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Resumo 1 Epidemio

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UNIDADE I - FORMAÇÃO HISTÓRICA DA EPIDEMIOLOGIA 
 
TÓPICO I – O QUE É A EPIDEMIOLOGIA? 
 
 A palavra Epidemiologia vem do grego e é formada pelos 3 radicais: “epi” – em 
cima de, sobre; “demós”- povo e “logos”- estudo. 
 
 Portanto, trata-se da ciência que estuda o processo saúde-doença em 
coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das 
enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva. 
 
 A epidemiologia, na atualidade, constitui-se na principal ciência da informação 
em saúde. 
 
 É considerada a ciência básica da Saúde Coletiva. 
 
 
 
TÓPICO 2- PORQUE ESTUDAR A EPIDEMIOLOGIA? 
 
 O conhecimento tanto acerca do surgimento das doenças, bem como do seu 
comportamento sobre as populações, permite-nos dirigir os cuidados 
adequados para aquela situação específica. 
 
 Sendo assim, a epidemiologia serve para propor medidas específicas de 
prevenção, controle e erradicação dessas doenças que sirvam de suporte ao 
planejamento, administração e avaliação das ações em saúde. 
 
 Esses conhecimentos favorecem o aumento da qualidade e da expectativa de 
vida das populações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 3- A HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA 
 
 Hipócrates – Séc. V a.C. – Grécia Antiga 
 
- Desassociou o processo saúde-doença da ideia de punições divinas e passou a 
associar às mudanças que ocorriam no ambiente em que o indivíduo está 
inserido. 
 
 John Graunt – Séc. XVII 
 
- Analisou a regularidade entre as proporções das taxas de nascimento e 
mortalidade entre indivíduos do sexo masculino. 
 
 James Lind – Séc. XVIII 
 
- Produziu o primeiro ensaio clínico da história da medicina. Selecionou 12 
marinheiros com escorbuto, analisou os aspectos da doença e a resposta de cada 
grupo à terapia de maior efeito de tratamento. 
 
 Pierre Louis – Séc. XVIII 
 
- Produziu um estudo, utilizando-se do método epidemiológico, para investigar 
clínicas e doenças. Estudou, em especial, a eficácia do uso do método de sangria 
no tratamento de tuberculose e febre tifoide na época. 
 
 
 Louis Villermé – Séc. XVIII 
 
- Pesquisou o impacto da pobreza e das condições de trabalho na vida das 
pessoas. 
 
 William Farr – Séc. XIX 
 
- Fez o primeiro controle sistemático do registro de óbitos. 
 
 Semmelweis – Séc. XIX 
 
- Foi quem identificou que a lavagem das mãos dos cirurgiões acarretava na 
diminuição da mortalidade em gestantes puérperas. 
 
 Edwar Jenner – Séc. XIX 
 
- Pai da imunologia- Desenvolveu a vacina da varíola, primeira imunização ativa 
da sociedade. 
 
 John Snow – Séc. XIX 
 
- PAI DA EPIDEMIOLOGIA MODERNA - 
 
- Mapeou a cidade de Londres e a distribuição de suas bombas hídricas durante 
o surto de cólera no século XIX, verificando as áreas que detinham as bombas 
com o maior número de infecções. Identificando, assim, a ligação entre a 
contaminação da água e os respectivos casos de cólera e a sua relação com a 
taxa de óbitos dessa doença. 
 
 
TÓPICO 4- A CLÍNICA X EPIDEMIOLOGIA 
 
 A clínica VS A epidemiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 5- A HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA (HND) 
 
 A história natural de uma doença é uma descrição, ou seja, algo que possui uma 
evolução, do processo de adoecimento de um indivíduo até sua cura ou morte. 
Trata-se de um estudo que acaba sendo um instrumento necessário, pois aponta 
quais métodos podem ser utilizados na prevenção e no controle. 
 
 Nessa tarefa, podemos dizer que a visão de unicausalidade da doença é 
desconsiderada, pois para a história natural da doença existem vários fatores na 
causa de uma doença, ou seja, sua origem e determinação é multicausal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Entendendo isso, os cuidados em atenção primária, devem visar todos os 
aspectos envolvidos na causa da doença, na hora de montar estratégias de 
prevenção e promoção à saúde. 
 
 Nesse sentido, Leavell e Clark, em 1976, desenvolveram um modelo de história 
natural das doenças, o qual é o mais utilizado até hoje. 
 
