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Resumo - A construção do Conhecimento

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A construção do conhecimento 
Tipos de conhecimento – Ciência e tecnologia 
CONHECIMENTO 
Conhecer – consciência 
Relações e experiências com o mundo; 
Vivência circunstancial e estrutural das propriedades 
necessárias à adaptação; 
Interpretação e assimilação do meio interior e exterior 
do ser. 
Conhecer 
Relações entre sensação, percepção (mediadora entre 
o mundo caótico dos sentidos) e atividade cognitiva 
(organização); 
Forma de solução de problemas próprios e comuns à 
vida; 
Complexo e idealizado – pensamento, memorização, 
reflexão e criação; 
É dinâmico e inacabado: referencial para todas as 
pesquisas em todas as áreas. 
O conhecer: acesso à realidade vivencial – os 
fenômenos agem sobre os sentidos, e o homem age 
sobre os fatos, adquirindo uma experiência 
pluridimensional do universo. 
É algo essencial: independentemente de raça, crença 
– desejo de saber é inato. 
CONHECIMENTO: A CRENÇA VERDADEIRA E 
JUSTIFICADA (Platão) 
 Crença: estado mental que pode ser 
verdadeiro ou falso – elemento subjetivo do 
conhecimento. 
 Platão: oposição entre opinião e 
conhecimento. 
- Crença: perpassada pela dúvida; é a certeza de algo, 
acreditar até o fim; convicção, fé, conjunto de ideias 
sobre algo; admite algo verdadeiro. 
- Verdade: o que é real ou possessivamente real 
dentro de um sistema de valores. 
O que é verdade? Um ponto de vista (Nietzsche). 
- Justificação: tipo de autorização a crer em algo 
verdadeiro. 
Essa crença é conhecimento; 
Justificação é um elemento fundamental do 
conhecimento. 
PONTOS PRINCIPAIS DA BUSCA DO CONHECIMENTO 
 Conhecimento mítico 
 Conhecimento empírico 
 Conhecimento filosófico 
 Conhecimento científico 
 Conhecimento teológico 
CONHECIMENTO MÍTICO 
Intuição: compreensiva da realidade, fundada na 
emoção e na afetividade; 
Expressa: medo, atração, temor ou afastamento das 
coisas; 
Envolve o mistério: algo que não podemos 
compreender, por ser inascível à fé ou à razão; 
Forma de simbolizar: afugentar o temor, a angústia e 
a insegurança diante do desconhecido; 
Relatos: sustentam a crença em um poder superior 
que protege, ameaça, recompensa ou castiga – 
natureza sobrenatural. 
Os rituais 
Ritos: modelos exemplares de todas as atividades 
humanas significativas no tempo; 
Imitação aos deuses: “devemos fazer o que os deuses 
fizeram no princípio: assim fizeram os deuses, assim 
fazem os homens”; 
Exemplo: rituais de passagem – marcam mudanças 
ontológicas na vida dos indivíduos. Geram significados 
para momentos decisivos. 
Transgressão e tabu 
A consciência é coletiva – adaptação às tradições do 
grupo. 
Transgressão ou violação: tabu – caráter sagrado. 
Exemplo: incesto, objetos, mulheres menstruadas, 
animal sagrado. 
Ritos de purificação: cerimônias, expiação, bode 
expiatório. 
 
 
 
