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Saúde do Adolescente - HC P3 (HERBIATRIA)

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Lívia Leandro - Med Fits P3
Aula 7:
ANAMNESE DO ADOLESCENTE
ADOLESCÊNCIA → período de transição entre a
infância e a vida adulta → profundas modificações
nos contextos físicos, psicológicos e social do
indivíduo e sua relação com a coletividade;
○ Rápido desenvolvimento do aparelho reprodutivo
e crescimento corporal;
● Definições:
○ OMS → período entre os 10 e 20 anos
incompletos , e considera juventude a fase de 15
aos 24 anos. E adolescentes jovens aqueles de 15
a 19 anos de idade.
○ ECA → período entre os 12 e 18 anos
PUBERDADE → fase biológica de crescimento e
desenvolvimento físico e psicológico → início da
adolescência.
● Início:
○ aparecimento do broto mamário nas meninas;
○ aumento do volume testicular nos meninos;
● Fim:
○ fusão das epífises e crescimento final do
indivíduo.
Abordagem integral do adolescente
● Refere-se à abordagem que relaciona a pessoa
(organismo e indivíduo) a família e o meio ambiente
(sociedade, natureza, hábitat).
● Inclui também o critério de continuum da
prevenção primária, secundária e terciária de
saúde.
PEDIATRA/HEBIATRA → interesse pelos
problemas dessa fase de desenvolvimento, ter
empatia e calor humano, não fazer julgamentos,
destituir-se de preconceitos e garantir ao seu
paciente o sigilo médico;
○ Linguagem próxima à compreensão do
adolescente, evitando-se usar gírias;
○ Evitar transferir-se à sua própria adolescência
para compreender e atuar junto ao seu paciente,
pois as emoções e sentimentos são vivências
únicas e diferentes para cada um.
Adolescência => O que perguntar??
➔ Projetos de vida
➔ Atenção à saúde sexual e reprodutiva
➔ Atenção integral ao uso abusivo de álcool e
outras drogas lícitas e ilícitas
➔ Participação juvenil
➔ Acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento
➔ Equidade de gêneros
➔ Cultura de paz
➔ Ética e cidadania
“Síndrome da Adolescência Normal”
○ Busca de si mesmo e da identidade adulta;
○ Tendência grupal;
○ Crises religiosas;
○ Contradições sucessivas nas manifestações de
conduta;
○ Constantes flutuações do humor e do estado de
ânimo;
○ Separação progressiva dos pais;
○ Necessidade de intelectualizar-se e fantasiar;
○ Deslocação temporal;
○ Atitude social reivindicatória;
○ Evolução sexual.
X CONSULTA DO ADOLESCENTE X
●Crescimento e desenvolvimento;
Lívia Leandro - Med Fits P3
● Avaliação nutricional;
● Fatores de risco a doenças;
● Condições sociais;
● Dinâmica familiar;
● Vida escolar e aspirações profissionais;
● Comportamentos de risco;
“O médico deve reconhecer o adolescente como
um indivíduo capaz e atendê-lo de maneira
diferenciada, respeitando sua individualidade e
mantendo uma postura de acolhimento, centrada
em valores de saúde e bem-estar do jovem.”
“No início do primeiro encontro, deve-se pontuar
que a pessoa central da consulta é o adolescente,
deixando claro seus direitos ao sigilo, privacidade,
confiabilidade, porém alertando quanto aos limites
das questões éticas, tanto para o cliente quanto
para os seus responsáveis.”
Papéis do médico:
○ Incentivar o adolescente envolver a família no
acompanhamento dos seus problemas;
○ Considerar as situações especiais vivenciadas
nesse período;
○ Não agir como um adolescente;
○ Uso de linguagem clara, simples e objetiva;
X ANAMNESE X
=> 1° ETAPA DA CONSULTA - com a família
presente:
○ Motivo da consulta/Queixa principal e
Duração;
○ História da Doença Atual;
○ Antecedentes familiares, pessoais e
fisiológicos:
■ Período neonatal;
■ Crescimento e desenvolvimento;
■ Amamentação e alimentação dos dois
primeiro anos;
○ Morbidades Pregressas Pessoais e Familiares:
Lívia Leandro - Med Fits P3
■ Doenças da infância, internamentos,
alergias…
○ Imunização;
○ Condições socioeconômicas;
○ Alimentação.
