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EPIDEMIOLOGIA E SAUDE PUBLICA

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Epidemiologia e Saúde Pública Prof. Flavio Buratti
Epidemiologia – Base Histórica
§ A Epidemiologia é considerada a ciência básica da saúde coletiva.
§ Podemos definir Epidemiologia como a abordagem dos fenômenos
da saúde-doença:
a) por meio de quantificação, usando o cálculo matemático e técnicas
de amostragem e de análise;
b) fontes de dados e de informação válidas para o conhecimento sintético
e totalizante das situações de saúde das populações humanas.
§ Classificações como Epidemiologia “clínica”,
Epidemiologia “social”, Epidemiologia “crítica” indicam
a existência de compreensões diversas em relação
à própria identidade científica desta área.
Epidemiologia – Base Histórica
Hipócrates
§ Médico grego que viveu há cerca de 2.500 anos,
dominou o pensamento médico da sua época
e dos séculos seguintes.
§ As doenças para ele eram produto da relação complexa entre
a constituição do indivíduo e o ambiente que o cerca.
§ Hipócrates, o pai da Medicina, é considerado por alguns
o pai da Epidemiologia ou o primeiro epidemiologista.
Evolução da Epidemiologia até o século XIX
Hipócrates
§ Médico grego que viveu há cerca de 2.500 anos,
dominou o pensamento médico da sua época
e dos séculos seguintes.
§ As doenças para ele eram produto da relação complexa entre
a constituição do indivíduo e o ambiente que o cerca.
§ Hipócrates, o pai da Medicina, é considerado por alguns
o pai da Epidemiologia ou o primeiro epidemiologista.
Evolução da Epidemiologia até o século XIX
Fonte:
http://drjosiascavalcante.com.br/
site/historia/hipocrates-o-sabio/
§ Ainda que possa concorrer para ações de caráter individual, a inferência
epidemiológica refere-se substantivamente a coletivos, a grupos de indivíduos.
§ Cada fenômeno epidemiológico tem seu significado.
§ Sua caracterização não procede de mecanismos dedutivos abstratos, mas é
configurada a partir de construídos, isto é, de conhecimentos acumulados.
Consenso atual – importância dos determinantes sociais
de saúde:
§ condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos
da população, relacionadas com sua situação de saúde;
§ esse consenso foi sendo construído ao longo da história.
Evolução da Epidemiologia até o século XIX
Até a metade do século XIX predominava a teoria miasmática:
§ a origem das doenças situava-se na má qualidade do ar, proveniente
de decomposições de animais e plantas;
§ os miasmas passariam do doente para os indivíduos suscetíveis, o que explicaria
a origem das epidemias das doenças contagiosas.
Teoria Miasmática
§ Ainda hoje o sobrenatural e os miasmas são utilizados por leigos como
explicações para as doenças, levando a numerosas práticas místicas em que
avultam as danças e o uso de amuletos para afastar danos à saúde.
John Graunt – Estatística Vital (1620-1674)
§ Somente há cerca de três séculos alguns pioneiros iniciaram tal tipo de abordagem
mediante a utilização de dados de mortalidade (John Graunt é considerado o pai
da demografia ou das estatísticas vitais).
§ Publicou um tratado sobre as tabelas mortuárias de Londres,
no qual analisou a mortalidade por sexo e região, ele
selecionou determinadas causas, como prematuridade
e raquitismo para estimar a proporção de crianças
nascidas vivas e que morriam antes dos seis anos de idade.
John Graunt – Estatística Vital (1620-1674)
Fonte: https://www.azquotes.com/author/28099-
John_Graunt
§ Entre as suas obras encontram-se estudos sobre a tuberculose e sobre
a febre tifoide.
§ Sua maior contribuição foi haver introduzido e divulgado o método estatístico,
utilizando-o na investigação clínica das doenças.
§ Ao analisar as internações hospitalares em Paris
e a letalidade da pneumonia.
