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Semiologia Prática

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1 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
ESTRUTURA DA ANAMNESE 
1. Identificação: 
Nome, idade (data de nascimento), sexo, cor, estado civil, profissão, naturalidade, 
procedência, residência atual (há quanto tempo) e religião. 
Registrar a fonte da história (paciente, acompanhante) 
 
2. Queixa(s) Principal(ais): 
Sucintamente registrar(s) o motivo(s) que levou(aram) o paciente ao médico ou hospital. No 
máximo 3 itens. 
 
3. História da Doença Atual: 
Descrição cronológica e organizada dos fatos que trouxeram o paciente ao médico/hospital, 
incluindo dados anteriores sobre a doença atual e tratamentos feitos previamente para o 
entendimento da evolução do paciente. 
 
*¹O que não pode deixar de perguntar quando o paciente relatar: 
Febre 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 Como evoluiu? 
 Como esta hoje? 
 Calafrios? Sudorese? – Se precede ou se é depois, se é matutino, vespertino ou 
noturno 
 Início súbito ou gradual? 
 O que precipita? 
 Intensidade: Leve? (até 37,5°C) Moderada? (37,6°C-38,5°C) Alta? (acima de 
38,6°C) 
 Duração 
 Modo de evolução 
 Término: súbito ou gradual? – Lise: cai progressivamente / Crise: cai de uma vez 
 Doenças agudas ou crônicas 
 Passagem por áreas de possível contato com doentes ou exposições atípicas 
 Uso de medicamentos? (alguns podem causar febre outros podem ter ação 
antipirética) 
 O momento do dia em que a temperatura é aferida é importante 
o Manhã: Temperaturas normalmente mais baixas 
o Vai aumentando ao longo do dia 
 
 
2 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o Até 37,3°C, ao final da tarde é o limite 
o Observar que há indivíduos que tem a temperatura elevada normalmente 
 
Dor 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 Como evoluiu? 
 Como esta hoje? 
 Localização 
 Irradiação 
 Qualidade: Pontada? Queimação? Cólica? Pulsátil? De contato? Latejante? 
Constritiva (em aperto)? 
 Intensidade 
 Frequência e periodicidade 
 Duração: Contínua ou intermitente? Por quanto tempo? Período do dia? 
 Evolução: Início súbito ou insidioso? 
 Relação com funções orgânicas: Movimentos, deglutição, respiração, defecação; 
 Fatores precipitantes 
 Fatores agravantes 
 Fatores Atenuantes 
 Manifestações concomitantes: Febre, sudorese, alterações intestinais, náuseas e 
vômitos. 
 
Cefaléia 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 Teve início súbito? 
 Como evoluiu? 
 Como está hoje? 
 Com que frequência acontece? 
 Qual a duração do episódio de dor? 
 Em qual período do dia é mais prevalente? (diurna ou noturna) 
 Qual o local da dor? (Hemicranial ou Holocranial) 
 É unilateral ou bilateral? 
 É focal ou difusa? 
 A dor irradia para alguma região? 
 A dor é superficial ou profunda? 
 
 
3 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Tem início súbito ou gradual? 
 A dor é pulsátil? 
 Quais fatores agravam? 
 Quais fatores aliviam? 
 Fatores associados 
o Crise convulsiva 
o Mosca volante 
o Aura prolongada ou de curta duração 
o Aura sensitiva mais que visual? 
o Lipotimia 
o Tonteira 
o Vertigem 
 O que o paciente acha que tem? 
 Como já tratou? 
 Como se sente? 
 
Vômito 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 Como evoluiu? 
 Como está hoje? 
 Precipitante? (emoções, alimentos?) 
 Duração 
 Frequência 
 Ocorrência ou não de náuseas 
 É em jato? 
 Cefaleia associada? 
 Diarréia associada? 
 Febre associada? 
 Presença de sangue, bile ou alimentos (digeridos ou não) 
 Relação com a ingestão de alimentos (imediata ou tardia) 
 Ingestão de corpo estranho 
 Uso de drogas? 
 Dor abdominal? 
 
Dor Epigástrica 
 Quando começou? 
 
 
4 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Como começou? 
 Como evoluiu? 
 Como está hoje? 
 Teve início súbito? 
 Frequência e duração 
 Tem caráter de queimação ou é pontual? 
 Aumenta ou diminui de acordo com a alimentação? 
 Posição antálgica? 
 É contínua? 
 Vômito associado? 
 
Pirose 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 Como evoluiu? 
 Como está hoje? 
 Piora com exercício? 
 Piora dependendo da posição (deitado ou reclinado)? 
 Piora na ingestão de certos alimentos? Quais? 
 Melhora na ingestão de certos alimentos/líquidos? Quais? 
 
Disfagia 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 Como evoluiu? 
 Como está hoje? 
 Alimento precipitante? 
 Frequência 
 Acompanhada de dor? 
 Dificuldade para mastigar? Retenção alimentar intrabucal? 
 Tosse? Sufocamento? 
 Acompanha náusea? 
 Disartria? 
 
Constipação 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 
 
5 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Como evoluiu? 
 Como está hoje? 
 Precipitante emocional? 
 Dor abdominal associada? 
 Caracterizar fezes (Dura? Forma? Com rachaduras? Com sangue?) 
 Dificuldade ou dor ao evacuar? 
 Sensação de esvaziamento retal incompleto após evacuar? 
 Escape fecal? 
 Uso de medicamentos? 
 Vômito associado? 
 Infecção urinaria associada? 
 Retenção urinária? 
 
Diarréia 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 Como evoluiu? 
 Como está hoje? 
 Alimento precipitante? 
 Frequência 
 Dor associada? 
 Diarréia aguda (até duas semanas)? 
 Diarréia persistente (2-4 semanas)? 
 Diarréia crônica (> 4 semanas)? 
 Características das fezes 
 Consumo de carne crua ou mal cozida? Alimentos pasteurizados? 
 Passagem por áreas endêmicas/epidêmicas de cólera? 
 
Dispnéia 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 Como evoluiu? 
 Como está hoje? 
 Frequência 
 Duração 
 Emoção como precipitante? 
 Quando ocorre? Em repouso ou em exercício? 
 
 
6 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Qual nível de esforço necessário para desencadear desconforto? 
 Em qual posição? (Deitado? Deitado de lado? Em pé?) 
 Progressão rápida ou lenta? 
 Duração: Contínua ou intermitente? 
 Fatores atenuantes 
 Fatores agravantes 
 Doenças associadas (cardíacas, respiratórias, neuromusculares) 
 Familiares com doença pulmonar/cardíaca? 
 
Cianose 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 Como evoluiu? 
 Como esta hoje? 
 Início súbito ou gradual? 
 Lábios? Boca e língua? Membros? 
 Falta de ar associada? 
 Febre e sudorese? 
 
Dor abdominal 
 Quando começou? 
 Como começou? 
 Como evoluiu? 
 Como está hoje? 
 Localização? 
 
Trata-se de dor localizada? Hipocôndrio direito, epigástrio, hipocôndrio esquerdo, flanco 
direito, mesogástrio (ou região umbilical), flanco esquerdo, região inguinal direita, 
hipogástrio (ou região púbica) e região inguinal esquerda. 
Trata-se de dor difusa? 
 
 
 
7 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Irradiação 
 Qualidade: Pontada? Queimação? Cólica? Pulsátil? De contato? Latejante? Em 
aperto? 
 Escala de dor- Intensidade (de zero a dez, sendo zero nenhum desconforto e dez a 
dor mais forte já sentida, como classifica a dor?) 
 Frequência e periodicidade 
 Duração 
 Início súbito ou progressivo (insidioso)? 
 Término da dor súbito ou gradual? 
 Fator precipitante: alimentação, posição, horário, atividade, deglutição, defecação... 
 Fator atenuante: alguma medicação, alimentação, posição, vômito... 
 Fator agravante: alimentação, posição, horário, deglutição, defecação, vômito... 
 Fator acompanhante: sudorese, febre, vômito (conteúdo e volume devem ser 
especificados), defecação (conteúdo das fezes e consistência devem ser 
especificados). 
 Procedimento cirúrgico prévio? 
 Doença crônica? Ou familiar? (doença de Crohn, doença celíaca, úlcera péptica, 
cólica renal, diverticulite...) 
 Diarréia? 
 Vômito? 
 Exames recentes? 
 
*¹ Essa parte foi descrita em conjunto pelo grupo: Andressa Belloti, Ana Carolina Robadelo, Bruna 
Sossai, Bruna Manhães, Giovanna Petrili, Lívia Ribeiro, Maria Beatriz Estevam e Nicolle Cozzolino. 
 
4. Revisão desistemas: 
O examinador irá revisar todos os sintomas específicos ligados aos diversos 
aparelhos, sistemas e regiões do corpo. Algum aspecto relevante não informado ou não 
valorizado na história da doença atual ou pregressa poderá aparecer na revisão de 
sistemas. 
- Geral: estado atual de saúde, anorexia, emagrecimento ou aumento de peso, febre, 
sudorese, astenia, cansaço. 
- Cabeça: cefaléia, tontura, vertigem, traumatismos 
- Olhos: diplopia, visão turva, dor ocular, cataratas, glaucoma, perda do campo visual 
- Ouvidos: acuidade auditiva, vertigem, zumbido 
- Nariz e seios da face: epistaxe, coriza, infecções recorrentes, obstrução e prurido nasal, 
rinite alérgica, sinusite. 
 
 
8 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
- Boca e garganta: dor de garganta, gengivites, estado dos dentes, próteses, boca seca, dor 
dentária, faringites, rouquidão. 
- Pescoço: nódulos, gânglios, alterações de tireoide. 
- Pulmões: tosse, expectoração, hemoptise, dispneia, dor torácica, chiado, asma, bronquite, 
pneumonia, enfisema, tuberculose, exposição ocupacional. 
- Cardíaco: angina, palpitações, ortopneia, dispneia paroxística noturna, edema, 
hipertensão arterial, febre reumática, sopros cardíacos, dislipidemia. 
- Trato gastrointestinal: disfagia, odinofagia, dor abdominal, apetite, náuseas e vômitos, 
diarréia, constipação, dietas, eructações, hematêmese, melena, enterorragia, hemorróidas, 
tenesmo, doença péptica, endoscopias, icterícia, hepatites. 
- Gênito-urinário: disúria, hematúria, polaciúria, noctúria, nictúria, poliúria, alteração do jato 
urinário, incontinência, nefrolitiase, infecções. 
Na mulher: menarca, menopausa, ciclo menstrual, dismenorréia, metrorragia, leucorréia, 
anticoncepção, dor mamária, secreção mamilar, gravidez, dispareunia, vida sexual. 
No homem: hérnia, dor ou massa testicular, secreção uretral, lesão genital, prostatite, 
disfunção sexual. 
- Neurológico: tontura, sincope, convulsões, parestesias, fraqueza muscular, tremor, 
alterações da força muscular e da sensibilidade. 
- Reumático: artrites, edema e rigidez articular, mialgias, gota, lombalgia. 
- Vascular: flebite, varizes, claudicação, câimbras, fenômeno de Raynaud 
- Endócrino: poliúria, polidipsia, polifagia, intolerância ao frio e calor, bócio, osteoporose, 
diabetes. 
- Hematopoiético: anemia, sangramentos, transfusão prévia, grupo sangüíneo, linfonodos 
(aumento, dor). 
- Psiquiátrico: depressão, tristeza, agitação, pânico, ansiedade, alterações de memória, 
alterações de personalidade, alucinações. 
 
