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1 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA UniRV FISIOPATOLOGIA AULA 2M2 - FISIOPATOLOGIA DA GASTRITE, ÚLCERA PEPTICA fundo, corpo, antro - camadas: mucosa, submucosa, muscular, serosa. FISIOPATOLOGIA DA GASTRITE: O estômago é um órgão do tubo digestivo. Este órgão exerce funções endócrinas e exócrinas, digerindo os alimentos e secretando hormônios. Suas principais funções são adicionar um fluído (SUCO) ácido ao alimento ingerido, transforma este bolo alimentar no denominado quimo (massa viscosa) através da atividade muscular e, através da enzima pepsina, iniciar a digestão das proteínas. O estômago dos seres humanos possui um volume de aproximadamente 50 mL quando está vazio, podendo expandir para 4L de capacidade. O epitélio que reveste a mucosa gástrica secretam o suco gástrico. Submucosa é revestida por um tecido conjuntivo denso onde estão presentes vasos sanguíneos e linfáticos. A camada muscular é composta por fibras musculares lisas orientadas em três direções principais. Doenças do estomago: gastrite aguda e crônica e doenças ulcerativas. Lúmen gástrico não é a mesma coisa que epitélio gástrico (epitélio é a primeira camada, primeira porção) lúmen é o oco que tem no estomago. Estomago é um reservatório onde começa a ter a destruição do alimento e se produz o bolo alimentício – através dos ácidos e pepsina. O estomago é mecanismo de defesa do organismo – 99% dos microrganismos morrem em contato com a acidez do estomago. A capacidade depende da anatomia – pessoas magras e obesas até 4L do estomago o epitelio secreta o suco gastrico. A gastrite consiste na inflamação do revestimento gástrico. Geralmente, ela é classificada de acordo com seus aspectos endoscópicos, histológico e tempo. • Erosiva e não erosiva • Gastrite por estresse, enantematosa, eosinofilica, por radiação, atrófica, infecciosa Podendo ser classificada em aguda ou crônica. a gastrite é a inflamação do revestimento gástrico. 2 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA UniRV classificada pelo tempo em aguda ou crônica ou pelo aspecto endoscópio ou histológico. erosiva e não erosiva. Causas: • Medicamentosa (ASS, AINES) • Álcool, tabaco • Alimentos ácidos (Refri) e gordurosos, cafeína • Radiação • Reação alérgica • Por estresse • Infecciosos viral (CMV) e bacteriano (H. pylori) • Sistema imunológico comprometido (Aides ou câncer) ou que estejam tomando medicamentos imunossupressores, podem desenvolver gastrite viral ou fúngica. medicamentosa (AAS, aines - a longo prazo) ALIMENTAÇAO - bebida alcoolica, tabaco, comer rapido MECANISMO DE DEFESA: O estômago possui uma série de mecanismos de defesa contra as agressões do meio ambiente com a função de proporcionar as condições ideais para a ocorrência dos processos de digestão e absorção que irão se dar no intestino delgado. Os principais mecanismos de defesa estão a seguir discriminados: 1- Pré-epiteliais: Elevadas concentrações de glicoproteina da mucosa (muco) e bicarbonato, formam uma camada surfactante (hidrófoba), denominada BARREIRA MUCOSA – a qual fornece proteção contra fatores agressivos na cavidade gástrica. 2- Muco: secretado pelas células mucosas superficiais, é uma glicoproteina que recobre a superfície epitelial como um gel espesso, serve como uma camada de água imóvel, que lentifica a difusão retrógrada dos íons de hidrogênio em aproximadamente 4X 3- O bicarbonato (íons) secretado pelas células mucosas superficiais, neutraliza os ácidos, mantendo normalmente um gradiente de pH de 1 para 2 no lúmen e de 6 para 7 na superfície epitelial. Este gradiente de valores do pH é extremamente importante porque é o responsável pela atividade péptica. A pepsina é inativada em pH 5 e irreversivelmente inativada em pH 7. o normal do estomago é três mecanismos: a barreira mucosa rica em muco e bicarbonato (pegam as partículas e lentificam as partículas). o lúmen do