O modelo de Leavell e Clark 
 
 Nesse modelo, nós podemos associar as manifestações das doenças aos níveis 
de atenção/prevenção que devem se atentar aos cuidados. 
 
 A história natural da doença, segundo esses autores, irá compreender 2 
períodos: 
 
 
- Período pré-patogênico: 
 Período no qual a doença não está instalada ainda, mas é onde ocorre a 
interação entre o ambiente, o agente e o hospedeiro. 
 
 Neste período, há a ocorrência de diversos estímulos que vão levar ao 
desenvolvimento da doença. 
 
 Nesse sentido, deverão ser tomar medidas preventivas que busquem evitar o 
desenvolvimento da doença. Como atividades de promoção à saúde e proteção 
específica contra aquele agente causador. 
 
 O nível de atenção utilizado nessa fase é o de prevenção primária. 
 
- Período Patogênico 
 
 Acontece a partir do momento em que a doença já está instalada no indivíduo e 
começa a seguir seu curso. 
 
 Nesse sentido, deverão ser tomar medidas preventivas que busquem evitar o 
agravamento da doença. De modo que, durante cada estágio da doença, dever 
receber os cuidados adequados, conforme vamos ver aqui. 
 
 Os níveis de atenção utilizados nessa fase são os de prevenção secundária e 
terciária. 
 
 No nível de atenção secundária: nós temos, como cuidados, o diagnóstico 
precoce e tratamento imediato, bem como as medidas para a limitação de 
danos. Isso pode ser feito, na fase pré-clínica das doenças, de modo a 
conseguirmos detectá-la, sem a necessidade do aparecimento de sintomas. 
 
 Já no nível de atenção terciário, nós temos os cuidados relacionados à 
reabilitação do indivíduo. Em função de possíveis danos ou defeitos 
desenvolvidos durante o curso da doença. Isso ocorre, geralmente, na fase 
clínica da doença, quando há a aparência de sintomas, e aí podemos percebê-la, 
não mais de maneira precoce. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE II- TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA 
 
TÓPICO 1- O CONCEITO DE TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
 
 A transição demográfica é um conceito que descreve dinâmica populacional ao 
longo da evolução histórica das sociedades humanas. 
 
 Ela ocorre, principalmente, por meio da relação entre nascimentos, óbitos, 
fluxos de imigração e emigração; 
 
 No entanto, no que tange aos estudos epidemiológicos, a transição demográfica 
também deve levar em conta, além dos fatores supracitados, os avanços da 
medicina, a urbanização, o desenvolvimento de novas tecnologias, entre outros 
fatores determinantes na sociedade. 
 
TÓPICO 2- OS DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE (DSS) 
 
 Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os 
DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e 
comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus 
fatores de risco na população. 
 
 O modelo de Dahlgren e Whitehead inclui os DSS dispostos em diferentes 
camadas, desde uma camada mais próxima dos determinantes individuais até 
uma camada distal, onde se situam os macrodeterminantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Como se pode ver na figura, os indivíduos estão na base do modelo, com suas 
características individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, 
evidentemente, exercem influência sobre seu potencial e suas condições de 
saúde. 
 
 A camada seguinte destaca a influência das redes comunitárias e de apoio, cuja 
maior ou menor riqueza expressa o nível de coesão social que é de fundamental 
importância para a saúde da sociedade como um todo. 
 
 No próximo nível estão representados os fatores relacionados a condições de 
vida e de trabalho, disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes e serviços 
essenciais, como saúde e educação, indicando que as pessoas em desvantagem 
social correm um risco diferenciado, criado por condições habitacionais mais 
humildes, exposiçãoa condições mais perigosas ou estressantes de trabalho e 
acesso menor aos serviços. 
 
 Finalmente, no último nível estão situados os macrodeterminantes relacionados 
às condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade e que possuem 
grande influência sobre as demais camadas. 
 
 
TÓPICO 4- O QUE CAUSOU A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA? 
 
 As mudanças sociais, econômicas, políticas e científicas iniciadas no século XIX, 
com auge no século XX (as chamadas Revoluções Industriais). 
 
 O que acarretou em saúde: 
 
- Diminuição das taxas de mortalidade, principalmente da mortalidade infantil; 
- Aumento da expectativa de vida; 
- Mudanças na composição das principais causas de morte; 
- Progressiva redução das doenças infecciosas; 
- Diminuição dos casos de desnutrição e dos problemas relacionados ao parto; 
- Principais causas de mortalidade agora: doenças cardiovasculares e neoplasias. 
 
