Buscar

Mecanismos das Lesões Celulares

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Lucas Dominguez 2019.2 
 
MECANISMOS DAS LESÕES CELULARES 
ADAPTAÇÕES CELULARES AO ESTRESSE 
- O processo saúde-doença não se dá apenas pelo sofrimento físico, mas também por sofrimentos psíquicos, morais e éticos de 
maneiras distintas. 
- Nossas células se adaptam tanto a fenômenos biológicos, quanto a fenômenos sociais. 
- Uma célula em homeostase está em equilíbrio. Essa célula pode sofrer um estresse (aumento da demanda, por exemplo) e isso 
vai acarretar uma adaptação a isso, buscando encontrar um novo estado constante para preservar sua viabilidade e função. 
- As principais respostas adaptativas são hipertrofia, hiperplasia, atrofia e metaplasia. 
- Se a capacidade adaptativa é excedida ou se o estresse externo é inerentemente nocivo, desenvolve-se a lesão celular -> Essa 
lesão, dentro de certos limites, pode ser reversível e as células retornam a um estado basal estável. Entretanto, um estresse grave, 
persistente e de início rápido resulta em uma lesão irreversível e morte das células afetadas. 
 
- Lesão Celular: Representa alterações no metabolismo celular, usualmente reversíveis, ocorrendo a perda da habilidade de 
manter o estado de homeostase normal ou adaptado. 
• Qualquer alteração que acabe liberando espécies reativas do oxigênio (formação de peróxido de hidrogênio) pode 
lesionar a célula. 
• A lesão pode passar de um ponto reversível e até chegar a uma necrose. 
• Exemplo: Infarto Agudo do Miocárdio -> pode levar a uma necrose do coração -> Quando a necrose é dentro do coração, 
como o médico pode descobrir essa lesão? -> Dentro do cardiomiócito tem proteínas, como a troponina (que está ligada 
a tropomiosina e está protegendo a actina). Quando a célula necrosa, a troponina sai da célula e vai para o sangue -> O 
médico vai usar a troponina como um marcador de necrose! 
• O ponto de não retorno (não reversibilidade) é difícil de se estabelecer com precisão, porém está relacionado com o 
número de células atingidas e a intensidade. 
- As células respondem ao aumento da demanda ou ao estímulo externo por meio da hiperplasia ou hipertrofia e respondem a 
redução de nutrientes e fatores de crescimento pela atrofia. Em algumas situações as células mudam de um tipo para o outro, 
caracterizando a metaplasia. 
- Lembrando que as adaptações fisiológicas normalmente representam respostas celulares à estimulação normal pelos hormônios 
ou mediadores químicos endógenos, enquanto as adaptações patológicas são respostas ao estresse que permitem às células 
modularem sua estrutura e função, escapando, assim, da lesão. 
 