estomago tem pH mega ácido, agora o epitélio é um ácido quase básico (6-7) pois o que ajuda a destruir as partículas é a pepsina que não é seletiva e por isso não pode entrar em contato com o epitélio. quando a pepsina entra em contato com a barreira mucosa ela fica inativa e em pH de 7 ela fica irreversível. A GASTRITE É INFLAMAÇÃO - a acidez do estomago chega no epitélio e produz inflamação. A mucosa gástrica possui células que produzem ácidos e enzimas (que auxiliam na quebra do alimento e digestão) e muco (que protege a mucosa do ácido). O desequilíbrio entre as forças defensivas e agressivas da barreira mucosa é responsável pela formação das lesões. Quando a mucosa gástrica está inflamada, produz menos ácido, enzimas e muco. A gastrite aguda por estresse, uma forma de gastrite erosiva, é causada por doença ou lesão súbita. Mesmo lesões fora do estômago provocam gastrite. Por exemplo, queimaduras extensas na pele, lesões cranianas e lesões que provocam hemorragias importantes são causas frequentes. Não se conhece bem a razão pela qual uma doença grave pode causar gastrite, mas acredita-se que isso possa estar relacionado à redução do fluxo sanguíneo que irriga o estômago, com um aumento da quantidade de ácido no estômago e/ou com a deterioração da capacidade de proteção e renovação do revestimento gástrico. desequilíbrio entre as forças o epitélio sofre revitalizações diárias e para isso precisa de fluxo sanguíneo pois com hipoperfusao a célula não se prolifera. ex: motoqueiro fratura o osso e teve comprometimento vascular, o organismo dá prioridade para órgãos vitais (coração, rins etc) então o sangue não chega no estomago devido a vasoconstriçao levando a uma gastrite por estresse (por hipoperfusao). estresse diário produz gastrite a longo prazo devido a hipoperfusao. Pós-epiteliais: fluxo sanguíneo e síntese de prostaglandinas. O fluxo sanguíneo mucoso distribui oxigênio, nutrientes e bicarbonato e remove o ácido retrodifundido. Se o fluxo sanguíneo for reduzido em mais de 50%, a mucosa se torna mais vulnerável à lesão. As prostaglandinas produzidas localmente têm um papel importante na defesa pois inibem a secreção ácida, estimulam a secreção de muco e bicarbonato e aumentam o fluxo sanguíneo e a renovação celular. A gastrite crônica por AINEs, presente em 25-50% dos usuários, ocorre devido à inibição da enzima COX-1, expressa constitutivamente em quase todos os tecidos e responsável pela secreção basal de prostaglandinas, sobretudo PGE2, responsáveis pelo estímulo, na mucosa gástrica, à secreção de muco protetor, rico em bicarbonato, e pela redução de 3 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA UniRV secreção de ácido clorídrico. Os AINEs tradicionais, não-seletivos, inibem tanto a COX-1 quanto a COX-2, isoforma induzível presente em tecidos inflamados, nos quais a produção de PGE2 está implicada na vasodilatação e origem da dor. A intenção do uso de AINEs é a inibição da COX-2. aINES: não seletivos inibem o efeito da prostaglandina que é vasodilatadora (melhora o fluxo) isso leva a vasoconstrição levando a gastrite a longo prazo - não tem renovação das células do epitélio, não produz barreira, não produz muco e bicarbonato. A gastrite por radiação pode ocorrer se for administrada radioterapia à região inferior esquerda do tórax ou à região superior do abdômen, onde ela pode causar irritação ao revestimento do estômago. A gastrite atrófica faz com que o revestimento gástrico se torne muito fino (atrófico) e perca parcial ou totalmente suas células produtoras de ácido e enzimas. Esse quadro clínico pode ocorrer quando anticorpos atacam o revestimento gástrico (chamado gastrite atrófica metaplásica autoimune). A gastrite atrófica também pode ocorrer em pessoas com infecção crônica causada pela bactéria H. pylori. Esse distúrbio também tende a ocorrer em pessoas submetidas a uma gastrectomia parcial. gastrite por radiação: radioterapias - destróicélulas