5. História Patológica Pregressa: 
a) Relatar as doenças da infância e doenças da vida adulta (diagnósticos prévios, que não 
o da doença atual), cirurgias, traumas, hospitalizações, gestações, medicações (anteriores 
e atuais com doses e frequência). 
b) Alergias: medicações, alimentos, insetos, animais, ocupacionais. 
c) lmunizações: tríplice, poliomielite, influenza, caxumba, pneumococo, tétano, hepatite A e 
B, BCG, PPD. 
 
 
 
 
 
 
9 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
6. História Familiar: 
Idade e condições de saúde de familiares (pai, mãe, irmãos, avós, tios, primos); perguntar 
sobre diabetes, hipertensão arterial, cardiopatia isquêmica (infarto), acidente vascular 
cerebral, dislipidemia, asma, nefropatias, neoplasias, doenças genéticas, pólipos intestinais, 
doenças psiquiátricas, tuberculose, artrite e o que mais julgar relevante ao caso. 
 
7. História pessoal e social: 
Formação, educação, ocupação, religião, problemas sociais, familiares e profissionais. 
Hábitos e vícios: tabagismo (maços/ano), uso/abuso de álcool (gramas de álcool/semana), 
cafeína, drogas, comportamento, atividade sexual, dieta e atividade física. Relatar também 
como paciente se sente em relação à doença/queixa que tem e suas expectativas. 
 
EXAME FÍSICO 
 
Instrumental para o exame físico: jaleco, esfigmomanômetro, estetoscópio, termômetro, fita 
métrica, abaixadores de língua, palito de dente, lanterna, balança, martelo de reflexos e 
diapasão. 
Conceitos gerais: Inspeção – Palpação – Percussão – Ausculta. 
Obs: Essa ordem pode ser alterada de acordo com o sistema. 
 
Elementos da ectoscopia geral: 
 Estado geral: bom, regular, ruim (aparência, desenvolvimento corporal, grau de 
nutrição, disfunção aparente). 
 Nível de consciência, atenção, orientação, memória 
(lúcido/sonolento/torporoso/comatoso). 
 Padrão respiratório (dispneico, eupneico ou taquipneico) 
 Atitude: posição preferencial no leito, 
o atípica, 
o Atitudes voluntárias: ortopnéica, genupeitoral ou prece maometana, cócoras, 
antálgica, pakinsoniana, em decúbito (lateral esq. ou dir./ dorsal ou ventral). 
o Atitudes involuntárias: passiva, em gatilho, opistótono (contratura da 
musculatura lombar), ortótono (tronco e membro rígidos), emprostótono 
(tétano, meningite e raiva – o corpo do paciente forma uma concavidade para 
frente) e pleurostótono (o corpo se curva lateralmente), torcicolo e mão pêndula 
da paralisia radial. 
 
 
 
 
10 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Estado Nutricional: desnutrido, obeso, ganhou/perdeu peso em pouco tempo - 
Peso/Altura 
IMC= Peso/Altura ² 
IMC Classificação 
<18,4 Abaixo do peso 
18,5 a 24,9 Eutrofia 
25 a 29,9 Sobrepeso 
30 a 39,9 Obesidade 
>40 Obesidade mórbida 
 
Obs: O IMC é um indicador simples de estado nutricional e não distingue músculo de 
gordura corpórea e, portanto, não pode ser interpretado isoladamente. 
 
 Biotipo: 
o Brevelíneo: Charpy > 90º - 4º EILHC 
o Normolíneo: Charpy = 90º - 5º EILHC 
o Longilíneo: Charpy < 90º - 6º EILHC 
 
 Movimentos involuntários: 
o Tremores: 
a) de repouso – manter braço para frente - Parkinson 
b) de atitude – pedir para fazer ângulo de 90º mão – antebraço – pré-coma 
hepático 
c) de ação – pegar um objeto – pacientes com lesões cerebelares 
d) vibratório – emocional ou hipertireodismo 
o Mov. Atetósicos (Atetose) 
o Mioquinias 
o Mioclonias 
o Tiques 
o Tetania (em hipocalcemia): sinal de trousseau (manguito) e chvostec (percute 
lobo da orelha) 
o Coréia (sydenhan-huntington): paciente costuma disfarçar, colocá-lo deitado. 
o Hemibalismo 
o Distonias 
o Asterix (Flapping) 
 
 
 
 
 
11 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Fácies: típica/atípica (Descrição do Porto) 
o Hipocrática: Olhos fundos, parados e inexpressivos. Palidez cutânea e discreta 
cianose labial – indica doença grave 
o Renal: edema que predomina ao redor dos olhos e palidez cutânea. 
Particularmente observada na síndrome nefrótica e glomerulonefrite difusa 
aguda. 
o Leonina: Alterações produzidas pelas lesões do mal de Hansen. Pele espessa, 
os supercílios caem, o nariz se espessa e se alarga, os lábios tornam-se mais 
largos e proeminentes. A barba escasseia ou desaparece. 
o Adenoidiana: Nariz pequeno e afilado e boca sempre entreaberta.Aparece nos 
indivíduos portadores de hipertrofia das adenoides, as quais dificultam a 
respiração pelo nariz ao obstruírem os orifícios posteriores das fossas nasais. 
o Parkinsoniana: A cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece nessa 
posição. Olhar fixo, supercílios elevados e fronte enrugada. 
o Basedowiana: Exoftalmia e presença de bócio. Indica hipertireoidismo. 
o Mixedematosa: Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, 
espessada e com acentuação de seus sulcos. Desanimo e apatia. 
Hipotireoidismo ou mixedema. 
o Acromegálica: Saliência das arcadas supra-orbitárias, maior desenvolvimento 
do maxilar inferior, além do aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas. 
o Cushingóide ou Lua-cheia: Arredondamento do rosto com atenuação dos 
traços faciais. Síndrome de Cushing – hipefunção do córtex renal. 
o Mongolóide: Fenda palpebral (torna os olhos oblíquos, distantes um do outro). 
Rosto redondo, boca quase sempre entreaberta. 
o Depressão:Cabisbaixo, os olhos com pouco brilho e fixos em um ponto 
distante. 
o Pseudobulbar: Principal característica crises de choro ou riso, involuntárias 
mas conscientes, que levam o paciente a tentar contê-las. Geralmente 
observada na aterosclerose cerebral. 
o Paralisia facial periférica: Assimetria da face, com impossibilidade de fechar as 
pálpebras, repuxamento da boca para o lado são e apagamento do dulco 
nasolabial. 
o Miastênica: Ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e 
levantar a cabeça. 
o Do deficiente mental: Traços faciais são apagados e grosseiros. A boca 
constantemente entreaberta, as vezes com salivação. Expressão fisionômica; 
os olhos se movimentam sem se fixarem em nada, traduzindo um constante 
alheamento ao meio ambiente. 
 
 
12 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o Etílica: Olhos avermelhados e ruborização da face, hálito etílico e sorriso meio 
indefinido. 
o Esclerodérmica: Imobilidade facial. Pele endurecida e aderente aos planos 
profundos, com repuxamento de lábios, afinamento do nariz. Fisionomia 
inexpressiva. 
 
 Fala e linguagem (Descrição do Porto) 
o Disfonia ou Afonia: Alteração do timbre causada por algum problema do 
órgão fonador (laringe). 
o Dislalia: Alterações menores na fala, com troca de letras. Mais comuns em 
crianças. 
o Disartria: Alteração nos músculos da fonação, voz arrastada, escandida, 
baixa e lenta (Parkinsonismo ou paralisia pseudobulbar). 
o Disfasia: Pertubação na elaboração cortical da fala. Há diversos graus desde 
alterações mínimas até perda total da fala. Traduz lesão do hemisfério 
dominante. 
 
 Pele e fâneros: 
1) Cor: palidez, vermelhidão, F.raynaud, cianose, icterícia, bronzeamento 
2) Umidade: passar as mãos (normal, seca, aumentada) 
3) Textura: passar ponta dos dedos (normal, áspera, enrugada, fina) 
4) Espessura: pinçar a pele – externo, antebraço, abdome (normal, atrófica, 
hipertrófica, hipotrófica) 
5) Temperatura 
6) Elasticidade: pinçar (normal, aumentada, diminuída) 
7) Turgor: solta a pele pinçada e avalia o retorno (Estado de hidratação da pele: 
umidade das axilas, alterações oculares). 
8) Estado dos pelos e unhas 
9) Lesões Elementares 
 
Lesões de Pele 
 Qual a localização da lesão? 
 Relevo 
o No mesmo nível da pele ou não? 
o Lesão arredondada? 
 A borda é definida ou indefinida? O contorno é regular ou irregular? É elevada? 
 Há prurido? 
 Tem alguma modificação na textura? 
 
 
13 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o Apresenta algum tipo de descamação? 
 Tem modificação na consistência? 
 Classificar a lesão (modificação da cor/ sólidas/ de conteúdo liquído/ por solução 
de continuidade/ caducas/ sequelas). Listadas abaixo 
 
 Alterações na cor 
 Relacionadas à melanina 
o Hipocrômicas 
o Hipercrômicas 
o Acromicas 
 Relacionadas a outros pigmentos 
o Pigmentos endógenos (Icterícia e hipercarotenemia) 
o Pigmentos exógenos (clofazimina e amiodarona) 
 De origem vásculo-sanguínea (Transitória) 
o Eritrema: congestão vascular – desaparece à digitopressão 
o Enantema 
o Cianose 
 Cor pela dilatação vascular (Permanente) 
o Telangiectasia 
 Malformação vascular permanente 
o “mancha em vinho do Porto” 
 Púpuras 
o Equimoses 
o Víbice 
 
 Destacam-se na superfície cutânea 
 Escama 
 Escara 
 Crosta 
 Lesões de conteúdo líquido 
 Vesícula 
 Bolha 
 Pústula 
 Abscesso 
 Edema 
 Urtica (ponfo) 
 
 
 
14 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Sequelas: Cicatrizes (lesões permanentes secundárias a algum processo 
patológico) 
 Cicatriz hipetrófica 
 Estrias 
 Queloide 
 Cicatrizes atroficas deprimidas 
o Hipocrômicas 
o Eritematosas 
o Normocrômicas 
 
 Solução de continuidade da pele (Perda de substância da pele) 
 Escoriação 
 Erosão / Exulceração 
 Ulceração ou úlcera 
 Fissura ou rágade 
 Fístula 
 
 Lesões sólidas (Alterações do volume, relevo ou textura da pele) 
 Por acúmulo de células ou depósito de substâncias 
o Pápula 
o Tubérculo 
o Placa 
o Nódulo 
o Goma 
o Tumoração 
o Vegetação (verrucosa ou condilomatosa) 
o Infiltração 
 Por aumento ou redução de componentes da pele 
o Ceratose 
o Esclerose 
o Liquenificação 
o Atrofia 
 
 Lesões Monomorfas: São todas do mesmo tipo 
 Lesões Polimorfas: Vários tipos de lesão 
 
 
 
15 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Tecido celular subcutâneo: edema (face, MS,MI pré-sacro, anasarca), infiltração, 
flogose localizada ou difusa, limitação, consistência, cacifo + ou -, mole ou duro, 
intensidade, sensibilidade. 
 
