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GABRIELLY FRIZON XXXIII TUTORIA 5 – FA, CHADS-VASC, AVE HEMORRÁGICO, HAS-BLED, MENINGITE, CEFALEIA Estudar o que é a fibrilação atrial, suas causas e fisiopatologia; FIBRILAÇÃO ATRIAL (FA) É um ritmo irregular auscultado, definida pelo eletrocardiograma pela ausência da onda P que é a despolarização do átrio, e pode se apresentar com alta ou baixa resposta ventricular, sendo, portanto, taquiarritimia ou bradiarritimia. - É a arritmia sustentada mais frequente, prevalece em 1-2% da população geral (porém a maioria é assintomático e não diagnosticado); - É mais prevalente em pacientes de idade mais avançadas FATORES DE RISCO: Idade avançada, comorbidades cardiovasculares (hipertenso, diabéticos, insuficiência cardíaca ou história de infarto agudo do miocárdio), doença valvar e principalmente a estenose mitral que mais causa a FA, síndrome da apneia ou hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS), nos pacientes jovens os fatores de risco incluem hipertireoidismo, alcoolismo agudo (Aumento brusco nos fins de semana no consumo de bebida alcoólica) e uso de drogas estimulantes como cocaína e metanfetamina. Eletrocardiograma: Possui um tremor na linha de base ou uma linha reta (tremor fino). FISIOPATOLOGIA Nó sinusal gera o estímulo e, portanto, um ritmo sinusal organizado. Na fibrilação atrial há uma desorganização elétrica nos átrios, comumente átrio esquerdo. QUADRO CLÍNICO: Geralmente são assintomáticos e descobrem por exames de rotina. Alguns pacientes sentem palpitações/ “batedeira” fora de ritmo e intolerância aos esforços (Acontece pela contração atrial insuficiência e ejeção insuficiente para o ventrículo). VER TRÍADE DE VIRCHOW GABRIELLY FRIZON XXXIII TUTORIA 5 – FA, CHADS-VASC, AVE HEMORRÁGICO, HAS-BLED, MENINGITE, CEFALEIA Taquicardiomiopatia: Causada pela FC elevada por longo período de tempo nos pacientes com FA (em torno de 120-130bpm), gera uma dilatação atrial e sintomas de insuficiência cardíaca como, dispneia aos esforços, congestão direita (estase jugular, hepatoesplenomegalia, edema em mmii), congestão esquerda (dispneia, crepitação a esculta, ortopnéia e dispneia paroxística noturna). Tromboembolismo: Contrações não efetivas por conta da FA pode gerar acúmulo de trombos no apêndice atrial (lado esquerdo), pedaços de trombo são chamados de êmbolos, estes êmbolos podem se deslocar para o átrio esquerdo-ventrículo esquerdo saindo pela aorta e podendo ir para o cérebro, causando um AVC isquêmico, pode também ir para os membros superiores ou inferiores e até para o mesentério, causando uma isquemia mesentérica. *Casos de AVC isquêmico sempre investigar FA EXAME FÍSICO: Presença de bulhas arrítmicas (ritmo irregular), dissociação pulso- precórdio (Diferença entre a ausculta e palpação) e ausência de contração atrial que cursa com ausência da B4 (Pois o coração não consegue fazer a ejeção), ausência de onda A do pulso venoso (relacionada a contração atrial) e ausência sopro da estenose mitral (Conhecido como ruflar diastólico) que acontece na diástole como um reforço pré-sistólico. CLASSIFICAÇÃO DA FA • De acordo com a duração - FA paroxística: Se resolve em menos de 7 dias, seja de forma espontânea ou por intervenção farmacêutica, choques elétricos; - FA persistente: Dura mais de 1 semana - FA persistente de longa duração: Dura mais de 1 ano - FA permanente: Tentativas de reversão por intervenções não serão mais realizadas • De acordo com o tipo - FA valvar: Pacientes que possuem estenose mitral ou prótese metálica/mecânica no coração; - FA não valvar: Todos os outros tipos TRATAMENTO DA FA 1º) Evitar as complicações • Evitar taquicardiomiopatia - Controlando a FC em torno de 80-90bpm: Beta bloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio, digoxina. - Controlando FA e mantendo o ritmo sinusal: Propafenona (Não pode ser usado em pacientes com histórico de doença cardíaca), amiodarona, cardioversão