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Nutrição enteral e parenteral 1

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Nutrição Enteral e Parenteral 
Juliana Simão 
Nutrição 
A nutrição é um componente básico da 
saúde. Ela afeta pacientes durante a 
recuperação de doenças agudas e 
crônicas, cirurgias e ferimentos. O seu 
papel é avaliar os riscos dos pacientes 
para problemas nutricionais, auxiliar os 
pacientes com a alimentação oral 
quando necessário e administrar 
terapias de nutrição enteral. 
Anamnese e exame físico > triagem 
nutricional inicial > fatores de risco + 
etnia + cultura + práticas religiosas > 
influenciam o que a pessoa come e a 
maneira pela qual ela planeja as 
refeições e se alimenta socialmente 
Sinais clínicos do estado 
nutricional 
Sinais de boa nutrição 
Cabelos: brilhoso, firme, não se quebra 
facilmente, couro cabeludo saudável. 
Sinais de desnutrição 
Cabelos: viscoso, opaco, quebradiço, 
ressecado, delgado, esparso, com perda 
de pigmentação. 
Nutrição > o metabolismo basal requer 
combustível (alimentação) > nutrientes: 
carboidratos, proteínas, gorduras, água, 
vitaminas e minerais > (idade, gênero, 
massa corporal, doença, lesão infecção, 
nível de atividade – afetam as exigências 
energéticas) 
Sistema digestório 
Anatomia: boca, glândulas salivares, 
esôfago, estomago, pâncreas, fígado, 
intestino delgado, intestino grosso, 
reto. 
Fisiologia: digestão, absorção, 
metabolismo e estocagem de alimento, 
eliminação. 
Principais diagnósticos de 
enfermagem 
Risco de aspiração; 
Constipação; 
Diarreia; 
Conhecimento deficiente; 
Nutrição desequilibrada: menos do que 
as necessidades corporais; 
Déficit no autocuidado para 
alimentação. 
Processo de enfermagem e 
nutrição 
Observar: estado físico do paciente, 
consumo de alimentos, preferências 
alimentares, mudanças de peso e 
resposta a terapia; 
Coleta de dados: investigação – 
pesquisar desnutrição ou perda de peso: 
• Antropometria: IMC 
• Exames laboratoriais 
• Exame físico 
• Disfagia, odinofagia, 
inapetência, anorexia, êmese, 
diarreia 
• Histórico de dieta e histórico de 
saúde 
Desnutrição: condição clinica decorrente 
de uma deficiência ou excesso, relativo 
ou absoluto, de um ou mais nutrientes 
essenciais. Comum em pacientes 
hospitalizados, principalmente em 
idoso. 
 