Descrição do exame normal: 
Bom estado geral, lucido e orientado no tempo-espaço, ativo e colaborativo, normolíneo, 
bom estado nutricional (IMC), bom estado higiênico, marcha atípica, fácies atípica, não 
adota posição preferencial ao leito, ausência de movimentos involuntários, normocorado, 
normohidratado, anictérico, acianótico, pele de turgor e elasticidade normais, ausência de 
lesões dermatológicas, enchimento capilar normal, eupneico, afebril ao toque, quantidade e 
distribuição de pelos normais, unhas normais. 
 
Sinais Vitais: 
 Pressão arterial – mmhg (Posições deitado e sentado) 
 Temperatura corporal - °C (dizer qual o ponto anatômico da coleta – mais comum 
axilar) 
 Frequência de pulso – bpm (aferir bilateralmente e dizer qual pulso foi aferido) 
 Frequência respiratória – irpm 
 
 
ELEMENTOS DO EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: 
 
CABEÇA E PESCOÇO: 
Com o paciente sentado 
 CRÂNIO 
 Tipos: dolicocéfalo, mesocéfalo, braquicéfalo 
 Forma: normocéfalo, macrocéfalo, microcéfalo 
 Superfície: depressões, abaulamentos, deformações, soluções de continuidade 
 Couro cabeludo / Cabelo: implantação, alopécias, parasitismo, alteração da cor e 
textura e lesões. 
 Artéria temporal: sensibilidade, espessamento, amplitude e simetria. 
 
 FACE 
 Sobrancelhas 
o Alopécia: queda total ou parcial dos cabelos ou pêlos 
o Madarose: calvície da borda palpebral devido a queda dos cílios 
o Sinefrídea: ausência de divisão entre as sobrancelhas 
o Processos inflamatórios 
 
 
16 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Pálpebras 
o Edema palpebral 
o Sinal de Romaña 
o Quemose: infiltração edematosa da conjuntiva que forma uma saliência circular 
em torno da córnea. Pode atingir conjuntiva palpebral. 
o Enfisema subcutâneo (aparece crepitação) 
o Fenda palpebral 
o Simetria (alterações significativas são indícios de paralisia facial) 
o Lagoftalmo: (pode aparecer em lesões do nervo facial) brevidade anormal da 
pálpebra impedindo de recobrir por completo o globo ocular 
o Blefaroespasmo: tique convulsivo das pálpebras 
o Ptose: queda da pálpebra superior por lesão nervosa do III Par 
o Processos inflamatórios: hordéolo - formação de um abcesso na região palpebral; 
calázio - pequeno tumor palpebral de origem inflamatória; blefarite; 
o Blefarocalase: formação de uma larga prega cutânea que cai até a reborda ciliar 
dificultando a visão 
o Epicanto 
o Xantelasma: coleção lipídica plana a nível de pálpebras 
 
 Cílios 
o Ectrópio (evertidos) 
o Entrópio (invertidos) 
o Triquíase: são condições anormais 
 
 Aparelho lacrimal 
o Dacrioadenites: inflamação da glândula lacrimal 
o Dacriocistite: inflamação do saco lacrimal 
o Síndrome de Mikulicz: hipertrofia bilateral das glândulas lacrimais salivares com 
queda ou supressão de sua secreção 
o Xeroftalmia: Perda da secreção lacrimal, que ocorre na Síndrome de Sjögren - 
secura com atrofia da conjuntiva bulbar. 
o Epífora: escoamento anormal das lágrimas pelas bochechas quando estas não 
podem passar pelos pontos lacrimais. 
 
 Nariz 
o Aspecto anatômico (nariz em sela, acromegálico, infiltrações) 
o Epistaxe 
o Rinorréia: escoamento de líquido pelo nariz na ausência detodo fenômeno 
inflamatório 
 
 
17 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o Estado do septo nasal 
o Tumorações 
o Crepitações 
o Seios Paranasais: Palpação de pontos dolorosos e transiluminação 
 
 Ouvidos 
Externo 
o Pavilhão auditivo - coloração, tamanho e forma, implantação, presença de tofos 
gotosos, hipertricose, compressão do tragus, sinal do lobo da orelha 
o Conduto auditivo - cerume, corpo estranho, otorréia, otorragia 
o Membrana timpânica - opacidade, abaulamento, nível hidroaéreo, perfurações e 
visualização do trígono luminoso. 
Médio 
o Compressão de região mastóidea e sinais flogísticos locais. 
 Interno 
o Acuidade auditiva. 
 
 Exame do Globo Ocular 
 Enoftalmia (síndrome de Claude Bernard Horner - paralisia do simpático cervical) 
 Exoftalmia (Doença de Basedow-Graves; síndrome de Poufour-Petit - irritação do 
simpático cervical) 
 Campimetria: por confrontação do campo visual do paciente com o seu campo 
visual; ficar mais ou menos ao mesmo nível do paciente, e mais ou menos 
equidistante, tampar com a mão um dos olhos e pedir para o paciente tampar o dele; 
ir movimentando um dedo com o braço esticado perpendicular ao corpo, 
lateralmente a cabeça (reto, em cima e embaixo), e ir perguntando se o paciente 
está vendo (e se o dedo está parado ou movimentando, pra confirmar que ele está 
vendo). 
 Movimentos Oculares: movimentar um dedo em cruz e em asterístico, sempre 
voltando ao meio. Testa-se o 3º, 4º e 6º par craniano - oculomotor, troclear e 
abducente, respectivamente (Ver restante no exame neurológico). Observar 
Estrabismo (convergente/divergente) e nistagmo vestibular e central. 
 Escleróticas: coloração esbranquiçada, vasos dispostos sobre ela (no tecido 
conjuntivo episcleral). Pede-se ao paciente pra olhar pra cima enquanto se 
comprimem as duas pálpebras inferiores com os polegares, expondo a esclera; nela 
observa-se icterícia ou coloração azulada decorrente de osteogênese imperfeita, 
doenças do colágeno e anemia ferropriva. 
 
 
18 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Conjuntivas: reveste a esclera, transparente. Observa-se palidez, hiperemia, edema 
(quemose), hemorragia subconjuntival ou secreção mucopurulenta. Pinguécula 
(nódulo amarelado situado na conjuntiva bulbar, em qualquer lugar da esclera, 
comum no envelhecimento; poupa a córnea; tratamento conservador, pois não 
prejudica a visão) e pterígio (espessamento da conjuntiva bulbar, que cresce sobre a 
superfície externa da córnea, geralmente a partir do lado nasal; se sobrepõe à 
córnea; tratamento cirúrgico). 
 Córneas 
o Transparência 
o Leucomas: córnea toma coloração esbranquiçada 
o Halo senil: halo espessado em torno da córnea de coloração azul-acinzentada 
o Úlcera de córnea 
o Ceratites: nome genérico para inflamações da córnea 
o Reflexo córneo palpebral (V e VII par ) 
o Anel de Kayser-Fleischer: anel cor de bronze localizado no limbo esclero-córneo 
(depósito de cobre); encontrado na Doença de Wilson ou Degeneração hepato-
lenticular. 
 
 Pupilas / Íris 
o Coloboma: fissura congênita da íris. 
o Tamanho da pupila (midríase, miose, discoria, anisocoria) 
o Hippus fisiológico 
o Sinal de Landolfi (Insuficiência Aórtica): pulso pupilar em sincronia com o 
batimento cardíaco 
o Sinal de Argyl-Robertson (sífilis nervosa): abolição do reflexo fotomotor com 
miose permanente e persistência do reflexo de acomodação e convergência 
 Reflexos 
o Fotomotor 
o Consensual: resposta contralateral ao estímulo luminoso 
o Acomodação e convergência 
 Cristalino 
o Coloração: deve ser transparente; está opaco em condições patológicas 
(catarata) 
o Posição (luxação e subluxação) 
 
 
 
 
 
 
19 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Exame da Boca e Orofaringe 
Usar lanterna e espátula (utilizar espátula com a língua relaxada e dentro da boca; a 
espátula deve ser colocada na lateral na língua e à frente do “V” lingual, se colocada no 
centro ou atrás do “V” lingual provoca náuseas e ânsia de vômito). 
Pedir para colocar a língua pra fora e falar “AHHH” ou “EHHH” (ver movimentação da úvula, 
pilares e músculos da região orofaríngea). 
 Vestíbulo: examinar com a espátula; é a região entre a bochecha ou lábio e a 
gengiva; pode ser sede de lesões. 
o Coloração: linhas de Burton-Pb (intoxicação por chumbo levando à impregnação 
deste metal formando uma linha azulada próxima ao ponto de implantação da 
arcada dentária superior) 
o Sangramentos:denominadas gengivorragias 
o Ulcerações 
o Hiperplasias 
 Dentição: estado de conservação: falta de dentes, uso de próteses. 
 Amígdalas: exsudatos - amigdalite, mononucleose, pseudomembrana – difteria, 
hipertrofia. 
 Pilares (anteriores e posteriores). 
 Úvulas (desvio da úvula para o lado saudável – paralisia do IX NC – glossofaríngeo) 
 Palato mole – mobilidade. 
 Palato duro. 
 Língua – mobilidade, superfície, papilas linguais, “V” lingual. Línguas lisas e 
despapiladas em anemias carenciais; carcinoma de células escamosas; leucoplasia; 
candidíase; língua geográfica; ulcerações; desvio da língua (lesão do XII NC – 
hipoglosso). 
 Glândulas sublinguais. 
 Hálito: cetônico (algo semelhante a maçã), urêmico (indício de insuficiência renal 
crônica), fector hepaticus (insuficiência hepática) 
 Lábios 
o Coloração: atentar para doença de Osler-Rendu-Weber que leva a uma 
telangectasia labial e síndrome de Peutz-Jeghers em que aparecem manchas 
hipocrômicas nos lábios. Ambas são pouco freqüentes. 
o Simetria 
o Lesões 
o Queilite: angular, herpética, carencial (carência de vitamina B12). 
o Ulcerações 
o Vesículas 
o Lábio leporino 
 
 
20 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Pescoço 
 Mobilidade 
o Rigidez de nuca 
o Opistótono: contratura generalizada com predominância da musculatura 
extensora 
o Torcicolo 
 Sinais Arteriais 
o Sinal de Musset (insuficiência aórtica, aneurisma da crossa da aorta) : balanço da 
cabeça em sincronia com o batimento cardíaco 
o Dança das artérias 
 Sinais Venosos 
o Pulso venoso 
o Turgência Jugular Patológica: Paciente deitado a 30 ou 45º - Patológico quando 
visível a 45° ou mais. Significado clínico (congestão venosa) 
 
 Palpação de Gânglios/Linfonodos (exame bilateral) 
o Pré-auriculares 
o Retro-auriculares 
o Occipitais (abaixo da protuberância occipital externa) 
o Submandibulares 
o Submentonianos 
o Cervicais posteriores 
o Cervicais anteriores 
o Supraclaviculares (supraclavicular esquerdo aumentado – linfonodo de Virchow, 
constitui o sinal de Troisier sugestivo de neoplasias abdominais, tipicamente 
estômago, pâncreas e fígado). 
 
