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Insatisfação corporal

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Insatisfação com a imagem corporal em adolescentes e sua relação com a maturação sexual.
O artigo insatisfação com a imagem corporal em adolescentes e sua relação com a maturação sexual, desenvolvido pelos autores A. Conti et al (2005), M. D. Gambardella et al (2005) e F. P. Frutuoso et al (2005), relata a maturação sexual dos adolescentes e como isso gera algumas insatisfações com o seu corpo. Através de uma linguagem clara e de fácil entendimento, o artigo foi publicado na Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, volume 15, número 2, em agosto de 2005.
O estudo traz que há diferentes períodos considerados como adolescência, Vaccari VL (2002)1 diz que não existe apenas uma adolescência, mas sim, um plural, adolescências, levando em consideração os diferentes contextos em que o sujeito está inserido (Sales LMF/1998)2. O principal foco da pesquisa é mostrar como as mudanças físicas e corporais, que ocorrem nessa fase, afeta a forma como o sujeito se enxerga, e a satisfação que ele tem consigo mesmo3.
A pesquisa quantitativa foi realizada em uma instituição da rede particular de Ensino Fundamental, localizada no município de Santo André, onde foram selecionados 187 adolescentes de 10 a 14 anos de idade, do sexo masculino e feminino, e apenas 147 deles participaram da pesquisa. Com base na escala de áreas corporais de Brown et al (1990)4 e Loland et al (1998)5, 15 áreas corporais foram apresentadas: rosto, cabelo, nádegas, quadril, coxas, pernas, estômago, cintura, seio/tórax, costas/ombros, braços, tônus muscular, peso, altura, todas as áreas. O grau de satisfação em relação a cada área mencionada foi medida segundo a escala tipo likert, variando de muito insatisfeito (1) a muito satisfeito (5).
Segundo [WHO] World Health Organization. Physical status: use and interpretation of anthropometry. Genova (1995)6, citado pelas autoras A. Conti et al (2005), M. D. Gambardella et al (2005) e F. P. Frutuoso et al (2005), para avaliar o período da adolescência, a pesquisa transformou a idade cronológica em fase de maturação sexual. Sendo, meninos de 10 a 12 anos considerados pré-púberes e aqueles de 13 a 14 anos púberes, considerando o surgimento dos pelos axilares (13 anos); meninas de 10 a 11 anos foram consideradas púberes e as de 12 a 14 anos pós-púberes, considerando a idade de ocorrência da menarca (12 anos). 
A pesquisa resultou de forma geral, insatisfação em, peso corporal com 32%, estômago com 21 % e coxas com 16 %. Sendo que para os meninos peso corporal 35%, estômago 25% e coxas 23%. Já as meninas mostraram insatisfação de peso corporal 31%, estômago 20% e coxa 18%. Na maturação sexual, 67,3% dos meninos encontravam-se na fase pré-púbere e 71,6% das meninas na pós-púbere. Estudos nacionais realizados por Vilela et al (2004)7 relatam que as meninas demonstram maiores insatisfações do que os meninos, sendo que 69% delas desejam perder peso. 
Foi possível concluir através do artigo que meninas pós-púberes relatam maior insatisfação do que às pré-púberes, sendo que não houve o mesmo com os meninos, onde o grupo dos pré-púberes relataram somente uma área de insatisfação.
REFERÊNCIAS
1. VL, Vaccari. Saúde sexual, escolas promotoras de saúde e relações de gênero: representações de adolescentes sobre masculinidades e feminil idades [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Saúde Publica da Universidade de São Paulo, 2002.
2.  LMF., Salles. Adolescência, escola e cotidiano. Contradições entre o genérico e o popular. Piracicaba: Editora Unimep, 1998.
3. J.M, Williams; C, Currie. Self-esteem and physical development in early adolescence: pubertal time and body image. Edimburgo: O Journal Of Early Adolescence, 2000.
4. TA, Brown et al. Attitudinal body-image assessment: Factor analysis of the body-self relations questionnaire. Desconhecida: Journal Of Personality Assessment, 1990.
5. LOLAND. Body image and physical activity. A survey among Norwegian men and women. Desconhecida: International Journal Of Sport Psychology, 1998.
6. DESCONHECIDO. Physical status: use and interpretation of anthropometry. Genova: World Health Organization, 1995.
7.  VILELA, João E. M. et al. Transtornos alimentares em escolares. Rio de Janeiro: Jornal de Pediatria, 2004.

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