Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
---------- Gastrit� crônic�, doenç� ulcer�s�, pólip�� � adenoma� gástric�� --------- → Mucosa oxíntica possui células parietais, que secretam HCL e fator intrínseco, que auxilia na absorção da vitamina B12.. Lesão nessa região pode causar anemia perniciosa, por exemplo. → Na mucosa cárdica ocorre produção de mucina, → A maior frequência de gastrite crônica ocorre no antro, na mucosa antral há células G, produtoras de gastrina e células D, que produzem somatostatina. Gastrite Crônica- AUTOIMUNE: Resultado de uma interação complexa entre fatores relacionados ao hospedeiro e fatores ambientais, as desregulações imunológicas resultantes envolvem linfócitos T sensibilizados e autoanticorpos contra a bomba de prótons da célula parietal e fator intrínseco ● A progressão atrófica acontece ao longo de 2 a 3 décadas. Idade média do diagnóstico- 60 anos, mulheres são mais afetadas ● Diarréia por má absorção, neuropatia periférica, neurológicas, anemia (poucos pacientes) ★ Doenças autoimunes associadas: Addison, Tireoidite de Hashimoto, Diabetes tipo I, Doença de Graves, Vitiligo, miastenia gravis Patogenia: Destruição autoimune pelas células TCD4 das células parietais ( mais comum no corpo gástrico) → diminuição da absorção da vit B12 → Anemia megaloblástica. Além disso, ocorre uma diminuição de HCL, o que estimula a produção de gastrina→ Hipergastrinemia→ Hiperplasia das células G→ o avanço pode gerar metaplasia intestinal→ risco de tumores neuroendócrino e adenocarcinoma. Presença de folículos linfóides O avanço pode gerar; perda de pregas com atrofia de mucosa gástrica→ Acloridria Aspectos microscópicos: Mucosa normal do corpo Mucosa com atrofia e folículos linfóides e fundo gástrico Aspectos macroscópicos: Atrofia do corpo do estômago. Mucosa do estômago coberta por muco (A) com formação semelhante a pseudopólipos no corpo e no fundo (B) As biópsias devem ser realizadas no mínimo em cinco locais e separadas em 3 frascos: Pequena e grande curvatura de corpo (C1 e C2); Incisura angularis (A3); Pequena e grande curvatura de antro (A1 e A2) → Classificação Olga: leva em conta a severidade da atrofia (gradação histológica) e a localização endoscópica das amostras colhidas. Gastrite Crônica: Caracteriza-se por ser uma reação inflamatória na mucosa com infiltrado de leucócitos mono e polimorfonucleares em proporções e intensidade variáveis. Causa mais comum: H, pylori, o qual prefere a região antral: ● Produção de ácido pode estar aumentada ou normal ou diminuída ● Hipersensibilidade duodenal e acidificação Patogenia: Ligada a fatores de virulência da H. pylori : Lipase e protease degradam a camada de muco→ Flagelos possibilitam que as bactérias sejam móveis no muco viscoso→ Urease gera amônia a partir de uréia endógena, elevando o pH gástrico local em torno de microrganismos e protegendo do pH ácido do estômago→ Adesinas permitem aderência bacteriana à superfície das células foveolares→ Toxinas, como aquelas codificadas pelo gene A associado à citotoxina (CagA) servem como proteção a macrófagos e neutrófilos. Cepas que possuem a cag PAI - induzem alta titulação de anticorpos anti-proteína CagA. Esta cepa desencadeia uma maior resposta inflamatória, com maior risco à úlcera ou gastrite atrófica, ou seja, estão associadas a uma maior frequência de lesões pré-cancerosas e câncer gástrico. Toxinas: O superóxido dismutase (SOD) protege a bactéria do estresse oxidativo, evitando sua morte. As toxinas Cag A- possuem ação citotóxica e mutagênica; Vac A possui ação pró- inflamatória→ fator de virulência com três atividades celulares: vacuolização celular, apoptose e ativação dos linfócitos T CD4 positivos e proliferação. ● Baixa produção de ácido → atrofia gástrica → pangastrite, atinge principalmente corpo e fundo → câncer gástrico ● Alta produção de ácido devido necrose de cel D, aumento de gastrina e diminuição de somatostatina→ predominância no antro → úlcera péptica Morfologia: Mucosa antral eritematosa e grosseira ( ou mesmo nodular) A, as bactérias H. pylori helicoidais são evidenciadas nessa coloração de Warthin-Starry, são abundantes dentro do muco superficial. B. Neutrófilos intraepiteliais e da lâmina própria são proeminentes. C, agregados linfóides com centros germinativos e células plasmáticas subepiteliais, abundantes dentro da lâmina própria superficial. Complicações da gastrite: Úlcera péptica; Gastrite atrófica crônica (perda de glândulas apropriadas resultante principalmente de infecção por H. pylori de longa data); Metaplasia / displasia gástrica; Câncer gástrico (adenocarcinoma); Anemia por deficiência de