Descrever: tamanho, número, localização, sensibilidade, consistência (normal é 
fibroelástica ou pode estar endurecido), superfície (lisa, irregular, nodular ou com pontos 
mais proeminentes), relação com planos profundos (aderidos ou não), mobilidade e 
presença de sinais flogísticos, fistulização. 
 
Há ainda: amigdaliano (no ângulo da mandíbula), cervicais superficiais (na frente do ECOM) 
e cervicais profundos (atrás do ECOM). 
 
OBS: para facilitar a palpação, pode pedir para o paciente inclinar o pescoço para o lado 
que está palpando. 
 
 
 
21 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Exame da Tireoide 
 Inspeção: inclinar a cabeça para trás; visível? aumento de tamanho?. 
 Palpação: é uma glândula situada na base do pescoço, abaixo da cartilagem 
cricoide. Localiza-se primeiro a cartilagem tireoide (pomo de adão nos homens), 
abaixo tem a membrana cricotireoidea, abaixo está a cartilagem cricoide e logo 
abaixo tem o istmo da tireoide; os lobos direito e esquerdo da tireoide ficam um de 
cada lado da traqueia. Pode palpar pela frente ou por trás do paciente. Duas 
técnicas: empurrar a traqueia lateralmentee palpar o lobo do lado para o qual ela foi 
empurrada, ou puxar o ECOM e palpar o lobo do mesmo lado. 
Descrever: Tópica? tamanho, consistência, presença de nódulos, bordas bem ou mal 
definidas e mobilidade. 
 
OBS: para facilitar a palpação, pedir para o paciente flexionar o pescoço levemente para 
frente para relaxar os ECOMs. Pedir pra engolir (para avaliar a mobilidade da tireoide; 
quando engole, observamos a tireoide subir). 
 
 Ausculta: pesquisa de sopros, que pode estar presente na doença de 
graves/hipertireoidismo, pelo aumento do fluxo sanguíneo na região. 
 
OBS: Manobra de Pemberton – pesquisa de bócio mergulhante: pedir para o paciente 
elevar os membros superiores paralelamente à cabeça e no caso de bócio mergulhante a 
calota ou pólo cefálico do bócio aflora à fúrcula esternal, além de provocar congestão 
venosa superficial da face (rubor facial) por dificuldade de drenagem das veias jugulares. 
 
 Exame dos Pulsos Carotídeos 
 Palpação e ausculta: ao lado da cartilagem tireoide, na borda anterior do ECOM; 
palpar um de cada vez. 
Descrição: ritmo, amplitude, frequência, estado da parede do vaso, presença de frêmitos 
ou sopros. 
 
Descrição do exame normal: 
Crânio normocéfalo. Ausência de retrações, cicatrizes e abaulamentos no couro cabeludo. 
Cabelos com implantação, textura e distribuição normais e sem infestações parasitárias. 
Face simétrica com mímica preservada e ausência de movimentos involuntários. Ausência 
de edema e de lesões de pele. Distribuição normal de pelos. 
Implantação de olhos, nariz, orelhas e sobrancelhas normais. Ausência de edema de 
pálpebras. Abertura e forma de fenda palpebral normal. Ausência de alterações em globo 
ocular com movimentos oculares preservados e ausência de movimentos anormais. 
 
 
22 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
Ausência de alterações em conjuntiva, esclera, córnea, íris e cristalino. 
Pupilas isocóricas e fotoreagentes. Reflexo fotomotor direto, consensual e de acomodação-
convergência preservados. Ausência de alterações em campo visual. 
Seios da face indolores. Narinas e vestíbulo nasal sem alterações. 
Pavilhão auricular e conduto auditivo externo sem lesões ou secreções. Acuidade auditiva 
normal. 
Lábios, língua, gengiva e mucosa jugal sem alterações. 
Língua de mobilidade normal, com distribuição e quantidade papilar normal. 
Dentes em bom estado de conservação. 
Úvula centrada e pilares simétricos. 
Orofaringe sem sinais de processo inflamatório ou infeccioso. 
Pescoço com mobilidade ativa e passiva normal. 
Ausência de lesões, nodulações ou linfadenomegalias em todas as cadeias estudadas de 
cabeça e pescoço. 
Em linfadenomegalia: Localização, tamanho, sensibilidade, consistência, adesão, 
mobilidade, sinais flogísticos. 
Ausência de desvio de traquéia. 
Tireóide de tamanho normal, indolor, normotérmica, de consistência fibroelástica, sem 
nódulos, móvel à deglutição e sem sopros. Ausência de sopros carotídeos ou TJP a 45º. 
 
APARELHO RESPIRATÓRIO 
INSPEÇÃO 
 Inspeção Estática 
 Presença de depressões, abaulamentos, nodulações, lesões de pele e cicatrizes. 
 Mamilos: número, implantação e simetria. 
 Tipos torácicos: 
o Enfisematoso: em tonel 
o Chato: parte anterior perde sua concavidade (portanto há diminuição do diâmetro 
AP). Ângulo de Louis torna-se mais visível. Típico dos longilíneos e 
portadores de doença pulmonar crônica. 
o Quilha ou Pectus carinatum: Tórax de pombo. É congênito ou devido ao 
raquitismo na infância. 
o Sapateiro ou Pectus Escavatum: depressão da parte inferior do esterno na 
região epigástrica. Natureza congênita 
 
 Inspeção Dinâmica 
 Tipos respiratórios e Uso da Musculatura Acessória: abdominal, torácico ou tóraco-
abdominal. 
 
 
23 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Ritmos respiratórios: 
o Normal: inspiração com duração e intensidade semelhante a expiração 
o Suspiroso (ansiedade, tensão emocional): movimentos inspiratórios de 
amplitude crescente seguidos de expirações breves e rápidas 
o Cheyne-Stokes (TCE, AVC, Insuficiência Cardíaca, Hipertensão 
intracraniana): fase de apnéia seguida de inspiração e expiração cada vez 
mais intensas 
o Biot (mesma causas acima): apnéia seguida de inspirações e expirações 
anárquicas 
o Kussmaul (Acidose Diabética): desencadeada via acidose. Possui 04 
fases. 
o Agônico (Insuficiência Respiratória Aguda): semelhante a um peixe fora 
d’água. 
 Frequência respiratória: Eupneia ou dispneia. 
 Amplitude respiratória: normal, hipopnéia ou hiperpnéia. 
 Cornagem ou Estridor Laríngeo: respiração ruidosa. 
 Tiragem: é a depressão dos espaços intercostais que ocorre dinamicamente durante 
a inspiração. Expressa dispnéia inspiratória por obstrução brônquica. Pode ser 
intercostal e/ou subcostal. 
 Sinal de Lemos Torres: é um abaulamento expiratório visto nas bases pulmonares, 
na face lateral do hemitórax. Traduz a presença de um derrame pleural livre. 
 Sinal ou fenômeno de Litten: é a visualização do diafragma quando o mesmo faz 
sua incursão durante a inspiração e expiração. Está abolido nos derrames pleurais 
moderados e volumosos. 
 
PALPAÇÃO 
 Palpação de Gânglios Axilares 
 bilateral / manobra de relaxamento do membro superior 
 Linfonodo de Irish: linfonodo axilar esquerdo aumentado, caracteristicamente no 
adenocarcinoma gástrico. 
 Descrever: tamanho, sensibilidade, consistência, relação com planos profundos, 
mobilidade, presença de sinais flogísticos. 
 
 Expansibilidade e Elasticidade Torácicas 
paciente sentado de costas 
 Expansibilidade: Ápice pulmonar – manobra de Ruault – por trás do paciente, 
posiciona-se as mãos sobre o trapézio, com os dedos em direção à clavícula e os 
polegares na parede posterior em direções convergentes, encontrando-se na 7ª 
 
 
24 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
vértebra cervical, formando um ângulo de 90º e formando uma prega cutânea, pede-
se para o paciente respirar fundo e soltar o ar (assimetria constitui o sinal de Ruault). 
 Dorso (terço médio): examinado no sentido craniocaudal, abre-se bem os dedos 
colocando um em cada espaço intercostais e os polegares ficam na posição vertical, 
separados, paralelos, formando uma prega cutânea (formada na expiração e 
desfeita na inspiração), repete-se a respiração profunda. 
 Bases pulmonares – manobra de Lásegue – mesma técnica utilizada no dorso, 
porém os dedos um de encontro ao outro, horizontalmente, ainda separados. 
 Elasticidade: posicionar as mãos em pontos diametralmente opostos – 
anteroposterior e laterolateral – efetuando pressão simultânea e simétrica. Está 
fisiologicamente aumentada em crianças e reduzida em idosos. 
o Patológica: diminuída unilateralmente em síndromes do derrame pleural ou massa 
pulmonar extensa, e diminuída bilateralmente em casos de DPOC e tuberculose 
pulmonar; aumentada unilateralmente em pneumotórax não hipertensivo, e 
aumentada bilateralmente em osteomalacia (raquitismo em atividade). 
 
 Pesquisa de Frêmito Toracovocal (FTV) 
Deve ser sempre comparativa contralateralmente, seguindo a chamada “barra grega”, 
utilizando sempre a mesma mão (ponta dos dedos ou face palmar) e solicitando ao 
paciente para que repita “33”. A delimitação do limite inferior dessa trepidação pode ser 
delimitada pela face ulnar. A palpação deve incluir região anterossuperior do tórax, já que 
os lobos superiores são anteriorizados, e parede lateral. As pneumopatias são simpáticas 
ao FTV (aumenta em tuberculose, pneumonia, hemorragia ou neoplasia infiltrativa) 
enquanto as pleuropatias são antipáticas (diminui em derrame pleural, pneumotórax e 
tumores pleurais. 
 