§ Associado ao tratamento por sangria,
revelou que a conduta era muito
mais perigosa do que benéfica
para os pacientes.
Alguns o consideram como o iniciador da Estatística Médica e outros, como o
Pierre Louis (1787–1872)
Fonte:
https://en.w
ikipedia.org
/wiki/Pierre
_Charles_
Alexandre_
Louis
§ Louis Villermé (1782–1863) investigou a pobreza, as condições de trabalho e a
repercussão dessas circunstâncias sobre a saúde da população, realçando as
estreitas relações entre situação socioeconômica e mortalidade.
§ William Farr: entre as suas contribuições, destacam-se uma classificação
de doenças e a produção de informações epidemiológicas sistemáticas, usadas
para subsidiar o planejamento das ações de prevenção e controle.
§ John Snow: conduziu numerosas investigações para
esclarecer a origem das epidemias de cólera em Londres
no período de 1849–1854. Foi assim que conseguiu
incriminar o consumo de água poluída como responsável
e traçar os princípios de prevenção e controle de novos
surtos, válidos ainda hoje.
Louis Villermé (1782–1863), William Farr (1807–1883),
John Snow (1813–1858) 
Louis Pasteur (1822–1895) e Robert Koch (1843-1910)
§ Considerado o pai da Bacteriologia, foi uma das figuras mais importantes da
ciência no século XIX.
§ Foi ele quem registrou as bases biológicas para o estudo das doenças infecciosas.
§ Pasteur foi a figura central da microbiologia, pois identificou e isolou numerosas
bactérias, além de fazer trabalhos pioneiros de imunologia.
§ Os trabalhos de Pasteur, seguidos pelos de Robert Koch criaram a impressão de
que as doenças poderiam ser explicadas por uma única causa, o agente etiológico,
o que passou para a história como a Teoria dos Germes.
§ As pesquisas em Epidemiologia passaram a ter um forte
componente laboratorial, pois parecia evidente que a
busca de agentes para explicar as doenças substituía,
com vantagens, a Teoria dos Miasmas.
Louis Pasteur (1822–1895) e Robert Koch (1843-1910)
§ O conhecimento sobre a transmissão das doenças fez com que a teoria centrada
nos germes cedesse lugar a estudos sobre agente, hospedeiro e meio ambiente,
baseada na multicausalidade.
§ A saúde passa a ser mais compreendida e entendida como uma resposta
adaptativa do homem ao meio ambiente que o circunda, e a doença como
um desequilíbrio desta adaptação, resultante de complexa interação de
múltiplos fatores.
Ecologia 
§ O conhecimento sobre a transmissão das doenças fez com que a teoria centrada
nos germes cedesse lugar a estudos sobre agente, hospedeiro e meio ambiente,
baseada na multicausalidade.
§ A saúde passa a ser mais compreendida e entendida como uma resposta
adaptativa do homem ao meio ambiente que o circunda, e a doença como
um desequilíbrio desta adaptação, resultante de complexa interação de
múltiplos fatores.
Ecologia
Situação atua
Epidemiologia clínica
§ É o retorno da Epidemiologia ao ambiente estritamente clínico, de modo a
verificar as circunstâncias que possibilitam o aparecimento da doença. Utiliza-se
da Epidemiologia e Estatística, de modo a trazer maior rigor científico à prática
da Medicina.
Epidemiologia social
§ Estudo da determinação social da doença. O seu intuito
é o de procurar melhor entender a situação de saúde da
população, em especial nas regiões subdesenvolvidas –
ou dos segmentos desfavorecidos da população.
História natural da doença
§ É o nome dado ao conjunto de processos interativos, compreendendo
as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam
o processo global e seu desenvolvimento.
