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MÓDULO 2 MANEJO E PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE Cadeia produtiva da avicultura de corte ● em vermelho: cadeia principal ● em azul: cadeia secundária ➔ o Brasil importa as avós, sendo um macho e uma fêmea de cada linha (A e B) ➔ no matrizeiro são descartados os machos da linha fêmea e as fêmeas da linha macho ➔ as rações mudam praticamente a cada semana, para acompanhar o desenvolvimento dos frangos ➔ cada matriz fêmea produz na sua vida útil em média 150 pintinhos ➔ de todo o frango abatido no Brasil, ⅓ é destinado para a exportação ➔ o consumo no Brasil é de 45 Kg/pessoa/ano Estatísticas da produção de carne de frango ➔ evolução do desempenho do frango de corte misto: em um século, o frango dobrou de tamanho e a idade de abate reduziu consideravelmente. A conversão alimentar também teve uma melhora de +/- 55%. Curiosidade: a alimentação representa ~85% dos custos da produção de frango de corte O frango tem seu potencial genético (a nível de pesquisa), mas esse potencial só é totalmente aproveitado se a nutrição, o manejo e a sanidade estiverem adequados, o que envolve qualidade da ração, controle de temperatura, higiene, etc. Fatores que interferem na qualidade do frango Em azul claro: a responsabilidade é da empresa integradora, pois é ela quem fornece os pintinhos, vacinas e ração. Em azul escuro: é de responsabilidade da granja Estatísticas de produção (dados de 2020) ➔ 100,4 milhões de toneladas produzidas no mundo ◆ 1º EUA, 2º China, 3º Brasil (em 2015 o Brasil ultrapassou a China e permaneceu assim até 2019); esses 3 países juntos representam 48,5% da produção mundial ➔ Brasil possui 3 empresas no ranking das 50 maiores empresas produtoras de carne de frango: ◆ a empresa que mais abate frangos no mundo é a JBS ◆ 3ª maior empresa é a BRF ◆ em 35º está a Aurora Alimentos Evolução da produção brasileira de carne de frango Observa-se um crescimento linear de 2010 a 2020 (aumento de ~13,2% da produção), sendo que de 2015 a 2018 a produção se tornou praticamente estável. Abates de frangos de corte por regiões brasileiras 1. Sul - 64,4% a. Paraná - 35,47% b. Santa Catarina - 14,88% c. Rio Grande do Sul - 14,02% 2. Sudeste - 16,2% a. São Paulo - 8,21% b. Minas Gerais - 7,31% 3. Centro Oeste - 15,6% (é uma região que vem aumentando a produção) a. Goiás - 7,92% 4. Nordeste - 2,3% 5. Norte - 1,5% Exportação mundial ● O Brasil é o maior exportador de carne de frango, contribuindo com 35,5% de todo o frango que é exportado no mundo. Em segundo está os EUA, contribuindo com 28,5%. ● Nos últimos anos (2010-2020), houve um aumento de 10,8% nas exportações do Brasil. ● Produtos importados: ○ cortes - 66,99% ○ frango inteiro - 25,26% ○ salgados - 3,14% ○ embutidos - 2,45% ○ industrializados - 2,16% Fatores positivos da produção e exportação brasileira de carne de frango ➔ sistema de produção integrada ➔ baixo custo de produção ➔ excelentes índices zootécnicos obtidos ➔ preço acessível da carne de frango ➔ consumo elevado ➔ elevada produção de milho e soja (Brasil tem participação de 9,9% de todo o milho produzido no mundo e é o maior produtor de soja do mundo, contribuindo com 37,4%) ➔ controle sanitário eficiente (PNSA - MAPA) ➔ país se encontra livre de Influenza Aviária ➔ qualidade de produto ➔ processamento e diversificação dos produtos (inteiros, partes, industrializados e salgados) ➔ competente atuação das áreas de comércio exterior das empresas e governo ➔ produto que não