=> 2° ETAPA DA CONSULTA - somente com o
adolescente:
○ Motivo da consulta/Queixa principal e
Duração;
○ História da Doença Atual;
○ Atenção para queixas somáticas e
emocionais;
○ Interrogatório Sintomatológico;
■ Apetite, perda de peso, ciclo menstrual,
DUM…
○ Vida Escolar;
○ Relações Familiares e Sociais;
○ Saúde sexual e Reprodutiva.
X TEMAS IMPORTANTES X
●A percepção corporal e autoestima;
● Relacionamento com a família (pais, irmãos,
parentes), ocorrência de conflitos;
● A utilização das horas de lazer, as relações
sociais, grupo de iguais, desenvolvimento afetivo,
emocional e sexual;
● Conhecer outros espaços por onde o adolescente
transita e mantém relacionamentos interpessoais –
escola, comunidade, grupos de jovens, e trabalho
(normas adequadas do tipo e local, salubridade,
não interferência na escola e remuneração);
Crenças e atividades religiosas;
● Investigar situações de risco e vulnerabilidade a
que os adolescentes se expõem: contato com
drogas lícitas e ilícitas;
● Aspectos relacionados aos comportamentos
sexuais, gênero e orientação sexual saúde
reprodutiva, gestações não planejadas, infecções
sexualmente transmissíveis (ISTs);
● Ocorrência de acidentes, submissão a violências;
● Tempo de exposição às telas digitais – celulares,
notebooks, televisão e videogames.
2° Etapa da Consulta - somente com o
adolescente:
○ Outros temas - abordagem respeitando a idade e
interesse do adolescente:
■ Desenvolvimento puberal;
■ Masturbação;
■ Afetividade;
■ Autocuidado;
X PROTOCOLO HEEADSSS X
○ Método indireto excelente para avaliar
comportamentos e complementar a anamnese do
adolescente, podendo ser incorporada na prática
cotidiana;
○ Entrevista é feita apenas com o adolescente, pelo
menos uma vez por ano ou sempre que houver
indícios de algum fato estressante recente ou
precipitante da consulta;
1. Home (casa)
2. Educação
3. Eating (alimentação)
4. Atividades
5. Drogas
6. Sexualidade
7. Segurança
8. Suicídio
o Vale salientar que o uso desse instrumento não
pretende substituir a anamnese e os guidelines
desenvolvidos.
o E o tempo de preenchimento médio é de
aproximadamente 20 minutos.
Lívia Leandro - Med Fits P3
X EXAME FÍSICO X
Atenção:
○ Respeito ao pudor;
○ Garantia da privacidade do adolescente;
○ Presença de outro profissional de saúde;
Exame físico:
• Aspectos gerais (aparência física, pele hidratada,
eupneico, normocorado, etc.);
Lívia Leandro - Med Fits P3
• Peso, altura, índice de massa corporal (IMC)/
idade e altura/idade – utilizar gráficos e critérios da
OMS; Pregas cutâneas;
• Pressão arterial (deve ser mensurada pelo menos
uma vez/ano e compará-las às curvas de pressão
arterial para idade);
• Acuidade visual com escala de Snellen.
• Estado nutricional;
• Tireoide, cavidade oral, otoscopia;
• Coluna Vertebral e postura;
• Exame neurológico e mental (sumários);
• Maturação sexual - utilizar critérios de Tanner.
=> 3° ETAPA DA CONSULTA - com a família:
○ Conclusão da consulta;
○ Plano de tratamento
“Atender adolescentes demanda postura ética e
conhecimento específico, frente a situações de
comportamentos específicos e que também
envolvem a família, havendo premência em
identificar fatores de risco e protetores, no sentido
de oferecer promoção e prevenção adequadas à
saúde.”
Aula 8:
CONSULTA/EXAME FÍSICO NA
ADOLESCÊNCIA
Transformações corporais → novas habilidades
cognitivas → novo papel na sociedade →
questionamento de valores dos adultos que os
cercam;
● Se permitem novas experiências → atitudes e
situações
→ ameaçar sua saúde presente e futura:
○ acidentes;
○ gravidez não-planejada;
○ infecções sexualmente transmissíveis;
○ uso de drogas;
○ distúrbios alimentares.