História natural da doença
História natural de qualquer processo mórbido no homem
Fatores endógenos Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/12456267
§ Herança genética
§ Anatomia e fisiologia do
organismo humano
§ Estilo de vida
Fatores exógenos
§ Determinantes biológicos
§ Determinantes físico-químicos
Ambiente social:
§ Determinantes socioculturais
Variações na ocorrência de doenças no espaço e no tempo
Variações no Espaço
§ Comparações entre continentes, entre partes de um continente, entre países, entre
regiões de um mesmo país, entre localidades ou partes de uma localidade podem
apresentar valores diferentes para os coeficientes estudados.
Variações no Tempo
§ Distribuindo os casos observados durante o ano
pelos meses em que ocorrem ou pelas semanas
epidemiológicas, verificamos, muitas vezes, que essa
distribuição não é uniforme no decurso do ano,apresentando variações que acompanham a sequência
de estações, maiores do que as oscilações casuais que
poderiam ser esperadas.
Interatividade
Um processo de imunização como pela utilização da vacina do sarampo pode ser
entendido como:
a) Um mecanismo de proteção específica de prevenção primária.
b) Um mecanismo de promoção de saúde de prevenção secundária.
c) Uma estratégia de diagnóstico e tratamento precoce e um mecanismo
de prevenção secundária.
d) Uma estratégia de limitação de dano e um mecanismo de prevenção terciária.
e) Um processo de reabilitação e um mecanismo de
prevenção terciária.
Resposta
Um processo de imunização como pela utilização da vacina do sarampo pode ser
entendido como:
a) Um mecanismo de proteção específica de prevenção primária.
b) Um mecanismo de promoção de saúde de prevenção secundária.
c) Uma estratégia de diagnóstico e tratamento precoce e um mecanismo
de prevenção secundária.
d) Uma estratégia de limitação de dano e um mecanismo de prevenção terciária.
e) Um processo de reabilitação e um mecanismo de
prevenção terciária.
VIDEO 2
Medidas de frequência de doença
§ As medidas de frequência são definidas a partir de dois conceitos
epidemiológicos fundamentais,
§ denominados de prevalência e incidência.
§ Prevalência define um número de casos existentes de uma doença
em um dado momento.
Medidas de frequência de doença
Há dois tipos de prevalência:
§ Prevalência ponto – medida em cada pessoa no momento do estudo,
embora não necessariamente no mesmo momento para todas as pessoas
na população definida.
§ Prevalência período – refere-se aos casos presentes em qualquer momento
durante um período específico de tempo.
Medidas de frequência de doença
§ Incidência mostra a frequência com que surgem novos casos de uma doença
em um intervalo de tempo (outras medidas como as de mortalidade, letalidade
e sobrevida podem ser entendidas como variações do conceito de incidência).
Medidas de frequência de doença
Coeficiente de incidência de AIDS segundo sexo, razão de sexo e ano de diagnóstico,
estado de São Paulo, 1980 a 1999 
Amostragem
§ Dificilmente conseguimos estudar todas as pessoas que têm ou podem
desenvolver a condição de interesse – AMOSTRA (isso traz uma questão:
a amostra representa a população?).
Há dois modos de se obter uma amostra representativa:
Amostragem aleatória simples:
§ cada indivíduo da população tem igual probabilidade de ser selecionado.
Amostragem probabilística:
§ cada pessoa tem uma probabilidade conhecida,
(não necessariamente igual) de ser selecionada.
Relação entre incidência, prevalência e duração da doença
A relação entre incidência, prevalência e duração da doença, em uma situação
estável, isto é, quando nenhuma das variáveis muda muito ao longo do tempo,
é estimada pela expressão:
Prevalência = Incidência X Duração média da doença.
Caso ocorram mudanças nas variáveis:
Relação entre incidência, prevalência e duração da doença
P = Número de indivíduos afetados em um determinado momento
Total de indivíduos estudados
Relação entre incidência, prevalência e duração da doença
Incidência, número de novos eventos ou de casos novos em uma população
de indivíduos em risco durante um determinado período de tempo – IC
(incidência cumulativa), probabilidade de um indivíduo desenvolver a doença
durante um período específico de tempo pode ser chamada de RISCO.
