Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CIRURGIAS GENITUURINARIAS SISTEMA GERITURINÁRIO • Nefrectomia total: remoção completa do rim, em decorrência de um tumor renal, trauma, doença calculosa com infecção, pielonefrose (processo infeccioso na base do rim, além de cálculos, pode-se ter infecção urinária de repetição) Ás vezes o processo infeccioso se intensiva tanto que sobe para o rim○ • Nefrectomia parcial: remoção da lesão renal, com preservação de néfrons Podemos viver com 1 rim, mas o paciente deve realizar um cuidado diferenciado ○ Possibilidades de abordagem cirúrgica na nefrectomia Aberta: cirurgia convencional, com uma incisão extensa para retirar o órgão• Videolaparoscópica: menos invasiva e consegue fazer a mesma intervenção mas com uma incisão menor • Robótica: em termo de incisão é muito similar com a videolaparoscópica, mas em termos de precisão é bem melhor• Diagnósticos de enfermagem principais da nefrectomia • Pré operatório: Ansiedade○ ○ Risco de lesão por posicionamento perioperatório Paciente fica lateralizado na mesa cirúrgica e não e um procedimento rápido ▪ Eliminação urinária prejudicada: seja por uma obstrução ou por perda de função ○ • Pós operatório Risco de desequilíbrio eletrolítico○ Volume de líquidos excessivo: não vai ter uma filtração renal adequada ou totalmente restabelecida no pós operatório, tende a melhorar progressivamente ○ Risco de volume de líquido desequilibrado○ Padrão respiratório ineficaz○ Dor aguda ○ Cuidados de enfermagem da nefrectomia • Cuidados pré operatórios Avaliar o histórico de saúde do paciente: doenças pré-existentes, cirurgias, alergias○ Observar turgor de pele e presença de edema ○ Avaliar característica das eliminações urinárias: frequência, coloração, histórico recente de infecção urinária e se sim qual cuidado foi realizado durante esse diagnóstico ○ ○ Orientar acerca do procedimento e esclarecer dúvidas Como o paciente vai chegar após a cirurgia, dizer mais ou menos como será o corte, que pode incomodar um pouco, mas terão medicamentos para amenizar. Temos que sentir o quanto o paciente quer saber ▪ • Cuidados pós operatórios Avaliar características da dor: frequência, intensidade, qualidade○ Auxiliar na mudança de decúbito e deambulação precoce. Devido a incisão, a mobilidade do paciente fica prejudicada, paciente em POI não terá como cuidado deambulação precoce ○ Manter decúbito elevado 30º, facilitando a expansibilidade torácica ○ Avaliar a adequação do débito urinário (volume, odor, cor) e a permeabilidade do sistema de drenagem○ Observar presença de edema corporal, devido ao risco de volume de líquidos excessivo○ Avaliar inserção de drenos e característica de débito○ Realizar curativo em incisão cirúrgica com SF 0,9% e cobertura primária. No caso do dreno, utiliza-se clorexedine alcoólico ○ Avaliar sinais de hemorragias: hipotensão, taquicardia, alteração consciência, sangramentos○ Pesar diariamente○ LITOTRIPSIA segunda-feira, 23 de agosto de 2021 17:42 Página 1 de PERIOPERATÓRIO LITOTRIPSIA Em alguns casos ocorre a ruptura, e quando isso ocorre a urina cai na cavidade e o paciente pode ter um choque séptico • Diagnósticos de enfermagem principais da litotripsia • Pré operatório Ansiedade○ ○ Risco de lesão por posicionamento perioperatório Todos os pacientes cirúrgicos tem esse risco. O que vai agravar o risco é história clínica, dependendo dos antecedentes e da integridade da pele desse paciente ▪ ○ Eliminação urinária prejudicada: pode ter disúria, poliúria ou oligúria Precisa mensurar isso, ás vezes