OBS: o lado direito pode ser discretamente mais intenso, pois o brônquio fonte direito tem 
maior diâmetro e também pela maior proximidade com a traqueia. 
 
PERCUSSÃO 
 Percussão Torácica 
(pacientesentado de costas) 
Posicionar o dedo médio na posição a ser examinada, sem apoiar o restante dos dedos 
para não abafar o som, e percuti-lo com o dedo médio da outra mão (mantendo o antebraço 
imóvel). A batida deve ser preferencialmente sobre a região interfalangiana distal do dedo 
apoiado, com duas percussões de cada vez. Deve seguir a mesma sequência da palpação 
do FTV (barra grega). No ápice, excepcionalmente (por suas relações anatômicas), faz-se a 
ortopercussão de von Plesh, em que se apoia o dedo médio na região supraclavicular, 
 
 
25 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
flexionando-o formando um ângulo de 90º com sua falange proximal e o dedo médio da 
outra mão percute a interfalangiana proximal deste. Não esquecer a região anterossuperior 
do tórax. Pode-se ainda fazer opcionalmente a percussão direta (sem dedo médio apoiado) 
das clavículas para avaliação dos ápices pulmonares. 
O som normal é claro atimpânico, podendo estar maciço (ausência de ar e algo denso 
no local) em caso de órgãos maciços como o fígado, e patologicamente no caso de 
pneumonia, processo de hepatização do parênquima pulmonar e atelectasia; podendo 
também estar timpânico (presença de ar) em caso de pneumotórax hipertensivo(muito 
importante no diagnóstico). Hiperressonante em pacientes com enfisema pulmonar e 
submaciço em casos de DPOC. 
 
 Em resumo: Ruídos e sons a serem pesquisados 
o som claro pulmonar ou atimpânico: Normal 
o som submaciço: pode estar presente no precórdio 
o maciço: exemplo é o fígado 
o timpânico: espaço de Traube 
o hipersonoridade: condições patológicas; lembra um tambor. 
 
AUSCULTA 
 Ausculta Respiratória 
paciente sentado de costas 
Paciente deve ser solicitado a inspirar pelo nariz e soltar o ar pela boca, um pouco mais 
rápido e profundo que o normal (não muito rápido, nem muito profundo ou o paciente pode 
ficar tonto). Também segue a “barra grega”; na região anterossuperior direita se ausculta 
dois espaços intercostais enquanto na esquerda apenas um, devido ao coração que 
atrapalha a ausculta abaixo disso. O murmúrio vesicular deve ser universalmente audível; 
eventualmente podem-se auscultar ruídos adventícios (estertores, roncos, sibilos). 
Se houver suspeita de algo que transmita melhor o som, como condensação ou 
tumoração, pode-se fazer a ausculta da voz sussurada, solicitando ao paciente que fale 33 
bem baixo, normalmente não se consegue discriminar as sílabas, e se a suspeita se 
confirmar pode haver essa discriminação e às vezes até haver pectorilóquia, ouvindo-se 
nitidamente o 33 com voz caprina. 
MV diminuído em casos de fibrose pulmonar ou DPOC; abolido em pacientes 
pneumectomizados, com derrame pleural ou pneumotórax. 
 
 
 
 
 
 
26 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Ruídos normais 
o Respiração traqueal ou brônquica - auscultada abaixo da cartilagem tireóide 
o Respiração bronco-vesicular - região supra/infra-clavicular e supra-escapular 
o Respiração vesicular ou murmúrio vesicular (MV) - (demais regiões) auscultar a 
parede posterior do tórax (método de barras gregas), bases, região axilar e parede 
anterior. 
 Variações patológicas 
o Aumento, diminuição ou abolição do MV 
o Roncos: traduzem a estenose de grandes brônquios, são intensos, audíveis à 
distância, dão frêmitos e são contínuos; 
o Sibilos: traduzem a estenose de pequenos brônquios, são intensos, agudos e 
contínuos. 
o Estertores crepitantes: são alveolares, inspiratórios, e lembram o “roçar de cabelos” 
o Estertores subcrepitantes: têm o ruído de bolhas e são produzidos pelo conflito ar-
líquido na luz dos médios e pequenos brônquios. Ocorrem na ins/expiração e se 
modificam com a tosse. 
o Atrito pleural: traduz inflamação aguda e fibrinosa das pleuras ou neoplasia pleural. 
É um ruído irregular, grosseiro, não muda com a tosse e lembra o “ranger de couro 
cru”; é ventilatório-dependente. 
o Sopros: Quando, em zonas de auscultação do MV normal for encontrado um ruído 
intenso, ins/expiratório, mas com a exp > inspiração e também com a expiração 
mais aguda, denomina-se este ruído de sopro. É a respiração tráqueo-brônquica 
auscultada em áreas de MV, o que ocorre devido a meios de propagação mais 
adequados, que são a condensação e a cavidade. 
o Tipos de sopros: Brônquico, Tubário, Pleurítico,Cavernoso e Anfórico. 
o Ausculta da voz: 
 
Ressonância Vocal Normal: ausculta-se um rumor indistinto na maioria das vezes. Ela 
pode estar aumentada ou diminuída. 
Brocofonia: ausculta distinta da voz, pode ser: 
Pectorilóquia fônica: é a ausculta da voz falada. 
Pectorilóquia áfona: é a ausculta da voz sussurrada 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 Roteiro de prática 
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Descrição do exame normal 
Tórax atípico, simétrico, eupneico e sem sinais de esforço ventilatório. Ausência de 
cicatrizes, abaulamentos e lesões de pele. Gânglios supraclaviculares, infraclaviculares e 
axilares impalpáveis. Elasticidade e expansibilidade preservadas bilateralmente, FTV 
uniformemente palpável bilateralmente. Som claro atimpânico à percussão. Múrmurio 
vesicular universalmente audível sem ruídos adventícios. 
 
 
APARELHO CARDIOVASCULAR 
INSPEÇÃO 
 Geral: 
Atentar para sinais gerais associados a doença cardiovascular, dentre estes podemos 
encontrar: 
 Sudorese fria 
 Edemas 
 Petéquias 
 Xantelasmas 
 Lesões orovalvares (embolia) 
 Baqueteamento digital 
 Unhas em vidro de relógio 
 
 Inspeção da Região Precordial 
 Observar e se possível localizar o ictus cordis 
 impulso de VD 
 pulsações anormais: pulsação de aneurisma da aorta torácica (na fúrcula esternal 
ou terceiro/segundo EICD) e pulsação da artéria pulmonar (no foco pulmonar) 
 Retrações sistólicas dos espaços intercostais (pericardite constrictiva): Sinal de 
Broabent 
 Presença de Pulso Venoso Jugular ou Turgência: Analisar as ondas de pulso 
venoso (H, A, Z, C, X, V, Y), em geral a onda A é a mais visível. 
 Refluxo hepatojugular 
 sinal de Kussmaul (turgência jugular na inspiração) 
 Circulação Colateral: cava superior, braquicefálica (em esclavínea), cava inferior, 
porta (cabeça de medusa). 
 
 
 
 
 
28 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
PALPAÇÃO 
 Palpação do ictus cordis 
Em decúbito dorsal e lateral esquerdo, no foco mitral: normalmente situado no 5ª EIC, na 
linha hemiclavicular esquerda. Palpar em decúbito dorsal e em decúbito lateral esquerdo 
(obliquamente, para aproximar o ictus da caixa torácica; o ictus fica mais lateralizado em 
aproximadamente 2 cm, se não, há redução da mobilidade do ictus que sugere pericardite 
constritiva). Extensão normal é de 2-3 cm. Quando é visível, guia a palpação. Palpação 
deve começar com a mão espalmada a procura do ponto de máximo impulso, e após sua 
detecção, utiliza-se a ponta dos dedos para aumentar a sensibilidade tátil. 
 
Descrever: localização (observar variações com a postura, tamanho do coração, patologias 
pleuropulmonares, patologias abdominais, deformidades torácicas), extensão (normal: tem 
de uma a duas polpas digitais), forma e amplitude (normal - se está hipocinético, globoso – 
dilatado, sustentado: maior força de contração - reflexo de hipertrofia), mobilidade (imóvel: 
sugere pericardite). 
Alterações incluem: duplo impulso apical e onda pré-sistólica e onda de enchimento rápido 
(aspecto palpável de B3 e B4). 
 
 Palpação do precórdio 
 paciente deitado com cabeceira a 30º, sentado para palpação dos focos da base. 
 
Foco aórtico: 2º EIC direito, na linha paraesternal. 
Foco pulmonar: 2º EIC esquerdo, na linha paraesternal. 
Foco aórtico acessório: 3º EIC esquerdo, na linha paraesternal, entre o FP e o FT. 
Foco tricúspide: 5º EIC esquerdo, na linha paraesternal. 
Foco Mitral: 5°EIC esquerdo, na linha hemiclavicular. 
 
 Frêmitos: localização e posição no ciclo (sistólico,diastólico ou contínuo). 
 Palpação das Bulhas: choque valvar (palpação das bulhas, quando possível) 
o B1: estenose mitral 
o P2: hipertensão pulmonar 
o A2: hipertensão arterial sistêmica 
 
OBS: 
B1: fechamento das valvas AV, logo é palpado no ápice, foco mitral ou tricúspide, 
marcando o início de sístoles (diferença para B3 e B4 que também são encontradas nesses 
focos, porém durante a diástole); causado geralmente por calcificações e/ou fibroses que 
 
 
29 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
causam estenoses valvares (ex: estenose mitral), ou estados hipercinéticos (ex: anemia, 
febre, tireotoxicose). 
 
B2: fechamento das valvas semilunares, logo é palpável na base cardíaca (foco pulmonar 
ou aórtico); em foco aórtico é sugestivo de HAS, enquanto em foco pulmonar é sugestivo de 
HAP (quando ocorre associado à VD palpável, há grande probabilidade do diagnóstico). 
 
Frêmitos: representam sopros palpáveis. As lesões orovalvares são as grandes 
responsáveis por isso. Aneurismas também podem gerar frêmitos, porém é mais raro. A 
sensação de palpar o frêmito se assemelha à sensação de palpar a laringe durante a fala. 
Notar sua localização, momento no ciclo cardíaco, intensidade e irradiação. Frêmito na 
base cardíaca sugere insuficiência (regurgitação) valvar quando diastólico, e estenose 
quando sistólico. Já no frêmito em ápice ocorre o contrário. Frêmito diastólico que irradia 
para fúrcula esternal e carótidas sugere insuficiência aórtica e quando irradia para axila 
esquerda deve-se pensar em estenose mitral. 
 