Lucas Dominguez 2019.2 
 
HIPERPLASIA 
- Representa o aumento do número de células. 
- Ocorre em tecidos que contém populações celulares capazes de se dividir ou que contenham células-tronco abundantes. 
- Pode ocorrer simultaneamente com a hipertrofia. 
- Ela vai envolver a produção local de fatores de crescimento, aumentando os níveis de receptores par fatores de crescimento e 
ativação de vias específicas de sinalização, levando a proliferação celular. 
- Doença de Graves: Representa uma doença autoimune da tireoide, onde a tireoide passa a produzir um volume muito aumentado 
do hormônio tireoidiano -> Nessa doença, há uma alta produção de anticorpos contra a tireoide e esse anticorpo se disfarça de 
TSH. Vai ter uma hiperplasia da região do tecido adiposo e um acúmulo de tecido conjuntivo atrás do olho -> Os olhos ficam 
“empurrados” para fora, causando uma protusão ocular bilateral (causa diplopia). 
- A hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica. 
- Hiperplasia Fisiológica: 
• Existem dois tipos de hiperplasia fisiológica: a hiperplasia hormonal e a compensatória. 
• A hiperplasia hormonal é mediada a partir da ação de hormônios -> Exemplo: útero na gravidez e proliferação do epitélio 
glandular na mama feminina na puberdade. 
• A hiperplasia compensatória representa o crescimento tecidual após a remoção ou perda da porção de um órgão -> 
Exemplo: quando o fígado é parcialmente removido. 
- Hiperplasia Patológica: é causada por uma estimulação excessiva hormonal (desequilíbrio das taxas hormonais) ou por fatores 
de crescimento -> A estimulação pelos fatores de crescimento está envolvida também na hiperplasia associada a certas infecções 
virais, como por exemplo as papilomaviroses causam verrugas na pele. 
- É importante notar que em todas essas situações o processo hiperplástico permanece controlado -> Se os sinais que a iniciam 
cessam, a hiperplasia desaparece -> É justamente essa sensibilidade aos mecanismos de controle de regulação normal que 
diferencia as hiperplasias patológicas benignas das do câncer, onde os mecanismos de controle do crescimento se tornam 
desregulados ou ineficazes. 
• Contudo, em muitos casos, a hiperplasia patológica constitui um solo fértil no qual o câncer pode surgir posteriormente. 
HIPERTROFIA 
- Representa um aumento no tamanho das células que resulta em aumento do tamanho do órgão. 
- Vai ocorrer quando as células possuem capacidade limitada de se dividir 
- É desencadeada pelo aumento da demanda funcional ou por fatores de crescimento ou estimulação hormonal específica. 
- É induzida pelos fatores de crescimento produzidos em resposta ao estresse mecânico ou a outros estímulos. 
- As células musculares estriadas da musculatura esquelética e do coração podem sofrer apenas hipertrofia em resposta ao 
aumento da demanda. 
- No coração hipertrofiado cabe menos sangue na diástole, já que ele não consegue mais relaxar como antes. Os mecanismos que 
influenciam a hipertrofia cardíaca envolvem dois tipos de sinais: os desencadeantes mecânicos, como o estiramento, e os 
desencadeantes tróficos, que são mediadores solúveis que estimulam o crescimento celular, como fatores de crescimento e 
hormônios adrenérgicos -> Esses estímulos acionam as vias de transdução de sinais que levam à indução de vários genes, genes 
esses que vão estimular a síntese de numerosas proteínas celulares, incluindo fatores de crescimento e proteínas estruturais -> O 
resultado é a síntese de mais proteínas e microfilamentos por célula, o que aumenta a força gerada por cada contração. 
- Sejam quais forem os mecanismos de hipertrofia, ela finalmente alcança um limite depois do qual o aumento da massa muscular 
não pode mais compensar a sobrecarga -> O resultado disso é a dilatação ventricular e, finalmente, a falência cardíaca. 
ATROFIA 
- Representa a diminuição do tamanho da célula, pela perda de substância celular -> Quando um número muito grande de células 
está envolvido, todo o tecido ou órgão diminui em tamanho, tornando-se atrófico. 
- Lembrando que embora as células atróficas tenham sua função diminuídas, elas não estão mortas! 
- Suas causas incluem a diminuição da carga de trabalho, perda de inervação, diminuição do suprimento sanguíneo, nutrição 
inadequada, perda de estimulação endócrina e o envelhecimento (atrofia senil). 
- Representa uma retração da célula para um tamanho menor no qual a sobrevivência ainda seja possível. 
Lucas Dominguez 2019.2 
 
