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Mecanismo de ação FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS FLUCITOSINA : ALTERA A SÍNTESE DE DNA Produz metabólico S-FDUMP responsável por inibir a enzima Timidilado sintetase , responsável pela formação da timina que é um precursor da Uracila , sendo assim a timina não será formada impedindo a proliferação do DNA. Para a Flucitosina ter seu efeito desejado inibindo a síntese da enzima ,será necessário que entre na celular por meio das permeases da membrana plasmática .Alguns fungos desprezão as permeases presentes na MP com isso ocorrerá o efeito de resistência fúngica ao uso da Flucitosina . **Pacientes que fizeram a terapêutica com Flucitosina podem apresentar os sintomas novamente após 48 horas de uso da medicação, já que o fármaco atua sobre as células sensíveis , com isso as células resistentes proliferam . Uso terapêutico: Infecções fúngicas sistêmicas Flucitosina deve ser associada a Anfotericina B , pois esta favorece a aberturas de poros inespecíficos na membrana plasmática favorecendo a entrada da Flucitosina levando assim a inibição da síntese de DNA Dose e para administração Infecção sistêmica: 2 semanas a 1mês via intravenosa Imunodeprimidos: 2 a 6 semanas, 1º aumenta a dose de ANFOTERICINA B e depois mantêm a dose de FLUCITOSINA como tratamento de manutenção **necessário o tratamento de manutenção a fim de evitar outra infecção ou o restabelecimento da mesma Farmacocinética Via de administração: Oral, endovenosa e intravenosa Meia vida: 3-5 horas Tempo de ação no organismo: aprox. 24 horas Distribuição corporal ampla: olhos, trato urinário , SNC e ossos Contraindicações · Gravidez devido inibir a atividade da timilidato sintetase humana podendo levar ao abortamento devido ao aumento da concentração de Flucitosina · Lactação devido à sobrecarga hepática · IR devido elevar o tempo no organismo da expressão de metabólicos ativos acarretando em uma maior toxicidade Efeitos adversos · Supressão da medula óssea · Vômitos , náuseas e diarreias · Disfunção hepática – avaliação constante devido a medicação causar alteração das transaminases hepáticas · Diminuição do apetite GRISEOFULVINA:ALTERA A FORMAÇÃO DO FUSO MITÓTICO Mecanismo de ação Altera a formação do fuso mitótico, através da inibição da organização e ligação dos micro túbulos na região do centrômero do cromossomo na fase da metáfase, fazendo com que não seja possível puxar e realizar a divisão celular . Uso terapêutico Infecções por fungos dermatófitos – Dermatofitoses infecções superficiais, tinea ou tinhas Tinea capitis : Gera má nutrição do folículos piloso e falhas na cabeça Griseofulvina é a 1ª opção para tratamento Via oral + via tópica ( shampoo) Tratamento de 1 a 9 semanas Suspenção do tratamento assim que o cabelo voltar a crescer Vias de administração Via oral · Causa hepatotoxicidade com 1 semana , alterando as enzimas hepáticas · Fungicida · Não pode ser associada a antifúngico Azol · Desse ser suspensa caso a paciente apresente sintomas no SNC , como : irritabilidade , confusão mental Via tópica · Fungiostática · Pode ser associada a Antifungico Azol afim de evitar hepatoxicidade · Mais segura · Acumula nos tecidos queratinizados mesmo se ocorrer a interrupção da medicação ficará por até 7 dias após a última administração no tecido capilar Contraindicação · Gravidez · Lactação · Paciente com histórico de Lupus · Crianças menores de 2 anos · Hipersensibilidade · Paciente com problemas hepáticos Farmacocinética · Maior absorção junto com alimentos gordurosos · Muito lipossolúvel · Tratamento prolongado · Meia vida : 6 horas Efeitos adversos · Cefaleia · Irritabilidade · Fadiga · Desconforto GI · Letargia · Neurite periférica · Hepatoxicidade · Confusão mental · Visão embaçada INIDIDORES DA SÍNTESE DE ERGOSTEROL INIBIDORES DA ESCALENO EPOXIDASE :TERBINAFINA ( ALILAMINA) Mecanismo de ação Age inibindo a escaleno epoxidade