 Impulso de VD (“ictus” de VD): possível em pacientes com tal câmara cardíaca 
aumentada ou em pacientes magros. Pode-se usar 4 técnicas: com a região tenar e 
hipotenar da mão; com os punhos cerrados apoiando as falanges proximais da mão; 
ou palpação em garra, com a mão aberta apoiando as polpas digitais no 3º, 4º e 5º 
EIC. Ainda é possível palpar abaixo do processo xifoide, colocando a mão de forma 
espalmada e apontando para a região cefálica do paciente, na região epigástrica 
(solicitar inspiração do paciente para facilitar; essa manobra pode causar 
desconforto). 
 
 Pesquisa da Turgência Jugular: traçar uma linha horizontal de 4,0 cm a esquerda, 
desde o ângulo de Louis. Daí traçar uma paralela ao pescoço - se a turgência estiver 
no ponto de intersecção ou acima dele, é considerada presente. O paciente deve 
estar em decúbito dorsal e inclinação de aproximadamente 45º. Alguns livros 
descrevem esse exame no aparelho cardiovascular outros no exame de cabeça e 
pescoço. 
 
AUSCULTA 
 Ausculta Cardíaca 
paciente deitado com cabeceira a 30º 
O fechamento das valvas cardíacas produz sons de alta frequência (B1 e B2), 
portanto serão mais bem auscultados com o diafragma. As bulhas acessórias (B3 e B4) 
constituem sons graves, de modo que para sua detecção deve ser utilizada a 
 
 
30 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
campânula. Estalidos e cliques são sons mais agudos, logo são mais audíveis com 
diafragma. 
 Ausculta das Bulhas Cardíacas (B1, B2, B3, B4) 
 Regularidade do Ritmo (regular, irregular ou anárquico - arritmia) – Verificar com a 
palpação do pulso radial. 
o Ritmo regular: as bulhas ocorrem em intervalos fixos. 
o Ritmo regularmente irregular: uma irregularidade, que, no entanto, é repetida de 
forma não aleatória; a extrassístole é um grande exemplo (estipular quantas 
ocorrem por minuto). 
o Ritmo irregularmente irregular: ritmo completamente aleatório. Nesses pacientes, 
FC deve ser palpada no precórdio, pois nem todos os batimentos possuem 
tradução palpatória; principal diagnóstico diferencial é fibrilação atrial. 
 Tempos do Ciclo (dois tempos, três tempos, quatro tempos) 
 Intensidade (hipofonese, normofonese, hiperfonese) 
 Desdobramento das bulhas (fisiológico,variável, fixo, paradoxal) 
 Presença de Sopros Cardíacos 
o posição no ciclo 
o localização 
o irradiação 
o intensidade (+ a 6+): a partir de 4+ é acompanhado de frêmito 
o timbre (suave, rude, musical, aspirativo, ejetivo, regurgitante...) 
o configuração (crescendo, decrescendo, crescendo-decrescendo, plateau) 
 Tipos de sopro 
o Sopro circular de Miguel Couto: Patognomônico de insuficiência mitral. Ocorre 
quando o sopro em foco mitral irradia para dorso e região direita e anterior do tórax. 
o Fenômeno de Gallavardin: Modificação do timbre de sopro sistólico de ejeção 
da estenose aórtica que irradia para o ápice cardíaco. O sopro desaparece sob o 
esterno. 
o Sopro em diamante: Ocorre em estenose aórtica. Quanto mais grave o quadro, 
mais tarde será o pico do sopro sistólico de ejeção. 
o Sopro Fifty over fifty: Sopro da estenose aórtica que vai acometer 50% da 
população acima de 50 anos. 
o Sopro de Austin Flint: Sopro de estenose mitral funcional decorrente de 
insuficiência aórtica. O sangue que regurgita da aorta na insuficiência aórtica pode 
bater na valva mitral aberta, podendo deslocar os folhetos da mitral o que leva a 
uma estenose mitral funcional. 
o Sopro de Graham: É o sopro diastólico da insuficiência pulmonar. É raro e pode ser 
confundido com sopro de insuficiência aórtica. 
 
 
31 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o Sopro de Carey-Coombs: sopro diastólico de estenose mitral decorrente de febre 
reumática 
 
 Manobras que visam aumentar ou diminuir um sopro: 
Manobra de Rivero Carvallo: Inspiração profunda. Usada na pesquisa de aumento de VD, 
pesquisa de bulhas como B3 e B4 e de sopros (principalmente de insuficiência tricúspide) 
em VD. A inspiração profunda reduz a pressão intratorácica e eleva retorno venoso o que 
aumenta a chegada de sangue e o tamanho de VD. Com esta manobra também se pode 
perceber que o desdobramento paradoxal pode desaparecer, já que pulmonar vai demorar 
mais a fechar com o aumento do RV. 
 
Manobra de handgrip: Aumento da resistência periférica com redução de RV. Usada para 
melhorar audição de B3 e B4 e de sopros (principalmente de regurgitação da insuficiência 
mitral) em VE. O sangue mantém-se por mais tempo no coração ao aumentar a resistência 
periférica. Vale lembrar que o sopro sistólico de ejeção da estenose aórtica que irradia para 
o ápice cardíaco pode ser confundido com sopro sistólico de regurgitação da insuficiência 
mitral. No entanto, a manobra de Hand Grip aumenta o sopro da insuficiência, mas diminui 
o sopro da estenose aórtica (aumento da RVP dificulta passagem de sangue pela valva 
aórtica). 
 
Manobra de Valsalva: Expiração forçada - paciente sopra com força o dorso da mão. 
Diminui percepção de sopros, pois reduz RV. Com esta manobra, porém, se percebe 
melhor o desdobramento paradoxal (P2 antes de A2) e, em prolapso de valva mitral, a 
manobra aumenta o tempo de sopro de regurgitação em direção a AE e faz com que o 
clique mesossistólico (projeção dos folhetos valvares para dentro de AE) se aproxime de 
B1. 
Paciente em pé: aumenta sopro da HSA 
Squating: aumenta sopros de cavidade direita; pode acentuar também das insuficiências 
aórtica e mitral 
Paciente em decúbito lateral esquerdo: aumenta sopro da estenose mitral; usar 
campânula 
Paciente sentado com o tronco para frente: aumenta sopros de base 
Aumento da pressão da membrana do estetoscópio 
Sentado recostado para frente - posição de Harvey: aproxima os focos da base, 
permitindo melhor ausculta dos focos aórtico e pulmonar. 
Posição de Cócoras: intensifica todos os sopros, exceto o da miocardiopatia hipertrófica 
(ou estenose subaórtica hipertrófica idiopática), quando o paciente retorna a posição ereta o 
contrário ocorre. 
 
 
32 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Presença de Outros Ruídos 
o estalido de abertura da valva mitral / tricúspide 
o click mesossistólico de colapso da valva mitral / tricúspide 
o click de ejeção aórtico / pulmonar 
o atrito pericárdico 
 
 Análise dos pulsosarteriais - Descrita em cardio, entretanto fazer o exame 
completo no exame do sistema vascular. Atentar para o ritmo, amplitude e tipo 
de pulso. 
Analisar pulsos carotídeo, braquial, radial, femoral, poplíteo, pedioso e tibial posterior 
(dar preferência para a descrição de pulsos centrais). 
 Ritmo: 
o regular 
o irregular 
o anárquico (fibrilação atrial) 
 Freqüência: 
o normal 
o taquiesfigmia 
o bradiesfigmia 
 Amplitude: 
o pulso cheio (normal) 
o pulso hipocinético: choque, ICC, IVE, desidratação 
o pulso hipercinético: hipertensão arterial sistêmica, IVD 
 Estado da Parede Arterial (na aterosclerose ocorre o espessamento da parede). 
 
 Pulsos Típicos: 
o Pulso Paradoxal de Kussmaul: redução da PA em mais de 20mmHg quando há 
inspiração profunda. Ocorre em tamponamento cardíaco (derrame pericárdico que 
restringe enchimento de VE). 
o Pulso Bigeminado 
o Pulso Trigeminado 
o Pulso em Martelo D’água ou Pulso de Corrigan ou Célere: pulso amplo e de curta 
duração que ocorre mais em periferia e é típico da insuficiência aórtica. 
o Pulso Tardus (estenose aórtica) e Pulso Parvus 
o Pulso Magnus (estenose aórtica) 
o Pulso Alternans (fase final de ICC) 
o Pulso Bisferiens 
o Pulso Dicrótico (parece haverem duas sístoles em uma) 
 
 
33 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Outros Sinais 
o Pulso em martelo d’água: 
o Sinal de Müsset: Pulsos amplos que provocam abalos em repouso, típico de 
insuficiência aórtica. 
o Sinal de Müller: Pulsações da úvula, típico de insuficiência aórtica. 
o Sinal de Qüincke: à compressão do leito ungueal, vê-se a parte rosa da 
unha pulsando. 
o Sinal da Perna: ao cruzar a perna, esta fica balançando ritmicamente com o 
pulso. Ocorre na insuficiência aórtica. 
o Sinal de Traube: à ausculta da artéria femoral, pode-se ouvir um ruído de 
pistola. Ocorre em insuficiência aórtica. 
o Sinal de Duroziez: à ausculta da artéria femoral, pode-se ouvir um sopro 
contínuo. Ocorre em insuficiência aórtica. 
o Sinal do duplo tom de Traube: à ausculta da artéria femoral, pode-se ouvir 
ruído parecido com bulhas cardíacas. Ocorre em insuficiência aórtica. 
o Knock pericárdico: som após B2 que não é B3. Ocorre em pericardite 
constritiva. 
o Sinal de Kussmaul: aumento da pressão em veia jugular durante a 
inspiração (deveria ocorre durante expiração). Ocorre em pericardite 
constritiva. 
 
Descrição do exame normal 
Ausência de abaulamentos e retrações no precórdio. Ausência de pulso hepático, 
epigástrico e de fúrcula esternal. Precórdio normodinâmico. Ictus de VE invisível, palpável 
em 5º EIC na LHCE medindo 1 polpa digital, não propulsivo, mobilidade preservada. VD 
invisível e não palpável. Ausência de frêmitos em precórdio. RCR 2T c/ BNF. Ausência de 
sopros ou extrassístoles. 
Em sopros: Tipo, localização, irradiação, 1-6+, timbre, modificadores (rivero carvallo, 
valsalva, cócoras, handgrip). Ausência de TJP a 45º. Pulsos arteriais periféricos simétricos, 
sincrônicos e com boa amplitude. 
 
SISTEMA VASCULAR 
Paciente em decúbito dorsal 
 Pulsos dos Membros Superiores 
 Radial: apófise estiloide do radio, com uma ligeira flexão da mão. 
 Ulnar 
 Braquial: dois dedos acima da prega do cotovelo, no sulco do bíceps braquial. 
 
 
34 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 Axilar: deve ser palpado no ápice da axila; pesquisa-se com o ombro em 
abdução de 90º; o pulso é então palpado penetrando a mão no cavado axilar. 
 