cancerígenas e células normais pois não é seletiva. gastrite atrofica - parede fina devido a ação de anticorpos. a h pylori tem essa capacidade de produzir a gastrite atrofica (deixar o epitélio fino). até ver a endoscopia só pode classificar em aguda ou crônica. Gastrite eosinofilica: Os eosinófilos funcionam como células apresentadoras de antígeno e também como mediadores celulares; liberam enzimas degranuladoras, que são tóxicas ao epitélio intestinal. Não é so o estomago sofre com a ação do eosinófilos. A doença de Ménétrier, um raro distúrbio cuja causa é desconhecida, consiste em um tipo de gastrite caracterizada pelo desenvolvimento de pregas grandes e espessas e cistos com conteúdo líquido na parede do estômago. Essa doença pode ser decorrente de uma resposta imunológica anormal, embora também tenha sido associada à infecção por Helicobacter pylori. gastrite eosinofilica: o eosinofilo tem função de apresentar antígeno (corpo estranho), mas as enzimas que são liberadas destroem células epiteliais também. doença de Menetrier: gastrite com pregas muitas grandes (mais em provas de residencia). causa desconhecida, mas a h pylori também pode estar associada. O acometimento da região de corpo gástrico indica comprometimento de secreção e a inflamação pode resultar no desenvolvimento de atrofia da mucosa, que predispõe ao câncer gástrico. Assim, é possível estabelecer a sequência: infecção pelo H. pylori → gastrite crônica → atrofia glandular → metaplasia intestinal. A possibilidade de a gastrite crônica evoluir para atrofia gástrica, metaplasia intestinal, displasia e neoplasia dá suporte para a classificação do H. pylori como carcinógeno tipo I, segundo a Associação Internacional para Pesquisa contra o Câncer, da OMS. gastrite cronica: relacionada com h pylori que transformou o ambiente em um propicio para ela se proliferar. a H pylori pode produzir úlceras que evoluem para cancer. GASTRITE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • dor epigástrica tipo queimor, ardente, irritante. “dor na boca do estomago”. • pirose (queimação) • refere que algumas comidas fazem piorar (acidez ou fritura), jejum prolongados • azia • náuseas e vomitos • gases e arrotos frequentes • perda do apetite se tem sangue deixa de pensar na gastrite e pensa em ulcera. DIAGNÓSTICO: O diagnóstico DEFINITIVO baseia-se essencialmente na histologia, cuja avaliação se realiza em material obtido por meio de biópsia do estômago, e não através dos possíveis achados endoscópicos, pois estes podem ser muito variáveis. A gastrite em diversas circunstâncias é diagnosticada através de biópsias da mucosa gástrica cuja aparência macroscopia ao exame endoscópico não evidencia quaisquer anomalias. o diagnóstico definitivo é endoscopia. mas ta autorizado a tratar o pct com clínica de gastrite. NA PRÁTICA DIARIA: Paciente com sintomas de gastrite, leve a moderados. Tratamento ambulatorial 30 dias. Quem envestigamos? Falha no tratamento, após inicio do tratamento sem melhora clinica, sinais de gravidade ( dor intensa, hematemese, melena) ou nos caso de recorrências e/ou histórico familiar de neoplasia. Porque já não solicita eda + bps para todos? Exame invasivo, caro, pouco disponível na rede pública. 4 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA UniRV duas semanas, com dor queimado, tudo que come faz mal - trata com IBP por um mês pois a clínica é leve, sem sinal de gravidade. nos primeiros dez dias é para ter resposta. se nao tiver, precisa de endoscopia. ou se começar a tratar e nao melhorar ocm dez dias precisa fazer endoscopia. se teve melhora e depois que parou voltou, endosocpia. O que esperamos ver na endoscopia: As lesões encontradas na mucosa gástrica podem ser descritas como superficiais ou profundas, mas é importante diferenciar a profundidade das mesmas, a saber: Erosão – lesão da mucosa que não penetra a muscular da mucosa. As erosões usualmente são múltiplas, têm