elétrica sincronizada ou ablação por cateter. *Só pode realizar controle do ritmo em pacientes com baixo risco de trombo no átrio esquerdo: São aqueles pacientes com FA de início menor de 48h, exame de imagem ecoesofágico (pois o esôfago passa bem ao lado do átrio) sem trombo, paciente anticoagulado por pelo menos 3 semanas antes da cardioversão e mais 4 semanas após a cardioversão. Paciente que chega instável faz cardioversão de emergência. GABRIELLY FRIZON XXXIII TUTORIA 5 – FA, CHADS-VASC, AVE HEMORRÁGICO, HAS-BLED, MENINGITE, CEFALEIA à Anticoagulantes 1) Cumarínicos (Varfarina): Anti-vitamina K (Inibe os fatores II, VII, IX, X) Deve-se fazer um controle do tempo de coagulação (INR) que avalia a via extrínseca, mantendo sempre na faixa terapêutica/controlado que é entre 2 e 3 de INR. Efeitos adversos: Sangramento (INR>4), necrose cutânea principalmente em extremidades. *Este medicamento possui diversas interações medicamentosas e com alimentos, por isso surgiram novos coagulantes: 2) DabigaTRana: Inibe o fator IIa/Trombina. Idarucizumab: Antagonista 3) RivaroXAbana, ApiXAbana e edoXAbana: Inibem o fator Xativado. Andexanet Alfa: Antagonista *Estes novos anticoagulantes não precisam de controle por exame de sangue, possuem menos interações medicamentosas e alimentares, porém não podem ser utilizados na FA valvar (Estenose mitral ou prótese mecânica/metálica). Identificar os critérios de indicação para o uso de anticoagulantes na fibrilação atrial (CHADS-VASc); CHA2DS2-VASc Para definir se o paciente necessita de anticoagulante a longo prazo ou eternamente usa-se o score de pontos CHA2DS2-VASc. C – Insuficiência cardíaca (1 ponto) H – Hipertensão arterial sistêmica (1 ponto) A2 – Age/ Idade maior ou igual a 75 anos (2 pontos) D – Diabético (1 ponto) S2 – Stroke/ Pacientes com histórico de AVC ou AIT prévio (2 pontos) V – Doença vascular (Histórico de doença carotídea, coronariana ou obstrução arterial periférica) A – Age/ Idade entre 65-74 anos (1 ponto) Sc – Sexo feminino (1 ponto) 0 pontos: Não há necessidade de anticoagulantes 1 ponto: Pode usar anticoagulantes, avaliar risco-benefício (USAR AAS) 2 pontos ou mais: Deve usar anticoagulantes, mas avaliar contraindicações Diferenciar o AVC intraparenquimatoso da hemorragia subaracnóidea. AVC Hemorrágico (AVCh) AVCh: Sangramento intracranianos, pode ser isquêmico ou hemorrágico. FATORES DE RISCO: Hipertensão arterial sistêmica (Principal), baixa escolaridade, uso de anticoagulante (Aumenta a taxa de sangramento), uso de metanfetamina e cocaína, idade avançada, etilismo e fatores genéticos. à AVCh primário: Hipertensivo (Mais comum) ou angiopatia amiloide; àAVCh secundário: Coagulopatia, malformações vasculares (Aneurisma, cavernomas, malformações arteriovenosas – MAV), trombose venosa cerebral, neoplasias, endocardite. GABRIELLY FRIZON XXXIII TUTORIA 5 – FA, CHADS-VASC, AVE HEMORRÁGICO, HAS-BLED, MENINGITE, CEFALEIA FISIOPATOLOGIA DO AVCh HIPERTENSIVO Diferença de pressão entre grande e pequenos vasos, levando a uma necrose fibrinoide do vaso por lipo-hialinose, formando aneurismas de Charcot-Bouchard. São sangramentos originados principalmente da cerebral media, cerebral posterior, artéria cerebelar... Nos núcleos da base, tálamo, ponte e cerebelo. Compreender o quadro clínico do AVC hemorrágico; QUADRO CLÍNICO AVCh Déficit neurológico focal relacionado à localização afetada. à Hemiparesia, hemi-hipoestesia, disartria, afasia (Alteração da linguagem), ataxia, alterações de nervos cranianos, alterações de campo visual. Sintomas clássicos do AVCh: Cefaleia, náuseas/vômitos, alteração do nível de consciência. à Déficit neurológico de início aguda: Suspeitar de AVC seja isquêmico ou hemorrágico. Diferenciar o AVC intraparenquimatoso da hemorragia subaracnóidea. AVE HEMORRÁGICO INTRAPARENQUIMATOSO O AVE hemorrágico representa 20% de todos os AVE, sendo o tipo maiscomum a hemorragia intraparenquimatosa, seguida pela