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Resumo - introdução a IST

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INTRODUÇÃO A INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) 
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros 
microrganismos. 
 São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso 
de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de 
uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a 
amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio 
não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais 
contaminadas. 
A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em 
substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a 
possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. 
 
PRICÍPIOS BÁSICOS PARA O CONTROLE DAS ISTs 
 Interromper a cadeia de transmissão detectando precocemente os casos, tratando-os e a 
seus parceiros, adequada e oportunamente. 
 Prevenir novas ocorrências por meio de aconselhamento especifico, durante o qual as 
orientações sejam discutidas conjuntamente, favorecendo a compreensão e o seguimento 
das prescrições médicas e contribuindo de forma efetiva para a adoção de práticas sexuais 
seguras. 
ABORDAGEM SINDRÔMICA DAS IST 
 
Em 1991, a Organização Mundial de Saúde (OMS) introduziu o conceito de abordagem 
sindrômica para atendimento do portador de DST em países em desenvolvimento. 
 O método consiste em incluir a doença dentro de síndromes pré-estabelecidas, baseadas 
em sintomas e sinais, e instituir tratamento imediato sem aguardar resultados de exames 
confirmatórios. 
 A abordagem sindrômica é mais realista e eficaz para controle das DST em países em 
 Desenvolvimento pela simplicidade e baixo custo. 
 
ABORDAGEM SINDRÔMICA DAS ISTS (RECOMENDAÇÃO DO MS) 
 Úlceras Genitais = Sífilis, cancro mole, donovanose, herpes genital e linfogranuloma venéreo. 
 Corrimento Vaginal/Uretral = Clamídia, gonorreia, vaginose bacteriana, candidíase e 
tricomoníase 
 Doença Inflamatória Pélvica (DIP) = Clamídia, gonorreia, bactérias facultativas anaeróbias e 
outros microorganismos. 
 Verrugas Anogenitais = HPV 
CORRIMENTO URETRAL: PRINCIPAIS URETRITES 
IST AGENTE ETIOLÓGICO PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS 
 
 
Gonorreia 
 
 
Neisseria 
gonorrhoeoe 
Na mulher, geralmente assintomática (70 a 
80%), quando sintomática, pode apresentar 
cervicite mucupurolenta, sangramento 
intermenstrual, dispareunia e disúria; no 
homem, disúria, prurido, corrimento 
purulento e hiperemia prepucia 
 
Clamídia 
 
Chlamydia 
trachomatis 
Geralmente assintomática (70 a 80%); 
quando sintomática, apresenta cervicite 
mucopurulenta, sangramento intermenstrual, 
dispareunia e disúria 
Sífilis Treponema 
pallidum 
Na fase primária, úlcera, geralmente única, 
indolor, com base endurecida e fundo limpo. 
Cancro Mole Haemophilus 
ducreyi 
Geralmente lesões múltiplas, dolorosas, de 
bordas e fundo irregulares, recobertas por 
exsudato necrótico de odor fétido 
Donovanose Klebsiella 
granulomatis 
Ulceração com borda plana ou hipertrófica, 
bem delimitada, com fundo granuloso, de 
aspecto vermelho vivo e friável 
Linfogranuloma Venéreo Chlamydia 
trachomatis (L1, L2 
e L3) 
Início por pápula, pústula, ou ulceração 
indolor; provoca linfadenopatia inguinal; evolui 
com supuração e fistulização. 
Candidíase Candida albicans Prurido, dispareunia, placas brancas, edema 
vulvar e disúria. 
Tricomoníase Trichomonas 
vaginalis 
Corrimento amarelo ou amarelo esverdeado, 
bolhoso, dor pélvica e prurido. 
Vaginose Bacteriana Gardnerela vaginalis; 
Haemophilus; 
Bacteroides sp; 
Mobiluncus sp 
Corrimento vaginal fétido e corrimento 
branco acinzentado de aspecto fluído ou 
cremoso 
Herpes genital Vírus da Herpes 
Simples (HSV) 
Lesões eritemato-papulosas que evoluem 
para vesículas dolorosas e, na maioria das 
vezes, apresenta quadro de febre, mal estar, 
mialgia e disúria 
Condiloma acuminado Papilomavírus 
Humano (HPV) 
Lesões acetobrancas, lesões exofíticas, com 
superfícies granulosas, únicas ou múltiplas; 
quando maiores, assemelham-se ao 
‘couverflor’ e, quando menores, têm 
aparência de pápulas ou placas; podem ser 
dolorosas, friáveis e/ou pruriginosos 
 
CONSULTA DE ENFERMAGEM: ISTS 
 O tratamento deve ser instituído no momento da consulta, preferencialmente com 
medicação VO e em dose única, ou com o menor número de doses. 
 A participação de enfermeiros e outros profissionais de saúde deve ser estimulada em 
todas as etapas do atendimento; 
 O aconselhamento, a detecção de situações de risco e a educação para a saúde de 
pessoas com ISTs e seus parceiros são atividades nas quais esse profissional deve atuar. 
 Excepcionalmente os enfermeiros poderão prescrever e aplicar medicamentos 
estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição (Lei 
do Exercício Profissional no 7.498/86 de 25 de junho de 1986 e regulamentada pelo 
Decreto no 94.406 , de 8 de junho de 1987); 
 O Enfermeiro deve adotar como rotina a necessidade de observar em qualquer consulta 
de enfermagem, independente do programa ao qual os usuários estão cadastrados, 
investigar a presença de ISTs para contribuindo no diagnóstico precoce. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de 
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. 2 ed. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2017. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de 
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. 3 ed. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2019. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças 
de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes 
Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis 
(IST). Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças 
de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes 
Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis 
(IST). Brasília: Ministério da Saúde, 2020. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças 
de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis Coordenação-Geral de 
Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis. OFÍCIO CIRCULAR Nº 
9/2020/CGIST/.DCCI/SVS/MS. Brasília: Ministério da Saúde, 2020

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