enfrenta tabus religiosos relativos ao consumo ➔ mercado diversificado -> exportação para ~160 países Consumo per capita de carne de frango no Brasil Em torno de 42,0 kg/habitante antes da pandemia. No cenário atual de pandemia, está estabilizado em 45 kg/habitante por ser uma carne mais barata. Características do atual frango de corte ➔ elevado peso corporal na idade de abate ➔ rápido ganho de peso ➔ elevada deposição de proteína ➔ precocidade ao abate ➔ excelente conversão alimentar ➔ boa viabilidade ➔ elevado rendimento de carcaça e cortes nobres ➔ linhagens tipo conformação ➔ uniformidade ➔ empenamento precoce Principais linhagens de frango de corte comercializadas ● Coob e Ross (principais) ● Hubbard ● Hybro ● Arbor Acres ● Avian Farms ● Isa MPK ● India River ● Isa Vedette Índices zootécnicos da criação ➔ peso ao nascer: ~45g ➔ idade de abate: 42 dias (mas pode variar entre 35 e 49 dias) ➔ peso ao abate: 2.920g ➔ GMD (Ganho Médio de Peso Diário): 70g ◆ valor próximo de 65g = lote de fêmeas ◆ valor próximo de 75-75g = lote de machos ◆ lote misto tem valor em torno de 70g ➔ consumo de ração acumulado: 4.763g ➔ conversão alimentar: 1,63 ➔ eficiência alimentar: 61.3% (de toda a ração consumida, 61,3% foi convertido a peso corporal) ➔ mortalidade: 4% (tende a morrer mais machos que fêmeas) ➔ kg de peso retirado / m²: máximo 40 kg ➔ índice de eficiência produtiva ◆ (IEP) = (GMD x Viab) : CA) x 100 ● IEP = 412 (usando os valores padrão) Observações: ★ em relação ao peso, não existe diferença entre o macho e a fêmea ao nascer ★ após os 42 dias, não é muito viável para o produtor manter os frangos, pois eles já estão grandes, irão continuar comendo uma quantidade considerável de ração, mas a conversão alimentar já não é tão boa Produção de galeto ➔ exporta bastante para o Oriente Médio ➔ kg em torno de R$12,00 - R$14,00 ➔ abate com aproximadamente 25 dias, com 1200g ➔ baixo teor de gordura Densidade de criação Segundo o protocolo de bem-estar de boas práticas de produção de frangos de corte (UBA-2008): ➔ a densidade máxima deve ser de 40 kg/m² para aves de abate durante o ciclo de produção ◆ varia em função da idade de abate, do sexo alojado e das condições ambientais do aviário. exemplo: ➔ todas as aves devem possuir espaço suficiente para expressar seu comportamento natural, permitindo liberdade de movimentos Fatores que podem influenciar na conversão alimentar ➔ genética e linhagem ➔ qualidade do pinto ao nascer ➔ taxa de mortalidade ➔ estação do ano (inverno e verão são problemáticos) ➔ temperatura e ventilação nos aviários ➔ sexo alojado ➔ densidade de criação ➔ doenças e estado de integridade do trato gastrointestinal ◆ são usadas substâncias adsorventes na ração, que possuem a função de sequestrar e eliminar micotoxinas no TGI, visando melhorar a conversão alimentar ➔ idade de retirada para abate ➔ manejo e qualidade da cama ➔ qualidade e disponibilidade da água de bebida (se o frango bebe pouca água, ele come menos -> menor ganho de peso) ➔ qualidade dos ingredientes e da ração ➔ forma física da ração (ração peletizada passa por pressão e temperatura elevadas, o que melhora a digestibilidade, além disso esse tipo de ração não suja as camas) ➔ manejo e ajustes da altura do comedouro e bebedouro ➔ relação aves/equipamentos ➔ desperdício de ração ➔ programa de luz adotado ➔ biosseguridade da granja obs: a conversão alimentar tem grande influência no IEP GMD = peso corporal do frango / idade de abate
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