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Slides_Semiologia do Sistema Auditivo de Cães e Gatos

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SEMIOLOGIA DO SISTEMA AUDITIVO DE CÃES E GATOS
SEMIOLOGIA E PROPEDÊUTICA VETERINÁRIA DE CÃES E GATOS
INTRODUÇÃO
APARELHO AUDITIVO
IMPORTÂNCIA NO ESTUDO SEMIOLÓGICO DOS CARNÍVOROS DOMÉSTICOS (CÃES E GATOS)
PARTICULARIDADES ANATOMOFISIOLÓGICAS
FREQUÊNCIA DE AFECÇÕES OTOLÓGICAS
ANATOMIA DO APARELHO AUDITIVO DE CÃES E GATOS
APARELHO AUDITIVO DE CÃES
APARELHO AUDITIVO DE GATOS
SEMIOLOGIA DO CANAL AUDITIVO
1. ANAMNESE: 
Inicialmente, o Médico Veterinário deve buscar obter, junto ao proprietário/tutor/responsável, o máximo de informações, que possam contribuir para o exame otológico do animal e o diagnóstico.
Devem ser questionados sintomas típicos da manifestação da doença otológica, como: 
balançar da cabeça pelo animal;
presença de prurido, excesso de cera (inclusive, enegrecida) e mal cheiro;
sensibilidade dolorosa na região do pavilhão ou na região parotídea;
secreções aderidas à entrada do meato acústico externo;
déficits auditivos.
 Identificação de anormalidades no canal auditivo de cães
Identificação de anormalidades no canal auditivo de gatos 
CASOS MAIS GRAVES
Manifestações associadas a lesões dos componentes neurológicos das orelhas média e interna (Exs: conjutivites, ptose e paralisia palpebral, distúrbios do equilíbrio e de mastigação).
OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES NA ANAMNESE:
Tempo de evolução do quadro.
Toda a terapêutica médica, que tenha sido aplicada antes deste exame.
Informações sobre antibioticoterapia sistêmica ou tratamentos tópicos.
Manifestações de ototoxicidade.
Associar a anamnese do aparelho auditivo com a anamnese dermatológica (possíveis dermatopatias, como causa primária das afecções otológicas).
2. INSPEÇÃO DIRETA:
Detecção de sinais óbvios de alterações otológicas (balanços de cabeça do animal, manifestações de prurido e possíveis distúrbios do equilíbrio durante o percurso da sala de espera ao consultório, em que o animal é conduzido).
Deve-se observar cuidadosamente o aspecto dos pavilhões. verificando presença de secreções óticas aderidas, que podem revelar qualquer tipo de manifestação dermatológica, para classificar as lesões, que, no caso de otite externa, podem apresentar eritema, quadros eczematosos graves ou úlceras por neoplasias, além de edemas, otohematomas e alterações anatômicas patológicas.
Conjuntivites, paralisia palpebral e assimetria facial podem revelar presença de otite média ou acometimento do nervo facial secundariamente a uma otite grave.
3. PALPAÇÃO:
Manipulação das orelhas do animal.
Cuidado!!! Riscos de mordeduras e arranhaduras nos casos em que o animal é agressivo ou apresenta evidente dor na orelha.
 CONTENÇÃO!!!
PAVILHÃO AURICULAR (início da palpação) 
		ALTERAÇÕES: aumento de volume de consistência flutuante, geralmente associado a oto-hematomas; eritrema; alterações da textura cartilagínea, com retrações ou rugosidades grosseiras da superfície, normalmente, causadas por lacerações ou hematomas não tratados; menos frequente, pode ocorrer a calcificação metaplásica, que torna o pavilhão endurecido à palpação.
ANÁLISE DO CONDUTO AUDITIVO NORMAL E DA GLÂNDULA PARÓTIDA, que é indiretamente palpada, por estar topograficamente lateral ao conduto auditivo.
		ALTERAÇÕES: irregularidades na superfície do cone cartilagíneo, acompanhadas por perda de flexibilidade e aquisição de uma consistência dura à palpação, o que é comum na calcificação metaplásica das cartilagens do conduto auditivo às otites crônicas.
Importante:
	
	A palpação de áreas de flutuação em região parotídea pode significar presença de abscessos para-aurais, que deve estar associada a otites crônicas graves. Caso contrário, aterações da glândula salivar devem ser a principal suspeita.
	
