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Amenorréia Amenorreia é a ausência de menstruação por três meses ou mais em mulheres com menstruação anterior (amenorreia secundária) ou a ausência da menarca até a idade de 15 anos independentemente da presença ou ausência de características sexuais secundárias (amenorreia primária). Se uma via de saída genital intacta existe e não há nenhuma doença primária do útero, amenorreia é um sinal de falha do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano para produzir ciclicamente os hormônios necessários para a menstruação. Amenorreia é fisiológico na menina pré-púbere, durante a gravidez e no início de lactação e após a menopausa. Em qualquer outro momento, é patológico e exige avaliação. O uso do termo amenorreia pós- - pílula para se referir ao não retorno da menstruação dentro de três meses de descontinuação de contraceptivos orais é inadequado. As mulheres assim afetadas devem ser avaliadas da mesma maneira como qualquer mulher com amenorreia. Da mesma forma, mulheres com a menstruação que ocorre em intervalos frequentes de maisde 40 dias ou com menos de nove menstruações por ano, denominado oligomenorreia, devem ser avaliadas de forma idêntica a mulheres com amenorreia. Em pacientes com amenorreia, alterações hormonais, ainda que sutis, podem levar a sinais e sintomas. O desenvolvimento dos seios indica a exposição a estrogênios, e a presença de pelos pubianos e axilares indica estimulação androgênica. Os pacientes devem ser questionados, especialmente de perto, para a evidência de distúrbios psicológicos; hábitos alimentares e exercício físico; estilo de vida; estresses ambientais; histórico familiar de anomalias genéticas; crescimento anormal e desenvolvimento; sinais de hiperandrogenismo, como hirsutismo, calvície temporal, engrossamento da voz, aumento da massa muscular, hipertrofia clitoriana; aumento da libido; e Definição Fisiopatologia Diagnóstico sinais de desfeminização, incluindo a diminuição do tamanho dos seios e atrofia vaginal. Qualquer histórico de galactorreia deve ser determinado. Um histórico de sintomas relacionados à disfunção da tireoide e adrenal também deve ser buscado.O exame físico deve se concentrar na avaliação das dimensões do corpo e habitus, distribuição de pelos no corpo, desenvolvimento das mamas e secreções, e genitália. Em mulheres adultas normais, a extensão de braço é semelhante à altura; em mulheres hipogonadais, a extensão é geralmente mais do que 5 cm maior do que a altura. A distribuição e a quantidade de pelos corporais deverão ser consideradas com base no histórico familiar. A extensão de qualquer hirsutismo deve ser registrada, de preferência por fotografias. Outros sinais de virilização devem ser procurados com cuidado. O desenvolvimento da mama deve ser classificado de acordo com o método de Tanner. Secreção da mama deve ser buscada através da aplicação de pressão nos seios, enquanto o paciente está sentado. Qualquer secreção deve ser examinada microscopicamente para a presença de glóbulos de gordura perfeitamente redondos de tamanho variável, que indicam galactorreia. Finalmente, a genitália feminina deve ser examinada com cuidado, porque é indicadora muito sensível do meio hormonal. A fase de Tanner de desenvolvimento de pelo púbico deve ser observada. Aumento dos níveis de TSH, com ou sem aumento dos níveis de prolactina implica hipotireoidismo primário, e é indicada uma avaliação posterior para esta doença. Embora o hipotireoidismo comumente resulta em anovulação, a amenorreia ocorre em apenas algumas mulheres com hipotireoidismo. Menorragia e oligomenorreia também podem ocorrer. Os imunoensaios sensíveis para TSH permitema identificação de mulheres com hipertireoidismo, mas também porque os níveis de TSH são suprimidos em indivíduos. Se a concentração de prolactina é minimamente aumentada e o nível de TSH é normal, a determinação da concentração de Achados laboratoriais prolactina deverá ser repetida antes que uma avaliação mais completa seja realizada, porque os níveis de prolactina são aumentados por estímulos estressantes inespecíficos, sono e ingestão de alimentos. Os níveis de prolactina podem ser elevados em até um terço das mulheres com amenorreia. O aumento dos níveis de FSH (geralmente acima de 30 mIU/mL) implicam falência ovariana e exigem uma avaliação mais aprofundada. A falência ovariana incipiente deve ser considerada em qualquer mulher com níveis de FSH basais de 15 mIU/mL ou superior, exceto durante o pico de LH na metade do ciclo. Muitos médicos acreditam que a avaliação cromossômica é indicada em todos os indivíduos com níveis elevados de FSH antes de 40 anos de idade, e é certamente indicado se amenorreia hipergonadotrófica começa antes dos 30 anos. Se os níveis de FSH são baixos ou normais, a medição dos níveis de testosterona total pode ser útil havendo ou não qualquer evidência de hirsutismo ou virilização. Mulheres com hiperandrogenismo não precisam ser hirsutas, porque algumas têm relativa insensibilidade dos folículos pilosos para andrógenos. Níveis ligeiramente elevados de testosterona (e, talvez, sulfato de dehidroepiandrosterona também) sugerem síndrome dos ovários policísticos (SOP). No entanto, os níveis totais de andrógenos circulantes não necessitam ser elevados por causa das alterações na taxa de depuração metabólica e na globulina de ligação ao hormônio que estão presentes na SOP. Consequentemente, alguns médicos preferem medir os níveis circulantes de testosterona livre. Os níveis circulantes de LH e FSH podem auxiliar na diferenciação de SOP da disfunção hipotálamo- hipófise. Os níveis de LH são frequentemente elevados em SOP de forma que a proporção de LH para FSH é aumentada; no entanto, os níveis de LH podem ser idênticos às observadas em mulheres normais na fase folicular. Em contraste, os níveis de LH e FSH são normais ou ligeiramente reduzidos na disfunção hipotálamo-hipófise. Há alguma sobreposição entre as mulheres com transtornos como do ”ovário policístico“ e aquelas com disfunção hipotálamo-hipófise. A avaliação radiográfica da sela túrcica está indicada em todas as mulheres amenorreicas nas quais LH e FSH são consistentemente baixos (ambos abaixo de 10 mIU/mL) para excluir uma neoplasia hipófisária ou parahipófisária (Capítulo 231). Outras funções hipófisárias devem ser avaliadas em qualquer indivíduo com níveis significativamente alterados de LH e FSH. Tanto os níveis de testosterona total como os de sulfato de dehidroepiandrosterona devem ser medidos em mulheres hirsutas ou virilizadas. Os níveis de testosterona superiores a 200 ng/dL devem conduzir à investigação para uma neoplasia produtora de andrógeno, provavelmente de origem ovariana. Níveis de sulfato de dehidroepiandrosterona superiores a 7,0 µg/mL devem levar à avaliação para uma neoplasia adrenal, e os níveis entre 5,0 e 7,0 µg/mL devem levar à avaliação para hiperplasia adrenal congênita de adultos
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