● Aumento de problemas que poderiam ser
evitados por medidas de promoção de saúde e
prevenção de agravos.
● Consulta → Promoção da saúde e prevenção de
agravos; o diagnóstico, a monitorização, o
tratamento e a reabilitação dos problemas de
saúde.
Recepção nos serviços de saúde
Cada visita → oportunidade de detectar, refletir
e auxiliar na resolução de outras questões
distintas do motivo principal da consulta;
★ Entrevista → comunicação interpessoal → verbal
e a não-verbal → estar atento às emoções, gestos,
tom de voz e expressão facial do cliente.
★ Acolhida → cordial e compreensiva → se sintam
valorizados e à vontade→ adesão ao serviço;
★ Pelas características próprias dessa etapa do
desenvolvimento → têm dificuldades em respeitar
os horários e as datas de agendamento →
organização mais flexíveis.
Espaço físico
Acolhedor, agradável e confortável para os clientes
e seus acompanhantes;
➔ Locais amplos, bem ventilados e limpos,
adequados para o desenvolvimento de atividades
de grupo;
➔ Acesso a materiais educativos (livros, revistas,
vídeos, programas de informática);
➔ A porta do consultório deve permanecer fechada
durante a consulta;
➔ Sala ampla que permita a entrevista do
adolescente e de sua família;
➔ A sala de exame deve ser separada do espaço
da entrevista, assegurando a privacidade do exame
físico.
Ações preventivas
1) Reforçar mensagens de promoção de saúde;
2) Identificar adolescentes que estejam sujeitos a
Lívia Leandro - Med Fits P3
comportamentos de risco ou que se encontrem em
estágios iniciais de distúrbios físicos e/ou
emocionais;
3) Promover imunização adequada;
4) Desenvolver vínculos que favoreçam um diálogo
aberto sobre questões de saúde.
● Esclarecimentos sobre → crescimento físico e
desenvolvimento psicossocial e sexual.
● Prevenção de acidentes de trânsito;
● Atividade física regular → promoção da saúde
física e mental e da socialização;
● Esclarecimentos sobre cuidados com a saúde
oral, hábitos nutricionais adequados; alimentação
saudável; manutenção do peso ideal.
● Aconselhamento de práticas sexuais
responsáveis e seguras;
● O uso de preservativo → prática indispensável;
● Importância do afeto e do prazer nas relações
amorosas e para alertar sobre situações de risco
para abuso e/ou exploração sexual.
● PA aferida, no mínimo, uma vez ao ano, quando
não houver queixas relacionadas à mesma;
● História familiar de hipercolesterolemia →
investigados com
dosagens séricas de colesterol total;
● Adolescentes que apresentarem múltiplos fatores
de risco para doença cardiovascular (fumantes,
hipertensos, obesos, diabéticos ou os que
consomem dieta rica em gorduras saturadas e
colesterol).
●O consumo de cigarros, álcool/drogas e
anabolizantes deve ser investigado nas consultas
para a adoção de medidas preventivas e, se
necessário, encaminhamento;
● Dificuldades escolares e no trabalho;
● O bom senso determinará a melhor forma de
relacionar as inúmeras questões aqui enunciadas
→ não há obrigatoriedade de esgotar todos os
tópicos em uma única ocasião.
X ENTREVISTA X
● Evitar formatos rígidos e preconcebidos;
● Estar disponível para atender o paciente e sua
família sem autoritarismos;
● Estar atento ao adolescente e ter capacidade de
formular perguntas que auxiliem a conversação;
● Não ser preconceituoso, evitando fazer
julgamentos (sexualidade e uso de drogas);
● Buscar, de forma contínua, atualização técnica na
área específica de atuação profissional.
x É importante que, no primeiro encontro, seja
esclarecida a dinâmica da consulta (primeiro ,
segundo e terceiro momentos) x
Dinâmica da consulta
Dois momentos na consulta: o adolescente com
os familiares e o adolescente sozinho.
➢ Adolescente + família → entendimento da
dinâmica e da estrutura familiar e para a elucidação
de detalhes importantes;
➢ Adolescente sozinho → percepção sobre o que
está acontecendo com ele → forma progressiva, ele
se torne responsável pela própria saúde e pela
condução de sua vida.