Relação entre incidência, prevalência e duração da doença
§ Como pode ser visto na Figura 1, no dia 1º de janeiro de 1997,
cinco pacientes de uma clínica hipotética (casos 1, 4, 6, 8 e 9)
têm a doença X. Portanto, a prevalência da doença X nessa
população em 1º de janeiro de 1997 é 5/100 = 0,05.
§ Esta quantidade também pode ser expressa em percentual, 5%
ou em outra base numérica, como 50 por 1.000, 500 por 10.000
etc. Durante o período de 1º janeiro a 31 de dezembro de 1997
ocorreram 5 novos casos (casos 2, 3, 5, 7 e 10) nessa clínica.
§ Devido ao fato de que entre os 100 pacientes da clínica 5 já
haviam desenvolvido a doença X no início do estudo (casos 1, 4,
6, 8 e 9), somente 95 estavam em risco de desenvolver a doença
durante 1997. Assim, a incidência cumulativa da doença X em
1997 nessa clínica deve ser calculada como sendo 5/95 = 0,053
ou 5,3% por ano.
Relação entre incidência, prevalência e duração da doença
Interatividade
§ O Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC) da UFRJ desenvolveu um projeto
de pesquisa cujo objetivo era avaliar os impactos do Programa de Despoluição da
Baía de Guanabara sobre as condições de saúde e a qualidade de vida das
populações envolvidas. Como parte deste projeto, foi realizado, em 1996, um
estudo piloto no qual buscou-se identificar, ao longo de três meses, as proporções
de indivíduos entre 1 e 59 anos de idade infectados pelo vírus da hepatite A (VHA),
em três populações distintas, segundo as condições de saneamento, residentes no
distrito de Campos Elyseos, município de Duque de Caxias (DC) e na Ilha do
Governador, município do Rio de Janeiro (RJ).
Interatividade
§ Os resultados deste estudo
são apresentados a seguir.
O valor de prevalência para a infecção pelo
VHA nas regiões DC e RJ são, respectivamente:
a) 2,52% e 4,88% d) 39,54% e 51,35%
b) 39,54% e 20,47% e) 20,47% e 4,88%
c) 28,01% e 51,35%
Resposta
§ Os resultados deste estudo
são apresentados a seguir.
O valor de prevalência para a infecção pelo
VHA nas regiões DC e RJ são, respectivamente:
a) 2,52% e 4,88% d) 39,54% e 51,35%
b) 39,54% e 20,47% e) 20,47% e 4,88%
c) 28,01% e 51,35%
VIDEO 3
Sistemas de informação em saúde
A difusão da tecnologia no Brasil tornou possível:
§ Acesso ágil a bases de dados com informações variadas e desagregadas sobre
registros de nascidos vivos, mortalidade, doenças de notificação, internações
hospitalares, entre outras.
§ Dados podem ser analisados isoladamente ou relacionados, representam fontes
importantes que podem ser empregadas rotineiramente na pesquisa científica no
campo da saúde pública. 
e Informações sobre Mortalidade (SIM)
§ Na década de 1970, o Ministério da Saúde (MS) promoveu em Brasília
reunião com o objetivo de implantar um Sistema de Vigilância Epidemiológica
em nível nacional.
§ Foi também aprovado o modelo único de Declaração de Óbito (DO) e definidos
fluxo e periodicidade dos dados a serem computados.
§ Em 1999 foi implantado um novo software do SIM,
SIM para Windows, o novo sistema desenvolvido
pelo Datasus facilita o processo, minimizando as
inconsistências nas bases de dados.
Sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM)
Sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM)
Indicadores
Entre os indicadores mais difundidos e mais frequentemente elaborados com dados
do SIM, combinados ou não com dados populacionais, destacam-se:
§ mortalidade proporcional por causas;
§ mortalidade proporcional por faixa etária;
§ taxa ou coeficiente de mortalidade geral;
§ taxa ou coeficiente de mortalidade
por causas e/ou idade específicas;
§ taxa ou coeficiente de mortalidade infantil;
§ taxa ou coeficiente de mortalidade materna.
Sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM)
§ Em 1989 foi realizado o Seminário Nacional sobre Informações, quando foram
estabelecidas as bases normativas e operacionais para um Sistema de
Informações sobre Nascidos Vivos, tendo em vista a importância dessas
informações para a construção de indicadores epidemiológicos.
§ O objetivo do Sinasc é reunir informações epidemiológicas referentes aos nascidos
vivos em todo o território nacional, tendo como população-alvo toda a população
brasileira; sua abrangência geográfica é nacional, com detalhamento no nível
estadual e municipal (BRASIL, 2015).
Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos – Sinasc
Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos – Sinasc
Indicadores:
Entre os indicadores mais difundidos e mais frequentemente elaborados com dados
do Sinasc, combinados ou não com dados populacionais, destacam-se:
a) taxa bruta de fecundidade;
b) taxa bruta de natalidade;
c) taxa ou coeficiente de mortalidade infantil;
d) taxa ou coeficiente de mortalidade materna;
e) proporção de mãesadolescentes;
f) proporção de partos cesáreos
Classificação internacional de doenças
§ O uso internacional de uma classificação de doenças para codificar diagnósticos
e construir estatísticas permite que se façam comparações entre áreas diferentes,
inclusive entre vários países.
§ A classificação deve ser abrangente para conter todos os diagnósticos possíveis
e satisfazer os locais onde a tecnologia e a atenção médica são bastante
desenvolvidas, como também locais sem essas características e onde os
diagnósticos, algumas vezes, ainda são expressos como sintomas ou sinais.
Classificação internacional de doenças
§ Lista CID-10 publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
§ Consulta CID-10: são possíveis três formas de consultas à lista CID-10: em
formato Help para Windows, em formato HTML (pelo navegador da internet)
e por um programa de pesquisa por termos – Pesqcid.
Epidemiologia hospitalar
O objetivo da vigilância epidemiológica hospitalar é detectar e investigar doenças
de notificação compulsória atendidas em hospital.
§ A rede proposta na portaria contemplou 190 Núcleos Hospitalares
de Epidemiologia (NHE) em hospitais de referência no Brasil.
Para habilitação e para recebimento de recursos financeiros do FIVEH, os serviços
foram categorizados em três níveis:
O objetivo da vigilância epidemiológica hospitalar é detectar e investigar doenças
de notificação compulsória atendidas em hospital.
§ A rede proposta na portaria contemplou 190 Núcleos Hospitalares
de Epidemiologia (NHE) em hospitais de referência no Brasil.
Para habilitação e para recebimento de recursos financeiros do FIVEH, os serviços
foram categorizados em três níveis:
1. Nível I
§ Hospital de referência regional com unidade de emergência e UTI.
§ Hospital de fronteira internacional com no mínimo 50 leitos.
§ Hospital geral ou pediátrico, universitário ou de ensino, com no mínimo 100 leitos.
Epidemiologia hospitalar
2. Nível II
§ Hospital geral ou pediátrico, universitário ou de ensino, com no mínimo 100 leitos.
§ Hospital geral ou pediátrico, universitário ou de ensino, entre 100 e 250 leitos, com
unidade de emergência e UTI.
§ Hospital especializado em Doenças Infecciosas com menos de 100 leitos.
3. Nível III
§ Hospital especializado em Doenças Infecciosas com
mais de 100 leitos.
§ Hospital geral com mais de 250 leitos, com unidade de
emergência e UTI.
Interatividade
O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) foi inaugurado no Brasil
na década de:
a) 50
b) 60
c) 70
d) 80
e) 90
Resposta
c) 70
VIDEO 4
Indicadores de Saúde
§ Em geral, o termo “indicador” é utilizado para representar ou medir aspectos não
sujeitos à observação direta.