	Aumentos de volume de consistência firme podem indicar neoplasias óticas, mas não se pode descartar que a origem de tais tumores estejam em estruturas de vizinhança topográfica. 
4. OTOSCOPIA: 
(INSPEÇÃO INDIRETA) 
É a inspeção indireta aplicada ao interior do conduto auditivo pelo OTOSCÓPIO.
Início: contenção do animal (mecânica/sedação/anestesia).
Escolha do otoscópio (uso humano X uso veterinário)
	(comprimento ideal do espéculo)
Fonte de luz adequada (luz halógena, transmitida ao interior do cone por fibra óptica, que fornece iluminação branca, com realce das nuances de cor reais no interior do conduto auditivo).
Variação dos tipos de cabeça de otoscópio, segundo a sua função.
EXAME COM O OTOSCÓPIO:
Após a contenção do animal, a otoscopia deve ser iniciada, tracionando dorsalmente o pavilhão e introduzindo gradativa e delicadamente o espéculo do otoscópio, evitando movimentos bruscos e o atrito da extremidade do espéculo com a parede do conduto, afim de evitar úlceras iatrogênicas.
Porção inicial do conduto auditivo normal: direcionamento verticalizado e recobrimento epitelial delicado e homogêneo, liso e de coloração rósea clara. Algumas raças podem apresentar alguma quantidade de pelo nas porções iniciais do conduto. Quantidade moderada de cerume de coloração castanho-clara, recobrindo a superfície epitelial.
Avançando mais profundamente no conduto auditivo, há a curvatura de horizontalização do cone cartilagíneo, onde o epitélio se torna mais delgado, desaparecendo os pelos e diminuindo a quantidade de cerume.
Em seguida, deve-se fletir o espéculo do otoscópio ventralmente, de modo a vencer a referida curvatura, para visualizar a membrana timpânica, que, em seu estado normal, deve ter uma estrutura elipsoide e verticalizada, cujo polo ventral assume uma posição discretamente mais cranial e cuja porção dorsal apresenta uma área triangular com evidente vascularização capilar (pars flaccida). O restante da superfície (pars tensa), tem aspecto esbranquiçado e translúcido, sendo côncava em sua face externa. Por semitransparência, pode-se identificar o manúbrio (área de aderência entre o ossículo martelo e o tímpano). Em sua face interna, há uma área representada por uma estrutura em vírgula, cuja extremidade ventral curva-se cranialmente.
O interior da orelha média e a cavidade da bulha timpânica podem ser discretamente visualizadas pelo tímpano, devendo conter apenas ar em seu interior.
ALTERAÇÕES CLÍNICAS DO CONDUTO AUDITIVO NA OTOSCÓPIA:
Cerume, com características alteradas (aumento de volume e coloração que varia do ocre ao marrom-escuro), indica presença de quadros inflamatórios.
Presença de parasitos (ÁCAROS – Otodectes sp.) ou de larvas, (nos casos de miíase), no conduto auditivo.
Corpos estranhos (Exs: chumaços de algodão, gravetos, restos de vegetais, insetos, etc.).
Acúmulo de placas na extensão do conduto auditivo, formadas por talcos de uso otológico, aplicados em estabelecimentos de banho e tosa.
Nas otites iniciais e pouco intensas, o epitélio é eritematoso e edemaciado, o qual, com a perpetuação do quadro patogênico e com o aumento da umidade no interior do conduto auditivo, o edema se intensifica, ocasionando um quadro de estenose e a maceração do epitélio, que passa a se destacar do cone cartilagíneo, originando úlceras.
Lesões hiperplásicas e neoplásicas, originadas no tecido glandular ceruminoso ou sebáceo.
Pólipos inflamatórios, originados na orelha média, muito comum em gatos.
Hiperplasias dérmicas e hepidérmicas, resultantes de quadros crônicos de otites.
Espessamentos do tímpano, que apresenta membrana menos translúcida que o normal ou totalmente opacificada, com coloração esbranquiçada brilhante.
Rupturas timpânicas, com pequenas perfurações e até grandes áreas de ruptura e necrose, com completa exposição da orelha média.
Raramente, a presença de otite média na ausência de otite externa grave é detectada pela presença de conteúdo catarral de aspecto translúcido no tímpano.
5. OTOSCOPIA VIDEOASSISTIDA:
(INSPEÇÃO INDIRETA) 
É realizada por otoscópios conectados a microcâmeras em sua cabeça, também sendo possível a introdução de fibras ópticas rígidas, de baixo calibre, pelo espéculo do otoscópio.
Vantagem: obtenção de imagens bastante ampliadas, que facilitama avaliação das porções mais profundas do conduto auditivo, além do compartilhamento dessas imagens, bem como o enriquecimento do aprendizado e dos atendimentos nos hospitais-escola, inclusive, a possibilidade de apresentação da patologia ao proprietário do anima e a documentação dos casos clínicos, através do arquivamento seriado dos exames otoscópicos.
Desvantagem: os elevados valores desses equipamentos, que limitam a sua aquisição.
6. EXAME RADIOGRÁFICO:
(INSPEÇÃO INDIRETA) 
Importância: avaliação da orelha média e das alterações patológicas da orelha externa.
Posicionamentos: (são 03)
	1. POSICIONAMENTO DORSOVENTRAL (evidencia eventuais interrupções da continuidade do cone cartilagíneo, as calcificações metaplásicas das cartilagens auricular e anular e o aumento da densidade radiográfica das bulhas timpânicas, além de irregularidades em seu contorno de cúpula óssea).
	2. POSICIONAMENTO LATEROLATERAL (permite a visualização de radiopacidade água no interior da bulha, nos quadros de otite média, até áreas de osteólise e proliferação metaplásica, além do preenchimento por tecido ósseo metaplásico em todo o interior da orelha média).
	3. EXPOSIÇÃO DAS BULHAS TIMPÂNICAS PELA CAVIDADE ORAL, devendo o animal ser submetido à anestesia geral (fornece, praticamente, todas as informações que podem ser obtidas pelos outros dois posicionamentos anteriores).
O contraste radiológico iodado pode ser usado em todos os três posicionamentos descritos, que pode revelar, com precisão, os contornos da superfície interna da orelha externa, permitindo a visualização de trajetos fistulosos ou saculações de abcessos para-aurais, além de rupturas timpânicas pelo eventual preenchimento da orelha média.
7. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA:
(INSPEÇÃO INDIRETA)
A tomografia do crânio do animal em cortes transversais revela, com exatidão, os aspectos das superfícies de todo o trajeto das orelhas externa e interna, além da espessura de cada uma das estruturas envolvidas.
Estruturas delgadas e delicadas, que fazem topografia com o conduto auditivo, como a glândula parótida e o nervo facial, só podem ser avaliadas, com precisão, através da ressonância magnética. 
8. EXAMES PARASITOLÓGICO DE CERUME, CITOLOGIA E CULTURA:
(INSPEÇÃO INDIRETA)
ANÁLISE DAS SECREÇÕES ÓTICAS pode trazer informações importantes na avaliação clínica de otites: 
	1ª) Pode ser realizada através do exame direto sob microscopia óptica do cerume coletado. A coleta pode ser feita através de curetas de uso otológico e o cerume depositado sobre a lâmina e coberto com a lamínula pode revelar a presença de Otodectes sp. adultos ou ovos do ácaro. 
	2ª) Havendo secreções mais liquefeitas (catarrais ou purulentas), a análise das lâminas coradas com pan-ótico rápido pode revelar a presença de leveduras e bactérias (neste caso, a coloração de Gram é necessária, para a diferenciação bacteriana).
	