 
 
 
TÓPICO 5- A DINÂMICA POPULACIONAL 
 
 Antes de começarmos a falar sobre as fases de transição demográfica, é 
importante nos atentarmos a alguns conceitos importantes sobre dinâmica 
populacional. 
 
 DINÂMICA POPULACIONAL: Estudo da variação do número de indivíduos de 
determinada população. 
 
 POPULAÇÃO: Conjunto de pessoas que residem em determinado território que 
pode estar constituído em uma cidade, um estado, um país ou mesmo o planeta 
como um todo. 
 
 TAXA DE FECUNDIDADE: Relação entre o número de crianças com idade igual ou 
menor a 5 anos de idade pelo número de mulheres em idade fértil de uma 
determinada população. 
 
 TAXA DE NATALIDADE: Índice obtido a partir de duas variáveis: a população de 
determinado período e a quantidade de nascimentos registrados naquele 
mesmo período. 
 
 TAXA DE MORTALIDADE: É o número de óbitos em uma população. 
 
 TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL: Relação entre o número de crianças, com faixa 
etária até 12 meses, que vieram a falecer, sobre a relação de crianças vivas com 
até 12 meses. 
 
 TAXA DE IMIGRAÇÃO: Número de indivíduos que chegam em uma determinada 
população, em um determinado território. 
 
 TAXA DE EMIGRAÇÃO: Número de indivíduos que deixam de viver em um 
determinado território, pertencente a uma determinada população. 
 
 DENSIDADE POPULACIONAL (POPULAÇÃO RELATIVA): É a relação entre o número 
de indivíduos de população e a área do território que eles ocupam. 
 
 POPULAÇÃO ABSOLUTA: Número total de habitantes que vive em uma 
determinada área. 
 
TÓPICO 6- OS ESTÁGIOS DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
 
Em geral, todas as populações, independentemente do estágio em que se encontram, 
tendem ao fenômeno de envelhecimento populacional, no qual as taxas de fecundidade 
e de mortalidade tendem a diminuir concomitantemente. 
 
 Afinal, quais são esses estágios da transição demográfica? 
 
1- Estágio Primitivo ou Pré-industrial 
2- Estágio Intermediário de divergência de coeficientes 
3- Estágio Intermediário de convergência de coeficientes 
4- Estágio Moderno ou Pós-transição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 7- A TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
 
 Entende-se por transição epidemiológica as mudanças ocorridas no tempo nos 
padrões de morte, morbidade e invalidez que caracterizam uma população 
específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com as transições 
demográficas. 
 
 O desenvolvimento industrial, tecnológico e da assistência médica são alguns 
fatores que influenciam na transição epidemiológica. 
 
 Estágios da Transição Epidemiológica: 
 
- Estágio 1: Altas taxas de mortalidade e fecundidade, com predominância de 
doenças infecto-parasitárias, desnutrição, crescimento populacional lento e 
baixa expectativa de vida. Período caracterizado por pandemias e fome. 
- Estágio 2: Desaparecimento das pandemias, diminuição da mortalidade e da 
fecundidade em geral. 
- Estágio 3: Doenças causadas pelo homem, crônicas e degenerativas, com baixas 
mortalidade e fecundidade. 
- Estágio 4: Diminuição de mortalidade por doenças cardiovasculares, com 
aparecimento de doenças emergentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE III- DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO E ESPAÇO 
 
 Baseia-se na evolução descrita pela história natural da doença. E, em especial, 
na relação multicausal entre a doença em si e os múltiplos fatores que se 
relacionam com ela, podendo ser fatores biológicos, psicológicos ou sociais, por 
exemplo. 
 
 Para entendermos como se categorizam a distribuição da doença no tempo e no 
espaço, primeiramente, faz-se importante que compreendamos os conceitos de 
epidemiologia descritiva e epidemiologia analítica. 
 
TÓPICO I- EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA X EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA 
 
 A epidemiologia descritiva examina os atributos (dados) das doenças ou eventos 
na população e observa sua distribuição, bem como as suas características. 
 
- Se utiliza das perguntas: 
 
O QUE: Tipo de evento estudado; 
QUEM: Quais pessoas adoeceram (Variáveis relativas ao indivíduo, como idade, 
estado civil e hábitos alimentares); 
ONDE: Em que local ocorreu o evento (Variáveis relativa ao lugar, como cidade, 
estado ou país, podendo categorizar como uma pandemia, endemia, epidemia 
ou surto); 
QUANDO: Em que época ocorreu o evento (Variáveis relativas ao tempo, 
permitindo avaliar a evolução da doença ao longo do tempo). 
 