pode ocorrer eliminação das pedras menores ▪ Pode ter dificuldade de urinar devido a pedra estar no meio do caminho▪ Dor aguda○ • Pós operatório Dor aguda○ Eliminação urinária prejudicada: seja por conta do procedimento ou por ter ainda uma pequena obstrução ○ Risco de sangramento: devido a manipulação do local do procedimento○ Cuidados de enfermagem para litotripsia • Cuidados pré operatórios Avaliar o histórico de saúde e episódios prévios de cálculos ○ ○ Orientar a coar a urina até o encaminhamento para cirurgia Porque o paciente pode urinar o cálculo, e não será mais necessário a intervenção cirúrgica ▪ Avaliar características da dor: frequência, intensidade, qualidade○ Observar edema de membros inferiores○ Observar de sinais e sintomas de infecção urinária (calafrios, febre, polaciúria e hesitação)○ Avaliar características do débito urinário: cor, quantidade, odor, frequência○ • Cuidados pós operatórios Observar padrão de eliminação urinária: frequência, hematúria, volume○ Avaliar características da dor: frequência, intensidade, qualidade○ ○ Manter fio de duplo J fixo: face medial de coxa (imagem ao lado) Ambas as pontinhas possui um J ▪ Entra com um dispositivo em um local que já está irritado porque tinha uma pedra no meio do caminho, vai ocorrer um edema local na sequência, vai ficar inchado e isso pode causar uma colabação do ureter ▪ Em alguns casos o cirurgião deixa o duplo J no paciente para não deixar que a área colabe. Em casos simples e em que o cálculo estava de fácil retirada mais próximo do fim do ureter, o cirurgião geralmente não deixa o duplo J ▪ Duas formas de deixar: totalmente interno ou deixar com fio exteriorizado ▪ Caso esteja com uma parte do fio para fora precisamos ter o cuidado de manter a fixação adequada porque se puxar o fio vem tudo para fora e se tirar antes da hora pode ocorrer o fechamento do ureter ▪ A permanência do duplo J varia, dependendo da abordagem cirúrgica que foi feita, é principalmente usado onde é retirado o cálculo em cima, no rim ▪ Estimular a ingesta hídrica○ SISTEMA GENITURINÁRIO: CIRURGIAS MASCULINAS POSTECTOMIA Excisão do prepúcio da glande peniana, em decorrência de estenose, estreitamento ou balanopostite (processo inflamatório local, não houver uma higienização correta da pessoa pode levar a esse processo infeccioso) • • Cuidados pré operatórios: Orientar paciente sobre o procedimento○ Encaminhar ao banho de aspersão ou orientar o uso de toalha impregnada com antisséptico○ • Cuidados pós operatórios: Observar presença de sangramento na região peniana. Sangramento pequeno é normal ○ Avaliar condições de curativo○ Administrar analgésicos prescritos conforme queixa álgica○ Orientações de alta Página 2 de PERIOPERATÓRIO ○ Orientações de alta Pacientes geralmente só vão com uma gaze protegendo, usar uma cueca que permita sustentação adequada do pênis e não realizar curativos porque tende a cicatrizar rapidamente ▪ Cirurgia relativamente simples, ás vezes é feita por via ambulatorial, de 1- 2 horas depois do procedimento já é liberado para ir para casa • VASECTOMIA Ligadura e transecção de parte do ducto deferente, com ou sem remoção de um segmento do ducto, a fim de impedir a passagem dos espermatozoides provenientes dos testículos, também denominada esterilização masculina • Quando se faz a ligadura pode ter reversão da cirurgia • PRÓSTATA E INTERVENÇÕES A próstata tem como função produzir um líquido alcalino que dilui a secreção testicular, o que protege e nutre os espermatozoides, favorecendo seu deslocamento. • • A hiperplasia