Função do mito 
 Os deuses 
Personificações das forças que conduzem o ser 
humano: são imortais; 
Os humanos são mortais: são conduzidos pelo destino 
O herói: enfrenta os deuses e segue seu destino: 
virtude. 
Mito e atualidade 
Comte e o positivismo: a ciência é a única forma do 
saber; o mito seria uma forma ingênua de explicar a 
realidade – mentalidade moderna. 
Permanência dos mitos 
Arquétipo maniqueísta: luta do bem contra o mal 
Mito socialista: sociedade melhor que virá” 
Mito cientifico: a ciência solucionará todos os 
problemas da humanidade”; 
Comportamentos cotidianos: míticos e ritualizados; 
Aspecto sombrio: “líder negativos” 
CONHECIMENTO EMPÍRICO / COMUM 
É adquirido das experiências concretas e imediatas, 
agrupados em ideias – não é planejado, provem do 
cotidiano, é espontâneo 
Características 
 Conjunto de opiniões 
 É valorativo - base em estados de ânimo 
e emoções; 
 É também reflexivo; 
 É verificável; 
 É falível e inexato. 
Mérito principal: assinalar a importância da 
experiência na origem dos nossos conhecimentos; 
base para outros conhecimentos. 
Filosofia 
Conceito: ciência das causa, princípios e fundamentos 
– fonte de todas as áreas do conhecimento humano e 
de todas as ciências – não possui objeto particular – 
orienta a solução de problemas universais. 
Procura conhecer causas reais dos fenômenos, não as 
causas próximas como as ciências particulares; mas as 
causas profundas e remotas de todas as coisas e, para 
elas, respostas. 
Gera sentido / significado para a existência. 
Teorias 
Pitágoras: a alma governa o mundo. As partes do 
universo unidas entre si refletem a harmonia, 
expressas pelos números (quantidades). 
Sócrates: o conhecimento é o guia da virtude. 
“Conhece-te a ti mesmo e conhece a verdade que o 
outro encerra” 
Platão: as ideias não são representações das coisas, 
mas é a verdade das coisas. 
Santo Agostinho: a razão é a dimensão espiritual. 
São Tomás de Aquino: o homem como indivíduo, 
estudando-o na prospecção de matéria e forma, 
admitindo que o universo seja dirigido pelo princípio 
da perfeição. 
Francis Bacon: a filosofia se vincula às concepções 
ligadas a pesquisas e experimentações; 
Rousseau: prioriza a sensibilidade em detrimento da 
razão. O homem é naturalmente bom, a sociedade 
o perverte - reflexão moral, defendendo a democracia 
vivida na dimensão da liberdade e da igualdade. 
Locke: empirista inglês, defende a tese de que o 
homem ao nascer é uma tábua rasa sobre a qual a 
experiência é gravada. A gênese do conhecimento, 
que é a experiência, é a sensação e a reflexão, as 
quais geram ideias. 
Kant: conhecimento se inicia com a experiência, este 
não resulta só da experiência. 
Hegel: desenvolve uma filosofia cujo ponto de partida 
são as ideias, inicialmente heterogêneas, e por isso 
confusas. Para torná-las claras, deve-se considerar o 
vir a ser; ou seja, o objeto feito. “Todo dado racional é 
real e todo dado real é racional. ” 
Marx: constrói o materialismo dialético e 
materialismo histórico – transformação do mundo 
Características da filosofia 
É valorativo: suas hipóteses não são submetidas à 
