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Lesões reversíveis O estímulo nocivo pode ser de diversas maneiras. Normalmente, a célula vai se adaptar a aquilo. Quando se adapta consegue viver por muito tempo daquele jeito. Muitas vezes, se o estímulo nocivo for agressivo ou duradouro (intensidade, duração), a célula pode sofrer lesão reversível. A lesão reversível é quando a célula fica com a lesão enquanto o estímulo durar. Quando acabar, ela pode retornar ao seu estado inicial. Dependendo das características da lesão e da célula, a célula pode sofrer uma lesão reversível mas pode passar o ponto de não retorno (mesmo quando o estímulo acaba, a célula não pode voltar ao normal). A lesão pode aumentar o comprometimento da célula, por isso, que dependendo do grau ela volta ao normal. Nesse caso, temos a lesão irreversível, que é a aquela que a célula não consegue voltar ao estado normal. Quando entra neste quadro, vai evoluir para a morte celular. O estímulo nocivo pode ter intensidade, duração e somação variáveis. Estímulos de baixa intensidade não vão levar a célula a lesão, e sim leva a célula a uma fase de adaptação. Se a intensidade for média ou alta, pode levar a célula para um quadro de lesão reversível. A falta de oxigenação no parto, pode levar a lesão reversível e até mesmo a lesão irreversível. Algumas células vão evoluir rapidamente para lesão reversível, depois para lesão irreversível. Depende de cada célula. Um exemplo de duração, é o tempo sem oxigênio. A somação tem diversos estímulos nocivos mas quando agem juntos, acaba tendo lesão reversível. Não é só o estímulo e sim tem a ver com estado do individuo também. Um indivíduo saudável não vai ter tanta lesão, diferente dos não saudáveis (baixa imunidade, alimentação inadequada). Estado do indivíduo: saúde, nutrição, imunidade. Características do tecido: metabolismo, renovação, diferenciação. Tecidos que tem alto metabolismo, muita renovação e muita diferenciação, tem maior suscetibilidade a nocividade do estímulo. O estímulo não precisa durar muito tempo, somar estímulos e até mesma baixa intensidade pode levar lesão irreversível. São mais frágeis. O ponto de não retorno não é mensurável, então, só é visto quando a célula morre após tirar o estímulo. No ponto de não retorno temos a incapacidade de reverter a disfunção mitocondrial e os distúrbios profundos na função da membrana. As células miocárdicas tornam-se não contráteis após 1 a 2 minutos de isquemia mas só começam a morrer por volta de 20 a 30 minutos após o início do estímulo. No gráfico, temos o tecido e não só uma célula. Algumas células podem morrer na lesão celular reversível, pois pode ser que estavam fragilidades. Varia de acordo com a idade e da saúde da pessoa. Ao longo do tempo, temos mais morte celular. As alterações ultraestruturais seriam alterações nas proteínas (bioquímica) e só no microscópio eletrônico que dá para ver. Se a membrana tem menos poros ou mais poros vai influenciar. A partir do momento que vemos a lesão, é porque já está acontecendo a morte celular faz muito tempo. - Causas Queimadura pode causar morte celular rapidamente, depende da temperatura e da duração. Privação de oxigênio, pode causar lesão reversível e irreversível; Isquemia, mas podemos ter a queda da oxigenação mas o sangue está normal; Agentes físicos: trauma, queimaduras, radiação; Agente químicos: álcool, medicamentos, venenos; Agentes infecciosos: vírus, bactérias, fungos; Reações imunológicas: doenças autoimunes; Defeitos genéticos: anemia falciforme; Alterações nutricionais: obesidade, má-nutrição. Tem varias outras. Tudo depende da duração do estímulo e a intensidade. - Mecanismos Depleção de ATP, baixo ATP, tudo é comprometido. Lesão mitocondrial. Perda da homeostase do cálcio, pois ativa enzimas líticas, como ATPases, fosfolipases, proteases e endonucleases. Pode