hemorragia subaracnoide. O tipo mais comum é o AVE hemorrágico hipertensivo, causado por lesão crônica de pequenas artérias perfurantes, promovendo fragilidade da parede vascular e formação de pequenos aneurismas (aneurismas de Charcot-Bouchard). O rompimento desses aneurismas (em geral durante um pico hipertensivo) provoca o AVE hemorrágico intraparenquimatoso hipertensivo. Os locais mais acometidos são, por ordem decrescente de frequência: - Putâmen: 30-50% dos casos; - Tálamo: 15-20% dos casos; - Cerebelo: 10-30% dos casos; - Ponte: 10-15% dos casos. A hemorragia lobar (substância branca subcortical em lobo frontal, parietal, temporal ou occipital) geralmente ocorre em idosos > 70 anos, sendo uma importante causa de AVE hemorrágico nesta faixa etária. GABRIELLY FRIZON XXXIII TUTORIA 5 – FA, CHADS-VASC, AVE HEMORRÁGICO, HAS-BLED, MENINGITE, CEFALEIA A causa é a angiopatia amiloide: rotura de pequenos vasos subcorticais, cuja parede encontra-se infiltrada por depósitos amiloides. Os pacientes com doença de Alzheimer são particularmente propensos. Outros tipos de hemorragia intraparenquimatosa ocorrem na intoxicação por cocaína, sangramento tumoral (melanoma maligno, carcinoma broncogênico metastático), rotura de malformação vascular etc. O acúmulo de sangue no parênquima cerebral eleva agudamente a pressão intracraniana, já que o sangue desencadeia edema vasogênico em volta do hematoma. A Hipertensão Intracraniana (HIC) será maior quanto mais volumoso for o hematoma e pode ser maior ainda se houver sangramento para o interior dos ventrículos cerebrais (hemoventrículo), pela presença de sangue no espaço subaracnoide (edema cerebral difuso) ou pela hidrocefalia aguda. O hematoma pode aumentar de tamanho nas próximas 12-36h, contribuindo para a piora neurológica evolutiva ao longo desse período. Uma lesão expansiva cerebral, ao comprimir ou deslocar o tálamo e/ou o mesencéfalo, produz rebaixamento da consciência porque nestas duas estruturas se encontram os neurônios do sistema reticular ascendente, responsáveis pela manutenção do estado de vigília. A letalidade do AVE hemorrágico intraparenquimatoso é espantosamente alta, em torno de 50%. QUADRO CLÍNICO: Manifesta-se com um quadro súbito de cefaleia intensa, deficit neurológico focal e rebaixamento do nível de consciência, em geral dentro de algumas horas. à Hemorragia do Putâmen: Hemiplegia fasciobraquiocrural contralateral. Pode haver desvio do olhar conjugado contrcadeiaário à hemiplegia, pelo comprometimento das fibras do lobo frontal. à Hemorragia talâmica: Há também hemiplegia fasciobraquiocrural contralateral, associada neste caso à hemianestesia para todas as sensibilidades, acompanhando a hemiplegia. Pela extensão da hemorragia para o hipotálamo (núcleos do sistema nervoso simpático) e teto do mesencéfalo (controla o desvio dos olhos para cima), são comuns alterações oculares e pupilares: desvio dos olhos para baixo e para dentro (ambos olhando para o nariz) ou para o lado da hemiplegia (wrong way eyes: olhando para o lado errado, já que lesões supratentoriais deveriam desviar o olhar para o lado contrário ao da hemiplegia), pupilas mióticas, anisocoria, com pupila menor do lado da hemorragia (síndrome Horner). Ainda pode haver a chamada afasia talâmica, se a hemorragia for no hemisfério dominante (tálamo esquerdo). à Hemorragia do cerebelo: Vertigem, náuseas, vômitos e ataxia cerebelar aguda, que pode ser uni ou bilateral. O grande risco do AVE hemorrágico de cerebelo é seu efeito expansivo, que pode comprimir o IV ventrículo e levar à hidrocefalia obstrutiva, HIC e estado comatoso. A complicação mais temível é a compressão do bulbo pelas amígdalas cerebelares e herniação através do forame magno. O resultado pode ser a apneia súbita, levando a óbito. GABRIELLY FRIZON XXXIII TUTORIA 5 – FA, CHADS-VASC, AVE HEMORRÁGICO, HAS-BLED, MENINGITE, CEFALEIA à Hemorragia de ponte: Quadriplegia súbita, coma e pupilas puntiformes e