- Os mecanismos da atrofia consistem em uma combinação de síntese proteica diminuída e degradação proteica aumentada nas 
células -> Um novo equilíbrio é adquirido entre o tamanho da célula e a diminuição do suprimento sanguíneo, da nutrição ou da 
estimulação trófica. 
- A atrofia pode ser fisiológica (útero diminuindo de tamanho após o parto) ou patológica -> As alterações celulares fundamentais 
são idênticas. 
- Atrofia Cerebelar Alcoólica: A fisiopatologia representa a perda de neurônios corticais cerebelares, principalmente células de 
Purkinje. Ocorre após 10 anos ou mais de consumo de álcool. A forma de início mais frequente é o desenvolvimento de ataxia da 
marcha em semanas a meses. 
METAPLASIA 
- Representa uma alteração reversível na qual um tipo celular adulto (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular 
adulto -> Uma célula sensível a determinado estresse é substituída por outro tipo celular mais capaz de suportaro ambiente hostil. 
- Um grande exemplo é a metaplasia epitelial na mudança escamosa que ocorre no epitélio respiratório de fumantes habituais de 
cigarros -> As células epiteliais normais, colunares e ciliares, são focal ou difusamente substituídas por células epiteliais escamosas 
estratificadas, pois esse epitélio é mas resistente, logo torna-se mais capaz de sobreviver às substâncias químicas do cigarro. 
• Embora seja importante para a sobrevivência, muitos mecanismos de proteção são perdidos, como a secreção de muco 
e a remoção pelos cílios de materiais particulados -> É uma faca de dois gumes. 
• Se as influências que induzirem essa transformação metaplástica persistirem, podem predispor à transformação maligna 
do epitélio -> A metaplasia escamosa do epitélio coexiste com cânceres compostos por células escamosas malignas. 
- Outro grande exemplo é o refluxo gástrico crônico -> Nele, o epitélio pavimentoso estratificado normal da porção inferior do 
esôfago pode sofrer transformação metaplástica para epitélio colunar do tipo gástrico ou intestinal -> Esôfago de Barret. 
EM SÍNTESE, TEMOS: 
 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS DAS CÉLULAS 
- Em alguns momentos, existem alguns distúrbios metabólicos na célula que as impedem de fazer adaptações as lesões. 
 
Lucas Dominguez 2019.2 
 
- Lembrando que quando falamos de metabolismo celular, estamos falando da forma com que a célula aproveita o que está dentro 
dela -> Água, carboidratos, lipídios e aminoácidos. 
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA 
- Pode-se chamar de hidropisia celular ou edema intracelular. 
- Representa um acúmulo intracelular de água, consequência de desequilíbrios no controle do gradiente osmótico à nível de 
membrana citoplasmática e nos mecanismos de absorção e eliminação de água e eletrólitos intracelulares. Esse gradiente através 
da membrana pode ser através de aquaporinas. Lembrando que outros íons desequilibrados também podem levar a degeneração. 
- Fígado Normal X Fígado com Degeneração Hidrópica: 
 
• No fígado normal, os hepatócitos não são redondos (possui um formato mais retangular ou meio de espinho) e eles ficam 
juntos e formam verdadeiros cordões dentro do fígado. Essa parte branca da imagem representam os vasos (sanguíneo 
ou um canalículo biliar). 
• O fígado com degeneração hidrópica tem hepatócitos com formato mais redondo, ou seja, os hepatócitos ficam 
balonizados -> Esse acúmulo de água vai incomodar o núcleo, que vai não vai ficar mais centralizado. 
• Como eu estou degenerando, algumas funções dos hepatócitos vão ficar comprometidas. 
• Eles apresentam aumento no volume celular, alteração na proporção núcleo/citoplasma, vacuolização citoplasmática 
(que aumenta de volume, frequência e intensidade de acordo com o estágio da lesão) 
- Normalmente na esteatose, que é acúmulo de gordura, é bem parecido -> A esteatose sempre está junta com a degeneração 
hidrópica. 
GLICOGENOSE 
- Representa um distúrbio no metabolismo dos carboidratos. 
- A glicogenose ou doença do armazenamento do glicogênio representa uma síndrome de origem genética, que determina 
deficiências de enzimas específicas que condicionarão defeitos na síntese e/ou na degradação do glicogênio. 
- Exemplo: Doença de Von Gierke ou Glicogenose do tipo 1 (deficiência de glicose-6-fosfatase, que degrada glicogênio em glicose). 
- Para entender esses distúrbios metabólicos, é interessante rever a glicogenólise, estudada em bioquímica. 
• Lembrando que todo carboidrato que comemos vai ter um tropismo 
para três tecidos: músculo, fígado e adiposo. 
• O fígado vai ser o melhor reservatório, já que ele reserva na forma de 
glicogênio. 
• Toda vez que faz hipoglicemia, o glicogênio vai ser convertido em 
glicose e essa hipoglicemia vai ser corrigida. 
• Uma enzima vai transformar o glicogênio em glicose-1-fosfato e a 
partir desse produto outras reações vão acontecer, sendo a primeira 
a transformação de glicose-1-fosfato em glicose-6-fosfato, pois só a 
partir dessa transformação que a glicose-6-fosfatase consegue 
quebrar essa molécula e transformá-la em glicose -> Lembrando que isso só acontece no fígado! 
• Se por acaso não tem a enzima, começa a produzir piruvato, que é outra fonte de energia da célula. Porém, o grande 
problema dele é a produção do lactato (ácido lático), fazendo com que se tenha um desvio metabólico -> Lembrando que 
esse não é um mecanismo que o nosso corpo “goste” de fazer, ele só vai fazer quando não conseguir converter em 
glicose! 
• Quando a enzima não existe, o que vai acontecer primeiro é um acúmulo de glicogênio dentro da célula (por isso é uma 
glicogenose) e além disso, o pouco que vem até a glicose-6-fosfato segue via da produção de piruvato e lactato! 
Lucas Dominguez 2019.2 
 