prostática comprime o tecido adenomatoso que pode invadir a luz uretral e gerar obstrução da saída de urina A principal queixa do paciente é dor e dificuldade para urinar ○ Diagnósticos e intervenções Principais diagnósticos de enfermagem para intervenções prostáticas • Pré operatórios Ansiedade○ Risco de lesão por posicionamento perioperatório○ Eliminação urinária prejudicada○ Retenção urinária○ • Pós operatório Dor aguda○ Ansiedade○ Eliminação urinária prejudicada○ Risco de sangramento: é uma área muito irrigada ○ Risco de volume de líquido desequilibrado: balanço e controle da diurese○ Risco de desequilíbrio eletrolítico○ Disfunção sexual ○ Abordagem cirúrgica: Ressecção transuretral de próstata (RTU) Ressecção de tecido em torno do colo vesical e dos lobos da próstata, preservando a cápsula. Em outras palavras, raspar o tecido que está em excesso•Intervenção proposta nas hiperplasias benignas: lobos hipertrofiados podem causar obstrução do colo da bexiga ou da uretra, provocando esvaziamento incompleto da bexiga e retenção urinária • Ressectoscópio é introduzido na bexiga, por meio da uretra, permitindo o acesso ao colo vesical e lobos prostáticos, e ressecção com uma alça elétrica• É uma abordagem por vídeo, vai raspando as áreas, mas precisa ir lavando conforme vai raspando porque ocorre sangramento e por isso é conectado um sistema de irrigação que permite uma lavagem contínua • • Sistema de irrigação conectado ao ressectoscópio, permitindo: Esvaziamento da bexiga○ Melhor visualização do campo cirúrgico○ Transmissão da corrente elétrica por meio de solução isotônica: glicina 1,5%, manito○ • Cuidados pré operatórios Avaliação do histórico de saúde do paciente: antecedentes clínicos e cirúrgicos○ Uso de medicamentos: atentar ao uso de anticoagulantes (aas, clexane, gincobiloba)○ ○ Orientar acerca das condições pós-operatória: uso de sondas Sonda de 3 vias com irrigação contínua, por ser uma área bastante irrigada, ocorre sangramentos e pode gerar uma obstrução▪ Página 3 de PERIOPERATÓRIO Sonda de 3 vias com irrigação contínua, por ser uma área bastante irrigada, ocorre sangramentos e pode gerar uma obstrução▪ Encaminhar ao banho de aspersão: sabão neutro ou clorexidina degermante○ Retirar adornos e próteses: auditiva e/ou dentária○ • Cuidados pós operatórios ○ Realizar controle de irrigação contínua: quantificar o volume infundido, débito apresentado, e volume urinário(CONTÍNUO) Tem que ficar o tempo todo aberto, por causa do risco de formação de coágulo que pode obstruir ▪ Observar e anotar característica de diurese 6/6h: coloração, presença de resíduos, hematúria ○ Avaliar presença de sangramento uretral (ATENÇÃO) garantindo também uma higiene adequada ○ Avaliar presença de estenose uretra (colabamento, diminuição do lúmen): disúria, esforço para defecar, jato urinário fraco ○ SÍNDROME DE RESSECÇÃO TRANSURETRAL Complicação rara, associada a absorção significativa da solução para irrigar o local cirúrgico durante o procedimento. Por isso devemos ter um controle adequado • • Pode ocorrer: hiponatremia e hipovolemia Ocorre uma desequilíbrio, principalmente do sódio porque o coração começa a bombear mais. Perde um volume maior do que deveria ○ Um problema que é um distúrbio de eletrolíticos, pode parecer um problema neurológico devido aos seus sinais e sintomas • • Sinais e sintomas: Cefaleia: a pressão arterial trabalha junto com pressão intracraniana. Se tenho uma alteração da pressão arterial, pode consequentemente ter uma alteração na pressão intracraniana ○ Convulsões○ Espasmos