fotorreagentes. A descerebração, a hiperpneia e a hiperidrose são achados comuns. Os reflexos oculocefálico e oculovestibular são perdidos, e a letalidade beira os 90%. HSA – HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA A Hemorragia Subaracnoide (HSA) espontânea ocorre pela rotura de um aneurisma sacular congênito e, menos comumente, pela rotura de uma Malformação Arteriovenosa (MAV). Outras causas: Trauma, drogas, dissecção, vasculite, causas hematológicas, idiopática. Os aneurismas saculares geralmente se localizam nas artérias do polígono de Willis (cerebral média, cerebral anterior, comunicante anterior, comunicante posterior, cerebral posterior). * O local mais comum de rotura do aneurisma sacular é a artéria comunicante anterior. O polígono de Willis se localiza à frente do mesencéfalo, na cisterna da base, onde corre o liquor no espaço subaracnoide. A rotura de um vaso neste território inunda de sangue a cisterna da base e, portanto, o espaço subaracnoide. Ao atingir o espaço subaracnoide, o sangue em volta do cérebro causa edema cerebral e meningite química. A quantidade de sangue mais uma vez irá determinar o prognóstico destes pacientes. A partir do quarto dia, surge uma complicação denominada vasoespasmo, pelo contato do sangue com as artérias do polígono de Willis, como a origem da cerebral média. O vasoespasmo é o grande responsável pelo deficit neurológico focal e pelas sequelas neurológicas que podem ocorrer na HSA. *Na TC de crânio pode-se visualizar hiperdensidade em sulcos e raias e todo o cérebro QUADRO CLÍNICO: A faixa etária entre 35-55 anos é a mais acometida pela rotura espontânea de aneurisma sacular congênito; já entre 15-30 anos, predomina a rotura de uma malformação vascular arteriovenosa. O quadro é bastante clássico. O paciente começa com uma cefaleia holocraniana de início súbito e de forte intensidade (“a maior dor de cabeça que a pessoa já teve”), evoluindo, em metade dos casos, com síncope (perda súbita e transitória da consciência). Ao acordar da síncope, o paciente se lembra da dor. A rigidez de nuca aparece geralmente após o primeiro dia. A fundoscopia pode mostrar as hemorragias sub-hialoides. O deficit neurológico focal pode ou não ocorrer nesta fase. Um dos mais importantes é relacionado à rotura do aneurisma de comunicante posterior, quando o jato hemorrágico comprime diretamente o III par craniano (oculomotor). O paciente chega com anisocoria (midríase no lado da lesão), diplopia e estrabismo divergente. GABRIELLY FRIZON XXXIII TUTORIA 5 – FA, CHADS-VASC, AVE HEMORRÁGICO, HAS-BLED, MENINGITE, CEFALEIA Após o terceiro dia (entre 4-14 dias do início dos sintomas), ocorrem as complicações, podem incluir, ressangramento, vasoespasmo, hidrocefalia, hiponatremia. CONDUTA NA HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA - Casos de clínica sugestiva, mas TC de crânio normal, deve-se solicitar uma avaliação do liquor para avaliar a presença de hemácias. - Casos com cínica sugestiva e TC de crânio confirma o diagnostico, fazer estudo de vasos para avaliar presença de aneurisma, pode ser realizado por arteriografia (Padrão ouro, com maior sensibilidade para pequenos vasos) ou angiotomografia computadorizada com contraste (Mais rápido e menos invasivo). à ESCALA DE FISHER (Detecção de sangue na tomografia craniana) TRATAMENTO DO ANEURISMA Deve ser feito precocemente, como urgência (primeiras 24-72h) para evitar ressangramento: 1º) Suspender uso de antitrombóticos para reverter a anticoagulação; 2º) Nimodipino: Previne o vasoespasmo (Sangue acumulado no vaso causa irritação e o vaso tende a fechar, o Nimodipino causa vasodilatação); 3º) Manter a PA <160mmHg; 4º) Manter o paciente euvolêmico, hidratado para manter o volume de perfusão cerebral; 5º) Tratamento definitivo: Endovascular por embolização ou clipagem do aneurisma por neurocirurgia.COMPLICAÇÕES 1) Ressangramento- É precoce, geralmente nas primeiras 24h. 2) Vasoespasmo- Isquemia pelo vasoespasmo como complicação do evento hemorrágico. É uma isquemia secundária a uma hemorragia. É tardia, por volta de 4-14 dias e com pico 7-8 dias. Paciente com piora clínica. 