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Dinâmica Folicular (1)

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Dinâmica Folicular em Bovinos 
Aluno: Vinícius Souza Mendes 
Matrícula: 11721MEV13 
 
1. INTRODUÇÃO 
A Dinâmica Folicular é um processo contínuo, dividido em 3 fases: Recrutamento -> 
seleção -> dominância. 
No ovário existe uma reserva de folículos primordiais (a grande maioria se perde no 
caminho e não evolui), alguns se tornam primário, secundário e terciário (antral). Vamos falar 
apenas no final do desenvolvimento folicular. No final do ciclo, existe um folículo antral 
(dominante), que atinge um diâmetro maior que os outros, e possui a capacidade de ovular, ao 
mesmo tempo que os outros folículos são suprimidos, entrando em atresia. 
O ciclo estral na vaca é completo, formado por: estro (aceitação do macho) -> 
metaestro (ovulação e formação completa do corpo lúteo)-> diestro (corpo lúteo funcional, 
pico de progesterona e acaba na luteólise) -> proestro (desenvolvimento final folicular) 
 
2. DINÂMICA FOLICULAR 
 
 
 
Estro/Cio (18 – 20 horas): Aceitação da monta. 
Existe um folículo pré-ovulatório produzindo estrógeno, que faz feedback positivo no núcleo 
do pico de GnRH no hipotálamo e que gera pico de LH (cerca de 24 – 32 horas). antes). Os 
demais folículos estão em atresia 
 
Metaestro (1° - 7° dia): Há as condições ideais para o folículo dominante ovular (estrógeno 
alto, progesterona baixa e um folículo dominante). Após a ovulação, as células da teca interna 
e as células grandes da granulosa se modificam para formar o corpo hemorrágico e 
posteriormente o corpo lúteo, e este possui a capacidade de produzir e secretar progesterona, 
e esta vai aumentando gradativamente a sua concentração sérica. 
2.2 Primeira onda folicular 
 
Após a ovulação, começa a fase de recrutamento folicular no ovário, pois como já 
foi dito, o ovário possui uma reserva de folículos primordiais. Como as células do folículo 
dominante do ciclo passado se transformou em um corpo lúteo, a concentração de estrógeno 
diminui consequentemente induz um feedback positivo na adenohipófise para estimular a 
produção de FSH (hormônio folículo estimulante), sendo este hormônio responsável por 
recrutar os folículos primordiais. A medida que a concentração sérica de FSH vai 
aumentando, os folículos recrutados começam a crescer e a concentração de estrógeno e 
inibina (hormônios produzidos pelos folículos) aumentam também. 
Uma vez aumentados, o estrógeno atua no hipotálamo inibindo a produção de GnRH, 
e a inibina atua na adenohipófise, gerando um feedback negativo na produção de FSH, ou 
seja, a concentração sérica de FSH diminui novamente de forma considerável. 
Após o FSH diminuir, alguns folículos que foram recrutados sofrem atresia, pois não 
há estímulos para eles crescerem. Alguns folículos continuam a crescer mesmo com o FSH 
baixo, pois possuem receptores para LH pulsátil (hormônio luteinizante) nas células grandes 
da granulosa (todos os folículos possuem receptores para LH na célula da teca, mas o que faz 
com esses folículos cresçam é o receptor nas células da granulosa). 
Alguns folículos expressam os receptores para LH na célula da granulosa, porém o 
primeiro folículo que expressar esses receptores é selecionado (fase de seleção folicular) e 
provavelmente será o folículo dominante e os outros folículos perdem a chance de se 
desenvolverem, entrando em atresia. 
Nesse momento, existe um folículo dominante com capacidade ovulatória (mais ou 
menos 7° dia do ciclo estral), a concentração de estrógeno está alta, porém ele não consegue 
ovular pela alta concentração de progesterona (proveniente daquele corpo lúteo da ovulação 
passada). Essa progesterona alta impede que o estrógeno faça feedback positivo no núcleo do 
pico de GnRH, lá no hipotálamo, e consequentemente não tem a liberação em pico do LH, 
não ocorrendo a ovulação. 
Diestro (8° - 18° dia): Sem pico de LH (necessário para a ovulação), esse folículo dominante 
entra em atresia. Geralmente no 9° dia do ciclo estral, o folículo dominante entra em atresia, a 
concentração de estrógeno cai, com isso, ocorre o feedback positivo para aumentar a 
produção de FSH. 
2.3 Segunda e/ou Terceira onda folicular 
Como esse FSH aumenta, começa novamente: recrutamento -> seleção -> dominância 
folicular (como foi descrito detalhadamente no item 2.2). Essa nova onda ocorre durante o 
diestro, e o folículo ainda não ovulou pois até o 17° dia o corpo lúteo está funcional, com alta 
progesterona. 
O número de ondas foliculares durante o ciclo estral pode variar até 4, porém é mais 
comumente ser de 2 a 3 ondas. Geralmente vacas de produção de leite necessitam de 2 ondas 
apenas, pois como elas se alimentam mais, aumenta o fluxo de sangue no fígado, aumentando 
a metabolização da progesterona. Quanto menos progesterona, maior a pulsatilidade do LH e 
mais longa é a vida do folículo. 
Em torno do 18° dia do ciclo estral (final desse diestro), ocorre o luteólise através das 
prostaglandinas que foram formadas através do acúmulo de ácido aracdônico (substrato e de 
ciclo ciclooxigenase. O receptor de progesterona perde a afinidade por ela, não se liga mais 
(que causam a interrupção da produção de progesterona e também causam a apoptose das 
células do corpo lúteo através do influxo de cálcio para dentro das células). 
Proestro (19° ao 21° dia): ocorre um pico de estrógeno (pelo folículo dominante) e LH 
pulsátil, garantindo o desenvolvimento final do folículo. Após isso, a fêmea vai aceitar a 
monta (estro). 
2.3 Ovulação 
Com a diminuição da progesterona (pois ocorreu a luteólise), o estrógeno está livre 
para realizar o feedback positivo no núcleo do pico de GnRH, levando ao pico de LH (cerca 
de 24 – 32 horas antes de ovular). Nesse momento já tem o folículo dominante, alto estrógeno 
(pico de LH) e a progesterona baixa, o folículo já consegue ovular (metaestro).

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