levar a morte celular. Acúmulo de espécies reativas de oxigênio (EROs). Pode levar a resposta rápida ou lenta; Defeitos na permeabilidade das membranas. - Degeneração Na patologia, se refere a um acúmulo de determinada substância e não a morte celular. Pode ser lesão reversível e não morte celular. Quanto maior o acúmulo e quanto mais tempo durar, pode levar a morte. Degeneração traz perda de função. • Tipos Degeneração hidrópica (acúmulo de água); Degeneração gordurosa (acúmulo de gordura); Degeneração hialina (acúmulo de proteínas); Degeneração amiloide; Degeneração mucoide (acúmulo de muco); Degeneração glicogênica (acúmulo de glicose). Degeneração hidrópica Aumento da pressão hidrostática na célula. Normalmente, a degeneração do tecido nervoso vai se encaixar nesta degeneração. Causas: Falta de ATP; Comprometimento da Bomba de Na2 e K2, assim, tendo acúmulo de Na, perda de K e de água. Hipóxia e anóxia Vírus, substâncias químicas e toxinas bacterianas geram esse mecanismo de lesão. Vômitos e diarreias Achados: Acúmulo de água no citoplasma: tumefação ou edema celular; Aumento ponderal de mitocôndrias (aumento do tamanho, ficam ingurgitadas); Distensão e dilatação do RER (ingurgitado, perde a ligação com o ribossomo e fica disperso) e do complexo de Golgi; Dispersão de ribossomos pela diluição; Núcleo da célula não deslocado (não muda de posição). Degeneração gordurosa Entrada excessiva de ácidos graxos livres. Causas: Desnutrição (Kwashiokor: deficiência proteica, edema no abdômen, acúmulo de líquido, apetite ruim, letargia. É lesão reversível pois muda a alimentação). Marasmo: deficiência energética; sem edema, apetite voraz, irritabilidade, dá para reverter dependendo do grau; Obesidade; Ação de corticoides; Deficiência na síntese proteica (alcoolismo e hepatotoxinas); Diminuição na oxidação de ácidos graxos. Esteatose sinônimo de degeneração gordurosa, dá para reverter até certo ponto. Núcleo achatado na periferia da célula. Comprometimento da função celular. Achados: Acúmulo anormal de lipídios no citoplasma; Vacuolizações citoplasmáticas. Degeneração hialina Acúmulo de proteínas. Alguns tecidos podem sofrer a degeneração hialina, hidrópica e gordurosa. Causa: Hipóxia Tecido com maior número proteico e menor conteúdo gorduroso. Achados: Extracelulares Processos inflamatórios crônicos; Formação de queloide; Acúmulo de colágeno; Comum em diabetes e glomerulonefrites As células tem poucos núcleos. Intracelulares Aglomerados irregulares originados da coagulação de proteínas citoplasmáticas. As 3 degenerações são mais importantes. As outras 3 sem menos comuns. Degeneração amiloide Acúmulo de determinadas proteínas. Temos vários componentes que entram nesta degeneração. Normalmente sabemos quais componentes são. Amiloidose Composição variada; Típica de síndromes hematológicas e endócrinas. Amiloidose AL ou primária; Distúrbio de plasmócitos, cadeias leves de imunoglobulina. Se acumula em rins, coração, fígado, baço, nervos, intestinos, pele, língua e vasos sanguíneos. Amiloidose AA ou secundária Doenças crônicas, períodos prolongados (mais de 6 meses) de inflamação ou infecção. Tuberculose, artrite reumatoide, entre outras doenças reumáticas. Não tem tanto casos mas tem poucas pesquisas também. Amiloidose familiar ou hereditária Tem acúmulo de Transtirretina. Detecta na fase adulta, 5 a 15 anos de sobrevida. Acúmulo sistêmica. Amiloidose sistêmica senil Tem acúmulo de Transtirretina. É hereditária, acúmulo no coração. Não tem fatalidade da amiloidose familiar. Amiloidose cerebral senil Doença de Alzheimer, acúmulo de beta amiloide. Não é o início da doença e sim a marca. A coloração específica, que é a coloraçãovermelho congo. Tem luminescência na coloração, nisso quando jogamos a luz, as estruturas brilham. Espectrometria de massa é outro teste, não necessariamente coloração, que define