1º Deve-se repetir exame de imagem, e solicitar doppler transcraniano caso TC não seja suficiente 2º Manter o paciente com boa perfusão cerebral (Controlando hipertensão e hipervolemia) 3º Casos refratários: Angioplastia 3) Hidrocefalia: Deterioração clínica, solicitar exame de imagem de crânio novamente. Encontra-se um alargamento ventricular. GABRIELLY FRIZON XXXIII TUTORIA 5 – FA, CHADS-VASC, AVE HEMORRÁGICO, HAS-BLED, MENINGITE, CEFALEIA Identificar os sinais e sintomas de meningite; MENINGITE MENINGITE: É a inflamação ou edema das meninges ao redor do cérebro e da medula espinhal. ENCEFALITE: Inflamação do cérebro propriamente dito MENINGOENCEFALITE: Inflamação das meninges e do cérebro *Na prática as duas se misturam. à FISIOPATOLOGIA: Infecção pelo patógeno (bactéria/vírus) com liberação de citocinas que causam danos teciduais e a própria superfície bacteriana induz inflamação, lesão da barreira hematoencefálica, edema vasogênico, hipertensão craniana, isquemia cerebral e até apoptose/morte neuroral. à QUADRO CLÍNICO MENINGITE: Cefaleia, febre, letargia, meningismo que pode se apresentar como rigidez de nuca, sinal de Kernig (Joelho rígido) e Brudzinski (Flexão do joelho ao fletir a nuca) positivo. à QUADRO CLÍNICO ENCEFALITE: Alteração clínica de função neurológica (principalmente do estado mental, sonolência, desorientação), alteração cognitivo comportamental (Agressividade, distúrbio de linguagem), sinal neurológico focal (hemiparesia, alteração da linguagem e coordenação) - VER TRÍADE DE CUSHING à Meningite bacteriana é de aspecto mais grave, pode se instalar mais rapidamente com crises convulsivas e sinais neurológicos focais. A tríade clássica é febre, alteração do nível de consciência e rigidez nucal ou sinais meníngeos. Pode causar uma perda auditiva, sequelas e até morte. Entender como é avaliado o risco de sangramento nos pacientes em uso de anticoagulantes (HAS-BLED); RISCO DE SANGRAMENTO COM ANTICOAGULANTES O escore HAS-BLED foi desenvolvido para avaliar o risco em um ano de sangramento maior em pacientes com fibrilação atrial (FA) anticoagulados com antagonistas da vitamina K (AVK). O HAS-BLED é um esc de avaliação de sangramento que foi validado em 2010. - Através de uma avaliação clinicolaboratorial do paciente é estabelecido uma pontuação para cada item. Se a pontuação for maior ou igual a 03 esse paciente apresenta risco elevado de sangramento. Ponderando-se sobre o escore HAS-BLED, se a pontuação do paciente for maior ou igual a 3, deve-se considerar não anticoagular e também não utilizar antiagregação plaquetária, pelo alto risco de sangramento, porém se a pontuação no CHA2DS2-VASc for maior, deve- se utilizar estratégia de anticoagulação, com maior cuidado ou dependendo do caso, utilizando anticoagulantes novos com potencial menor de sangramento. GABRIELLY FRIZON XXXIII TUTORIA 5 – FA, CHADS-VASC, AVE HEMORRÁGICO, HAS-BLED, MENINGITE, CEFALEIA Definir os sinais de alerta em pacientes com cefaleia; SNOOP – CEFALEIAS SECUNDÁRIAS Mnemônico SNOOP de sinais e sintomas que chamam a atenção para a hipótese de a cefaleia ser secundária. II Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial (2016) 2016 ESC Guidelines for the management of atrial fibrillation Guia de Vigilância Epidemiológica | Caderno 12. Meningites. Secretaria de Vigilância em Saúde / MS. https://neurologiahu.ufsc.br/files/2012/10/MENINGITES_Guia-de- Vigilância-Epidemiológica-da-Secretaria-de-Vigilância-em-Saúde-7ª-edição.pdf SPECIALI, J. G. et. Al. Protocolo Nacional Para Diagnóstico E Manejo Das Cefaleias Nas Unidades De Urgência Do Brasil. P. 11, 2018; SISTEMA, U. D. O. Atendimento De Pacientes Com Cefaleia na Urgência/Emergência. 2017.
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