- É ela quem associa pessoas, lugar e tempo em um mesmo evento. 
 
- Antecede a epidemiologia analítica. 
 
 A epidemiologia analítica visa compreender a causalidade das doenças, bem 
como o seu percurso e agravamento. Para isso, ela testa hipóteses sobre a causa 
e o agravo, estudando como a exposição se associa com a doença ou evento. 
 
- Se utiliza das perguntas: 
 
COMO: Forma de transmissão 
PORQUE: Fatores de risco 
 Sendo assim, compreendendo o que cada um desses ramos da epidemiologia 
estuda, podemos perceber que, como em qualquer ciência, para facilitar a 
compreensão e levar ao entendimento comum, a epidemiologia precisa 
estabelecer padrões e conceitos. Dentre eles, estão as categorizações das 
doenças no tempo e no espaço, que servem para entender os mecanismos de 
evolução das doenças e tentar promover medidas de contenção mais efetivas 
para elas. 
 
TÓPICO 2- O CONCEITO DO ICEBERG 
 
 
 Muito embora essa categorização do que observamos e estudamos seja 
essencial na hora da formulação de teorias e hipóteses importantes, vale a pena 
lembrar que nem tudo pode ser estudado. 
 
 Inúmeras vezes, grande parte dos casos ficam abaixo do horizonte clínico (início 
dos sintomas) e, portanto, não podem ser identificados com fundamento em 
sinais e sintomas, essa situação pode ser entendida como conceito de “iceberg”. 
 
 Quanto maior for a proporção de casos inaparentes, maiores serão as 
dificuldades de conhecer a cadeia do processo infeccioso e assim, identificar as 
principais causas da manutenção da transmissão da doença na comunidade, uma 
vez que os casos conhecidos representam somente o topo do iceberg. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 3- A DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO ESPAÇO E TEMPO 
 
- Análise e Distribuição Temporal 
 A distribuição temporal das doenças pode obedecer a um padrão, como, por 
exemplo, a dengue no verão e as pneumonias no inverno. 
 
 Esses padrões de variação podem ocorrer a partir de tendências de longo prazo 
ou de variações periódicas. 
 
 Sua avaliação serve para avaliar possíveis intervenções. 
 
 Aplicações da distribuição temporal: 
 
- Tendência Secular ou Histórica: 
 
- Análise das mudanças na frequência de uma doença por um longo período de 
tempo. 
 
- Comum ao observado nos estudos da transição epidemiológica: declínio da 
morbimortalidade por doenças infecciosas e parasitárias e aumento nas taxas de 
morbidade e mortalidade por doenças crônico-degenerativas. 
 
- Exemplo de tendência secular:- Variações cíclicas: 
 
- Flutuações na incidência de uma doença ocorrida em um período maior que 
um ano. 
 
- Exemplo: após epidemias de sarampo, o número de casos cai pela diminuição 
de susceptíveis e volta a subir depois pelo nascimento de crianças susceptíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Variações sazonais: 
 
- Variações na incidência de uma doença conforme as estações do ano. 
 
- Doenças infecciosas, mortalidade por causas específicas, acidentes de trabalho, 
acidentes ofídicos. 
 
-Variação depende de radiações solares, temperatura, umidade, precipitação, 
poluentes no ar, etc. 
 
- Exemplo: 
 
 
 
 
- Variação Atípica: 
 
- Nesse tipo de variação, não é possível vislumbrar alguma coerência ou alguma 
lei geral de variação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Análise e Distribuição espacial 
 Estudo quantitativo da distribuição das doenças ou serviços de saúde com 
referenciamento geográfico. 
 
 Serve para identificar padrões espaciais de morbidade e mortalidade e os fatores 
associados a esses padrões. 
 
 Consiste em 3 etapas: 
 
- 1: Visualização; 
- 2: Análise exploratória de dados; 
- 3: Modelagem. 
 
 Aplicações da distribuição espacial: 
 
- Endemia 
 
- Presença usual de uma doença, dentro dos limites esperados, em uma 
determinada região geográfica, por um período de tempo ilimitado. 
 
- Exemplo: 
Malária na região Amazônica 
Chagas em MG 
Esquistossomose no NE 
Dengue no Brasil 
 
- Epidemia 
 
- Elevação brusca, temporária e significantemente acima do esperado da 
incidência de uma determinada doença, em determinado período de tempo e 
espaço geográfico. 
 