 Pulsos dos Membros Inferiores 
 Femoral: abaixo do ligamento inguinal - entre a espinha ilíaca ântero-superior e 
o pubis, mais ou menos no terço médio. 
 Poplíteo: flexão do joelho, deixando-o mole, batimento da artéria no oco 
poplíteo; nem sempre o pulso é perceptível. 
 Tibial posterior: atrás do maléolo medial 
 Dorsal do pé: artéria pediosa; terço médio do pé, lateralmente ao tendão flexor 
dorsal do hálux; um bom pulso da artéria dorsal do pé, geralmente significa um 
bom débito cardíaco. 
 
Descrição do exame normal: 
Ausência de edema, lesões de pele, alterações de cor e temperatura, alterações tróficas, 
sinais de insuficiência venosa ou arterial. Pulsos periféricos palpáveis simétricos, de ritmo 
regular, frequência normal, amplos (4+/4+), sem frêmito e sem alterações na parede. 
 
 ABDOME 
 paciente deitado, sem travesseiro, com braços e pernas descruzados. 
 
INSPEÇÃO 
 Lesões de pele à nível de abdome 
o sinal de Cullen (pancreatite): equimose periumbilical. 
o sinal de Grey-Turner (pancreatite): equimose em flancos. 
Sugestivos de sangramento retroperitonial. 
 Tipo Abdominal 
o ventre em batráquio 
o distendido/globoso 
o em avental 
o escavado 
o gravídico 
o em tábua 
o atípico 
 
 Cicatriz Umbilical 
o protusão 
o hérnia 
 
 
35 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o eritema 
o nódulo da irmã Maria José: linfonodo metastático periumbilical 
 
 Fístulas enterocutâneas (colite ulcerativa e doença de Crohn) 
 Contrações peristálticas visíveis (estenose ou obstrução; pode ainda aparecer em 
pessoas muito magras). Buscar as ondas de Kusmaul visíveis no epigástrio. 
 Abaulamentos (visceromegalias, tumores intra-abdominais e de parede) 
o Manobra de Smith-Bates: para diferenciar abaulamentos de parede dos intra-
abdominais. 
 
AUSCULTA 
 Ausculta do Abdome 
A ausculta abdominal deve anteceder a palpação e a percussão, pois estas podem 
estimular o peristaltismo e prejudicar a avaliação dos ruídos hidroaéreos quanto à 
frequência e intensidade. Divisão do abdome com duas linhas perpendiculares passando 
pela cicatriz umbilical, formando os 4 quadrantes. A cada 4 incursões respiratórias deve-se 
auscultar uma onda peristáltica, ou de 5 a 34 ruídos do borborigmo intestinal por minuto. 
Para se afirmar que o paciente é aperistáltico deve-se auscultar pelo menos 3 min em cada 
quadrante. Como é muito tempo, na prática, depois de auscultar 1 min em cada quadrante, 
diz-se que não se ouviu a peristalse ou que no mínimo ela está muito diminuída. 
 
 Ruídos Hidroaéreos (RHA) 
o Peristalse normal 
o Peristalse de luta (obstrução): ruído de alta intensidade e frequência, podendo 
chegar ao timbre metálico. 
o silêncio abdominal 
 
 Proceder com ausculta da aorta abdominal, artérias renais, ilíacas e femorais. 
 Atrito Hepático (Cirrose ou NEO hepática) 
 Sopro Hepático (cirrose ou NEO hepática por neovascularização) 
 Sopro Aórtico / Renal / Mesentérico (obstrução, placa de ateroma) 
 Sopro por circulação colateral. 
 
PERCUSSÃO 
 Realizar a percussão das 9 regiões abdominais. 
 Som normal = timpânico e maciço (fígado) 
 Pesquisar som do espaço de Traube (está alterado na esplenomegalia) 
 
 
36 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o Limites de Traube: 6º EIC esquerdo, rebordo costal esquerdo e linha axilar anterior 
esquerda. 
o Linha de Piorry: da fúrcula esternal até a extremidade distal da primeira costela 
flutuante esquerda. O som normal do abdome é timpânico, assim percute-se traube 
a procura de macicez que pode indicar esplenomegalia. A macicez no espaço de 
traube também pode decorrer de estômago cheio (alimentação), fecaloma, 
adenocarcinoma gástrico, ascite volumosa, situs inversus ou extenso derrame 
pleural à esquerda; assim para diferenciar a esplenomegalia verdadeira de outras 
causas usa-se a linha de Piorry. Caso a percussão medial dessa linha seja maciça, 
indica crescimento esplênico verdadeiro. 
 
 Hepatimetria 
o Deve ser feita com o paciente respirando calmamente, pois se o paciente respira 
fundo o fígado se movimenta. Começa-se delimitando o limite superior através da 
percussão desde o 2ª EIC direito, na direção da linha hemiclavicular. O som 
pulmonar é claro atimpânico, enquanto o hepático é maciço; no ponto em que há 
sobreposição do pulmão com o fígado, o som é submaciço,sendo este ponto o 
considerado como o limite superior do fígado. Para delimitar a borda inferior, deve-
se fazer a palpação desde a fossa ilíaca direita (a percussão nesse caso pode ser 
falseada, pois a flexura direita do cólon pode estar por sobre o fígado – sinal de 
Chilaiditi), palpando a borda direita na linha hemiclavicular e a borda esquerda na 
linha média, abaixo do apêndice xifoide. 
o O tamanho hepático normal é de 6 a 12 cm na linha hemiclavicular direita, e de 4 a 
8 cm abaixo do apêndice xifoide. 
 Sinal de Joubert (pneumoperitônio): aparecimento de timpanismo em área de 
macicez, índice de perfuração de víscera oca, uma vez que o ar tende a ocupar as 
porções superiores (infradiafragmáticas) do abdome. 
 
 Manobras para pesquisa de Ascite 
o Macicez móvel de decúbito: em pacientes com macicez nos flancos e timpanismo na 
região umbilical, deve-se pesquisar se há líquido livre na cavidade, que devido ao 
decúbito dorsal, faz o líquido escorrer para os flancos e as alças flutuarem dando o 
timpanismo na região periumbilical. Para descobrir se o líquido é livre, marca-se o 
ponto entre o timpanismo e a macicez e pede-se que o paciente fique em decúbito 
lateral, assim o líquido escorre e as alças são transferidas para cima, fazendo com 
que a área anteriormente maciça fique timpânica, constituindo assim a macicez móvel 
de decúbito. 
 
 
37 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o Sinal do Piparote: é evidenciado através da sensibilidade de ondas líquidas no lado 
oposto ao que se estimula com percussões (“petelecos”) a parede abdominal. Pede-
se ao paciente que comprima a região mediana ou linha média com a borda ulnar da 
mão, para impedir que haja transmissão via tecido celular subcutâneo, realiza-se a 
percussão em um dos lados do abdome e sente-se a onda líquida com a outra mão, 
do outro lado. Há necessidade de um volume maior de líquido para se sentir, logo tem 
menos sensibilidade que a macicez móvel de decúbito. 
o Sinal da Poça: paciente colocado em posição genito-peitoral (“de quatro”) no leito. Um 
auxiliar posiciona o diafragma do estetoscópio sobre a superfície ântero-lateral de um 
dos flancos do paciente. O examinador vai percutindo da periferia para o centro e vai 
ouvindo o som com o estetoscópio. A passar a auscultar o som mais rapidamente do 
que ates (liquido transmite melhor o som do que o ar) para-se de caminhar com a 
percussão e se coloca o estetoscópio mais próximo do centro. Repetidamente, faz-se 
o mesmo processo até que se delimite o diâmetro da região periumbilical que está 
tomado por líquido. O sinal da Poça é positivo para ascite no mínimo de 150 ml. 
Pouco utilizado na prática clínica. 
o Semicirculo de Skoda: o líquido ascítico ocupa as áreas de declive do abdome, em 
hipogástrio e flancos. Ao percutir o abdome a partir do andar superior, delimita-se uma 
linha circular na transição entre o timpanismo e a macicez das áreas de maior declive; a 
concavidade estará voltada para a região epigástrica. 
 
PALPAÇÃO 
 Palpação Superficial 
Perguntar sobre pontos dolorosos antes de palpar, em caso positivo, essa será a última 
região a ser examinada. A palpação deve-se iniciar na fossa ilíaca direita, passando pelos 4 
quadrantes (9 regiões) e depois indo ao meio do abdome (“caracol”). A palpação superficial 
é feita apenas com uma das mãos, movimentando levemente, sentindo a tensão da parede, 
avaliando a presença de dor, herniações, massas e visceromegalias de grande monta. 
 Sensibilidade: normal, hipoestesia, hiperestesia 
 Tensão: normal, flacidez, hipertonia (ou defesa) 
 Abdome em Tábua: forma extrema de hipertonia involuntária. 
 Tumores (lipomas, fibromas, hematomas da bainha do músculo reto abdominal) 
 Solução de continuidade de Hérnias (diástase dos retos) 
 
 Palpação Profunda 
Novamente, se houver alguma região dolorosa, será a última região a ser examinada. A 
palpação deve-se iniciar na fossa ilíaca direita, passando pelos 4 quadrantes (9 regiões) e 
depois indo ao meio do abdome (“caracol”), feita em movimentos circulares em cada ponto. 
 
 
38 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
A palpação profunda é feita com as duas mãos, uma sobre a outra, colocando a mão 
predominante por baixo sendo a que irá palpar/sentir, e a outra por cima apenas para apoio 
e para ajudar a afundar; sempre observando a expressão do paciente (pode não reclamar 
de dor, mas fazer fácies de dor). Nessa palpação, procura-se massas (que podem ter sido 
delimitadas previamente pela percussão), e palpa-se especificamente algumas regiões: 
fossa ilíaca esquerda – colon sigmoide; fossa ilíaca e flanco direito – ceco; na linha média 
normalmente não se palpa nenhuma estrutura; fígado, baço e rins também devem ser 
palpados porém possuem técnicas específicas, analisadas separadamente. 
 Pesquisa de Massas Anormais 
o localização 
o tamanho e forma 
o superfície 
o sensibilidade 
o consistência 
o observar se é pulsátil (aneurisma de aorta abdominal) 
o mobilidade (com movimentos respiratórios) 
 
 Palpação de Fígado: pode ser palpável em condições normais (na ascite pode ser 
dificultada, usar então a manobra do Rechaço); descrever localização, volume, 
sensibilidade, superfície (lisa ou nodulada), consistência e bordas (normal, romba 
ou cortante). 
o Palpação bimanual: a mão esquerda do examinador deve ser colocada na região 
costolombar direita, tracionando levemente para cima de modo a suspender o 
fígado; com a mão direita, palpa-se com a borda radial dos dedos da fossa ilíaca 
direita em direção ao rebordo costal direito, solicitando ao paciente que respire 
fundo e solte o ar (inspirando pelo nariz e soltando pela boca, ou respirando com 
a boca aberta); na expiração afunda-se a mão, e na inspiração a mão direita 
sobe e vai de encontro a borda inferior que desce. Deve-se palpar na linha 
hemiclavicular (borda direita) e na linha média, abaixo do apêndice xifoide (borda 
esquerda). Pode haver variações, como a palpação com a ponta dos dedos. 
o Método em garra: mãos apoiadas sobre o rebordo costal, com os dedos 
tentando entrar por debaixo do rebordo costal. 
 
