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O autor • O autor nasceu em uma pequena província de Buenos Aires em 1949 • Até o momento, o autor publicou cerca de mais de 80 títulos – alguns romances e alguns ensaios • Aira gosta de pensar na sua obra como um projeto artístico que não se encerra com a escrita o Se completa com a publicação e com a circulação do texto em formato de livro o Aira publica tudo o que escreve o Construção de uma autonomia da progressão dos textos • A literatura de Cesar Aira o coloca na posição de um mitômano (mentiroso patológico) que todos queremos ser e desejamos ler o Aquele que não necessita provar nada • O autor foi amigo e “discípulo” do escritor argentino Osvaldo Lamborghini o Esse autor que foi tutor de Aira era um autor que se dedicava às vanguardas das décadas de 1960/1970 • É considerado um escritor argentino contemporâneo Estilo de escrita • Seus textos são breves, de prosa clara, dinâmica e de ritmo acelerado o Linguagem culta, mas simplista • O estilo do autor pode ser definido a partir da ideia de uma ficção que não se preocupa muito com a oposição entre os termos Verossímil/Inverossímil, Verdade/Mentira, Banal/Extraordinário o Uma preocupação de usar a oposição entre esses termos para analisar suas relações complexas Exemplo: uma aposta em criar algo extremamente inverossímil para depois realizar um desdobramento nessa ficção até que ela se tornasse verossímil • Uso da ideia de coincidência para construir uma narrativa o Desejo de contar as histórias em que ninguém acreditaria o Sem pudor ao fazer uso de exageros para tornar as coincidências instigantes e extraordinárias César Aira o Crença de que o exagero das coincidências sempre será, entretanto, menor que as coincidências que ocorrem no mundo • Ideia da literatura que parte de uma verdade para chegar a um mal-entendido o Uso de personagens que são homem e mulher ao mesmo tempo o Uma insustentável leveza do gênero baseada em Milan Kundera o Trata-se de não acreditar que certas informações instaladas em nossa mente são “inúteis” • Cesar aira afirma que sua escrita possui um componente infantil que é extremamente valorizado pelo escritor o Uma certa preferência em escrever fabulas e contos de fadas o Ele admite que acredita que essa preferência é estranha pois ele começou como autor como um jovem militante de esquerda, desejando escrever grandes novelas realistas o Interesses por metáforas e metamorfoses • Cesar Aira acredita que a realidade é algo que só acontece aos outros o Critica ao realismo mágico • Um investimento na complexidade das coisas • Uma ficção que quer encontrar casos em que a normal seja a exceção • Admiração pelas vanguardas o Maior importância ao processo criativo, e não ao resultado O senhor escreve textos curtos e em terceira pessoa. Nos últimos anos, séries longas em primeira pessoa de Elena Ferrante e Karl Ove Knausgard têm conquistado um grande público leitor e também o respeito da crítica. O que pensa de trabalhos como estes? Não gosto dessa "literatura do eu" que agora está na moda. Não li os autores que você menciona, mas os que li, nas três primeiras páginas, me dão uma impressão de monotonia ou déja-vu. Os que escrevem essa "literatura do eu" pertencem a essa classe média urbana uniformizada em todo o mundo, de vidas convencionais, sem maiores acidentes que os de suas medíocres psicologias. Além disso, é preciso ter uma autoestima muito elevada, maior do que a minha pelo menos, para acreditar que seus namoros e porres são tão interessantes. https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/livros/noticia/2017/08/cesar-aira-nao-gosto-da- literatura-do-eu-que-esta-na-moda-9868792.html Interesse em pesquisa • Se interessa em concentrar-se em obras de grandes autores que conseguiram instalar-se no campo literário com um estilo caracterizado como peculiar e pessoal, pensando nas estratégias que eles utilizaram para construir suas obras o O “mito pessoal do escritor” o O autor escreve ensaios propondo uma releitura dos trabalhos, dando ênfase aos fatores que ajudaram aos grandes a forjar suas obras de sucesso, em que é possível visualizar a figura do artista e da vocação que cria o mito • O autor combina a ficcionalização do procedimento e de si mesmo, construindo o seu próprio mito de escritor O procedimento de Aira 1. Invenção e o acaso como recursos da escrita 2. Circulação proliferante como forma de resistência à tradição do mercado editorial 3. Método de Aira para mascarar o próprio pensamento e reflexões sobre a arte, em diferentes personagem da obra • Aira vive a escrita como uma experiência, que precisa de uma prática permanente que deve ser registrada e datada o A escrita como uma experiência, um simulacro • O autor admite que não corrige os seus romances após escrevê-los, pois, segundo ele, após escrever seu texto ele não consegue encontrar algo que precise de correção o Se houve algo que falhou, sempre existe a possibilidade de escrever outro romance para melhorar a trama ou a escrita, como se fosse um simulacro ininterrupto • Ao longo de seus romances, o autor deixa claro que todo escritor possui seu particular sistema de escrita
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