- Exemplo: 
Casos de malária em SP 
 Poliomielite no RJ 
 
- Surto 
 
- Ocorrência epidêmica onde todos os casos estão relacionados entre si, 
atingindo área geográfica pequena e limitada, como vilas, bairros, ou população 
institucionalizada, como colégios, quarteis, asilos. 
 
- Exemplo: 
 Surto de diarreia em creche 
Surto de intoxicação alimentar em quartel 
 
- Pandemia 
 
- Processo epidêmico caracterizado por uma ampla distribuição espacial da 
doença, atingindo diversas nações ou continentes. 
 
- Exemplo: 
Pandemia por covid-19 
 
UNIDADE IV: INDICADORES DE SAÚDE 
 
 Uma das grandes dificuldades do profissional de saúde é medir o padrão de vida, 
ou nível de vida, da população com a qual trabalha. Essa questão tem sido muito 
estudada internacionalmente, pela necessidade de comparar níveis de vida 
entre diferentes países, ou num mesmo país numa série temporal. 
 
 A Organização Mundial da Saúde formou, nos anos 50, um Comitê para definir 
os métodos mais satisfatórios para definir e avaliar o nível de vida. Na 
impossibilidade de construir um índice único, o Comitê sugeriu que fossem 
considerados separadamente 12 componentes passíveis de quantificação: 
 
1. Saúde, incluindo condições demográficas 
 2. Alimentos e nutrição 
 3. Educação, incluindo alfabetização e ensino técnico 
 4. Condições de trabalho 
 5. Situação de emprego 
 6. Consumo e economia gerais 
 7. Transporte 
 8. Moradia, incluindo saneamento e instalações domésticas 
 9. Vestuário 
 10. Recreação 
11. Segurança social 
 12. Liberdade humana 
 
 Como pode ser observado nessa lista, existem inúmeros indicadores de 
qualidade de vida, dentre eles, estão os indicadores de saúde, incluindo 
condições demográficas, que são os que nós iremos estudar aqui. 
 
TÓPICO 1- O QUE SÃO OS INDICADORES DE SAÚDE? 
 
 “Indicador” é, em geral, usado para medir aspectos não sujeitos à observação 
direta: saúde, normalidade, felicidade... 
 
 Portanto, podemos definir Indicadores de Saúde como instrumentos utilizados 
para medir uma realidade, como parâmetro norteador, instrumento de 
gerenciamento, avaliação e planejamento das ações na saúde, de modo a 
permitir mudanças nos processos e resultados. 
 
 O indicador de saúde deve revelar a situação de saúde de um indivíduo ou de 
uma população, avaliando aspectos como as condições de vida e o desempenho 
do sistema de saúde daquela determinada população, por exemplo. 
 
 Isso se dá a partir da avaliação de frequências absolutas ou de frequências 
relativas, compostas por numerador e denominador. 
 
TÓPICO 2- QUAIS SÃO OS INDICADORES DE SAÚDE? 
 
 As principais modalidades de indicadores de saúde são: 
 
-Mortalidade / sobrevivência 
-Morbidade / gravidade / incapacidade 
-Nutrição / crescimento e desenvolvimento 
-Aspectos demográficos 
-Condições socioeconômicas 
 -Saúde ambiental 
-Serviços de saúde 
 
1- Mortalidade: 
 
- Foi o primeiro indicador usado. 
 
- É fácil de operar: a morte é clara e objetivamente definida e cada óbito tem 
de ser registrado (nem sempre – ainda há cemitérios clandestinos em muitos 
pequenos municípios e especialmente óbitos de recém-nascidos deixam de 
ser registrados). 
 
- Porém, a morte é o último evento do processo saúde/doença e reflete 
imperfeitamente o processo. 
 
- Agravos/danos de baixa letalidade (dermatologia, oftalmologia, doença 
mental) são mal representados nas estatísticas de mortalidade. 
 
- Somente uma pequena parcela da população morre a cada ano (em geral, 
menos de 1%). Ao se estudar, por exemplo, a saúde escolar, morrem 
pouquíssimas crianças matriculadas na rede escolar. 
 
-Mudanças nas taxas ao longo do tempo são em geral muito pequenas e a 
mortalidade é pouco útil nas avaliações de curto e médio prazo. 
 