observação. 
Não é verificável. 
Tem a característica de sistemático. 
É infalível e exato. 
CONHECIMENTO TEOLÓGICO 
Revelado pela fé divina ou crença religiosa. 
Não pode ser confirmado ou negado. 
Depende da formação moral e das crenças individuais 
(acreditar que alguém foi curado por um milagre; 
acreditar em Deus; acreditar em reencarnação, 
acreditar em espírito, etc.) 
Fundamenta-se na fé: desprovido de método. 
Alcançado pela crença na existência de entes divinos e 
superiores que controlam a vida e o universo. 
Resulta do acúmulo de revelações transmitidas 
oralmente ou por inscrições imutáveis (textos 
sagrados). 
Aceitação de axiomas de fé teológica, fruto da 
revelação da divindade, por meio de indivíduos 
inspirados que apresentam respostas aos mistérios 
que permeiam a mente humana. 
CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
Surge com Galileu Galilei (1564-1642) 
Possui objeto especifico de investigação; método 
investigativo. 
Características 
Objetividade, racionalidade, sistemático, geral, 
verificável e falível. 
Áreas da Ciência 
 Puras/formais: desenvolvimento de teorias. 
 Aplicadas: a aplicação de teorias às 
necessidades humanas. 
 Naturais: estudo do mundo natural. 
 Humanas: o estudo do comportamento 
humano e da sociedade. 
Ciências formais / abstratas 
O objeto de estudo é entidades lógicas, ideais, 
abstratas, vazias de conteúdo; 
 Utiliza: razão e a produção de conceitos; 
 Método Dedutivo 
 Ex.: Lógica, Matemática, Cálculos... 
Ciências faturais / reais 
Estudam os fenômenos observáveis 
pelo procedimento experimental; 
 Naturais: fenômenos vivos ou não, com 
uso de instrumentos, descrição precisa e 
rigorosa da linguagem matemática, as leis e 
explicações gerais 
Ex.: química, biologia, geologia, 
astronomia, meteorologia. 
 Humanas e sociais: aborda os 
fenômenos produzidos pelos seres humanos / 
os métodos podem ser variados 
(descrição, explicação, quantificação) . 
Ex.: sociologia, antropologia, política, histórica,economia, linguística, psicologia, semiologia, 
demografia. 
Ciências aplicadas 
Conhecimento organizado que articula a contribuição 
de diversas ciências em função da prática. 
Objetivo: elaborar projetos, normas, tratamento 
aplicado; 
 Utiliza tecnologias; 
 Eminentemente práticas; 
 Objetivo profissional. 
Ciências naturais e as ciências humanas 
Objeto de controvérsias e disputas de poder no 
campo acadêmico 
Científico: status conferido ao que pode ser 
quantificado; 
Tolerância: estudos qualitativos como ferramentas 
para a exploração de variáveis a serem testadas 
estatisticamente. 
Considerações 
 Não há método melhor do que o outro; 
 Os números são uma linguagem, assim como 
as categorias empíricas na abordagem 
qualitativa; 
 A qualidade e a quantitativa depende da 
pertinência, relevância e uso adequado de 
todos os instrumentos 
Características: 
 É real (factual) - lida com ocorrências ou 
fatos; 
 Contingente: as hipóteses têm veracidade ou 
falsidade pela experiência; 
 É sistemático; 
 Possui características de verificabilidade; 
 É falível; 
 Aproximadamente exato. 
 