 Palpação de baço: normalmente impalpável. Avaliar o grau de esplenomegalia. 
Normalmente não é palpável, pode ser palpado quando estiver pelo menos 2 vezes 
aumentado de volume. 
o Palpação bimanual: semelhante a do fígado; a mão esquerda do examinador 
 
 
39 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
deve ser colocada na região costolombar esquerda, tracionando levemente para 
cima de modo a suspender o baço; com a mão direita, palpa-se com a borda radial 
dos dedos da fossa ilíaca direita ou da cicatriz umbilical em direção ao rebordo 
costal esquerdo (sentido de crescimento do baço), solicitando ao paciente que 
respire fundo e solte o ar (inspirando pelo nariz e soltando pela boca, ou respirando 
com a boca aberta); na expiração afunda-se a mão, e na inspiração a mão direita 
vai em direção ao órgão. 
o Método em garra: para essa manobra o examinador precisa passar para o lado 
esquerdo do leito; mãos apoiadas sobre o rebordo costal, com os dedos tentando 
entrar por debaixo do rebordo costal. 
o Posição de Schuster: posição que facilita a palpação do baço; semidecúbito 
lateral direito, com perna direita esticada e perna esquerda dobrada (flexão do 
joelho e do quadril), com o braço esquerdo dobrado sobre a cabeça; apoia-se a 
mão esquerda por sobre o rebordo costal e a direita irá palpar, novamente desde 
a cicatriz umbilical. 
 
 Palpação de rins: normalmente impalpável; quando palpável fazê-lo no direito 
(tumor, hidronefrose, nefroesclerose diabética); normalmente é imóvel (como o 
pâncreas). 
 Dor em pontos específicos 
o ponto de MacBurney (doloroso na apendicite): 2/3 mais laterais entre cicatriz 
umbilical e crista ilíaca direita. 
o ponto pancreático de Desjardinso ponto cístico (vesícula biliar) - colecistite 
o ponto epigástrico 
o pontos reno-ureterais superiores e inferiores, direitos e esquerdos 
 Sinais e Manobras Específicas 
o Sinal de Blumberg: Dor à descompressão súbita do ponto de McBurney (indica 
apendicite) 
o Sinal de Rovsing: deslocamento de ar para o ceco à partir do colo esquerdo, 
positivo na Apendicite Aguda 
o Sinal de Murphy: pede-se ao paciente para respirar fundo, se interromper a 
respiração por conta de dor, tem-se sinal de Murphy positivo. Indica colecistite 
aguda. Esta provoca dor e hipersensibilidade no ponto cístico (ponto de encontro 
entre a borda lateral do músculo retoabdominal e o rebordo costal. Caso o fígado 
esteja aumentado, o ponto cístico desloca-se caudalmente na mesma linha 
vertical. 
 
 
40 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o Sinal de Courvoisier: vesícula palpável e indolor (pode estar visível), indica CA 
periampular, sendo mais freqüente o de cabeça de pâncreas 
o Vascolejo / Gargarejo: murmúrio aumentado respectivamente em mesogástrio 
e colo 
o Sinal de Jobert: timpanismo em hipocôndrio direito, que deveria estar maciço 
pela presença do fígado. Pode ocorrer por pneumoperitônio ou por abscesso 
subfrênico. 
o Sinal de Chilaiditte (falso Jobert): Timpanismo em hipocôndrio direito sem 
presença de patologia, mas de alça intestinal na região. 
o Manobra de Rechaço: mão direita do examinador é posicionada perpendicular 
ao abdome do paciente. Pede-se que ele respire normalmente. Atentamente, 
verifica-se se houve toque de vísceras nas pontas dos dedos da mão direita. 
Essa manobra serve em situação de ascite em que o volume abdominal dificulta 
palpação de vísceras como fígado e baço. Outra manobra dessas situações é a 
de colocar o estetoscópio no rebordo costal e ir dando petelecos de baixo para 
cima até que o som fique mais rápido. Aí será o local da borda hepática ou 
esplênica (solido transmite melhor o som do que liquido ou ar). 
o Sinal do Psoas: pedir ao paciente que faça flexão da coxa sobre o tronco contra 
a resistência do examinador. Haverá dor e é indicativo de irritação peritoneal por 
apendicite. Esse sinal pode ser pesquisado também com o paciente em decúbito 
lateral esquerdo: o examinador flete o membro inferior sobre o tronco até a altura 
do quadril e depois retorna à posição. Se houver dor, o sinal é positivo. 
o Sinal do Obturador: Paciente em decúbito dorsal, flexionar a coxa sobre o 
tronco até a altura do quadril e, então, fazer rotação interna, o que estira o 
músculo obturador interno. Se ocorrer dor hipogástrica, diz-se que há sinal 
positivo, sugerindo irritação peritoneal por apendicite. 
o Hiperestesia cutânea: comprimir vários locais de pregas cutâneas no abdome 
com o polegar e o indicador sem beliscar. Normalmente, não se sente dor, 
porém, na apendicite, pode-se sentir dor no quadrante inferior direito. 
o Manobra de Israel: Com o paciente em decúbito lateral direito, tenta-se palpar o 
rim esquerdo, ou, com o paciente em decúbito lateral esquerdo, tenta-se palpar 
o rim direito. 
o Manobra de percussão lobar (punho-percussão): O examinador coloca sua 
mão esquerda espalmada sobre o dorso do paciente e percute sobre ela com a 
mão direita em punho cerrado com a face ulnar. 
o Sinal de Giordano: hipersensibilidade à manobra de percussão lombar. Indica 
pielonefrite aguda, calculo renal, artrose, apendicite retro-cecal, pancreatite, 
abscesso do músculo psoas. 
 
 
41 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
 
 Pesquisa de Hérnias Abdominais / Inguinais 
o Manobra de Smith-Bates: pede-se para o paciente elevar as pernas esticadas e 
sustentar por um curto tempo, isso contrai a musculatura abdominal e permite 
evidenciar hérnias abdominais. Alternativamente, pode-se pedir pro paciente se 
inclinar para frente como se fosse sentar, o que também contrai a musculatura 
abdominal. Se a massa visível desaparecer com essas manobras, indica que está 
abaixo da parede abdominal, se permanecer visível e palpável indica que é massa 
da parede abdominal (ex: lipoma) ou que há enfraquecimento ou falha na 
musculatura abdominal (hérnias). 
o Manobra de Valsalva: pede-se para o paciente soprar forte contra o dorso da mão, 
isso aumenta a pressão intra-abdominal, o que também permite avaliar herniações 
através da parede abdominal. 
o Deve-se descrever a localização e sua relação com cicatrizes cirúrgicas (hérnia 
incisional). As mais encontradas na linha Alba são a umbilical, epigástrica e 
incisional. 
 
Descrição do exame normal: 
Abdome plano, simétrico, sem lesões de pele, cicatrizes, abaulamentos, circulação colateral 
ou herniações. Pulsações arteriais e peristalse não identificáveis à inspeção. Peristalse 
normal presente nos 4 quadrantes, (2-30) borborigmos por minuto, e ausência de sopros 
em focos arteriais abdominais. Hepatimetria medindo (8-12) cm no lobo direito e (4-8) cm no 
lobo esquerdo. Traube timpânico. Ausência de hipertimpanismo difuso ou macicez em 
flancos. Abdome indolor a palpação superficial e profunda. (ou sem sinais de irritação 
peritoneal) Ausência de massas palpáveis. Fígado e baço impalpáveis. 
 Em visceromegalias: Forma, consistência, superfície, sensibilidade. 
 
SISTEMA NEUROLÓGICO 
INSPEÇÃO GERAL 
 Postura e Posição Típicas no Leito 
o opistótono 
o parkinson (observar também fácies) 
 Plegias e Paresias. 
 Atrofias, hipertrofias e miofasciculações 
 Distonia muscular 
 Espessamento de nervos periféricos 
 Hipercinesias 
o balismo 
 
 
42 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o coréia 
o atetose 
o mioclonia (lesão do núcleo denteado do cerebelo): contração brusca e 
involuntária de um ou mais músculos, sem deslocamento do segmento, 
dependendo do músculo e segmento envolvidos. São movimentos clônicos, 
arrítmicos e paroxísticos. 
 
“Maria Eduarda Foi Toda Contente Rever Seu Namorado Sinistro e Muito Inteligente” 
 MARCHA (paciente em pé) 
Paciente deve estar com joelhos à mostra e pés descalços; solicitar que ele caminhe de um 
lado para o outro na sala. Atentar aos seguintes parâmetros: 
 sequência do andar 
 comprimento e simetria das passadas 
 elevação correta dos joelhos 
 balanceio correto dos braços 
 toque no pé no solo (calcanhar e depois planta do pé) 
 posição do tronco e da cabeça, se segue uma linha reta e se a virada ocorre 
normalmente. 
Também se solicita que o paciente caminhe na ponta dos pés, analisa-se integridade da 
musculatura inervada pela raiz de S1. 
 
Solicitar que o paciente caminhe sobre os calcanhares: analisa integridade da musculatura 
inervada pela raiz de L4, que são testes mais sensíveis na detecção de fraquezas sutis na 
musculatura distal dos MMII. 
 
Solicitar que o paciente ande para frente e para trás: formação da “estrela de Babinski”- 
lesão vestibular. 
 
Também se pede para que faça a marcha “pé-antepé” ou o andar em fila indiana, que 
causa esforço adicional dos mecanismos da marcha e do equilíbrio. 
 
 Exemplos de marchas: 
o Ceifante ou hemiplégica: paciente com postura tônica em flexão do MS e 
extensão do MI, não faz flexão da coxa e dorsiflexão do pé, logo caminha 
fazendo um semicírculo a partir do quadril com o MI estendido; 
o Cerebelosa, ébrio ou atáxica: paciente caminha com base alargada, 
movimentos largos e imprecisos, olham para os MMII enquanto deambulam 
e apresentam perda do equilíbrio; 
 
 
43 Roteiro de prática 
Ana Carolina Robadelo – M5 2016.2 
o Escarvante: fraqueza na dorsiflexão do pé, caminha arrastando a ponta dos 
pés no solo; elevação anormal do joelho realizada com o objetivo de não 
arrastar a ponta dos pés no chão; por lesões nos nervos periféricos 
o Talonante ou tabética: perda das informações sensoriais dos MMII, 
principalmente da propriocepção, arremessa o pé para diante e bate com 
força no chão, pois perde a

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