musculares○ Hipotensão○ Confusão○ Taquicardia○ • Intervenções de enfermagem Interromper irrigação contínua○ Avaliar sinais vitais e nível de consciência○ Realizar controle hídrico○ Avaliar ausculta cardíaca e pulmonar: o pulmão pode encharcar ○ Abordagem cirúrgica: Prostatectomia Pode ser aberta, videolaparoscópica e robótica• • A aberta é dividida em 3 ○ Retropúbica simples: incisão longitudinal Abordagem da próstata sem incisão na bexiga▪ Menor risco de lesão do esfíncter vesical▪ Maior risco de sangramentos ▪ ○ Suprapúbica: incisão transversal Abordagem da próstata com incisão na bexiga▪ Possibilidade de ressecção de lesões vesicais e remoção mais completa da glândula▪ Recuperação pode ser prolongada e desconfortável▪ ○ Perineal: região entre o períneo e o ânus Indicada para pacientes obesos▪ Maior incidência pós-operatória de impotência e incontinência urinária▪ Risco de lesão do reto e esfíncter externo ▪ • Prostatectomia robótica Menor perda sanguínea, tempo cirúrgico, dor pós-operatório○ Redução do tempo de internação○ Preservação dos nervos com menos incontinência e disfunção sexual○ Menores cicatrizes○ • Cuidados pré operatórios Orientar paciente sobre o procedimento e esclarecer dúvidas○ Realizar preparo de cólon intestinal conforme prescrição médica○ Realizar tricotomia pubiana conforme protocolo institucional○ Avaliar exame laboratoriais e imagens: destaque para PSA e ressonância○ Avaliar queixas urinárias: disúria, hematúria, frequência miccional○ • Cuidados pós operatórios Realizar controle de irrigação contínua: volume infundido, débito apresentado, e volume urinário (CONTÍNUO)○ Observar e anotar característica de diurese 6/6h: coloração, presença de resíduos, hematúria○ Avaliar e anotar caraterísticas da dor: intensidade, frequência, característica○ Observar e comunicar se PA>140/90 mmHg, confusão, desconforto respiratório ○ Estimular deambulação precoce○ Avaliar queixas de dor no ombro e abdominal: pacientes submetidos a videocirurgias○ Observar e anotar padrão de eliminações intestinais○ Orientar cuidados pós-alta: manejo da sonda, incisão cirúrgica, disfunção erétil e incontinência○ Página 4 de PERIOPERATÓRIO SISTEMA GENITURINÁRIO: CIRURGIA FEMININA Histerectomia Remoção cirúrgica do útero em decorrência de tumores, endometriose, miomas, sangramentos disfuncionais• Completa ou total: remoção de útero e cólon uterino • Subtotal ou parcial: remoção do útero, com preservação do cólon • Radical: remoção do útero, do colo uterino e de alguns gânglios linfáticos pélvicos • Principais diagnósticos de enfermagem • Pré operatório Ansiedade○ Risco de lesão por posicionamento perioperatório○ Dor aguda○ • Pós operatório Dor aguda○ Ansiedade○ Risco de sangramento○ Mobilidade física prejudicada: devido a dor e incômodo○ Eliminação urinária prejudicada○ Abordagens histerectomia Vaginal: entra pela vagina e retira o útero• Abdominal: com uma incisão suprapúbica • Laparoscópica ou robótica: menos invasiva • Cuidados pré operatórios Orientar paciente sobre o procedimento e esclarecer dúvidas• Realizar preparo de cólon conforme prescrição médica• Realizar tricotomia genital de acordo com protocolo institucional• Avaliar uso de medicamentos: destaque para os anticoagulantes• Cuidados pós operatórios Observar presença de sangramentos• Atentar-se a sinais de choque: PA < 90/60 mmHg, alteração de consciência, FC > 100bpm• Avaliar débito urinário quanto ao volume, característica da urina• Observar e anotar características de inserção de drenos e débito• Página 5 de PERIOPERATÓRIO
Compartilhar