Os indicadores de saúde:
§ medem a saúde;
§ apresentam o risco de adoecer;
§ apresentam o risco de morrer;
§ mostram a gravidade ou fatalidade;
§ mostram os grupos mais atingidos.
Expressão dos resultados
§ Resultados expressos em frequência absoluta
§ A forma mais simples de expressar um resultado é através do número absoluto.
Exemplo: em um determinado local foram detectados cinco casos de tuberculose
durante o ano.
§ Mas a apresentação da frequência em números absolutos, por vezes, é suficiente
para causar o impacto desejado.
§ Resultados expressos em frequência relativa
§ Coeficiente (ou taxa).
§ Nos coeficientes, o número de casos é relacionado ao tamanho da população
da qual ele procede.
§ Estrutura de um coeficiente:
§ Coeficiente = Número de casos X Constante
População sob risco
Em que:
§ No numerador: os casos (de doença, incapacidade,
óbito, indivíduos com determinadas características etc).
§ No denominador: a população sob risco (de adoecer,
de se tornar incapacitada etc.). É o grupo de onde
vieram os casos.
Principais indicadores de saúde
Mortalidade
§ O primeiro indicador utilizado em avaliações de saúde coletiva e ainda hoje
o mais empregado.
§ A morte é objetivamente definida, ao contrário da doença,
e cada óbito tem de ser registrado.
Dados referentes à mortalidade infantil no ano de 2010,
comparando o Brasil com outros países, podem ser vistos
na figura a seguir:
África 78,9
Ásia 39,3
Brasil 21,8
Oceania 21,6
América Latina e Caribe 20,3
Europa 7
América do Norte 5,6
Taxa de mortalidade infantil – 2010 (%) 
Morbidade
§ Permite inferir os riscos de adoecer a que as pessoas estão sujeitas.
Deve-se avaliar:
§ Tipo de agravo: há danos à saúde que evoluem
com pior prognóstico do que outros.
§ Restrição de atividades: muitas avaliações indiretas da
gravidade do dano à saúde baseiam-se na incapacidade
funcional gerada pelo processo da doença.
§ Taxa de ataque: é utilizada quando se investiga um
surto de uma determinada doença em um local onde
há uma população bem definida.
Para calcular esta taxa, utiliza-se a seguinte fórmula:
Taxa de ataque = Nº de casos da doença em um local e período x 100
População exposta ao risco
Indicadores demográficos
§ Os indicadores demográficos permitem aos demógrafos trabalhar os dados
recolhidos sobre uma população.
§ O uso dos indicadores demográficos nos permite conhecer as características
de uma determinada população e sua evolução ao longo do tempo no território.
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE).
§ Indicadores sociais: as condições socioeconômicas estão intimamente
relacionadas à saúde, de modo que são usadas como indicadores sanitários
indiretos, como é o caso da renda per capita, da distribuição da renda, da taxa de
analfabetismo e da proporção de crianças em idade escolar fora da escola.
§ Indicadores ambientais: o grande desafio consiste em
conciliar a preservação ambiental com o aumento da
demanda por água, energia elétrica e combustíveis.
Definição de Saúde e Qualidade de Vida
§ A definição de saúde da Organização Mundial de Saúde – “um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doença”.
Qualidade de vida – conceito é mais abrangente e pressupõe:
§ existência de saúde,
§ alimentação,
§ habitação,
§ higiene, bem-estar, educação etc.
Está relacionada com cada indivíduo, depende de:
§ sexo;
§ comportamento;
§ idade;
§ profissão;
§ padrões culturais e religiosos.
Interatividade
Em relação aos indicadores de saúde, podemos afirmar com exceção de:
a) Medem a saúde.
b) Apresentam o risco de adoecer.
c) Apresentam o risco de morrer.
d) Mostram a gravidade ou fatalidade.
e) Mostram os grupos mais atingidos à exceção
das minorias étnicas.
Resposta
e) Mostram os grupos mais atingidos à exceção
das minorias étnicas.

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