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Biologia-01

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BIOLOGIA 01 
Prof. Carolina Almeida 
EIXO I CITOLOGIA 
Origem e Evolução das Células 
A invenção do microscópio possibilitou a 
descoberta das células, as unidades que 
constituem os seres vivos (AMABIS e MARTHO, 
2006). 
Leeuwennhoek fabricou dezenas de 
microscópios, com isso ele observou diversos 
tipos de material biológico, como embriões de 
plantas, glóbulos vermelhos e espermatozoides 
de animais (AMABIS e MARTHO, 2006). 
No século XIX generalizou-se a noção de 
que todos os organismos são constituídos por 
uma ou mais células, a chamada Teoria Celular 
(CÉSAR e SEZAR, 2005). 
A Teoria Celular admite que, apesar das 
diferenças quanto à forma e à função, todos os 
seres vivos têm em comum o fato de serem 
constituídos por células (AMABIS e MARTHO, 
2006). 
As três premissas da Teoria Celular são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo esquemático de uma célula eucariotica 
 
 
Admite-se que as primeiras células que 
surgiram na terra foram os procariontes. Isto 
deve ter ocorrido a cerca de 3 bilhões de anos. 
Naquela época a atmosfera provavelmente 
continha vapor d‘água, amônia, metano, 
hidrogênio, sulfeto de hidrogênio e gás 
carbônico, o oxigênio livre só apareceu muito 
depois. 
O registro fóssil da primeira célula 
eucariótica data de 1,7 bilhão de anos, mas 
supõem-se que os eucariontes tenham surgidos 
um pouco antes. 
As primeiras células eucarióticas teriam 
surgido a partir das células procarióticas que 
passaram a desenvolver evaginações e 
invaginações da membrana plasmática. Esses 
dobramentos teriam dado origem às várias 
estruturas citoplasmáticas delimitadas por 
membrana e a carioteca ou envelope nuclear, 
que separa material genético do citoplasma, 
formando o núcleo. 
1. Todos os seres vivos são formados 
por células e por estruturas que elas 
produzem, elas são as unidades 
morfológicas dos seres vivos. 
2. As atividades essenciais que 
caracterizam a vida ocorrem no 
interior das células, estas são 
unidades fisiológicas dos seres 
vivos. 
3. Novas células forma-se apenas pela 
 
Célula Eucariótica e procariótica 
 
A célula procariótica é muito mais simples do 
que a eucariótica e encontra-se apenas nas 
bactérias. Dependendo do tipo de célula que 
apresentam, os organismos são classificados em 
procariontes e eucariontes (CÉSAR e SEZAR, 
2005). 
Basicamente, a diferença entre procariontes 
e eucariontes é: as células procarióticas têm 
seu material genético ―solto‖ no interior da célula, 
e as células eucarióticas tem seu material 
genético envolvido por uma membrana chamada 
carioteca, o que separa o DNA do citoplasma. 
 
Estrutura e Fisiologia Celular 
PARTES FUNDAMENTAIS 
DA CÉLULA 
1. Membrana Plasmática 
2. Citoplasma 
3. Núcleo 
 
1. Membrana Plasmática 
Em todos os tipos de células encontramos a 
membrana plasmática, que contém e delimita o 
espaço celular, isolando-o do ambiente ao redor. 
É constituída basicamente por duas camadas 
moleculares de fosfolipídios com moléculas de 
proteínas incrustadas. 
 
 
Membrana plasmática 
 
Funções: 
 Individualidade a cada célula; 
 Forma ambientes únicos e especializados; 
 Troca de informações com o meio; 
 Movimento; 
 Reconhecimento celular; 
 Aderência celular; 
 Permeabilidade seletiva. 
 Constituição lipoprotéica: 
Principais lipídios encontrados: 
Fosfolipídios 
Função: barreira de entrada na célula 
Colesterol 
Função: Dá fluidez à membrana 
Proteínas: 
Funções: Formação de poros para a 
passagem de moléculas de água; Transporte de 
substancia para dentro ou fora da célula; 
Reconhecimento de certas substancias do meio 
ou outras células. Ex.: receptores hormonais. 
 
Processos de troca entre a célula e 
o meio externo 
Processos 
passivos 
Processos 
ativos 
Endocitoses e 
exocitoses 
 
Difusão Bomba de Endocitose: 
simples 
 
Sódio-Potássio Fagocitose → 
solidos; 
Pinocitose → 
liquidos. 
 
Difusão 
facilitada 
 
Osmose 
 
Exocitose 
 
Processos passivos 
Difusão simples: 
Tem relação com o soluto. 
Condições para ocorrência: 
A membrana deve ser permeável a essa 
substancia; 
Deve haver diferença de concentração. 
Movimento de partículas de onde elas estão 
mais concentradas para onde estão menos 
concentradas. 
 
Ilustração do processo de difusão simples 
 
Difusão facilitada: 
Tem relação com o soluto 
É mais rápido que o processo de difusão 
simples 
Atuação de proteínas da membrana: 
Permeases 
 
Ilustração do processo de difusão facilitada 
 
Osmose: 
Tem relação com o solvente; 
Concentração de soluções; 
O solvente difunde-se do meio de menor 
concentração para o de maior concentração. 
 
Osmose 
Processo Ativo 
Características: 
Há gasto de energia - ATP 
Ocorre contra o gradiente de concentração 
 
Bomba de sódio-potássio 
Processos por vesícula 
Incorporação de partículas maiores; 
 Envolve deformação e fusão; 
Endocitose: 
Fagocitose → solidos; 
Pinocitose → liquidos. 
Exocitose. 
 