bases esbranquiçadas e cada uma é delimitada por um anel de eritema. Quando uma erosão apresentou sangramento recente, sua base torna-se negra. Úlcera – se estende à muscular e à submucosa. As úlceras são lesões mais profundas e quando profundas podem ter bordas laminadas. se tem sinais de gravidade - se tem lesão superficial ou profunda. se é superficial é erosao - so ta na mcuosa. quando chega na submucosa é profunda, úlcera. as imagens negras que tem na endoscopia é sinal de sangue. imagem do slide é suspeita de cancer devido ao tamanho da lesão, bordas nao bem limitadas. O que queremos na biopsia: As biópsias devem ser obtidas de diferentes zonas topográficas do estômago. O número e a localização da biópsia dependem da doença suspeitada e dos achados endoscópicos. se tem h pylori, se tem celulsa, se é eosinofilica, atrofica etc. interpretar a endoscopia: imagens e laudo - topografica morfologico: inflamatoria, metaplasica ou atrofica depois a intensidade. com gastrite inflamatória leve (30 dias de IBP) com gastrite atrofica intensa (alem da bomba, tenta descobrir hábitos - uso de aines, alcool etc - e fazer tratametno por até 2 meses, se persistir aumenta a dose do omeprazol). gastrite do antro metaplasia intestinal intensa: metaplasia é troca de epitelio, tem a possibilidade de ter cancer (encaminha para o gastro). pode vir algo a mais - erosao, ulcersa hemorragia, exsudato (são particularidaes). tratameto: entra com antiacido quando o pct é poliqueixoso de queimaçao intensa. Prescrição do professor: 1ª MEV Gastrite aguda sem sinais de alerta: INBP 30 dias. Presença de erosão, úlcera 60 dias dose dobrada. H. pylori positivo: O tratamento indicado é terapia tríplice durante 4 semanas com os seguintes medicamentos: • amoxicilina + Claritromicina 14 dias • INBP 2 meses – literatura 4 semanas. 5 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA UniRV FISIOPATOLOGIA DAS DOENÇAS ULCERATIVAS: Úlcera péptica (UP): A UP é uma afecção heterogênea, multifatorial, que acomete 15% a 20% da população mundial. A úlcera é denominada péptica porque ocorre em sítios expostos à secreção de ácido clorídrico e pepsina. Ocorre mais frequentemente no estômago e duodeno, mas pode também acometer o terço inferior do esôfago, o jejuno, anastomoses gastroentéricas, e o divertículo de Meckel, quando existe mucosa gástrica ectópica. Em 90% dos casos, a UP é uma lesão única. ulcera peptica: muito comum pelos aines e h pylori. 90% das ulceras pepticas sao unicas, se na pergunta da prova tiveer multiplas ulceras nao é pra pensar em ulceras pepticas e sim em doenças inflamatórias e cronicas. sao unicas, ovaladas bonitinhas. Na maioria das vezes, apresenta-se como lesão arredondada ou ovalada. A lesão pode estar restrita à submucosa, ou atingir a muscularis mucosa, serosa ou a cápsula ou parênquima de um órgão vizinho. A úlcera gástrica (UG) costuma apresentar dimensões maiores do que a duodenal (UD). A lesão pode estar restrita à submucosa ou atingir organos vizinhos (sendo chamada de penetrantes). A duodenal é mais comum que a sintomát, mas a sintomát é maior e mais sintomática. De acordo com a profundidade da lesão e a intensidade da reação conjuntiva, a UP pode ser classificada em superficial, localizada na submucosa; profunda, quando atinge a lâmina própria; perfurante, quando ultrapassa todas as camadas da parede e se abre na cavidade peritoneal e penetrante, quando, além de ultrapassar todas as camadas fica tamponada por órgãos vizinhos (pâncreas, fígado, omento). A UP se localiza mais frequentemente no duodeno, 95% na primeira porção do órgão, a três centímetros da junção do piloro com a mucosa duodenal. No estômago, 60% das UP localizam-se no antro, e em 25% dos casos na pequena curvatura, na junção do antro com o corpo. Ud mas comum em adulto jovens 20 a 40 anos. E ag mas comum em adultos acima dos 40 anoscom pico aos 60 anos. classificaçao: superifcial produnda - quando