síntese de proteínas), estimula a lipogênese nos adipócitos, estimula síntese de glicose e estimula a expressão gênica de fatores de crescimento - TIPOS DE RECEPTORES PARA GLICOSE - GLUT-1, 2 e 3: Independentes de insulina (não precisam de insulina para captação de glicose), - GLUT-4: sua inserção na membrana, para captação de glicose, ácidos graxos ou aminoácido são dependentes de insulina - EFEITOS DA INSULINA 1. NO FÍGADO → independente de insulina para captação de glicose (GLUT-2), mas a insulina potencializa as vias metabólicas de conversão de glicose em glicogênio para reserva energética ● aumenta a formação de glicogênio ● diminui a produção hepática de glicose ● excesso de glicose se transforma em triglicerídeos ● aumenta a glicogenólise ● inibe a cetogênese → aumento de corpos cetônicos em diabéticos devido à falta
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