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Sistema respiratório: anatomia e fisiologia • Para entender anatomicamente, as cirurgias podem envolver o pulmão Os pulmões são bastantes grandes em termo de tamanho, então há vários cirurgias que podem ser realizadas nos pulmões e nas pl euras○ • Os pulmões se encontram na caixa torácica anteriormente ao pulmão Então temos todo o arcabouço costal, temos o osso esterno e o pulmãoo O pulmão direito é um pouco maior que o pulmão esquerdo devido ao coração que fica ao lado esquerdoo Traumas tanto anteriores que perfurem costelas quanto traumas posteriores, eles podem atingir os pulmõeso Os pulmões são órgãos ocos formados por estruturas respiratórias que são os ácinos e eles tem a capacidade de expansão o • Os pulmões em si não são órgãos estéreis que nem o coração e cérebro devido ao ar Quando a gente respira o ar está fora do pulmão para expandir o pulmão para ter a troca gasosao O ar que respiramos não é estéril, então internamente, os brônquios e estruturas pulmonares não são estéreis porque o ar vai lá dentroo Temos a pleura visceral que fica em contato com o órgão e a pleura parietalo A pleura parietal vai até lá embaixo porque quando a gente inspira, abrimos a caixa torácica fazendo com que o diafragma desc e e ele precisa desse espaço a maiso Existe um líquido entre as duas pleuras que serve para que eles possam deslizar, e ai o pulmão se expandeo o O pulmão direito geralmente tem 3 lóbulos e o pulmão esquerdo tem 2 • Os brônquios vão se sub dividindo de modo que existam um brônquio principal para cada um dos segmentos Os lóbulos são sub divididos em segmentos o o De modo geral o pulmão direito tem 10 segmentos e o pulmão esquerdo 8 segmentos Os ácinos são formados pelos bronquíolos que é muito irrigado pelas artérias e vênulas e tem os alvéolos onde existe a troca gasosa• Assistência de enfermagem ao paciente no pré e pós-operatório de cirurgias do sistema respiratório • Anamnese é muito importante porque tem existem muitos problemas que as vezes vem desde a infância ou da adolescência, ou hábitos que p odem se transformar em problemas do sistema respiratório É importante perguntas se já teve problemas de infância como asma, bronquite, infecções respiratórias recorrentes ○ Um hábito (vício) muito importante que deve ser examinado é o fumo○ • Sinais e sintomas Locais e funcionais: tosse, expectoração, hemoptise, dispneia, dores, rouquidão, singulto/soluço○ Gerais: cianose, emagrecimento, astenia, febre○ À distância: dor por compressão, miose, toxicidade (tumores/metástases)○ ○ O pulmão não tem estrutura nervosa dolorosa e isso é um problema pra quem tem alguma doença pulmonar como câncer segunda-feira, 23 de agosto de 2021 17:46 Página 1 de PERIOPERATÓRIO ○ O pulmão não tem estrutura nervosa dolorosa e isso é um problema pra quem tem alguma doença pulmonar como câncer Paciente não vai ter dor, sinais e sintomas são muito gerais▪ O pulmão não tem dor, mas as pleuras doem se for perfurada○ • Exame físico: inspeção, percussão, palpação, ausculta (tem cuidado maior) Além da FR é muito importante a gente verificar, principalmente no pré-operatório a expansibilidade torácica○ Ver se o paciente não está tendo só uma respiração abdominal superficial, se ele suporta uma inspiração profunda○ • Aspiração da via aérea superior não é um procedimento estéril Precaução padrão○ Porém fazemos a técnica estéril para não levar outros organismos contaminantes para o pulmão, mas o sistema respiratório em s i não é estéril○ Sistema respiratório • Cirurgias torácicas Conservadores (drenagem torácica)○ Radicais (pneumectomia)○ 1. Indicações ○ Pneumotórax Faz drenagem torácica▪ Traumatismos: acidentes com veículo, arma de fogo, arma branca○ Transtornos: câncer de pulmão, tumores não cancerosos, cistos e abscessos○ ○ Anomalias locais: bronquiectasia, atelectasia, tuberculose, empiema pleural, fibrose pleural Antigamente ia para cirurgia, mas hoje, por conta dos antibióticos geralmente, elas são tratadas clinicamente, sem intervenção cirúrgica▪ 1. Cuidados pré-operatórios ○ Evolução pré-operatórios As recomendações servem para todo tipo de cirurgia, principalmente para cirurgias que vai ter uma duração grande sob anestesia geral e que a gente precisa deixar os pulmões um pouco mais fortalecidos para aguentar a cirurgia e a anestesia ▪ Quando falamos que a cirurgia vai ser no próprio sistema respiratório, temos mais cuidados ainda▪ Quando é uma cirurgia programada (ex. foi detectada um tumor e vai fazer cirurgia), vai primeiro detectar quais são os fatores de risco cirúrgicos▪ Finalidade: determinar os fatores de risco cirúrgicos▪ ▪ 3 etapas Histórico -> fumo, IAM, DPOC, idade