interferindo na síntese do Ergosterol Uso terapêutico · Infecções causas por fungos dermatóficos, leveduras e fungos dismórficos · Tratamento de onicomicoses e tinha de cabeça · Em casos de dermatofitoses o uso de antifungicos é mais prolongado : 1 ano ou + Farmacocinética · Lipofílico penetra na pele · Doses menores é fungioestática · Doses altas é fungicida · T/2 de eliminação é 300 horas · Amplo espectro Vias de administração: oral e tópica Efeitos colaterais · Hipersensibilidade · Hepatoxicidade · Síndrome de Steven-johnson · Alterações no trato GI Contra indicação · Gravidez · Lactação · Menores de 2 anos · Insuficiência renal · Insuficiência hepática INIDIDORES DA SÍNTESE DE ERGOSTEROL INIBIDORES DA ESCALENO EPOXIDASE : NAFTIFINA ( ALILAMINA ) E BUTENAFINA( BENZILAMINA) Mecanismo de ação Age inibindo a escaleno epoxidade interferindo na síntese do Ergosterol Via de administração Disponível apenas por via tópica Uso terapêutico Usado no tratamento de tinha corporal causada por fungo dermatófico Farmacocinética T/2 de eliminação > que a Terbinafina Atividade antifúngica INIDIDORES DA SÍNTESE DE ERGOSTEROL INIDIDORES DA 14 ALFA- DESMETILASE IMIDAZÓLICOS CetoconazolVia Oral Altera a ligação da testosterona aos receptores e síntese de Butaconazol hormônios sexuais Econazol Sulfoconazol Oxiconazol Via Tópica Miconazol Clotrimazol · Mais efeitos colaterais TRIAZÓLICOS Terconazol Itroconazol Fluconazol Via oral Vorniconazol · Metabolização mais lenta · Não possui afinidade por androgênicos · Mais seguros por VO no tratamento prolongado Mecanismo de Ação Inibe a enzima 14alfa- desmetilase inibindo a síntese de ergosterol desestabilizando a membrana fúngica Uso terapêutico · Dermatofitoses · C. anbicans · C. tropicalis · C. glabrata · C. neoformans · Blatomicoses · Histoplamoses · Coccidioidomicose · Paracoccidioidomicose Mecanismo de Ação CETOCONAZOL Inibe a enzima 14alfa- desmetilase inibindo a síntese de ergosterol desestabilizando a membrana fúngica. Farmacocinética · Maior inibição do citocromo P450 , responsável pela metabolização dos fármacos no organismo · Índice terapêutico próximo do tóxico · Não atravessa a BHE · Inibe a síntese de hormônios esteroides e gonadais · Afeta o metabolismo de outros fármacos Antagonista H2 , IBP’s e Antiácidos devem ser evitados pois aumentam o PH estomacal e leva a diminuição da absorção do Cetoconazol · Alimento diminiu e torna a absorção mais devagar – diminui efeito colateral · T/2 plasmatica curta EFEITOS ADVERSOS · Dermatofitoses · Candidíase oral e esofágica · Candidíase mucocutânea crônica · Vulvovaginite por Candida Principais USO TERAPÊUTICO · Blastomicose · Coccidioidomicose · Paracoccidioidomicose · Histoplasmose · Pseudolesqueríase · Afeta o metabolismo de outros fármacos · Efeitos endócrinos significantes · Náuseas e vômitos · Anorexia · Erupção cutânea · Perda de cabelos relacionada a hipersensibilidade · Hepatotoxicidade é rara VIA DE ADMINISTRAÇÃO CONTRA- INDICAÇÃO Gravidez : devido a secreção do fármaco no leite materno · Via tópica e Via oral (usado em candidíase ao longo do esôfago ) Mecanismo de ação ITRACONAZOL Inibe a enzima 14alfa- desmetilase inibindo a síntese de ergosterol desestabilizando a membrana fúngica Uso terapêutico · Infecções fúngicas de alta gravidade tto por 2 semana IV · Blastomitose , histoplasmose e aspergilose indolente tratamento inicial por 2 semanas · Casos de resistência a Fluconazol e Cetoconazol· Infecções não meníngeas indolentes causadas por B.dermatitis, H.capsulatum , P. brasiliensis e C.immitis *Pct com HIV + histoplasmose disseminada tto de manutenção com Itraconazol Farmacocinética · Mais potente dos antifúngicos · Administrado em jejum · Não atravessa a BHE · T/2 = 26 horas · Lipossolúvel · Não age sobre a síntese de hormônios sexuais · Interage com enzima micros somais · Não sobrecarrega o sistema P450 Vias de administração · Via oral · Via intravenosa · Cefaleia · Tontura · Náuseas · Alterações GI Efeitos adversos · Hipergliceridemia · Hipotassemia · Hepatotoxicidade FLUCONAZOL Mecanismo de ação Inibe a enzima 14alfa- desmetilase inibindo a síntese de ergosterol desestabilizando a membrana fúngica Farmacocinética Efeitos adversos · Cefaleia · Náuseas e vômitos · Diarreia · Dor abdominal · Efeito teratogênico · T/2 = 25 horas · Ótima biodisponibilidade por via oral · Atravessa a BHE · Excretado 90% inalterado na urina · Sobrecarrega menos o fígado · Menor efeito sobre enzima microssomais Uso terapêutico · Candidíase causada por C. albicans Contraindicação · Gravidez · Meningite criptocócica · Candidíase orofaríngea , vaginal · Histoplasmose · BlastofitosePrefere-se ITRACONAZOL · Esporofitose · Dermatofitoses INIBIDORES DA ESTABILIDADE DA MEMBRANA DOS FUNGOS: NISTATINA E ANFOTERICINA B Mecanismo de ação Agem inibindo a estabilidade da membrana por meio da ligação com a o Ergosterol fazendo com que tenha formação de poro que gera instabilidade hidroeletrolítica acarretando no rompimento do microrganismo. Farmacocinética · Fungicida potente · Podem ser associados Efeitos adversos · Hepatotoxicidade NISTATINA Farmacocinética/Uso terapêutico/Via de administração · Não sofre absorção sistêmica · Utilizada para tratamento de Candida sp. · Vias de administração: Oral (solução) e tópica ANFOTERICINA B Mecanismo de ação Agem inibindo a estabilidade da membrana por meio da ligação com a o Ergosterol fazendo com que tenha formação de poro que gera instabilidade hidroeletrolítica acarretando no rompimento do microrganismo. Via de administração · V. oral Pouca absorção , deve ser associadas a lipossomas para aumento da efetividade · V. Intravenosa fungicida, utilizada para infecções de maior gravidade com padrão de resistência . Ex: mucormicos, aspergilose invasiva , esporotricose extracutânea , criptococose, fusariose aternariose , tricosporonose e Perniillium marneffei · V.tópica fungiostático · V.intratecal Tratamento de meningite por coccioides na qual fluconazol não é eficaz Uso terapêutico · Tratamento de cândida quando a padrão de resistência estabelecido, via oral – candidíase esofágica -ou via IV · Infecção do sistema nervoso central, meningite por Coccidioides na qual Fluconazol não é capaz de combater · Tratamento preventivo de Criptococose e m ImunossuprimidosManter por 2 meses após a cura a fim de evitar recidiva · Tratamento preventivo de Histoplasmose em Imunossuprimidos Efeitos adversos · Febre e calafrios desencadeados pela adm V. intravenosa da Anfotericina B utilizar paracetamol inibe a síntese das citocinas pró-inflamatórias (TNF-ALFA e ILN-BETA) · Febre e cefaleia intensa quando há adm pela V. intratecal da Anfotericina B utilizar Hidrocortisona inibe a síntese das citocinas pró-inflamatórias (TNF-ALFA e ILN-BETA) · Piora na função hepática dos pacientes que já possuem algum comprometimento · Cefaleia · Hipotensão · Aumento da síntese de citocinas pró-inflamatórias (TNF-ALFA e IL-1 ) · Anemia em tratamento prolongado e doses elevadas decorrente da falta de produção de eritropoietina · A toxicidade mais lenta é preocupante para pacientes com IR pois piora a IR e leva a hepatotoxicidade INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR : EQUINOCANDINAS CASPOFUNGINA MICAFUNGINA Mecanismo de ação Inibe a síntese do 1,3- beta glicano gerando uma instabilidade osmótica celular levando a lise CASPOFUGINA Uso terapêutico · Leveduras · Dismórficos e dermatóficos · Infecções fungicas de menor gravidade na qual observa-se padrão de resistência a antifúngicos azólicos ( PRINCIPAL ) Farmacocinética / Via de Administração · Liga-se a proteínas do plasma · T/2 : 9-10 horas · Metabolizada pelo fígado · Penetra pouco no SNC · Via intravenosa: restrita ao ambiente hospitalar MICAFUNGINA Uso terapêutico · Candidíase esofágica que não responde a nenhum outro antifúngico · Profilaxia em receptores de transplante de cel. Tronco hematopoiéticas 13