CARACTERÍSTICAS DA AÇÃO METODOLÓGICA 
 O que conhecer? 
 Por que conhecer? 
 Para que conhecer? 
 Como conhecer? 
 Com que conhecer? 
 Em que local conhecer? 
 
MOMENTOS DO SABER CIENTÍFICO(SANTOS, 1987) 
 Paradigma da modernidade 
 Crise do paradigma dominante 
 Paradigma emergente 
 
O paradigma da modernidade 
Construído com base no modelo das ciências naturais, 
o paradigma da modernidade apresenta uma e só 
uma forma de conhecimento verdadeiro e uma 
racionalidade experimental, quantitativa e 
neutra. Essa racionalidade é mecanicista, pois 
considera o homem e o universo como máquinas; 
é reducionista, pois reduz o todo às partes e é 
cartesiano, pois separa o mundo natural-empírico dos 
outros mundos não verificáveis, como o espiritual-
simbólico. 
Pormenores 
 A distinção entre conhecimento científico e 
conhecimento do senso comum, entre 
natureza e pessoa humana, corpo e mente, 
corpo e espírito; 
 A certeza da experiência ordenada; 
 A linguagem matemática como o modelo de 
representação; 
 A medição dos dados coletados; 
 A análise que decompõe o todo em partes; 
 A busca de causas que aspira à formulação de 
leis, à luz de regularidades observadas, com 
vista a prever o comportamento futuro dos 
fenômenos; 
 A expulsão da intenção; 
 A ideia do mundo máquina; 
 A possibilidade de descobrir as leis da 
sociedade. 
Crise do paradigma dominante 
As ideias de Einstein e os conceitos de relatividade e 
simultaneidade, que colocaram o tempo e o espaço 
absolutos de Newton em debate; 
Heisenberg e Bohr, cujos conceitos 
de incerteza e continuum abalaram o rigor 
da medição; 
Gödel, que provou a impossibilidade da completa 
medição e defendeu que o 
rigor da matemática carece ele próprio de 
fundamento; 
Ilya Prigogine, que propôs uma nova visão de matéria 
e natureza. O homem encontra-se num momento de 
revisão sobre o rigor científico pautado no 
rigor matemático e de construção de novos 
paradigmas: em vez de eternidade, a história; em vez 
do determinismo, a impossibilidade; em vez do 
mecanicismo, a espontaneidade e a auto-organização; 
em vez da reversibilidade, a irreversibilidade e a 
evolução; em vez da ordem, a desordem; em vez da 
necessidade, a criatividade e o acidente 
O paradigma emergente 
Todo o conhecimento científico-natural é científico-
social, todo conhecimento é local e total (o 
conhecimento pode ser utilizado fora do seu contexto 
de origem), todo conhecimento é autoconhecimento 
(o conhecimento analisado sob um prisma mais 
contemplativo que ativo), todo conhecimento 
científico visa constituir-se em senso comum 
(o conhecimento científico dialoga com outras formas 
de conhecimento deixando-se penetrar por elas). 
A ciência encontra-se num movimento de transição de 
uma racionalidade ordenada, previsível, quantificável 
e testável, para uma outra que enquadra o acaso, a 
desordem, o imprevisível, o interpenetrável e o 
interpretável. Um novo paradigma que se aproxima 
do senso comum e do local, sem perder de vista o 
discurso científico e o global. 
RAZÕES DA HEGEMONIA CONTEMPORÂNEA DA 
CIÊNCIA 
Poder de dar respostas técnicas e tecnológicas aos 
problemas postos pelo desenvolvimento social e 
humano (ponto seja discutível, uma vez que 
problemas cruciais como pobreza, miséria, fome e 
violência continuam a desafiar as civilizações sem que 
a ciência tenha sido capaz de oferecer respostas e 
propostas efetivas). 
Os cientistas puderam estabelecer uma linguagem 
universal, fundamentada em conceitos, métodos e 
técnicas para a compreensão do mundo, das coisas, 
dos fenômenos, dos processos, das relações e das 
representações. Regras universais e padrões rígidos 
permitindo uma linguagem comum divulgada e 
conhecida no mundo inteiro, atualização e críticas 
permanentes fizeram da ciência a “crença” mais 
respeitável a partir da modernidade. 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
Ciência: compreensão e explicação da realidade; 
Técnica: habilidade do fazer – aplicação do 
conhecimento; 
Ciência moderna: era científico-tecnológica – desafio 
da experimentação e vínculo com o aspecto 
econômico (poder / financiamento / indústria) 
Tecnologia 
Atualmente não apenas o fazer: 
Inclui ciência – conhecimento organizado, 
planejado, pesquisado; 
Viabilidade produtiva; 
Aspecto mercadológico; 
Necessidades reais e imaginária das pessoas; 
Pesquisa Tecnológica 
Tecnologia: dirigida pelas necessidades e interesses da 
economia (capital) – nem sempre o 
foco são os principais problemas da 
humanidade (fome, miséria, ignorância), mas 
os anseios econômicos (lógica do lucro) 
»Financiamento: interesses econômicos 
 Institutos de pesquisa; 
 Contingente humano; 
 Financiamento elevado (indústria bélica 
/ laboratórios farmacêuticos / 
agências espaciais) 
Tecnologia: boa ou ruim? 
Surgimento de inúmeros benefícios para a 
humanidade (saúde, transporte, comunicação...) 
Qual a intenção? É ética? Clonagem? 
Nanotecnologia... Bioterrorismo... 
Dependência econômica... 
Ciência e universidade 
 Ciência, pesquisa, tecnologia 
 Profissão / formação 
 Senso comum 
 Mitos 
 Desenvolvimento pessoal e profissional 
 Vivência espiritual 
 Diálogo com a diversidade

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