avançada (essas ocorrências fazem com que os pulmões fiquem um pouco mais enrijecidas e já tenha por si só uma dificuldade maior de expansibilidade) Exame físico -> obesidade, desnutrição, dispneia, diminuição da expansão diafragmática, edemas Procedimentos diagnósticos -> raio x, CT, broncografia, provas de função pulmonar ○ Terapia pré-operatória ▪ Se o paciente tem como fazer uma cirurgia programada, vai começar com uma terapia pré-operatório Então desde o pré-operatório vai fazendo os cuidados para fortalecer os pulmões e fortalecer principalmente o pulmão que está bom para aguentar bem a cirurgia Finalidades: melhorar o estado do paciente e reduzir os riscos cirúrgicos▪ ▪ Como? Paciente fumante -> parar 4 semanas antes da cirurgia Paciente com doença pulmonar e secreções -> terapia respiratória intensiva (48h no pré-operatório) Aminofilina EV -> broncodilatação (cpm) Inalação com broncodilatadores 4 vezes/dia (acm) Fisioterapia respiratória 4 vezes/dia, 30 min após inalação porque a inalação provoca broncodilatação Técnica de respiração profunda e tosse ○ Educação pré-operatória Finalidades: limitar temores do paciente, orientar paciente e família, comunicar permanência na UTI e orientar quanto à necessidade de ventilação mecânica ▪ ▪ Itens abordados com paciente e família Procedimento cirúrgico Local em que o doente despertará -> UTI Impedimento da fala -> IOT (intubação orotraqueal) Utilização e finalidade do respirador Administração de O2 Localização de aparelhos Tubos e sistema de drenagem Uso de monitor cardíaco no POI Posicionamento Métodos de drenagem postural, tosse e respiração Fisioterapia e espirometria Proteção da incisão ao tossir Analgesia Frequência da verificação de SSVV e avaliação geral Presença de infusões EV Possível monitoração arterial e venosa com cateteres Possível transfusão de sangue e autotransfusão Importância da movimentação ativa e passiva Restrições de dieta e progressão com o tempo de PO Normas para visitas Importantíssimo: orientar paciente e família de acordo com a necessidade de informação expressa por cada um○ • Por que um paciente que será submetido a uma cirurgia pulmonar deve começar a fazer exercícios respiratórios no pré -operatório? Para fortalecer tanto o pulmão que está comprometido quanto o outro que está bom porque enquanto o outro estiver parado, o pulmão que está bom precisa estar mais fortalecido porque vai fazer o trabalho dos dois ○ 1. Procedimentos cirúrgicos As orientações pré e pós-operatórias na maioria das vezes são as mesmas, e os cuidados também, o que vai mudar é a intensidade desses cuidados○ Página 2 de PERIOPERATÓRIO As orientações pré e pós-operatórias na maioria das vezes são as mesmas, e os cuidados também, o que vai mudar é a intensidade desses cuidados○ Quadro: procedimentos cirúrgicos do sistema respiratório○ • A função principal do dreno de tórax é expandir pulmão, fazer com que ele volte a ser funcional Se na pneumectomia foi retirado o pulmão inteiro, não tem pulmão para expandir, então não precisa dreno de tórax○ Maior cirurgia do sistema respiratório○ Para respirar bem, respira pelo outro pulmão que precisa estar bom o suficiente e muito fortalecido (muito fisioterapia respiratória) porque vai fazer o trabalho de dois ○ Todas as outras cirurgias precisade dreno de tórax• Exérese é a mesma coisa de retirada• • Toracotomia exploratória é a abertura do tórax Com os recursos diagnósticos de hoje em dia, fica cada vez mais difícil abrirem o tórax para ver o que é para confirmar a suspeita diagnóstica○ Ressecção em cunha é uma retirada quando tem um cisto muito pequeno, abcesso muito pequeno, um tumor benigno ou maligno peque no que não precisa tirar nem um segmento (uma parte muito pequeno) • • Decorticação é um problema na pleura, não no pulmão Forma a carapaça que é o caso do empiema pleural○ É uma indicação específica○ Empiema é uma infecção e essa infecção engrossa formando um carapaça na pleura e a pleura fica engrossada perdendo a capacidade de expansão○ Tira a pleura parietal○ Cirurgia não é muito utilizado hoje em dia, pode ser tratado com antibiótico○ • Por que não há necessidade de inserção de dreno de tórax em pacientes submetidos à pneumectomia? Porque não tem pulmão, então não tem pulmão para expandir○ 1. Cuidados pós-operatórios ○ Intensidade dos cuidados depende Tipo de operação▪ Duração da anestesia▪ Condições pré-operatórias do paciente▪ ○ Controles ▪ Verificar sinais vitais (T, P, PA, FR) Não é para verificar só as FR, mas quais são as características dessa respiração se tem sibilo, ronco, etc. Atentar para características da respiração▪ Controlar drenagem rigorosamente▪ Auscultar sons respiratórios (murmúrios