pega parte musuclar perfurante - saiu do estomago, perfurou e esta na cavidade abdominal - todo liquido do estomago está caindo na cavidade abdominal. penetrante: quando vai para outro orgao - o colo transverso por exmeplo. duodenal é mais comum que a gastrica devido a H pylori - o duedeno é pra ser basico, mas se por algum motivo fisiologico ou pela h Pylori, a acidez que era pra ficar no estomago vai para o duodeno ou a bacteria transforma o ph produzindo lesao. ulcera gastrica mais ocmum é no antro. Causa: Embora a doença ulcerosa péptica seja multifatorial, diversos fatores etiológicos estão bem estabelecidos como a infecção pelo H. pylori e o uso crônico de anti- inflamatórios não esteroides (AINES). A infecção por H. pylori pode ser responsabilizada por 90-95% das UD e 70-75% das UG. O uso de AINEs é, provavelmente, a causa mais comum de lesões na mucosa gastrointestinal nos países desenvolvidos, onde a prevalência da infecção pelo H. pylori vem diminuindo rapidamente. 95% das causas da duodenal é h pylori O uso de AINEs é responsabilizado por aproximadamente 25% das UG, sendo considerado causa mais frequente de úlceras não decorrentes da infecção pelo H. pylori. UP assintomática pode ser encontrada endoscopicamente em aproximadamente 15-45% das pessoas que fazem uso crônico de AINES. Fisiopatologia: De maneira geral, a UP decorre de um desequilíbrio entre os mecanismos de defesa e os fatores de agressão da mucosa gastroduodenal. Historicamente, a compreensão da fisiopatologia da UP estava centrada principalmente na hipersecreção gástrica de ácido e pepsina. Entretanto, atualmente, sabe-se que a doença é multifatorial, decorrendo de desequilíbrios na fisiologia da secreção dos hormônios gástricos, gastrina e somatostatina induzidos pela infecção pelo H. pylori. Não é só a hiperacidez e sim algo atrapalhando o mecanismo de defesa (desequilíbrio fisiológico). a h pylori sabe que o lumen é gástrico e o epitelio é quase bascio. sabe que a pepsina nao funciona em meio basico. ela faz alguma substancia (enzima urease) produzir amonia e dioxido de carbono para fazer maior basificando (mais ainda é acido) a barreira - perde a capacidade de produzir muco e bicarbonato. a acidez entra em contato com o epitelio (sem barreira) e produz inflamaçao e com o tempo lesao - é o que a bacteria precisa para proliferar. é mais comum fazer isso no duodeno que nao tem a barreira. a urease faz a basificaçao ideal para a bacteria sobreviver - a bacteria sobrevive até conseguir fazer uma lesão e proliferar. O epitélio gastrointestinal possui um mecanismo de autoproteção que é formado por um complexo glicolipoprotéico que impede a infiltração de muitos corpos estranhos, porém a H. pylori em contato com 6 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA UniRV esta barreira sintetiza proteases e fosfolipases que irá decompô-lo deixando o indivíduo mais susceptível, liberando também a enzima urease que proporciona um ambiente adequado para sua proliferação no lúmen estomacal, convertendo a uréia em amônia e CO2 por ação da enzima urease, basificando assim o meio, deixando-o favorável ao seu crescimento. Na infecção, especialmente por amostras mais virulentas, há aumento da expressão de citocinas pró- inflamatórias, interleucina-1 beta (IL-1b), IL-8, e fator de necrose tumoral alfa (TNF-a), que afetam a secreção de muco, a concentração de HCO3- , bem como a secreção ácida, por atuarem nas células D inibindo a produção de somatostatina com consequente hipergastrinemia e aumento da secreção ácida. Entre outras consequências da infecção, vale mencionar que a bactéria induz a liberação de vários compostos como COX-2, o que pode comprometer a integridade da mucosa pela formação de outras substâncias pró-inflamatórias. A redução da secreção duodenal de HCO3- e de muco resultante da infecção torna a mucosa duodenal permeável e susceptível à ação de íons H+ , favorecendo sua substituição