Filosofia do Yoga Satya a Honestidade em Movimento

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Filosofia do Yoga – Satya a Honestidade em Movimento 
“Satya ou Sathya é uma palavra em sânscrito que vagamente se traduz 
ao português como "verdade" ou "correto". É uma expressão de poder devido a 
sua pureza e significado” – Wikepédia 
A prática do Yoga é muito mais que a busca por qualidade de vida e bem-estar. 
Os mestres da antiguidade praticavam e honravam a ética da prática como um 
caminho para alcançar a elevação espiritual, as posturas para conexão entre mente e 
corpo eram o caminho para a conexão profunda do ser com sua essência divina. 
O Yoga não é moda, não é malabarismo, contorcionismo, é um convite para que 
possamos tocar a nossa essência, a verdade, a sinceridade e a honestidade pulsantes 
em nós. 
Conduzir a si mesmo de maneira honesta, sincera e verdadeira é a proposta. Viver a 
vida de modo a honrar esses valores, agindo com ética, dignidade, amor genuíno, sem 
buscar por vantagens, privilégios e mentiras. 
Diante da crise de valores, presente em nossa sociedade e no mundo, precisamos de 
oxigênio, por conta da pandemia e pela urgência em salvar a nós mesmos da verdade 
desnutrida. 
As vidas humanas, a biodiversidade e a existência no planeta pedem pelo oxigênio da 
honestidade. 
Ser honesto é ser leal a si mesmo, com as outras pessoas e com a sociedade. 
Desvios de conduta, em relação a verdade, estão alicerçados em fraqueza ética, baixa 
autoestima, ausência de escrúpulos, ignorância quanto a conexão e interdependência 
entre tudo e todos. 
Escolher praticar Yoga é aceitar meditar profundamente sobre a verdadeira essência, 
ou seja, ir além daquilo que dizem que eu sou, é sentir, viver e experimentar o ser 
metafísico que se expressa pelo corpo. 
Minha experiência comigo, com crianças e adultos, durante as atividades de 
Meditação e Yoga Lúdico na Educação demonstram o quanto a habilidade de escuta 
genuína abre espaço para a expressão da verdade, tomada de decisão apoiada em 
clareza mental e vínculos afetivos sinceros. 
 
 
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O espaço interno e externo de integridade e confiança são nutridos, forças e 
fragilidades são partilhadas com empatia, laços de carinho e acolhimento 
estabelecidos. 
Então, mergulhar em si mesmo é uma aventura fascinante, estimuladora da verdade, 
porque mentir para os outros pode ser algo mais ou menos fácil, porém assumir a 
responsabilidade decorrente de conduta honesta pode ser um ato heroico. 
Dizer a verdade sem usar de sincericídio, estabelecendo alinhamento entre 
sentimentos, pensamentos, palavras e atitudes é a grande lição da vida, assim como 
reconhecer a própria autoridade pessoal e não permitir ser manipulado por pessoas 
com segundas intenções. 
Diante do exposto educadores, pais e cuidadores precisamos estar atentos as falas, 
gestos, perguntas, sentimentos e pensamentos das crianças e dos jovens, favorecendo 
espaços para o diálogo e a troca sobre o sentido de verdade e honestidade. Abertura 
mental e do coração, sem críticas, julgamentos ou “respostas prontas”. 
Aprender a arte de discernir, como testemunha imparcial, é um processo para a vida 
toda! 
Discernimento, clareza mental, inteligência emocional e espiritual são algumas das 
habilidades essenciais para ser e estar no mundo contemporâneo. 
As práticas de Yoga e Meditação conduzidas com a escuta do coração abrem espaço 
para o autodesenvolvimento de crianças, jovens e adultos de todas as idades, 
sabedoria ancestral em alinhamento com as demandas da vida no século XXI! 
 
Reflexão: Quão verdadeira você tem sido com você? 
 
Parábola – A Mentira e a Verdade – Autor desconhecido 
Um dia a Mentira e a Verdade se encontraram: 
 
A Mentira disse à Verdade: 
– Bom dia, dona Verdade. 
E a Verdade foi comprovar se realmente era um bom dia. Ela olhou para cima, vendo 
que não havia nuvens de chuva, que vários pássaros cantavam e que era realmente um 
bom dia, respondeu à Mentira: 
– Bom dia, senhora Mentira. 
– Está muito quente hoje, continuou a Mentira. 
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E a Verdade, vendo que a Mentira era 
sincera, relaxou-se. 
A Mentira, então, convidou a Verdade a se 
banhar no rio. Ela tirou a roupa, pulou na 
água e disse: 
– Realmente, a água está deliciosa. 
E, uma vez que a Verdade, sem duvidar da 
Mentira, tirou suas roupas e caiu no rio, a 
Mentira saiu da água e vestiu-se com a 
roupa da Verdade. Esta por sua vez, 
recusou-se a vestir as roupas da Mentira e, 
não tendo de que se envergonhar, saiu 
desnuda, andando pela rua”. 
 
Discernimento a partir da própria 
sabedoria para distinguir mentira e 
verdade! 
 
Anna Maria de Oliveira 
 
 
 
 
 
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