vesiculares)▪ Colocar o paciente sentado ou semi sentada▪ Controlar gasometrias arteriais▪ Estudar raios X de controle todos os dias até a alta▪ ○ Posicionamento Trocar constantemente a posição do paciente▪ Colocar em posição supina ou lateral oposta a cada 2h ▪ Realizar cuidados especiais para pneumectomia▪ ▪ Deixar o paciente em Fowler ou semi Fowler que vai ajudar na expansibilidade (melhor posição) Para virar para o lado operado, ele pode ter dor tanto na incisão que não é pequena ou no local do dreno Mas se virar para o outro lado, é o lugar do pulmão bom, dependendo do tempo que estiver virado para aquele lado, a expansibilidade do pulmão pode diminuir Quanto menos ficar na cama, melhor Posicionar para drenagem postural (s/n)▪ Assegurar-se de que o doente tolera a posição▪ ○ Terapia respiratória ▪ Intensidade depende do estado do paciente e da capacidade funcional Tosse e respiração profunda Inalação Aspiração ○ Precisamos estabelecer uma rotina e combinar com a fisio Faz a medicação pra dor e da inalação▪ Depois faz fisioterapia respiratória ▪ ○ Controle da dor ▪ Visa a cooperação do paciente na terapia respiratória Tosse e respiração profunda -> previne complicações no PO Analgésicos narcóticos Bloqueio anestésico Página 3 de PERIOPERATÓRIO Bloqueio anestésico ○ Medicações Antibiótico profilaxia▪ Aminofilina▪ ○ Mobilização ▪ Exercícios ativos e passivos visam Manter fluxo sanguíneo Diminui a rigidez Promover mobilidade articular Prevenir formação de trombos ○ Cuidados com a ferida cirúrgica Fazer curativo em incisão e drenos, no mínimo diariamente▪ Mante técnica asséptica▪ Observar área que circunda drenos e incisão▪ Anotar e comunicar anormalidades▪ ○ Tubos de drenagem torácicos Determinar permeabilidade e efetividade▪ Permanecer despinçados até a retirada▪ Controlar drenagem, quantidade, tipo e aspecto da secreção▪ Verificar escape de ar▪ Dreno de tórax nunca pode estar fechado▪ ○ Nutrição e hidratação Nutrição adequada -> boa cicatrização e energia▪ Elevado valor calórico -> anorexia no PO▪ Hidratação -> fluidifica secreções e facilita expectoração▪ Balanço hídrico rigoroso de 48 a 72h após cirurgia▪ ○ Considerações psicológicas Manter paciente informado sobre seu estado e progressos▪ Permitir que ele expresse seus sentimentos▪ Incluir um membro da família na participação do cuidado▪ Acionar equipe oncológica (s/n)▪ 1. Complicações ○ Hemorragia -> grande volume drenado pelos tubos nas primeiras 24h Maiores índices: traumatismos, desnutrição e doenças hepáticas (diminui fatores de coagulação)▪ ▪ Tratamento: controles, características do sangramento, reposição de volume, transfusão, reoperação Se é um sangue vivo e claro que está saindo pelo tubo, avisar a equipe prontamente porque pode ser que uma artéria tenha rompido e nesses casos pode ser necessário voltar pra o CC Atenção a características de sangramento arterial▪ ESCAPE DE AR 1. Borbulhamento contínuo no selo d’água• Incidência: traumas, tecido frágil, ressecção segmentar• Tratamento: manter vigilância no paciente (pois ele deve voltar espontaneamente), retirar ventilação mecânica, controlar resp iração, verificar expansão diafragmática e sons respiratórios, analisar gasometria • INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA2. Sinais e sintomas: dispneia, aumento FR, diminuição volume corrente, aumento FC, agitação, confusão mental, aumento pressão d e CO2 e diminuição pressão de O2• Incidência: pacientes desnutridos, idade avançada, função respiratória comprometida previamente, pode até mesmo ser um esforç o muito além do que ele aguentava • ATELECTASIA3. Sons respiratórios e aumento da FR• Acomete pacientes com: obesidade, imobilidade, dificuldade para tossir e respirar profundamente• Tratamento: fisioterapia respiratória, espirometria, técnicas de tosse e respiração profunda• PNEUMONIA 4. Infecção bacteriana pulmonar• Sinais e sintomas: hipertermia, diminuição dos sons respiratórios, presença de roncos e estertores crepitantes, evidência em raio X• Incidência: pós atelectasia (colonização da secreção), IOT (porta de entrada para microrganismos), diminuição da resistência imunológica• Tratamento: semelhante ao da atelectasia, cultura de escarro, antibioticoterapia e agressiva terapia respiratória• ALTA E CUIDADOS DOMICILIARES Empregar técnica de respiração profunda e tosse• Realizar espirometria, se possível• Tomar corretamente a medicação prescrita• Manter abundante ingesta líquida• Não fumar e não permitir que fumem ao seu lado• Comparecer aos retornos médicos• Página 4 de PERIOPERATÓRIO Comparecer aos retornos médicos• Comunicar anormalidades ao médico• Página 5 de PERIOPERATÓRIO
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