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Foi feita por John Bowlby (1907-1990) ➔ Ele tinha o interesse em compreender o vínculo estabelecido do recém-nascido com a mãe; ➔ Nasceu em londres em uma família de classe média-alta; ➔ Foi criado por uma babá, criando apego por ela, quase não via sua mãe, em média 1 hora por dia; ➔ Com 4 anos perde a babá, aos 7 foi para o internato; ➔ Estudou psicologia, trabalhou com crianças delinquentes e desajustadas; ➔ Aos 26 anos se formou em medicina; ➔ Aos 30 anos foi reconhecido como Psicanalista, matéria que estudou enquanto estava na escola de medicina; ➔ Ele estava interessado nos trabalhos de Anna Freud, Dorothy Burlingham durante a guerra sobre desabrigados e Rene Spitz sobre órfãos; ➔ Em seu desenvolvimento da TEORIA DO APEGO a ideia era que o comportamento aponta para uma estratégia de sobrevivência evolutiva para proteger o recém-nascido dos predadores; ➔ Klein era sua supervisora, mas, eles tinham visões diferentes sobre o papel da mãe no tratamento de um garoto de três anos de idade: para ele, as crianças reagiam a eventos da vida real e não às fantasias inconscientes Os principais trabalhos que deram origem a TEORIA DO APEGO são do médico psicanalista Spitz (1947) e de Harlow (1958) e Lorenz (1970). Essa teoria foi constituída com base nos campos da psicanálise, biologia evolucionária, etiologia, psicologia do desenvolvimento, ciências cognitivas e teoria dos sistemas de controle. O QUE É APEGO? Um mecanismo básico dos seres humanos; Trata-se de um comportamento biologicamente programado, como mecanismo de alimentação, do amadurecimento do esfíncter e da sexualidade; É considerado um sistema do controle homeostático que funciona dentro de outros sistemas de controles comportamentais; O papel do apego na vida dos seres humanos envolve o conhecimento de que uma figura de apego está disponível e oferece respostas, proporcionando um sentimento de segurança que é fortificador da relação. (Bowlby, 1989) Os estudos de Spitz, conhecido como “HOSPITALISMO” demonstram o impacto da relação mãe-criança sobre a separação deles; Ele fala pela primeira vez dos sintomas depressivos do bebê e mostra que quanto mais a relação mãe-bebê for calorosa e amável, mais a ruptura será dramática. Para J. Bowlby o apego que a criança desenvolve durante a infância possui um impacto importante na vida adulta. ● O papel do apego na vida dos seres humanos engloba a compreensão de que uma figura de apego está disponível e apresenta respostas gratificantes, proporcionando sentimentos que fortalecem a relação, como o sentimento de segurança; ● Além disso o apego é visto como sendo o produto de comportamentos que têm por objetivo a procura pela permanência da proximidade de uma pessoa; ● Quando houver segurança em relação aos cuidadores, a criança acreditará em si mesma, explorando o ambiente e tornando-se independente; COMPORTAMENTO DE APEGO: ● É a função adaptativa de proteção e exploração, onde a mãe ou sua substituta constituem uma base segura para a criança; ● O bebê dispõe de uma conjunto de condutas (chorar, agarrar-se, aconchegar-se, sorrir, manter contato visual) inatas que promovem a manutenção ou estabelecimento da proximidade com a figura provedora dos cuidados; ● Situações que indiquem perigo ou estresse para o bebê ativam o comportamento de apego, levando-a a emitir sinais na tentativa de atrair a aproximação do cuidador; ● Desde muito cedo, os gritos e choros são mais bem acalmados pela mãe do que por qualquer outra pessoa, quando a mesma deixa o ambiente o bebê vai chorar e tentar trazê-la para perto de si; ● A criança reage mais às pessoas conhecidas do que às pessoas estranhas ou objetos inanimados. FIGURA DE APEGO ● É susceptível de se tornar figura de apoio o adulto que se engajar em uma relação durável e regular com a criança, concedendo os devidos cuidados físicos e emocionais; ● A criança pode desenvolver uma escola de relações de apego que se estabelece de acordo com o sentimento de segurança que é transmitido pelo cuidador, segundo a qualidade dos cuidados oferecidos. ● Quando a criança se depara com uma pessoa desconhecida a criança sente medo e suspende qualquer atividade devido a angústia de separação, o que leva a se distanciar para ir em direção a figura de apego; ● Esse sistema funciona como uma balança dinâmica entre os comportamentos de apego e exploração. Somente quando as necessidades de aproximação são supridas