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Giulianna Barreto Patogênese: Origem e desenvolvimento de uma doença, resultando em uma série de mudanças na estrutura e função do periodonto, por exemplo. Mecanismo pelo qual o fator etiológico causa a doença. Patogênese da doença periodontal: As bactérias iniciam e perpetuam a resposta inflamatória que se desenvolve nos tecidos gengivais. No entanto, o principal determinante de susceptibilidade à doença é a própria natureza da resposta imunoinflamatória. É possível identificar muitas espécies na bolsa periodontal, além de muitos que não são conhecidos pois não são cultivados. o Muitas dessas espécies podem permanecer em bolsas profundas, pois essa é um ambiente favorável para a sua sobrevivência. Histopatologia da doença periodontal: A resposta inflamatória de baixo grau resultante não é detectável macroscopicamente em nível clínico, mas é um mecanismo essencial de proteção para combater o desafio microbiano e impedir que as bactérias e seus produtos se infiltrem nos tecidos e causem danos aos tecidos. Indivíduos que são mais suscetíveis a doença apresenta, uma excessiva, ou desregulada resposta imunoinflamatória para uma determinada “invasão” bacteriana. Tecidos gengivais clinicamente saudáveis: Nenhum depósito de placa visível. Coloração rósea, não inchado, não inflamado, firmemente aderido ao dente, com sangramento mínimo a sondagem. Porção epitelial: Epitélio gengival, epitélio sulcular e epitélio juncional + Tecido conjuntivo. A: Junção cemento-esmalte. A-B: Epitélio juncional. B-C: Epitélio Sulcular. C-D: gengiva livre. D-E: gengiva inserida. ES: Espaço do esmalte. Epitélio Gengival: Epitélio queratinizado escamoso estratificado. Cobre a gengiva e forma tecidos gengivais clinicamente saudáveis. Epitélio sulcular: Epitélio escamoso estratificado, não queratinizado. Não está aderido a superfície dentária, apesar de rodea-la. Epitélio Juncional: Aderência epitelial entre a gengiva e o dente. Não queratinizado. Forma a base do sulco-bolsa. A superfície celular adere a superfície dentária por meio de hemidesmossomoos. As células da superfície são especializadas para o propósito de aderência ao dente. Possui espaços extracelulares maiores que dos outros tecidos epiteliais. . Giulianna Barreto Os espaços intercelulares alargados no epitélio juncional permitem a migração de neutrófilos e macrófagos dos tecidos gengivais conjuntivos para entrar no sulco e fagocitar bactérias, bem como a entrada de produtos bacterianos e de antígenos. Obs: Mesmo que a gengiva esteja clinicamente saudável é possível observar algumas células inflamatórias, principalmente neutrófilos, devido a uma contínua presença de bactérias e seus produtos no sulco gengival. Sinais clínicos evidentes de gengivite (vermelhidão, inchaço e sangramento à sondagem) não se desenvolvem por causa de vários mecanismos de defesa inato e estruturais: A manutenção de uma barreira epitelial intacta (epitélio juncional e sulcular). A vazão do fluido gengival do sulco (efeito de diluição e lavação). Descamação da superfície das células epiteliais do epitélio juncional e sulcular. Presença de neutrófilos e macrófagos no sulco, fagocitando bactérias. Anticorpos no fluido gengival. Obs: Muitos indivíduos podem nunca desenvolver periodontite apesar de ter gengivite generalizada. Histopatologia da gengivite e periodontite: ~ Infiltrado inflamatório. Diante da liberação extracelular dee enzimas destrutivas das células de defesa há uma descontinuidade da anatomia normal dos tecidos conjuntivos, que pode levar ao fim do colágeno e uma proliferação do epitélio juncional. Vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. Tecidos eritematosos e edemaciados. : Lesão inicial: Tecido clinicamente saudável. Permeabilidade e vasodilatação vascular levemente aumentada. FG com fluxo de saída para fora do sulco. Migração de leucócitos, principalmente neutrófilos, em número relativamente pequeno pelo tecido conjuntivo gengival, epitélio juncional e para o interior do sulco. Neutrófilos sofrem diapedese. 24 hrs após o acúmulo de placa (Após escovar). Subclínica. Os achados não estão acompanhados de danos teciduais perceptíveis ao microscópio. Não é indicador de alteração patológica. Pode haver ulceração do epitélio sulcular de modo que o sangramento à sondagem é observado. A matriz de tecido conjuntivo perivascular torna-se alterada e há exsudação e deposição de fibrina na área afetada Pode ser tratado com a remoção de placa e cálculo. Lesão precoce: Após a lesão inicial evolui dentro de uma semana após o acúmulo de placa. Presença de eritema, principalmente devido a proliferação de capilares e a formação aumentada de alças e capilares entre as projeções ou pontes conjuntivas ou saliências. Pode ter sangramento a sondagem. Presença de infiltrado leucocitário no tecido conjuntivo sob o epitélio juncional. Destruição de colágeno aumenta. Os principais grupos de fibras afetadas parecem ser o conjuntivo de fibras circulares e dentogengivais. Lesão estabelecida: Predominância de plasmócitos e linfócitos B. Presença de uma pequena bolsa gengival alinhada com o epitélio da bolsa. Giulianna Barreto ocorre em duas a três semanas após o início do acúmulo de placa. Vaso sanguíneos obstruídos e congestionados, o retorno está impedido e fluxo sanguíneo fica lento. (Anomexia gengival localizada). Pode haver extravasamento de eritrócitos no tecido conjuntivo e a degradação de hemoglobinas. Reação inflamatória crônica e intensa. O epitélio juncional revela um espaço intercelular alargado, preenchido por resíduos de células granulares, incluindo lisossomos derivados dos neutrófilos, linfócitos e monócitos rompidos. Epitélio juncional desenvolve projeções para dentro do tecido conjuntivo, tendo sua lâmina basal destruídas em algumas áreas. Fibras colágenas destruídas. Podem se permanecer estáveis e não evoluir por meses ou anos, ou podem ser bastante ativas. À medida que a microbiota caracteristicamente associada a lesões destrutivas é revertida àquela associada à saúde periodontal, a porcentagem de plasmócitos diminui grandemente e a população de linfócitos aumenta proporcionalmente Lesão avançada: Fibrose da gengiva. Manifestações generalizadas de danos teciduais inflamatórios e imunopatológicos. Plasmócitos dominanam o tecido conjuntivo e os neutrófilos permanecem dominando o epitélio juncional. concentrações mais elevadas de IL-1β e menores de IL-8 aos 28 dias. A gengivite progredirá para periodontite somente em indivíduos suscetíveis. A gengivite persistente representa um fator de risco para perda de inserção periodontal e dentária.
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