Nutrição Enteral e Parenteral 
Juliana Simão 
Consequências da má nutrição 
Redução da capacidade de cicatrização; 
Perda da capacidade funcional; 
Alterações da função imunológica; 
Aumento das taxas de permanência 
hospitalar, de morbidade e mortalidade; 
Comprometimento cerebral na criança. 
Pacientes dependentes de 
assistência para a alimentação 
Pacientes que necessitam de assistência 
com a alimentação são incapazes de se 
alimentar adequadamente, condição 
que costuma estar relacionada com a 
severidade de sua doença ou com o 
estado de debilidade e fadiga do 
paciente; 
Ex: alguns têm problemas em mastigar 
o alimento ou em deglutir, outros têm 
visão ruim, enquanto outros têm 
dificuldade em segurar os utensílios 
para se alimentar. 
Dietas terapêuticas 
Uma dieta terapêutica trata muitos 
estados patológicos, complementando 
e, às vezes, até mesmo substituindo, a 
terapia com medicamentos; 
Dietas terapêuticas estão disponíveis em 
consistências ou texturas modificadas; 
Por exemplo, os pacientes inicialmente 
podem requerer uma dieta líquida por 
um ou dois após uma cirurgia. Uma 
dieta pastosa é usada para pacientes 
sem dentes. Quando não houver 
restrições, a ordem pode ser dieta como 
tolerada (hipoglicêmica, hipossódica...) 
ou regular (dieta livre...) 
Líquida clara: 
Alimentos que são claros e líquidos à 
temperatura ambiente ou corporal 
(caldo de galinha, chá, soda, gelatina, e 
suco de maçã), que deixam poucos 
resíduos e que são facilmente 
absorvidos; comumente prescritos para 
uso de curta duração (24 a 48 horas) 
após uma cirurgia, antes de testes 
diagnósticos e após episódios de 
vômitos ou diarreia. 
Líquida total: 
Inclui alimentos da dieta líquida clara, 
além de produtos lácteos de textura 
suave (leite, sorvete), sopas coadas, 
cremes, cereais refinados cozidos, 
sucos vegetais e vegetais em purê; 
comumente prescrita antes ou após uma 
cirurgia. 
Pastosa: 
Inclui alimentos das dietas líquidas clara 
e líquida total, associado a alimentos 
facilmente deglutíveis que não precisem 
ser mastigados (ovos mexidos, carnes, 
vegetais e frutas em purê, purê de 
batatas); prescritas para pacientes com 
anormalidades da cabeça e do pescoço 
ou que tenham sofrido uma cirurgia 
oral; pode ser modificada para controle 
dos baixos níveis de sódio, gorduras ou 
calorias. 
Mecânica ou dental-soft: 
Consiste em todas as dietas anteriores, 
com a adição de carnes levemente 
temperadas ou bem picadinhas, queijos, 
arroz, batatas, panquecas, pães leves, 
vegetais cozidos, frutas cozidas ou em 
lata, banana e manteiga de amendoim; 
prescrita para pacientes que têm 
problemas de mastigação ou problemas 
Nutrição Enteral e Parenteral 
Juliana Simão 
gastrintestinais leves; usada como dieta 
de transição de líquidos para uma dieta 
regular. 
De resíduos macios ou de baixo teor 
de resíduos: 
Adição de alimentos facilmente 
digeríveis, com baixo teor de fibras, tais 
como massas, ensopados, carnes 
suculentas, frutas e vegetais cozidos em 
conserva; inclui alimentos que são fáceis 
de mastigar e que podem ser cozidos de 
forma simples; não permite alimentos 
gordurosos e fritos; as vezes é referida 
como dieta de baixo teor de fibras (para 
diarreia). 
De alto teor de fibras: 
Adição de frutas frescas não cozidas, 
vegetais cozidos no vapor, farinhas, 
aveias e frutas secas; inclui quantidades 
suficientes de carboidratos que não são 
digeríveis para aliviar a constipação, 
aumentar a motilidade gastrintestinal e 
aumentar o peso das fezes (para 
constipação). 
Regular ou dieta conforme 
tolerada: 
Sem restrições; permite as preferências 
dos pacientes e permite uma progressão 
da dieta pós-operatória. 
Terapia Nutricional 
Conjunto de procedimentos 
terapêuticos que visam à manutenção 
ou recuperação do estado nutricional 
por meio da nutrição enteral ou 
parenteral, realizada em pacientes 
incapazes de satisfazer adequadamente 
suas necessidades nutricionais e 
metabólicas. 
Objetivo: fornecer energia e nutrientes 
em quantidade e qualidade adequadas; 
Pode ser por via digestiva (nutrição 
enteral – gástrica/entérica) ou por via 
venosa (nutrição parenteral – subclávia 
ou jugular interna). 
Legislação 
RDC n° 63/00 – Resolução da Diretoria 
Colegiada – 09/07/2000: 
• Dispõe sobre Regulamento 
Técnico – requisitos mínimos 
exigidos para TNE – ANVISA; 
• Normatiza TNE; 
• Atribuições de cada profissional 
dentro da equipe 
multiprofissional especializada 
(medico, nutricionista, 
farmacêutico, enfermeiro). 
Resolução COFEN n° 453/2014: 
• Estabelece diretrizes para 
atuação da equipe de 
enfermagem em TN, a fim de 
assegurar uma assistência de 
enfermagem competente e 
resolutiva; 
• Nutrição Parenteral (NP): 
Solução ou emulsão, composta 
basicamente de carboidratos, 
aminoácidos, lipídios, vitaminas e 
minerais, estéril e apirogênica, 
acondicionada em recipiente de vidro ou 
plástico, destinada à administração 
intravenosa em pacientes desnutridos 
ou não, em regime hospitalar, 
ambulatorial ou domiciliar, visando à 
síntese ou manutenção dos tecidos, 
órgãos ou sistemas. 
 
 
Nutrição Enteral e Parenteral 
Juliana Simão 
• Nutrição Enteral (NE): 
Alimento para fins especiais, com 
ingestão controlada de nutrientes, na 
forma isolada ou combinada, de 
composição definida ou estimada, 
especialmente formulada e elaborada 
para uso por sondas ou via oral, 
industrializado ou não, utilizada 
exclusiva ou parcialmente para 
substituir ou complementar a 
alimentação oral em pacientes 
desnutridos ou não, conforme suas 
necessidades nutricionais, em regime 
hospitalar ambulatorial ou domiciliar,visando à síntese ou manutenção dos 
tecidos, órgãos ou sistemas. 
• Competências do enfermeiro na 
NE: 
Participar da escolha da via de 
administração da NE em consonância 
com o médico responsável; estabelecer 
o acesso enteral por via oro/gástrica ou 
transpilórica para a administração da 
NE, conforme procedimento pré-
estabelecido; solicitar e encaminhar o 
paciente para o exame radiológico; 
participar da instalação do acesso por 
ostomia, realizada pelo médico; garantir 
que a via de acesso da NE seja mantida; 
garantir que a administração da NE seja 
realizada no prazo estabelecido, 
recomendando-se a utilização de 
bomba de infusão; garantir que a troca 
da NE, sondas e equipos seja realizada 
em consonância com pré-estabelecido 
pela EMTN, em conjunto com a CCIH; 
prescrever os cuidados de enfermagem; 
registrar em prontuário todas as 
ocorrências e dados referentes ao 
paciente e à TNE. 
 
A terapia nutricional enteral deve 
abranger: 
Indicação em prescrição médica; 
prescrição dietética; preparação, 
conservação e armazenamento; 
transporte; administração; controle 
clínico-laboratorial; avaliação final. 
Nutrição enteral (NE) 
Administração de nutrientes ao trato 
gastrintestinal através de sondas 
enterais; 
A sondagem GI é a inserção de uma 
sonda ou cateter plástico ou de borracha 
no estômago ou intestino; 
As sondas podem ser inseridas pela 
boca, nariz ou pela parede abdominal 
(gastrostomia, jejunostomia).

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