CULTURA E O ANTIBIOGRAMA: são necessários no controle das infecções bacterianas das orelhas externa e média, devendo-se adequar a escolha da antibioticoterapia aos resultados laboratoriais. A coleta deve ser feita das porções mais profundas do conduto auditivo, através de swab, introduzido pelo espéculo do otoscópio previamente descontaminado.
CITOLOGIA DE OUVIDO E OTOCULTURA NO DIAGNÓSTICO DAS OTITES
9. BIOPSIAS E HISTOPATOLOGIA:
(INSPEÇÃO INDIRETA)
A biopsia para avaliação histopatológica deve ser realizada sempre que houver lesão em relevo, que justifique a suspeita de neoplasias.
A maior parte das lesões do pavilhão auricular e da entrada do conduto auditivo pode ser facilmente biopsiada, com o uso de punch ou bisturi, com aplicação prévia de anestesia local (Ex: lindocaína de uso tópico). Porém, a maior dificuldade ocorre, quando é necessária a coleta de material no interior do conduto auditivo, sendo necessária a sedação ou anestesia do animal, para que a biopsia seja realizada com segurança, com o uso de otoscópio munido de cabeça cirúrgica, para a coleta da amostra.
Otoscópio munido com cabeça cirúrgica, que permite a instrumentação por meio do espéculo
Instrumental otológico: cureta, cânula de irrigação e aspiração, tesoura, pinça de apreensão e pinça de biópsia
CONCLUSÃO
Não há dúvidas de que a Semiologia e Propedêutica Veterinária representa um papel fundamental no estudo dos sinais clínicos e patologias, que acometem os animais.
As afecções otológicas são muito frequentes em animais domésticos, principalmente em cães e gatos. 
Uma boa execução dos exames do canal auditivo destes animais permite o estudo dos sinais clínicos e o diagnóstico preciso, bem como, o tratamento eficaz com relação às otites, proporcionando aos mesmos uma boa saúde, além de uma excelente qualidade de vida.
BIBLIOGRAFIA:
	FEITOSA, Francisco Leydson F. Semiologia Veterinária. 3. ed. Roca, São Paulo: 2013, p. 523-530.
Curso: Medicina Veterinária
Disciplina: Semiologia e Propedêudica Veterinária de Cães e Gatos
Professor: Thiago Oliveira de Almeida
Componentes do grupo:
 	Daniele Duelli Soldati (Matrícula nº 1910627)
 	Patrícia dos Santos Penedo (Matrícula nº 1920304)
 	José Augusto Louzada Machado (Matrícula nº 1920466)
 	Arthur Schultz Escopelli Gomes (Matrícula nº 1812229)
	(6º Período – Turma B – Noturno)

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