2- Morbidade 
- É um conhecimento essencial, que permite: Inferir os riscos de adoecer a 
que as pessoas estão sujeitas, obter indicações para investigações de seus 
fatores determinantes, a escolha de ações adequadas e conhecer mudanças 
numa situação de saúde no curto prazo (febre amarela no RJ). 
- Fontes de dados: 
 
 
 
 
- Registros clínicos: 
Alcançam somente os dois últimos ou no máximo os 3 últimos eventos da 
cadeia. São o caminho mais fácil para conhecer a saúde da população: 
resumos de altas hospitalares, registros de consultas externas, arquivos de 
dados de doentes: prontuários, protocolos, atestados, laudos, notificações 
compulsórias, resultados de exames. 
 
3- Indicadores nutricionais 
- As diferentes medidas de avaliação podem ser agrupadas em: 
· Avaliação indireta do estado nutricional: mortalidade de crianças de 1 a 4 
anos - mortalidade infantil - mortalidade infantil tardia - renda per capita - 
disponibilidade de alimentos 
 · Avaliação direta do estado nutricional: avaliações dietéticas (inquéritos 
dietéticos e cálculo de consumo de nutrientes) - avaliações clínicas 
(antropometria: peso, comprimento/estatura, perímetro cefálico, pregas 
cutâneas, IMC) - avaliações laboratoriais (metabolismo do ferro, vitaminas 
lipossolúveis ou de acumulação) 
 
4- Indicadores demográficos 
- Além da mortalidade, as grandes variáveis demográficas são a natalidade, a 
fecundidade e as migrações. Os indicadores mais usados são a esperança de 
vida ao nascer, fecundidade, natalidade, a estrutura etária e a distribuição 
por sexo da população. 
- A simples divisão da população nas faixas etárias zero a 14 anos (pop. 
jovem); 15 a 64 anos (pop. economicamente ativa) e 65 anos e mais (pop. 
idosa) serve de base para inferir o nível de vida: predomínio da população 
jovem sobre a idosa indica piores condições de vida e de saúde. Já o 
predomínio da população idosa sobre a jovem ocorre em populações de 
melhor nível de vida e saúde. 
- Permite também estimar demandas: no primeiro caso, por serviços de 
saúde materno-infantil, pré-natal, saúde da criança, unidades do ensino 
fundamental, ao passo que, no segundo caso, a expectativa é uma maior 
demanda por serviços de atenção cardiovascular, hospitalizações, 
medicamentos de uso contínuo, etc. 
5- Indicadores Ambientais 
- Condições de moradia e do peridomicílio são estreitamente ligadas com o 
nível socioeconômico da população. Isso tambémse aplica em relação à 
cobertura e qualidade do saneamento básico (abastecimento de água, coleta 
de esgotos, de lixo e destinação das águas pluviais). 
- É muito usada como indicador de saúde a proporção da população que 
dispõe de um sistema adequado de água, esgoto e lixo. 
 
6- Indicadores relativos aos serviços de saúde 
- São muitos os indicadores relativos ao que ocorre na assistência à saúde. 
Eles podem ser agrupados em indicadores de insumos, de processo e de 
impacto. 
- Indicadores de insumo: 
- Recursos humanos e materiais: número de médicos, dentistas, enfermeiros, 
leitos gerais, leitos de UTI, em geral por mil habitantes. Leitos de UTI neonatal 
por mil nascimentos. 
- Recursos financeiros: gastos com saúde no Brasil. 
- Em geral calculam-se os gastos como porcentagem do PIB ou dividindo os 
gastos per capita. A maioria dos países do terceiro mundo (Brasil inclusive) 
gasta menos de 5% do PIB com saúde. 
- Indicadores de processo: Referem-se a detalhes do processo que conduz à 
manutenção da saúde ou à recuperação da doença. Exemplo: proporção de 
gestantes que fazem pré-natal, proporção de gestantes com 6 consultas e 
mais na gravidez, proporção de gestantes inscritas no primeiro trimestre. 
- Indicadores de impacto (ou de resultado): Muitas das ações e serviços de 
saúde têm validade intrínseca, indiscutível, porém cada vez mais os 
planejadores e gestores buscam evidências de quais benefícios decorrem dos 
investimentos no setor. É muito difícil distinguir e controlar o impacto dos 
serviços de saúde na melhoria das condições de saúde. Nos anos 80 e 90, a 
grande diminuição da mortalidade infantil, com ênfase nas mortes causadas 
pelas gastroenterites, deveu-se principalmente ao aumento da cobertura de 
saneamento básico, e, neste, acesso à água tratada de boa qualidade (e, 
portanto, fatores externos ao setor saúde). Ainda hoje, o efeito da 
disponibilização de água tratada sobre a mortalidade infantil pode ser visto 
nos estados menos desenvolvidos da Região Nordeste. 
 