Não ficar restrito ao motivo focal que levou o
adolescente ao serviço de saúde → conhecer o
cliente como um todo:
○ Avaliação de como ele está se sentindo em
relação às mudanças corporais e emocionais;
○ Relacionamento com a família e com seus pares;
○ Como utiliza as horas de lazer;
○ Suas vivências anteriores no serviço de saúde;
○ Expectativas em relação ao atendimento atual;
○ Planos para o futuro.
X EXAME FÍSICO X
O Exame Físico é uma boa oportunidade para
orientar o adolescente sobre as mudanças que
estão ocorrendo em seu corpo e a transitoriedade
de algumas alterações.
A explicação prévia do que é e de como será
realizado o exame físico → tranquilizar o
Lívia Leandro - Med Fits P3
adolescente + diminuir seus temores;
● Ansiedade diante do manuseio do corpo;
● Ansiedade pela perspectiva de achados
anormais → profissional vai revelando o que
está normal durante a avaliação;
● Abordar temas educativos com o cliente em
relação a seu corpo → autoexame das mamas
e dos testículos;
● Orientações sobre hábitos higiênicos.
Aspecto geral:
● Avaliação do peso, altura, IMC/Idade e
altura/idade usando as curvas da OMS;
● Verificação da PA, quando possível;
● Avaliação dos sistemas: respiratório,
cardiovascular, gastrointestinal, etc;
● Avaliação do Estadiamento Puberal (critérios
de Tanner).
X ANTROPOMETRIA X
● Medir a altura em antropômetro/estadiômetro de
parede, com o adolescente descalço, segundo
técnicas de antropometria (OMS);
● Pesar em balança eletrônica ou balança
mecânica (balança de braço aferida e sempre
zerada e tarada) pesar com o adolescente vestindo
roupas leves, sem sapatos ou adereços, celulares,
etc;
● O peso deve ser utilizado para avaliar o Índice de
Massa Corporal (IMC, usando a fórmula: P/E2) e
colocar nas curvas da OMS de IMC/Idade;
● Atentar que o início da puberdade ocorre nas
meninas entre 8 a 13 anos, com o aparecimento do
broto mamário, e nos meninos, entre 9 a 14 anos,
com o aumento do volume dos testículos;
● Investigar as principais causas de atraso caso o
crescimento pré-puberal seja menor que 4 cm/ano
ou menor que 6 cm/ano em adolescentes na fase
puberal;
● Avaliar sempre a perda (Desnutrição) ou ganho
(Sobrepeso / Obesidade) de peso em adolescentes;
● Acompanhar semestralmente os adolescentes, e
em caso de rastreamento de riscos, acompanhar
a cada 2-3 meses.
X AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE
TANNER NA PUBERDADE X
Na avaliação das MENINAS, durante a
puberdade deve-se observar o aparecimento de
mamas e pelos. A puberdade pode se iniciar dos
8 aos 13 anos e alguns aspectos devem ser
considerados, tais como:
● O broto mamário → primeiro sinal puberal na
menina → TELARCA (pode ser unilateral e sem
significado patológico) → tranquilizá-la e reavaliar
após seis meses, quando a outra mama já terá
aparecido e os primeiros pelos pubianos também;
● O início da puberdade antes dos 8 → motivo de
preocupação → referir a adolescente ao
endocrinologista → puberdade precoce (????);
● É frequente ocorrer um corrimento vaginal claro
nos 6 aos 12 meses que antecedem a primeira
menstruação ou menarca → Esclarecer a
adolescente que é natural → crescimento do tecido
endometrial uterino → cuidar mais da higiene
corporal;
● Atentar que a idade média da MENARCA em
nosso meio é de 12 anos e 4 meses, mas pode
ocorrer entre 9 e 16 anos, observar comportamento
do evento na família e acompanhar o processo
de cada adolescente;
● Os primeiros ciclos menstruais são geralmente
anovulatórios e irregulares, podendo essa
irregularidade permanecer por até 2 ou 3 anos;
● O ciclo menstrual normal tem um intervalo que
varia de 21 a 36 dias e uma duração entre 3 e 7
dias;
● As adolescentes podem ainda crescer em média
4 a 6 cm nos 2 ou 3 anos após a menarca;
● É importante observar → retardo puberal →
meninas com ausência de qualquer característica
sexual secundária a partir dos 13 anos de idade.