por mucosa gástrica metaplásica. A bactéria da mucosa do estômago migra e coloniza as áreas de metaplasia gástrica no duodeno, onde estimula a resposta inflamatória local, predispondo à formação do nicho ulceroso. Existe varias cepas da h pylori, mas quase todas funciona da msm forma, atravez exotocinas que produz metaplasia e assim tem inserção da bacteria na mucosa. Como mencionado anteriormente, os AINEs são a segunda causa mais frequente de UP, especialmente, as UG. Acredita-se que os AINEs promovam lesão na mucosa gástrica e duodenal por dois mecanismos: efeito tóxico direto alterando os mecanismos de defesa da mucosa com aumento da permeabilidade celular, inibição do transporte iônico e da fosforilação oxidativa, e por efeito sistêmico, enfraquecendo os mecanismos de defesa pela inibição da COX-1, que atua na síntese das prostaglandinas. aines: efeito sistemico que inibe a prostaglandina impedindo o crescimento das celulas e consequentemente a renocaçao da barreira. alem disso, há efeito tóxico dos aines - diretamente no epitelio, o principio ativo do remedio em conato com o epitelio faz com que o epiteli libere toxinas para quebrar os pricipios ativos, mas nao são seletivas entao destroi também aprte do epitelio. pct com gastrite pode usar antiinflamatório mas depende da gastrite - o que pode ser usado são os seletivos (cetuximabe - em media de 60 reais). Os efeitos deletérios da COX-1 decorrem principalmente da inibição da síntese de PGs, visto que são mediadores importantes de mecanismos de defesa. As PGs além de estimularem a secreção de muco e bicarbonato o que torna a mucosa mais resistente à penetração do ácido, participam na reparação da mucosa, aumentam o fluxo sanguíneo e promovem a replicação celular. A identificação de um segundo tipos de ciclooxigenase (COX-2) contribuiu para o desenvolvimento de um novo grupo de drogas antiinflamatórias, os inibidores específicos da COX- 738 Sistema digestório: integração básico-clínica 2. Esses agentes são eficazes em aliviar a dor e a inflamação, não afetam significativamente a produção de PG e causam alterações discretas na mucosa gástrica, já que não interferem com a produção de COX-1. O diagnóstico poderá ser baseado: PARA H. PILORY. Histologia ( MAS USADO) BIOPSIA teste respiratório com carbono 13 ou 14, O teste respiratório com uréia 13C é o método padrão-ouro para o diagnóstico não invasivo desta infecção. Cultura do micro-organismo isolado SOLOROGICO PARA ANTIGENO E ANTICORPO Teste da uréase. Positivo, quando a bactéria que possui a enzima urease consegue degradar a ureia, dando origem à amônia e bicarbonato, sendo essa reação percebida por meio da alteração da cor do meio, que passa de amarela para rosa/ vermelho. diagnóstico de ulcera peptica: pode até suspeitar atraves da clínica, mas o diagnóstico defeinido é atravez da clínica. existe um teste respiratório para dar diagn´sotico de h pylori para controle. nao disponivel para a rede publica - teste urease é respiratório pq nao é pra ter dioxido de carbono na eliminaçao do exame, entao colocam reagente e quando o paciente sopra e fica positivo, tem urease e se tem urease fecha para H pylori. CASO CLÍNICO: 1- paciente 15 anos de idade vitima de queimadura a 02 dias com 25 % do corpo. 7 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA UniRV Vem ao ps com dor intensa na região epigastrica, nauseas sem vomitos. Relata que dor é queimante. Que ao ingerir qualquer liquido a dor tem a piorar. Abdom: plano, doloroso a palpação superficial. Dx ? Mecanimso de ação ? Como vamos dar o diagnostico ? Como vamos tratar ? Dx diferencial? Gastrite por estresse ? Infarto do mesenterica? Ma: quando se passa por um estresse extremo os organismo da prioridade ao orgão alvos. Produz hiporferfusão do intestino Tc de abdomem com contraste. Angiotomagrafia. Tem em todo serviço ? Não Inicia: bnmp ou ant. Do recp h2 respondeu ? Sim Manter medicamento Não ? Vamos