Doença de Von Gierke: 
- A criança que tiver essa glicogenose ela pode ter um acúmulo de glicogênio no fígado, fazendo com que seus hepatócitos fiquem 
inchados, fazendo com que o fígado fique volumoso também. 
- A criança vai ter mais acidose metabólica. 
- A doença é descrita nos primeiros 28 dias de vida (período neonatal) quando os bebês costumam apresentar hipoglicemia após 
pequenos períodos de jejum ou após infecções. 
- Ao exame físico, nota-se o aumento hepático, a obesidade troncular e a “face de boneca” (a face de boneca representa o 
aumento de água na região). 
- Como ele não tem como avisar a hipoglicemia, ele começa a suar frio e convulsionar por ausência da glicose -> Ele vai ter esse 
suor frio porque ele começa a liberar adrenalina, que é um hormônio que ativa a liberação de glicose, vai ativar o pré-ganglionar 
da glândula sudorípara, que é adrenérgico -> Ou seja, a criança vai liberar muita adrenalina, na tentativa de aumentar a glicose, e 
isso acaba estimulando a liberação de suor. 
- A criança vai apresentar hipoglicemia, acidemia lática, diminuição do fosfato, aumento do ácido úrico (por conta de um desvio 
metabólico que vai acontecer a partir da reação anterior) e pode encontrar um adenoma hepático (tumor formado pelo acúmulo 
de água dentro da célula). 
 
- Lembrando que o acúmulo dessa gordura vai desencadear o acúmulo de água! 
- Os hepatócitos ficam com aspecto de células vegetais. 
ESTEATOSE OU DEGENERAÇÃO GORDUROSA 
- Representa um distúrbio no metabolismo dos lipídios. 
- Apresenta vários nomes, como: metamorfose gordurosa (por conta das mudanças da forma das células e órgãos), deposição ou 
transformação gordurosa, “degeneração e infiltração gordurosa”, adipose degenerativa, lipofanerosa e lipose celular. 
- Ou seja, a esteatose é um acúmulo de gordura que muda a forma da célula e do órgão como um todo, muda sua função, pois ele 
degenera, etc. 
- Representa uma deposição anormal de triglicerídeos nas células parenquimatosas, com ocorrência no coração, músculos, rins e 
fígado. 
- Apresenta como causas toxinas, desnutrição proteica, diabetes melito, consumo de álcool e drogas, obesidade e anóxia -> As 
causas estão associadas com a atividade/função do fígado. 
- Um grande exemplo onde pode ocorrer o aparecimento de 
esteatose é no Ovário Policístico: 
• Há uma produção desequilibrada de testosterona. 
Lembrando que a testosterona participa da síntese de 
lipídios e isso acaba acumulando lipídios no fígado. 
- O hepatócito fica parecendo um adipócito -> Acúmulo de gordura 
no citoplasma -> O núcleo fica todo “espremido” no cantinho e isso 
interfere diretamente na ação dessas células, comprometendo, 
assim, as funções do órgão. 
- A maior parte das esteatoses, o desequilíbrio é por uso crônico de 
álcool. 
Lucas Dominguez 2019.2 
 