ferro (gastrite crônica e estágios iniciais de autoimunidade gástrica); Deficiência de vitamina B12 (gastrite autoimune); Sangramento gástrico; Acloridria (gastrite autoimune, gastrite crônica); Perfuração gástrica; Linfoma do tecido linfóide associado à mucosa (MALT); Tumores neuroendócrinos (NET) (anteriormente referidos como carcinoide gástrico) Diagnóstico de gastrite: Tem como base o exame histopatológico de tecidos de biópsia gástrica. Embora o histórico médico e os exames laboratoriais sejam úteis, a endoscopia e a biópsia são o padrão-ouro para fazer o diagnóstico, identificando sua distribuição, gravidade e causa. Investigação da H. pylori→ PCR ou teste da urease Autoanticorpos contra fator intrínseco e células parietais hemograma→ análise de anemia perniciosa Úlcera péptica: Fatores de risco para doença ulcerosa péptica: Infecção por H. pylori; uso de cigarros; DPOC; drogas ilícitas, que reduzem o fluxo sanguíneo da mucosa; AINEs; cirrose alcoólica( principalmente DUP duodenal); estresse psicológico ( pode aumentar a secreção de ácido gástrico); hiperplasia de células endócrinas ( pode estimular o crescimento de células parietais ); síndrome de Zollinger- Ellison ( DUP do estômago, duodeno e jejuno); infecção viral ( CMV, vírus do herpes simples → Ulceração crônica da mucosa- duodenal ou estômago → Mais comum: antro e duodeno- aumento de acidez e diminuição de bicarbonato pelo duodeno → Fundo e corpo ( autoimune) menos ácido e atrofia da mucosa → Aumento em pacientes com mais de 60 anos (AINEs) → Desequilíbrio entre fatores protetores → Ambientes de gastrite crônica → Queimação epigástrica ou dor forte → Anemia por deficiência de ferro, hemorragia ou perfuracao todas as úlceras gástricas devem ser biopsiadas para descartar uma doença maligna. Morfologia: Úlceras pépticas gástricas são predominantemente localizadas próximas da interface do corpo e antro. As úlceras pépticas são solitárias em mais de 80% dos pacientes. Lesões < 0,3 cm de diâmetro = superficiais Lesões > 0,6 cm de diâmetro = profundas ● A úlcera péptica clássica é um defeito definidamente em saca-bocado, redondo a oval. ● A base das úlceras pépticas é lisa e limpa como resultado da digestão péptica de exsudato ● Hemorragia e Deposição de Fibrina frequente - paredes espessas ● Tecido de Granulação com infiltrado leucócitos mononucleares - cicatriz fibrosa ou colagenosa ● Perfuração cavidade Peritoneal - emergência → A transição entre a mucosa e a área ulcerada é abrupta. No fundo da úlcera há exsudato fibrinoso ou fibrino-purulento, tecido de granulação e tecido fibroso Pólipos de estômago: A. Séssil. B Pediculado Pólipos hiperplásicos→ não são neoplásicos, são os mais comuns, possuem risco de displasia relacionado quando maiores que 1,5 cm , estão relacionados com gastrite crônica por H. pylori e gastrite crônica hiperplasia reativa, comum em indivíduos de 50- 60 anos Patogenia: secreção aumentada de gastrina (resposta à acidez gástrica reduzida e à hiperplasia glandular - cel. parietais). Maioria menor que 1cm Frequentemente múltiplo Macroscopia: Ovóides, superfície lisa, sésseis, friáveis , podendo ou não estarem ulcerados Microscopia: sem atipia celular, glândulas foveolares alongadas, irregulares e cisticamente dilatadas, lâmina própria edematosa e ulceração pode estar presente Pólipos de glândula fúndica→ Aumento de gastrina e hiperplasia de glândulas parietais ( oxínticas),comum em indivíduos com polipose adenomatosa familiar ( PAF), resultado de uso de inibidores de prótons. Pacientes são assintomáticos ou apresentam náuseas, vômitos ou dor epigástrica Macroscopia: ocorre no corpo e fundo gástrico, lesões são bem circunscritas com superfície lisa, solitários ou múltiplos sésseis , 3 a 8mm Microscopia: glândula oxínticas fundíacas cisticamente dilatadas, irregulares Inflamação ausente ou mínima. Adenoma gástrico: Representa 5- 10% de todos os pólipos gástricos, aumenta chance em pacientes com PAF, associado à gastrite crônica com atrofia e metaplasia intestinal- lesões pré cancerosas, risco de adenocarcinoma em pólipos com tamanho maior que 2 cm, 3x mais comum que mulheres, aumenta a frequência com a idade 50-60 anos Macroscopia: lesões solitárias, maiores que 2 cm de diâmetro composta por epitélio colunar tipo intestinal Microscopia: presença de displasia em diversos graus. Baixo grau: pseudoestratificação, aglomeração epitelial, hipercromasia dos núcleos das células epiteliais. Alto Grau: mais grave, arquitetura irregular, brotamento glandular, glândula-dentro-de-glândula Classificação de acordo com a arquitetura: tubular, viloso, túbulo-viloso e epitélio displásico
Compartilhar