realmente se a pessoa tem amiloidose. Degeneração mucoide Acúmulo de Mucopolissacaridose (glicosaminoglicano) – GAG. Sempre genético, com isso não é capaz de reciclar o GAG e começa a acúmular os GAGS. Célula produtoras de mucopolissacarídeos; Típica no tecido conjuntivo cartilaginoso de discos intervertebrais e meniscos. Síndromes reumáticas; Dez formas (depende do GAG que vai ser acumulado ou qual o gene alterado): Síndrome de Scheie – MPS-I; Síndrome de Hunter – MPS-II Síndrome de Sanfilippo – MPS-III Outras. Degeneração glicogênica Causas: Hiperglicemia; Doença metabólica induzida por fármacos, como corticosteroides; Tumores hepatocelulares; Glicogêneses; Armazenamento anormal de glicogênio nas células por deficiência enzimática Acúmulo citoplasmático ou nuclear ácido periódico de Schiff – método de coloração diferencial Prova da amilase salivar – diferencial de proteoglicanos. Hipóxia isquemia ou Lesões hipoximos isquêmicos - Isquemia Redução do aporte sanguíneo Diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea, numa parte do organismo, ocasionada por vasoconstrição ou vaso oclusão. Queda na oferta de nutrientes (normalmente, glicose) Queda na oferta de oxigênio (sentida antes da queda na oferta de glicose). Pode gerar hipóxia e anóxia. - Hipóxia x Anoxia Hipóxia não leva a anoxia pois são outros mecanismos. • Anoxia É a privação total de oxigenação para o corpo total. Para o corpo? Estado em que as trocas gasosas se encontram comprometidas, cuja persistência leva à hipoxemia progressiva e à hipercapnia (excesso de CO2). • Hipóxia Diminuição do aporte de oxigênio Ainda há oferta de O2 mas esta sendo ofertado em quantidades pequenas. É local? Hipóxia é medida de queda da Saturação de O2. PO2 < 60mmHG. A queda da queda da saturação é quase igual a 60 Hipercapnia temos o aumento da satCO2. PCO2 é maior de 46 mmHg. Na saturação está com valor parecido. Saturação de 70 é normal mas é preocupante, pois esta quase em queda da saturação. Causas: Alteração no transporte de oxigênio Anemia, hemoglobinopatias, deficiência circulatória Obstrução física ao fluxo sanguíneo Isquemia Baixas concentrações de oxigênio no ar atmosférico. Hipoventilação; Incapacidade de utilização de O2; Venenos, álcool, deficiências enzimáticas Doença pulmonar Va/Q alterado Shunt A falta de oxigênio leva cerca coisas: Grandes altitudes Maior 3600m (hipóxia acentuada): Sonolência; Lassidão (moleza); Fadiga muscular e mental; Cefaleia; Náusea e euforia. Maior de 5500m: Convulsões; Abalos musculares. Maior que 7000m: Coma Morte Ate 2200m, nada acontece. Aclimatação Processo normal de se acostumar com a altitude. Aumento da ventilação pulmonar, pois os quimiorreceptores percebem a diminuição do oxigênio. É imediato. Aumento do número de hemácias, para isso temos que aumentar a secreção de eritropoietina. Isso leva 1 semana para 3000 metros. Aumento da capacidade de difusão (apesar oxigênio para o sangue), acontece por conta da redução do espaço morto. Custa mais energia. Leva mais ou menos 3 dias. Otimização celular do oxigênio (economiza). Leva mais ou menos 3 dias. Mal das montanhas (quando não aclimatamos ainda). O que se acredita é que acontece por conta do edema cerebral. Baixa oxigenação e os rins vão traduzir na queda da pressão. Retém o líquido e joga no sangue, assim, aumentando o PhidroSGE e não aumenta PONCO SGE. Aumento da pressão capilar no SNC (extravasamento de líquido). Começa entre 8 a 24 horas após chegar no lugar dura de 4 a 8 dias. Leva a irritabilidade, fadiga mental, euforia, náusea, insônia, vômito. Os nativos já estão acostumados com o lugar. Apresentam adaptações anatómicas que foram se acumulando. O tórax é aumentado mas a estatura reduzida, redução do espaço morto. O coração direito é aumentado para bombear mais oxigênio para o pulmão.
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