TÓPICO 3- COMO OS INDICADORES DE SAÚDE PODEM SER EXPRESSOS? 
 
 Coeficiente ou taxa: é a relação entre o número de casos de um evento e uma 
determinada população, num dado local e época. É a medida que informa 
quanto ao “risco” de ocorrência de um evento. Exemplo: número de óbitos por 
leptospirose no Rio de Janeiro, em relação às pessoas que residiam nessa cidade 
em cada ano; nº trabalhadores intoxicados por determinada substância em 
relação aos trabalhadores de determinada indústria. 
 
 Proporção: é a relação entre frequências atribuídas de determinado evento, 
sendo que no numerador é registrada a frequência absoluta do evento que 
constitui subconjunto daquele contido no denominador que é de caráter mais 
abrangente. Exemplo: número de óbitos por doenças cardiovasculares em 
relação ao número de óbitos em geral. 
 
 
 
 
 Razão: medida de frequência de um grupo de eventos relativa à frequência de 
outro grupo de eventos. É um tipo de fração em que pelo menos, parte dos 
elementos do numerador não está contida no denominador, ou seja, o 
numerador não é um subconjunto do denominador. Exemplo: razão entre o 
número de óbitos por doença meningocócica e o número de óbitos por 
meningite tuberculosa. Razão entre o número de casos de AIDS no sexo 
masculino e o número de casos de AIDS no sexo feminino. 
 
 
 
UNIDADE V- MEDIDAS DE FREQUÊNCIA E ASSOCIAÇÃO DE DOENÇAS 
 
 Como já referido anteriormente, grande parte do trabalho da epidemiologia se 
relaciona ao estudo da ocorrência de doenças. Para isso, existem medidas de 
frequência e associação, que nos permitem avaliar o perfil de ocorrência daquele 
determinado evento. 
 
 
TÓPICO 1: MEDIDAS DE FREQUÊNCIA OU OCORRÊNCIA 
 
 Tratam-se das medidas de prevalência e incidência. 
 
 São dadas na forma de proporção matemática e são expressas sob a forma de 
porcentagem. 
 
 Incidência: A incidência diz respeito à frequência com que surgem novos 
casos de uma doença num intervalo de tempo, como se fosse um “filme” sobre 
a ocorrência da doença, no qual cada quadro pode conter um novo caso ou 
novos casos. É, assim, uma medida dinâmica. E é usada, principalmente, nos 
estudos de coorte. 
 
 Prevalência: Já a prevalência se refere ao número de casos existentes de uma 
doença em um dado momento; é uma “fotografia” sobre a sua ocorrência, sendo 
assim uma medida estática. Os casos existentes são daqueles que adoeceram em 
algum momento do passado, somados aos casos novos dos que ainda estão vivos 
e doentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 2- ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 
 
 
 Na epidemiologia, os estudos se dividem em estudos experimentais e estudos 
observacionais. 
 
 Nos estudos experimentais, o investigador intervém e controla as variáveis, de 
forma randomizada. E eles permitem estabelecer uma relação de causalidade. 
 
 
 E os estudos observacionais, por sua vez, se dividem em estudos descritivos ou 
analíticos, já citados anteriormente neste resumo. Eles tentam simular as 
condições e resultados de um estudo experimental, são aqueles onde não há 
controle dos fatores sob estudo. E eles não permitem estabelecer causalidade, 
nunca são isentos de vieses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- FOCO NOS ESTUDOS OBSERVACIONAIS: 
 
 Os estudos observacionais mais utilizados em epidemiologia são: os Estudos 
Transversais ou Seccionais e os Estudos de Coorte e Caso-Controle (que são 
estudos longitudinais). 
 
 Não vamos nos atentar ao Estudo de Caso-Controle aqui, porque não cai na 
prova (rs), mas ele funciona de forma bem semelhante ao Estudo de Coorte. 
 
 Estudos Transversais ou Seccionais: 
 
- É um estudo epidemiológico que se caracteriza pela observação direta da 
população em estudo, em UMA ÚNICA OPORTUNIDADE. 
 
- Utiliza-se da medida de prevalência. De modo que, calcula-se a prevalência de 
um evento, sobre uma determinada população em um determinado ponto no 
tempo. 
 
 
- PROBLEMA: Esse tipo de estudo não prevê relação temporal/ de causalidade. 
 