que a criança consegue se distanciar da figura de apego para explorar, servindo como autonomia. ORIGEM DA TEORIA DO APEGO (John Bowlby) Rene Spitz ➢ Trabalhou com crianças órfãs; ➢ Um dos pioneiros a indicar psicose infantil; ➢ Depressão Anaclítica e Hospitalismo Origem da Teoria (Bowlby) ➢ Observações sobre o cuidado inadequado na primeira infância; ➢ Impressionou-se com as evidências de efeitos adversos ao desenvolvimento, atribuídos ao rompimento na interação materna, na primeira infância; FUNDAMENTOS DOS ESTUDOS: Bowlby buscou alternativas embasadas cientificamente, dando ênfase à: - Mecanismos de adaptação ao mundo real; - Competências humanas; - Ação do indivíduo em seu ambiente. MARY AINSWORTH: Investigou fatores determinantes da proximidade-intimidade expressa no comportamento de interação de crianças com suas mães. PERGUNTA DE PESQUISA Bowlby questionava a concepção de que a formação e manutenção dos vínculos sustentavam-se na necssidade de satisfazer certos impulsos, como a alimentação na infância e o sexo na vida adulta; Verificou que havia nos bebês que uma propensão inata para o contato com um ser humano, uma necessidade de um objeto, independente da oferta de alimento. Essa necessidade era tão primária quanto a “necessidade” de alimento e conforto. SUSTENTAÇÃO TEÓRICA Para Bowlby, a teoria do apego foi desenvolvida com uma variante da teoria das relações objetais. Como seu ponto de partida foi a observação do comportamento, foi tomada por alguns clínicos como uma versão do behaviorismo, equívoco que decorre, para o autor, da confusão entre apego e comportamento de apego. RESULTADOS DA PESQUISA 1) Um dos pressupostos básicos da TA é de que as primeiras relações de apego, estabelecidas na infância, afetam o estilo de apego do indivíduo ao longo de sua vida. 2) O sistema comportamental, base do comportamento de apego, é um sistema básico, enraizado biologicamente e característico da espécie e tão fundamental quanto comportamento reprodutivo, de alimentação, etc. 3) O comportamento de apego, que se refere a ações de uma pessoa para alcançar ou manter proximidade com outro, indivíduo claramente identificado e considerado como mais apto para lidar com o mundo. É uma função biológica, é instintivo, não é herdado e evolui com ao longo do ciclo vital. 4) Evidências de que crianças também se apegam a figuras abusivas sugerem que o sistema do comportamento do apego não é conduzido apenas por simples associações de prazer. 5) O comportamento de apego pode ter formas: - Ativas: procurar ou seguir o cuidador. - Aversivas: chorar; - Sinais de comportamentos que alertam interesse de interação: sorrir e verbalizar de modos diversos. 6) Uma diferença importante entre “apego” e “comportamento de apego” é que se o “comportamento de apego” pode, em circunstâncias diferentes, ser mostrado a uma variedade de indivíduos, um apego duradouro ou laço de apego é restrito a muito poucos. Presume-se que o sistema comportamental de apego tem raízes nos processos neurofisiológicos. 7) Os sistemas comportamentais são organizados hierarquicamente, apoiando-se em modelos representacionais do organismo e do ambiente. Tais modelos incluem representações do self e da (s) figura(s) de apego. 8) No fim do primeiro ano de vida até o terceiro, quando a criança começa a adquirir a linguagem, ela constrói modelos funcionais de como esperar que o mundo físico comporte acerca dela mesma e das interações entre todos. 9) Tais modelos influenciam na percepção e na avaliação dela mesma e do mundo. Podem ser coerentes com a realidade ou distorcidos. 10)Os modelosfuncionais se estabelecem como estruturas cognitivas influentes, estruturados na vida da criança em relação com seus cuidadores. 11)No decorrer do desenvolvimento ocorre uma atualização gradual dos modelos. Porém aquelas que são mais apegadas parece haver uma dificuldade e rigidez maior na atualização dos modelos. PADRÕES DE APEGO ★ APEGO SEGURO: pessoas que possuem opiniões positivas sobre si mesmas e o parceiro. (sentem-se amadas e confiam) ★ APEGO EVITATIVO: pessoas que sentem que não necessitam de relações íntimas. (recusam qualquer indício de aprofundamento de vínculos) ★ APEGO AMBIVALENTE: pessoas altamente inseguras que desejam muita intimidade. (têm dificuldade em estar só) ★ APEGO DESORGANIZADO: a intimidade emocional é intimidadora e almejada. (não acreditam nas intenções boas do parceiro)
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