investigar. identificar onde está - rua, casa, hospital - pq se for caso grave quer que ligue para samu etc. Dx caso 1 - GASTRITE POR ESTRESSE pois queimadura em 25% do corpo dá vasoconstrição e leva a hipoperfusão. diagn´sotico é clínico, nao precisa de endoscopia. trata com inibidor de bomba de proton e trata causa (queimadura trata com hidrataçao e analgesico para a dor). Dx diferencial: suspeita de infarto mesentérico - pode ter hipoperfusao no intestino todo levando a morte celular - pode acontecer em idosos, pcts com metade do corpo queimado. caso 2: Voce recebe jose afonso 42 anos na ubs, etilista em longa data, tabagista, relata dor epigastrica a meses. Que alivia ao se alimentar e piora me jujum. Ao interrogar paciente ele fala que esta com as vezes escurecida e de odor fetido. Dx ? Como investigar ? Como tratar ? Como iremos fazer o acompanhamento ? Hd : ulcera peptica Sintomas: dor tipo queimante, ardente, reigao epigastria e ou garganta, torax. Particularidade da ulcera melhora com alimentação e piora com o jejum. Geralmente após 4 a 5 horas de jejum e piora intensidade conforme prolonga o jejum Perda de apetite, emagrecimento, saciedade precoce, nauseas e vomitos. Sinais de gravidade obstrução ou sangramento. Dx ? Endoscopia ? É nescessario ? Porque ? Como tto: ibmp quanto tempo ? ubs pct cana brava, etilista, tabagista. quando come melhora a dor e em jejum piora a dor. qunado faz coco tem fezes escura e muito fedida. Dx: ulcera peptica e suspeita de hemorragia devido a melena. endoscopia para diagnóstico definitivo e saber se é ulcera ou duodenal. é trato alto - pois melena é caracteristico desse sintoma. quando tem alimento, a acidez ta combamento o alimento e quando nao tem ela foca no epitelio. tto por 2 meses de ibp com dose dobrada. caso 3: Jose afonso, após inciar o tratamento, no 5° dia de tratamento vai ao os por dor intensa no abdomem, no qual no exame fisico de observa o abdomem em tabua. Hd ? Como chegou a essa conclusao? O que fazer ? Jose afonso ao aguardo a transferencia de hospital inicio hematemes em grande volume, no qual fica taquicardico e hipotensão. Hd ? O que fazer ? msm pct voltoou no 5° dia do tratamento. abdome em tabua - abdome duro sinal de peritonite, mas se encostar é mega doloroso, resposta imediata da musculatura. esse pct tava com ulcera gastrica e agora com abdome em tabua - significa que perfurou, todo conteudo gastrico ta caindo na cavidade abdmonial - peritonite. o que fazer? encaminhar para o hospital. no hospital o pct começou a vomitar sangue, ta taquicardio e hipotenso: estabiliza fazendo soro e transfusao de o- (nao espera tipagem sanguínea) se nao o pct morre de choque. nao entra pct no centro cirrugico se ele estiver em choque - o risco é enorme por estar instavel. • https://www.igastroped.com.br/gastrites/ • https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/562 5678/mod_resource/content/1/TGI%20%2B %20eso%CC%82fago%20e%20esto%CC%82 mago.pdf • http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/2400 https://www.igastroped.com.br/gastrites/ https://www.igastroped.com.br/gastrites/ https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5625678/mod_resource/content/1/TGI%20+%20eso%CC%82fago%20e%20esto%CC%82mago.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5625678/mod_resource/content/1/TGI%20+%20eso%CC%82fago%20e%20esto%CC%82mago.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5625678/mod_resource/content/1/TGI%20+%20eso%CC%82fago%20e%20esto%CC%82mago.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5625678/mod_resource/content/1/TGI%20+%20eso%CC%82fago%20e%20esto%CC%82mago.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5625678/mod_resource/content/1/TGI%20+%20eso%CC%82fago%20e%20esto%CC%82mago.pdf http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/2400 http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/2400
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