Aula 9:
MARCOS CONCEITUAIS DA ADOLESCÊNCIA
Lívia Leandro - Med Fits P3
A avaliação do crescimento e desenvolvimento é
feita através de vários parâmetros clínicos:
MARCOS CONCEITUAIS DA ADOLESCÊNCIA:
● Velocidade de Crescimento;
● Idade-Estatural e Idade-Peso;
● Proporções Corporais;
● Alvo Genético;
● Maturação Óssea;
● Maturação Sexual.
X VELOCIDADE DE CRESCIMENTO X
X IDADE-ESTATURAL E IDADE-PESO X
É a idade cronológica na qual a média da
população apresenta estatura/idade ou peso/idade
igual a do paciente que está sendo avaliado.
X PROPORÇÕES CORPORAIS X
● As relações entre Segmento Superior/Segmento
Inferior (SS/SI) e Envergadura/Estatura (E/E) são
medidas que avaliam a proporcionalidade do
crescimento;
● Ao nascimento, o segmento superior é maior
que o inferior;
● Na adolescência, a relação SS/SI passa a ser
próximaa 0,9 - 1. Discrepâncias nestes valores
sugerem malformações ósseas, displasias ou
raquitismo.
X ALVO GENÉTICO X
Permite que calculemos o canal genético de
crescimento de uma criança com base na
hereditariedade → conseguimos prever o limite
mínimo, a média e o limite máximo de estatura que
a criança poderá alcançar ao final da puberdade.
Lívia Leandro - Med Fits P3
OBS: Aproximadamente 20% das crianças poderão
apresentar ao final da puberdade, uma estatura
inferior ou superior ao alvo genético.
Meninas: (Estatura do pai - 13) + Estatura da
mãe +/- 5 / 2
Meninos: (Estatura do pai) + (Estatura da mãe +
13) +/- 5 / 2
X MATURAÇÃO ÓSSEA X
● O fechamento das epífises ósseas é quem
determina a estatura final do indivíduo,
independente da sua idade cronológica.;
● A análise da maturação óssea é feita através do
cálculo da idade óssea, obtida através da
radiografia da mão e punho esquerdos.
● Existem vários métodos para avaliar a
maturidade esquelética, mas os mais usados
avaliam o desenvolvimento ósseo da mão e
punho esquerdos e são os seguintes:
○ O método de Greulich-Pyle é o mais conhecido
e difundido, e consiste em um Atlas com fotos
de radiografias da mão e punho, com o qual o
profissional compara a do seu cliente e atribui a
idade óssea, considerando aquela que mais se
aproxima da investigada;
○ O método TW2 consiste em um sistema de
pontuação, em que 20 ossos da mão e punho
esquerdos são avaliados individualmente e
atribuídos uma letra que indica um estágio
maturacional. Cada estágio recebe uma pontuação,
e a soma da pontuação leva a um número
total. Esse valor é verificado em uma tabela, na
qual é atribuída a idade maturacional.
OBS: No Brasil, é preciso lembrar que muitos
serviços não possuem nenhum dos dois atlas, e os
radiologistas emitem pareceres comparando as
radiografias com esquemas publicados em
livro-texto, que são baseados em radiografia de
mão e punho esquerdos e, para que o diagnóstico
da idade óssea seja o mais fidedigno possível, é
preciso que sejam apenas radiografados a mão e o
punho esquerdos, e não as duas mãos como
frequentemente ocorre, o que aumenta muito a
possibilidade de avaliação equivocada.
X DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL X
ADOLESCÊNCIA → período de modificações
psicossociais que transformam crianças em
homens e mulheres;
● As características do desenvolvimento
psíquico-emocional → “Síndrome da Adolescência
Normal (SAN)”.
Síndrome da adolescência normal
Não é patológico, sendo muito previsível e
necessário para construção da identidade:
○ conhecimento de si mesmo;
○ intimidade → capacidade de relacionar-se de
forma madura;
○ integridade → capacidade de assumir os próprios
atos com responsabilidade;
○ independência;
Sexualidade e Concepção
O termo sexualidade representa um conjunto de
valores e práticas corporais culturalmente
legitimados na história da humanidade.