- Pode ser, a depender de sua causa, reversível. 
- Dentro do fígado é produzida a proteína mais importante, que a albumina. Ela é descrita como a “proteína da vida”, uma vez que 
é a que permite que nosso sangue circule dentro dos vasos, evitando sua saída por eles (ela faz a pressão osmótica ou 
coloidosmótica, que deixa a água dentro do capilar sanguíneo). Um fígado com esse tipo de degeneração, se não produzir 
albumina, vai desencadearum sério problema -> O paciente certamente vai ter degeneração hidrópica em outras regiões, já que 
ele vai apresentar edema nessas outras regiões. 
- O fígado produz uma outra proteína muito importante, que é o fibrinogênio, que vai dar origem à fibrina (coágulo) -> Sem esse 
fibrinogênio fica muito difícil a vida continuar. 
DEGENERAÇÃO HIALINA 
- Representa o acúmulo de material de natureza proteica (aminoácidos), conferindo às células e tecidos afetados um aspecto 
hialino (vítreo, claro, homogêneo, translucido, amorfo). 
- As doenças que geram o acúmulo de aminoácidos na célula e quando a proteína se acumula, normalmente ela se polimeriza 
(para gravar, é só lembrar da gelatina, que é feita da proteína de origem animal que se polimeriza à uma temperatura). 
- Causas: 
• Problemas de reabsorção nos túbulos renais. 
• Aumento na síntese de plasmócitos e imunoglobulinas -> O aumento de imunoglobulinas no rim faz com que elas se 
polimerizem nos túbulos e saiam no formato deles e quando vamos urinar vai liberar essa proteína nesse formato -> Isso 
chamamos de Cilindro Hialino -> Significa dizer que o indivíduo está perdendo proteínas importantes na urina, pois houve 
um acúmulo de proteínas naquela região. 
- Quando olhamos as células ao redor do glomérulo normal, elas apresentam um aspecto quase que de pintura (hialinização), que 
é um rosa totalmente sem nenhum grânulo, sem nada, pois ela tá acumulando tanta proteína no seu interior e está tão 
polimerizado que quando jogamos o corante, ele não tem o aspecto que deveria ter (ela fica toda rosa clara, sendo que deveria 
ter esses pontinhos rosa escuro). Essa é a descrição da foto a seguir: 
 
Degeneração Hialina dos Hepatócitos ou Corpúsculos de Mallory: 
- Frequente em alcoolistas crônicos, sendo característica, mas não patognomônica da lesão alcoólica (patognomônico da lesão 
alcoólica -> acontece de fato na lesão alcoólica, ou seja, se encontrou pode ter certeza de que o indivíduo bebia), pois ela vai 
ocorrer mais na hipóxia, no choque (hipovolêmico, pois estará diminuindo o aporte de oxigênio para o fígado) e na falta da 
vitamina A (avitaminose A). 
- Eles vão apresentar-se como massas hialinas, de tamanho variado e forma irregular no citoplasma dos hepatócitos. 
 
- Na prova de MDD não vão cair lâminas!!! 
Lucas Dominguez 2019.2 
 
ACÚMULO DE PIGMENTOS 
- Existe acúmulos endógenos e exógenos -> A melanina é um grande exemplo do acúmulo endógeno, enquanto a tatuagem e 
acúmulo de metais (como chumbo e prata) são um exemplo do acúmulo exógeno. 
- Lembrando que seu acúmulo pode ou não ser patológico. 
- Lembrando também que o pigmento exógeno vai ser uma substância anormal que não pode ser metabolizada ou removida. 
 
