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Planejamento Estratégico Situacional

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Mariana Freitas – 2º semestre 
PINESC 
 
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Introdução 
O PES foi desenvolvido por Carlos Matus e este 
propõe a formação de técnico-políticos, os quais 
devem ser capazes de viabilizar, com competência, 
um modo de ser cotidianamente. Por isso, ele define 
3 aspectos que fazem parte do Triângulo de Governo 
(projeto de governo, governabilidade e capacidade de 
governo), sendo que os vértices correspondem aos 3 
aspectos citados e que deve haver um equilíbrio entre 
eles, estabelecendo uma relação dinâmica. 
 Projeto de Governo: Plano que uma equipe 
propões a realizar para alcançar os objetivos. 
 Governabilidade: São as variáveis ou recursos 
que a equipe controla ou não e que são 
necessárias para implementar seu plano. 
 Capacidade de governo: Experiência e 
acumulação de conhecimento de uma equipe e 
que são necessários para a implementação do 
plano. 
 
Estratégia 
Remete à ideia de existência de um conflito, por isso, 
se existe conflitos, é preciso que se raciocine 
estrategicamente para que os objetivos 
estabelecidos sejam alcançados. Assim, essas 
estratégias são divididas em alguns tipos, sendo estes: 
 Estratégias de longo prazo: São relacionadas a 
algo importante ou indispensável e é utilizada 
para explorar o futuro, num horizonte de 
tempo de longo prazo. 
 Estratégias de curto/médio prazo: São 
relacionadas à solução de questões mais 
imediatas e urgentes, e por isso, devem estar 
articuladas com as estratégias de longo prazo. 
 
Situação 
Condição com a qual os indivíduos ou grupos explicam 
ou interpretam uma realidade. Assim, pressupõe a 
existência de atores sociais que interpretam e 
explicam a realidade, estando, portanto, estabelecida 
a possibilidade de conflitos, já que os atores envolvidos 
podem ter interesses e objetivos diferentes. Dessa 
forma, a situação é um espaço socialmente produzido 
no qual há atuação de atores em seu processamento. 
Para o PES, o conhecimento e a explicação da 
realidade dependem da inserção de cada ator, por 
isso, são sempre parciais e múltiplos. 
 
Ator social 
Coletivo de pessoas ou personalidade que atuam em 
determinada realidade, por isso, são capazes de 
transformá-la. Dessa forma, este deve ter: Controle 
sobre os recursos relevantes; organização 
minimamente estável; projeto para intervir nessa 
realidade. Para isso, o PES propõe o desenvolvimento 
do planejamento como processo participativo e assim, 
possibilita a incorporação dos pontos de vista de 
vários setores sociais, incluindo a população, e que 
estes atores explicitem suas demandas, propostas, 
estratégias e soluções, numa perspectiva de 
negociação. Tudo isso cria um aspecto de 
corresponsabilidade dos atores com a efetivação do 
plano de ação. 
 
Problema 
É uma discrepância entre uma situação real e uma 
situação idealizada, ou seja, um obstáculo para se 
alcançar seus objetivos. Sendo estes divididos em: 
 Problemas estruturados: Suas variáveis e as 
relações entre elas são suficientemente 
conhecidas (por ex. prevenção e controle do 
sarampo). 
 Problemas quase-estruturados: São muito 
complexos e possuem dificuldades em seu 
enfrentamento. 
Mariana Freitas – 2º semestre 
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 Problemas intermediários: São vividos no 
cotidiano da organização. 
 Problemas finais (ou terminais): São vividos 
diretamente pelos usuários da organização, que, 
por sua vez, são os alvos do planejamento. 
 
Momentos do processo do planejamento 
São uma dinâmica permanente e dialética, sendo 
compostas por: 
1. Explicativo: Momento de observação ao iniciar o 
trabalho, com vários olhares oriundos dos 
múltiplos atores envolvidos no processo, tendo 
que ser identificados os "nós-críticos" 
2. Normativo: Etapa de elaboração de prioridades 
e de ações capazes de desatar os nós-críticos, 
estabelecendo quem irá atuar diretamente no 
processo, quais recursos, os cenários possíveis 
e os resultados esperados 
3. Estratégico: Definição da viabilidade do 
planejamento. Requer a formação de 
estratégias de negociação e cooperação para 
serem utilizadas sobre atores contrários ou 
indiferentes, podendo modificar a estrutura e 
trajetória projetadas 
4. Tático-operacional: Colocação do plano 
construído em prática, com monitoramento 
constante de sua execução para que os 
possíveis impactos das ações propostas 
possam ser abordados com resolutividade. 
 
Elaboração de um Plano de Ação 
1. Definição dos problemas: Identificação dos 
problemas e produção de informações que 
permitam conhecer as causas e as 
consequências dos problemas., assim como 
pensar nas intervenções que se deve ter a 
respeito dele. 
2. Priorização dos problemas: Os critérios para a 
seleção dos problemas que devem ser levados 
em consideração são: importância; urgência; 
capacidade de enfretamento do problema; 
recursos existentes e ect. Para isso, a 
construção de uma planilha se faz útil. 
3. Descrição do problema selecionado: Fazer a 
caracterização do problema para ter noção de 
como ele se apresenta na realidade, além de 
afastar qualquer ambiguidade e obter 
indicadores que serão utilizados. 
4. Explicação do problema: Entender a gênese do 
problema que queremos enfrentar a partir da 
identificação de suas causas. 
5. Seleção dos nós críticos: Identificar, dentre as 
causas gerais, as mais importantes na origem 
do problema para que possam ser enfrentadas. 
OBS: Nó crítico é um tipo de causa do problema capaz 
de impactar o problema principal e efetivamente 
transformá-lo. 
6. Desenho das operações: Pensar nas soluções e 
estratégias para o enfretamento do problema, 
iniciando com a elaboração do plano de ação 
propriamente dito. 
7. Identificação dos recursos críticos: Identificar 
os recursos críticos (são indispensáveis) que 
devem ser consumidos em cada operação. 
8. Análise da viabilidade do plano: Identificação dos 
atores que controlam os recursos críticos, 
analisando seu provável posicionamento em 
relação ao problema para, então, definir 
operação/ações capazes de construir 
viabilidade para o plano. 
9. Elaboração do plano operativo: Nesse passo 
deve-se designar os responsáveis por cada 
operação (gerente de operação) e definir os 
prazos para a execução das operações. 
10. Gestão do plano: O objetivo desse passo é 
desenhar um modelo de gestão de plano de 
ação, além de discutir e definir o processo de 
acompanhamento do plano e seus respectivos 
instrumentos. 
 
Mariana Freitas

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