❑ A Sexualidade é algo que se constrói e aprende,
sendo parte do desenvolvimento da personalidade,
capaz de interferir no processo de aprendizagem,
na saúde mental e física do indivíduo.
A escolha de um método anticoncepcional deve
respeitar:
Lívia Leandro - Med Fits P3
○ maturidade psicológica do(a)
adolescente;
○ capacidade de compreensão;
○ motivação para seu uso;
○ frequência das relações sexuais;
○ adesão do parceiro;
○ conceitos éticos, morais e religiosos;
○ custo e eficácia.
=> Devido à alta prevalência de doenças
sexualmente transmissíveis (DST) e HIV/SIDA,
estabeleceu-se a necessidade da “dupla
proteção”;
● A dupla-proteção pode ser realizada com o uso
único e correto do preservativo, ou a associação de
um método de barreira com outro método
anticoncepcional.
Aula 10:
MATURAÇÃO SEXUAL
PUBERDADE → fase biológica de crescimento e
desenvolvimento físico e psicológico → maturidade
sexual-reprodutiva e estabelecimento da estatura
final;
● Início:
○ aparecimento do broto mamário nas meninas;
○ aumento do volume testicular nos meninos;
● Fim:
○ fusão das epífises e crescimento final do
indivíduo.
Atenção
● O conteúdo das consultas, como por exemplo,
relações sexuais e prescrição de métodos
contraceptivos, somente serão reveladas aos pais
com expressa autorização do adolescente;
● O exame físico pode ou não ser feito na presença
dos pais, cabendo ao paciente a decisão de limitar
sua intimidade;
● É importante que o médico tenha na sala de
exame, um outro profissional de apoio cuja função
é neutra, apenas de acompanhamento.
X MATURAÇÃO SEXUAL X
A puberdade apresenta duas modificações
biológicas típicas:
- maturação sexual
- crescimento físico (“estirão da puberdade”);
● Excluindo o primeiro ano de vida, essa é a fase
que o indivíduo mais cresce.
Lívia Leandro - Med Fits P3
O CRESCIMENTO está relacionado com:
- Aumento da massa corporal;
- desenvolvimento físico;
- maturação dos órgãos e sistemas;
● A maioria das ações hormonais convergem para
a condrogênese e o crescimento ósseo.
A fase de crescimento e desenvolvimento na
adolescência tem 03 fases:
○ Fase do início do Estirão:
■ 10 - 13 anos nas meninas;
■ 12 - 15 anos nos meninos;
○ Fase de pico máximo de crescimento: duração
média de 24 a 36 meses (2 a 3 anos);
○ Fase de desaceleração do crescimento, em que
pode acontecer um incremento de 5 a 8cm na
estatura.
X FISIOLOGIA DA PUBERDADE X
Ativação do eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal-gônadas.
→ Fatores influenciadores:
● Genética - pais e filhos têm características
sexuais semelhantes (distribuição de pelos,
tamanho das mamas);
● Nutrição - a melhoria do estado nutricional
favorece a puberdade;
● Esportes - a prática vigorosa de esportes retarda
a puberdade;
● Urbanização/Ambiente - melhoria de habitação,
segurança, saúde e higiene também se destacam
como itens facilitadores do desenvolvimento.
Três eventos endócrinos são fundamentais:
○ 1. Aumento da secreção hormonal
pela adrenal (Adrenarca);
○ 2. Aumento das gonadotrofinas hipofisárias
(Ativação ou desinibição dos neurônios
hipotalâmicos secretores de GnRH
- hormônio liberador de gonadotrofinas);
○ 3. Aumento dos esteróides sexuais (Gonadarca).
O hormônio do crescimento atua:
○ Composição corporal;
○ Controla o crescimento
longitudinal;
○ Atua na distribuição do tecido
adiposo;
○ Metabolismo de proteínas,
lipidios, minerais e água
X ESTÁGIO DE TANNER X
As mudanças sexuais podem ser acompanhadas
evolutivamente pelos “Estágios de Tanner”:
○ Meninas → variação de mama e surgimento de
pelos pubianos (M e P);
○ Meninos → tamanho de pênis, testículo e
surgimento de pelos pubianos (G e P).