ACÚMULOS INTRACELULARES 
- Mecanismos gerais de acúmulo intracelular: 
• Metabolismo anormal. 
• Mutação de uma proteína. 
• Deficiência de enzima. 
• Incapacidade de degradar partículas fagocitadas. 
- O acúmulo pode ser transitório ou permanente. 
- Os pigmentos podem ser altamente tóxicos. 
- Pode ficar no citoplasma (fagolisossomo) ou no núcleo. 
PIGMENTOS EXÓGENOS 
Pneumoconioses: 
- “Conios” significa poeira e tudo eu estiver junto com ela. 
- Essas pigmentações exógenas são geralmente causadas pela inalação de compostos presentes em poeiras minerais ou orgânicas, 
tornando-se visíveis no sistema respiratório e nos linfócitos que drenam esse sistema -> São inspiradas na respiração e vão parar 
nos alvéolos pulmonares. 
- Ou seja, essas pigmentações patológicas do sistema respiratório são chamadas de pneumoconioses, entre elas a antracose 
(acúmulo de carvão), a silicose (sílica) e a siderose, além do acúmulo de prata, ferro, chumbo, etc. 
- Antracose: À medida que o carvão (pigmento exógeno) chega, ele pode ser incorporado e vesiculado pelos macrófagos, e acaba 
ficando e se acumulando dentro das células. Com esse acúmulo no parênquima pulmonar, ao longo do tempo, a capacidade de 
troca gasosa vai se reduzindo. 
- Silicose: Se dá pela inalação de sílica que é altamente irritante, determinando reações intensas nos nódulos fibróticos e reação 
inflamatória granulomatosa e predispõe a infecções pulmonares. 
Saturnismo: 
- Está associada ao acúmulo de chumbo. 
- É chamada de doença do caminhoneiro ou doença do trabalhador rural. 
- Ocorre por contaminação por sais de chumbo, mais comumente associadas à ingestão de capins contaminados com fumaça de 
fundições (trabalhador rural fica mascando capim) ou com água poluída por minerais de chumbo -> Esse chumbo vem de alguma 
indústria que não o descartou corretamente, fazendo com que chegasse aos lençóis freáticos. 
- Ocorre deposição de sulfeto de chumbo nos ossos, principalmente no fêmur, e na mucosa oral odonto-gengival, produzindo uma 
linha escura (“linha de chumbo”), além de graves lesões no sistema hematopoiético (o chumbo, ao chegar na medula óssea, vai 
impedir a divisão celular), no sistema nervoso central e nos rins (a maioria faz insuficiência renal aguda). 
- Os pacientes ficam com parte da gengiva e dentes pretos, além de ficar preto embaixo da unha -> Lembrando que não adianta 
tentar limpar, pois já está impregnado (funciona como uma tatuagem). 
Argiria: 
- Está associada ao acúmulo de prata. 
- São pigmentações por intoxicação com sais de prata nos tecidos. 
- Geralmente é oriunda de contaminação sistêmica por medicação, manifestando-se na pele e na mucosa bucal cistites, 
coccidioses e oftalmias, com deposição nos glomérulos renais, glândulas sudoríparas e sebáceas e derme superficial. 
- Pode ocorrer o acúmulo de prata no nó sinusal, fazendo com que os pacientes morram por conta da arritmia. 
- O pigmento é de cor acinzentada e azul-escuro e enegrecida se a prata sofrer redução. 
Lucas Dominguez 2019.2 
 
Tatuagem: 
- É uma forma de pigmentação exógena limitada à pele que resulta da introdução de pigmentos na derme acidental ou 
propositalmente. 
- São permanentes ou transitórias, conforme a introdução do pigmento (se é na derme ou no estrato córneo da epiderme). 
- Pode ser composto por sais de enxofre, nanquim, carvão, mercúrio, ferro e entre outros corantes utilizados na sua formação. 
- O pigmento é fagocitado por macrófagos, células endoteliais, fibroblastos ou interstício. 
PIGMENTOS ENDÓGENOS 
Melanina: 
- Mara não falou muito, basicamente só falou de Eumelanina e Feomelanina. 
• Eumelanina: Polímero marrom ou preto, alcalino e insolúvel (normal). 
• Feomelanina: Pigmento amarelo/avermelhado, alcalino solúvel e amarelado (baixa proteção). 
- Melanócitos: São células produtoras de melanina. Estão presentes nos olhos (epitélio pigmentar retiniano, íris), ouvidos (estrias 
vasculares), sistema nervoso central (leptomeninges), matriz dos pelos, mucosas e pele. 
• Número de melanócitos é mediado por sinalização ceratinocítica e por ação de ACTH e a-MSH nos receptores de 
melanocortina (MCR-1). 
• Pessoas de cabelos vermelhos, efélides (sardas) e pele bem clara possuem uma grande quantidade de mutações no MCR-
1, apresentando resposta diminuída ao a-MSH e diminuição da eumelanogenese. 
 
- Depois disso, ela enrolou e terminou a aula, falando que ia terminar na aula que vem, porém nunca terminou...

Continue navegando