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RESPOSTA IMUNE

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RESPOSTAS IMUNES
1)Introdução 
-Imunologia moderna a partir de 1950/1960 pela descoberta da síntese química do DNA. 
-A defesa do corpo é mediada por respostas sequenciais e coordenadas, denominadas: INATA/NATURAL (reações 
iniciais – primeiras horas ou dias após a infecção – estimuladas por estruturas moleculares compartilhadas por 
grupos de microrganismos e pelas moléculas expressas por células lesadas do hospedeiro) VS ADAPTATIVA/ 
ESPECÍFICA/ADQUIRIDA (respostas posteriores - mais eficiente, pois possui especificidade para diferentes antígenos 
e aumentada conforme exposições antigênicas repetidas por memória imunológica, além de ter a capacidade de 
discriminar entre antígenos estranhos e antígenos próprios). 
 
-Linfócitos e células imunes conseguem circular pelos 
tecidos, tornando a imunização sistêmica. As respostas 
imunes são reguladas por um sistema de alças de 
feedback positivo que amplificam a reação e por 
mecanismos de controle que previnem reações 
inapropriadas ou patológicas. Quando ativados, os 
linfócitos disparam mecanismos que aumentam ainda 
mais a magnitude da resposta. Esse feedback positivo 
é importante para capacitar o pequeno número de 
linfócitos, que são específicos para qualquer 
microrganismo, a gerarem a ampla resposta necessária 
à erradicação daquela infecção. Muitos mecanismos de 
controle se tornam ativos durante as respostas 
imunes e previnem a ativação excessiva dos linfócitos. 
-Indivíduos e linfócitos que nunca encontraram um antígeno particular são considerados naive, implicando que 
ambos são imunologicamente inexperientes. Indivíduos que responderam a um antígeno microbiano e estão 
protegidos de exposições subsequentes àquele microrganismo são ditos imunes. 
2)Imunidade Inata 
- Possuem receptores específicos para estruturas que são comuns a grupos de microrganismos, por isso, estão 
presentes no corpo antes da infecção. Seus principais componentes são: barreiras físicas e químicas, como os 
epitélios e os agentes antimicrobianos produzidos nas superfícies epiteliais; células fagocíticas (neutrófilos, 
macrófagos), céls dendríticas (DCs), mastócitos, células natural killer (células NK) e outras células linfoides inatas 
(ILC); além de proteínas sanguíneas, incluindo componentes do sistema complemento e outros mediadores da 
inflamação. Obs.: Algumas céls da imunidade inata, como macrófagos, DCs e mastócitos, estão presentes na maioria 
dos tecidos, onde atuam como sentinelas em busca de microrganismos invasores. 
-Essa resposta imune combate microrganismos por meio de duas reações principais: 
1. Recrutamento de fagócitos e outros leucócitos que destroem os microrganismos, na inflamação; 
2. Bloqueio da replicação viral ou pelo killing de células infectadas por vírus, sem a necessidade de uma reação 
inflamatória. 
3)Imunidade Adaptativa 
-Necessitam da ativação dos linfócitos e seus produtos, uma vez que expressam receptores diversos. Existem os linf. 
B e linf. T que induzem respostas imunes diferentes para eliminar diferentes tipos de microrganismos. 
-Esse tipo de sistema imune é caracterizado por: 
 Especificidade: essa especificidade existe pois os linfócitos expressam receptores de membrana que podem 
distinguir diferenças sutis na estrutura de diferentes epítopos/determinantes (porções de antígenos 
complexos especificamente reconhecidas por linfócitos individuais). 
 Diversidade: é a presença de um repertório de linfócitos para reconhecer um grande número de antígenos, 
resultado da variabilidade nas estruturas dos sítios de ligação ao antígeno dos receptores antigênicos dos 
linfócitos. 
 Memória: permite que a resposta secundária seja mais forte, pois as células de memória se acumulam e 
tornam-se mais numerosas do que os linfócitos naive específicos para o antígeno existente no momento da 
exposição inicial, além de reagirem mais rápida e vigorosamente ao desafio antigênico. 
 Autotolerância: (não reatividade ao próprio - capacidade de reconhecer, responder e eliminar muitos 
antígenos estranhos enquanto não reage prejudicialmente aos antígenos do próprio indivíduo, mantido por 
eliminação de linfócitos que expressam receptores específicos para alguns autoantígenos, inativando os 
linfócitos autorreativos ou suprimindo essas células pela ação de outras células (reguladoras). 
-Um antígeno introduzido se liga (seleciona) às células do clone antígeno-específico preexistente e as ativa. Como 
resultado, as células específicas para o antígeno proliferam para gerar milhares de descendentes com a mesma 
especificidade, um processo chamado expansão clonal. 
Obs.: clones de linfócitos antígeno-específicos se desenvolvem antes e independentemente da exposição ao 
antígeno (característica comprovada da imunidade adaptativa). 
 