=> MENINOS
Lívia Leandro - Med Fits P3
● 1o sinal de puberdade → aumento testicular aos
91⁄2 anos (G2 de Tanner) → resultado do aumento
de tamanho dos túbulos seminíferos → volume de 4
ml ou mais é indicativo de puberdade;
● Aparecimento dos pelos pubianos (PUBARCA) e
o aumento do pênis pela maturação das células de
Leydig (Células Intersticiais - são células secretoras
localizadas no tecido do testículo que rodeia os
tubos seminíferos e que secretam testosterona);
● Esta é a razão dos pelos pubianos (ação dos
androgênios) aparecerem depois do crescimento
dos testículos. Os pelos axilares usualmente
surgem após dois anos da pubarca;
A pilosidade facial desenvolve-se depois da axilar.
ESTIRÃO PUBERAL → quando o volume testicular
alcança o volume de 9-10 cm3 (estágio 4 de
Tanner) → o pico de crescimento ocorre aos 13 1⁄2
anos e alcança uma velocidade de 9,5 cm/ano,
terminando por volta dos 15 aos 18 anos;
● Os meninos tipicamente iniciam o pico de
crescimento 2-3 anos mais tarde que as
meninas, mas este crescimento é prolongado por
mais 2-3 anos depois que as mesmas
param de crescer;
● O estirão acontece de modo assimétrico, ou seja,
as extremidades (mãos e pés, depois
braços e pernas) crescem primeiro e o tronco se
alonga no final - “desengonçado”;
Aumento no tamanho da faringe, laringe e pulmões
→ modificação na qualidade da voz.
Ginecomastia → fenômeno normal na puberdade →
acometendo cerca de 40-65% dos
meninos devido a um excesso de estimulação
estrogênica durante os estágios 2-3 deTanner. → bilateral e se menor que 4 cm de
diâmetro tem 90% de chance de resolução
espontânea em três anos → Caso não haja
involução da mama e isso traga problemas de
ordem estética e psicossocial para o adolescente, a
ginecomastia deve ser tratada
cirurgicamente;
1. Aumento do volume testicular (G2) → 2.
Aumento do pênis em comprimento (G3) → 3.
Pelos pubianos estágio 2 (P2) → 4. Aumento do
pênis em diâmetro (G4) → 5. Pelos pubianos
estágio 3 (P3) → 6. Pico da velocidade de
crescimento → 7. Pelos pubianos estágio 4 (P4) →
8. Aumento do pênis estágio 5 (G5) → 9. Pelos
pubianos estágio 5 (P5).
Orquidômetro de Prader: conjunto de doze
modelos de testículos, de forma elipsóide, feitos de
madeira ou plástico, graduados em volumes
crescentes de 1 a 25 ml, com os quais o testículo é
comparado;
● O encontro de
um volume de 4
ml ou
mais é
indicativo de
puberdade
masculina,
enquanto que
os volumes
de 12 a 25 ml significam volumes
adultos.
Lívia Leandro - Med Fits P3
=> MENINAS
1o sinal de puberdade → aparecimento do broto
mamário → TELARCA (M2 de Tanner) → entre 08 e
12 anos → dependente da secreção de estrógenos;
● Pilificação pubiana → PUBARCA (P3)→
dependente dos andrógenos adrenais → ocorre a
pilificação axilar;
● MENARCA → fases mais avançadas da
maturação sexual (M3 e M4 de Tanner) → ocorre
cerca de 2-2 anos e 1⁄2 após a telarca e um ano
após o pico da velocidade de crescimento.
A ovulação pode ocorrer desde a menarca, mas
normalmente os ciclos menstruais dos dois
primeiros anos após a menarca são anovulatórios e
irregulares;
● O crescimento estatural começa a acelerar na
época do aparecimento do broto mamário (M2),
e a velocidade máxima do crescimento em geral
ocorre no estágio M3. Já a menarca marca o
início da fase de desaceleração do crescimento
estatural.
1. Telarca (M2) → 2. Pubarca (P2) → 3. Pico da
velocidade de crescimento → 4. Mama estágio
3 (M3) → 5. Pelos pubianos estágio 3 (P3) → 6.
Pelos pubianos estágio 4 (P4) → 7. Mama
estágio 4 (M4) → 8. Menarca 9. Pelos pubianos
estágio 5 (P5)→ 10. Mama estágio 5 (M5).
Lívia Leandro - Med Fits P3
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