 
 Estudos de Coorte: 
 
- No Estudo de Coorte, parte-se, a princípio, do fator de exposição que queremos 
avaliar (variável independente). Enquanto no Estudo Caso-Controle, parte-se do 
fator adoecimento (variável dependente). 
 
- Diferentemente do que ocorre nos estudos transversais, no Estudo de Coorte, 
há o acompanhamento dos indivíduos ao longo de um período. 
 
- Utiliza-se da medida de incidência. De modo que observa o número de casos 
novos ao longo de um período de tempo. 
 
- Pode ser um Estudo prospectivo ou retrospectivo. 
 
- PROBLEMA: É um tipo de estudo caro e demanda muito tempo para a obtenção 
dos resultados, podendo haver perda de follow-up. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 3- MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO E MEDIDAS DE RISCO 
 
 As medidas de associação baseadas em razões (RR e OR) fornecem dados sobre 
a força da associação entre o fator em estudo e o desfecho, permitindo que se 
faça um julgamento sobre uma relação de causalidade. 
 
 Medidas de Associação em Coortes: 
 
- Na observação analítica do Estudo de Coortes, podemos estabelecer as seguintes 
medidas de associação: 
1- Risco Relativo: 
- O risco relativo (RR) é uma medida da força da associação entre um fator de risco e o 
desfecho em um estudo epidemiológico. 
- É definido como sendo a razão entre a incidência entre indivíduos expostos pela 
incidência entre os não-expostos. 
 
 
 
 
Legenda: 
D: Doentes 
ND: Não Doentes 
E: Expostos 
NE: Não Expostos 
 
 
 
 
 
2- Risco Atribuível ou Absoluto 
 
- O RA mede o excesso da ocorrência de desfecho entre os expostos em comparação 
com os não-expostos. 
- É uma diferença de incidências. 
- Mostra o quanto uma doença pode ser evitada se eliminarmos a exposição. 
Expressando o excesso de risco atribuívelà exposição. 
- Dessa forma, nós temos o Risco Atribuível (RA), que mede o excesso comparando as 
incidências nos expostos e nos não expostos; e o Risco Atribuível Total ou Populacional 
(RAt), que mede o excesso comparando as incidências na população total e nos não 
expostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Medidas de Associação em Caso-Controle: 
 
1- Odds Ratio (Razão de Chance): 
 
- É análogo ao Risco Relativo. 
 
- No caso controle não podemos usar risco relativo pois partimos do pressuposto de ter 
ou não ter a doença e não do risco de exposição. 
 
- Essa medida de associação estima a chance de ocorrência de uma doença, ou seja, 
estima o risco relativo. 
 
 
 
 
 
UNIDADE VI- SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
 
 A epidemiologia se utiliza de uma ampla variedade de ferramentas para 
compreender o processo saúde-doença de uma população, desde modelos para 
representar os seus aspectos etiológicos, a indicadores de morbidade e 
mortalidade, até potentes sistemas de informação em saúde, softwares e 
aplicações da informática, da matemática e da estatística para análise e 
processamento de dados de saúde. 
 
 Veremos alguns exemplos dessas ferramentas nesse módulo do resumo: Os 
Sistemas de Informação. 
 
 De acordo com a OMS, o Sistema de Informação em Saúde é um mecanismo de 
coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se 
planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. 
 
 No Brasil os SIS integram o SUS. 
 
 A influência dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS): 
 
 
- Os SIS, como podemos ver no esquema abaixo, têm grande impacto em 
diversas áreas relacionadas à saúde, em especial, aquelas ligadas à gestão, 
prevenção/promoção de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A sua história está intimamente associada a 2 grandes fatores: 
 
1- Movimentos que marcaram a história da saúde pública desde o início do 
século XX, em especial, a consolidação do SUS. 
 
2- O surgimento da Era da Informação ou Era Digital, com a invenção dos 
microprocessadores. 
 
TÓPICO 1- OS PRINCIPAIS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
 
 Ao Departamento de Informática do SUS (DATASUS) é atribuída a 
responsabilidade de coletar, processar e disseminar informações sobre saúde. 
 
 Estes são os principais SIS ligados ao Ministério da Saúde: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ao analisar as informações disponíveis, devemos nos lembrar que, por trás 
destes dados, existem alguns fatores que podem corroborar na elaboração de 
dados vazios ou incorretos/insuficientes, prejudicando, assim, a qualidade da 
informação: 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 2- PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÕES E DE SISTEMA DE SAÚDE NACIONAL 
 
 
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