-As respostas imunes adaptativas se desenvolvem em diversas etapas: iniciando pela captura e reconhecimento do 
antígeno (pelas células apresentadoras de antígenos APCs – principalmente dendríticas), seguida pela ativação de 
linfócitos específicos, eliminação do antígeno e decaimento dos linfócitos para restaurar a homeostasia, 
permanecendo apenas as células de memória. Obs.: geralmente, essa resposta ocorre nos órgãos linfoides 
periféricos (secundários). 
RESUMO: Os linfócitos que nunca responderam ao antígeno são chamados naive. A ativação desses linfócitos pelo 
antígeno leva à proliferação dessas células, resultando em um aumento no número de clones antígeno-específicos, 
denominada expansão clonal. Esse processo é seguido pela diferenciação dos linfócitos ativados em células capazes 
de eliminar o antígeno, as quais são chamadas células efetoras porque medeiam o efeito final da resposta imune, e 
em células de memória, que sobrevivem por longos períodos e montam fortes respostas após encontros repetidos 
com o antígeno. Uma vez que a resposta imune adaptativa tenha erradicado a infecção, o estímulo para a ativação 
dos linfócitos se dissipa e a maior parte das células efetoras morrem, resultando no declínio da resposta. As células 
de memória permanecem, prontas para responder vigorosamente se a mesma infecção se repetir. 
I. HUMORAL 
-É a imunidade que defende contra toxinas localizadas fora da célula/extracelulares, detendo uma infecção antes 
que ela se estabeleça. Mediada por microrganismos extracelulares (reconhecidos por linfócitos B sem precisar de 
apresentação), causa liberação de anticorpos nos humores/fluidos corporais para prevenir infecções. Anticorpos 
reconhecem antígenos microbianos, neutralizam a infectividade e auxiliam na eliminação (excreção). Obs.: 
anticorpos = imunoglobulinas 
-Linfócitos B que reconhecem antígenos proliferam e se diferenciam em plasmócitos, que secretam diferentes 
classes de anticorpos com funções distintas. Cada clone de células B expressa um receptor antigênico de superfície 
celular, o qual é uma forma de anticorpo ligado à membrana, com uma especificidade antigênica única. A resposta 
das células B aos antígenos proteicos requer sinais de ativação das células T CD4+ (razão histórica de chamamos 
essas células T de células auxiliares), além de oferecerem estímulos p/ produção de anticorpos com afinidade 
aumentada ao antígeno (maturação de afinidade). Obs2.: as células B podem responder a vários antígenos não 
proteicos sem a participação de células T auxiliares. 
-Polissacarídeos e lipídeos estimulam a secreção principalmente do anticorpo da classe denominada imunoglobulina 
M (IgM). Antígenos proteicos induzem a produção de anticorpos de diferentes classes (IgG, IgA, IgE) a partir de um 
único clone de células B. O sistema complemento é ativado por IgM e IgG e os produtos do complemento promovem 
a fagocitose e a destruição dos microrganismos, sendo eles marcados pelo IgG, uma vez que os fagócitos (neutrófilos 
e macrófagos) expressam receptores para partes das moléculas desse anticorpo. A IgA é secretada pelo epitélio da 
mucosa e neutraliza microrganismos no lúmen dos tecidos de mucosa, tais como os tratos respiratório e 
gastrintestinal,prevenindo assim que os microrganismos inalados e ingeridos infectem o hospedeiro. 
II. CELULAR (MEDIADA POR CÉLULAS) 
-Mediada por linfócitos T ativados por microrganismos fagocitados e intracelulares (ex.: influenza A), pois nesses 
locais são inacessíveis aos anticorpos circulantes. Os linfócitos T têm uma especificidade restrita para antígenos, eles 
reconhecem apenas peptídeos derivados das proteínas estranhas que estão ligadas às proteínas do hospedeiro, 
denominadas complexo principal de histocompatibilidade (MHC), as quais são expressas nas superfícies de outras 
células. Como resultado, essas células T reconhecem e respondem aos antígenos associados à superfície celular, mas 
não aos antígenos solúveis. 
-Ocorre apresentação antigênica (cél infectada p/ linfócito auxiliar) e reconhecimento dos linfócitos (auxiliar e 
citotóxico), mecanismo que ativa macrófagos e neutrófilos e gera destruição celular. Após a ativação nos órgãos 
linfoides secundários, os linfócitos T naive se diferenciam em células efetoras e migram para os sítios de infecção. 
Quando encontram novamente os microrganismos associados a células, são ativadas e realizam as funções 
responsáveis pela eliminação. 
-Algumas células T auxiliares CD4+ secretam citocinas que recrutam leucócitos e estimulam a produção de 
substâncias microbicidas nos fagócitos (auxiliam os macrófagos a destruir os vacúolos com patógenos infecciosos). 
Outras células T auxiliares CD4+ secretam citocinas que ajudam as células B a produzir um tipo de anticorpo 
chamado IgE e ativam leucócitos chamados eosinófilos, os quais são capazes de matar parasitas grandes demais para 
serem fagocitados. Algumas células T auxiliares CD4+ permanecem nos órgãos linfoides e estimulam respostas de 
células B. 
 
-Já as CTLs e CD8+ matam as células que abrigam patógenos no citoplasma, como vírus ou bactérias que são 
ingeridas pelos macrófagos, mas escapam das vesículas fagocíticas no citoplasma. 
 
4)Classes de Linfócitos e Citocinas 
-Os linfócitos B reconhecem muitos tipos de antígenos e se desenvolvem em células secretoras de antígenos. Os 
linfócitos T auxiliares reconhecem antígenos nas superfícies das células apresentadoras de antígenos e secretam 
citocinas, as quais estimulam diferentes mecanismos de imunidade e inflamação. Os linfócitos T citotóxicos 
reconhecem antígenos em células infectadas e matam essas células. As células T reguladoras suprimem as respostas 
imunes (p. ex.: aos antígenos próprios). 
-As funções das células T auxiliares são mediadas principalmente pela secreção de citocinas, enquanto os CTLs 
produzem moléculas que matam outras células. 
-Citocinas são um amplo grupo de proteínas secretadas com diversas estruturas e funções, como promoção de 
crescimento e diferenciação das células imunes, ativação das funções efetoras de linfócitos e fagócitos, e 
estimulação de movimento das céls imunes a partir do sangue para os tecidos e dentro dos tecidos, além de mediar 
interações entre as células. O subgrupo de citocinas que regulam a migração e o movimento celular são conhecidas 
como quimiocinas. Obs.: são alvo de fármacos.

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