Processo por vesículas 
 
1. Citoplasma 
Os primeiros citologistas acreditavam que o 
interior da célula viva era preenchido por um 
fluído viscoso, no qual o núcleo estava 
mergulhado. Esse fluído recebeu o nome de 
citoplasma. Hoje sabemos que, além da parte 
fluída, contém diversos tipos de estruturas cada 
qual com funções específicas (AMABIS e 
MARTHO, 2006). 
 
Citoplasma 
 
MITOCÔNDRIAS 
É onde ocorre a respiração celular, o 
principal processo de obtenção de energia dos 
seres vivos. (AMABIS e MARTHO, 2006). 
Moléculas orgânicas são quebradas 
liberando energia que é então transferida para 
formar ATP. 
 
Mitocôndria 
 
 
 
LISOSSOMOS 
Estrutura que apresenta enzimas digestivas 
capazes de digerir um grande número de 
produtos orgânicos. 
Realiza a digestão intracelular. 
 
Lisossomos 
 
PEROXISSOMOS 
São pequenas vesículas semelhantes aos 
lisossomos. 
Sua enzima principal é a peroxidase 
(catalase). Esta enzima degrada as moléculas de 
peróxido de hidrogênio (água oxigenada) que se 
formam como resultado do metabolismo celular. 
Desintoxicação celular. 
 
Peroxissomo 
 
 
CENTRÍOLO 
O centríolo é um cilindro cuja parede é 
constituída por nove conjuntos de três 
microtúbulos (tubulina) e geralmente ocorrem 
aos pares nas células. 
É responsável pela divisão celular 
―orientando‖o deslocamento dos cromossomos 
para as células que estão sendo formadas. 
Originam os Cílios e flagelos. 
 
 
RIBOSSOMOS 
Ribossomos são os locais de síntese de 
proteína. Organela não membranosa que é 
composta de RNA ribossômico e proteínas. 
Encontras-se presente nos eucariontes e nos 
procariontes. 
São encontrados livres no citosol ou na forma 
de polissomos, na forma de polissomos presos 
ao retículo endoplasmático rugoso (RER), dentro 
das mitocôndrias e cloroplastos. 
 
Ribossomo e a formação de proteínas 
 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO 
Atua como transportador de substâncias. 
Formado por um sistema de membranas 
intracelulares encontrado em células eucarióticas, 
dividido em : 
• Retículo Endoplasmático Rugoso 
(RER). 
• Retículo Endoplasmático Liso (REL) 
(agranular). 
 
Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) 
Com função de armazenamento e transporte 
de substâncias; 
Se encontram aderidos a sua superfície 
externa os ribossomos; 
Local de produção de proteínas,as quais 
serão transportadas internamente para o 
Complexo de Golgi. 
 
 
Retículo endoplasmático rugoso 
 
Retículo Endoplasmático Liso (REL) 
Com função de armazenamento e transporte 
de substâncias; 
Responsável pela síntese de lipídios; 
Formado por sistema tubular. 
 
Retículo endoplasmático liso 
 
APARELHO DE GOLGI 
O aparelho de Golgi atua como centro de 
armazenamento, transformação, empacotamento 
e remessa de substâncias na célula. Muitas das 
substâncias que passam pelo aparelho de Golgi 
serão eliminadas da célula, indo atuar em 
Secreção celular. 
 
Complexo de Golgi 
CLOROPLASTOS 
Exclusivo das células eucariontes vegetais. 
Responsável pela fotossíntese - Clorofila. 
 
 
VACÚOLOS 
Nas células vegetais, as principais funções 
do vacúolo são armazenar substâncias e 
garantir a regulação osmótica da célula. Além 
dessas funções, podemos atribuir aos vacúolos o 
papel da retirada de produtos tóxicos do 
citoplasma da célula, a degradação de 
macromoléculas, manutenção do pH da célula e 
a reciclagem de componentes celulares. 
 
Vacúolo 
2. Núcleo 
 Presentes nas células eucariontes. 
 Controla todas as funções celulares. 
 Local onde se encontra o material 
genético e os cromossomos. 
 Possui parede dupla e cheia de poros. 
 Pode conter um ou mais nucléolos. 
 
 
Componentes do Núcleo 
 
NÚCLEO CELULAR 
O núcleo celular é o ―armazém‖ de todas as 
informações sobre a função e estrutura da célula 
e do organismo. Todas essas informações estão 
contidas na cromatina, material filamentoso 
composto principalmente de DNA, substâncias 
com propriedades especiais, associados a 
proteínas (CÉSAR e SEZAR, 2005). 
Fitas de cromatina 
 
Componentes do Núcleo 
A carioteca é característica de células 
eucariontes, ela é uma membrana lipoprotéica 
dupla, existem na carioteca numerosos poros 
que regulam o trânsito de moléculas grandes 
entre o citoplasma e o núcleo. 
 
Núcleo celular 
 
O sulco nuclear é um liquido semelhante 
ao hialoplasma, no qual devido a presença de 
água, enzimas e várias substâncias, ocorrem 
reações químicas variadas (CÉSAR e SEZAR, 
2005). 
Os nucléolos são corpúsculos sem 
membrana, muito ricos em RNA ribossômico, um 
tipo de ácido nucleico, o qual associado a 
proteínas serve para formar novos ribossomos 
(CÉSAR e SEZAR, 2005). 
Os cromossomos são os responsáveis 
por carregar toda a informação que as células 
necessitam para seu crescimento, 
desenvolvimento e reprodução. Localizados no 
núcleo celular, eles são constituídos por DNA, 
que, em padrões específicos, são denominados 
genes (CÉSAR e SEZAR, 2005). 
O cromossomo da figura é duplo, cada 
metade desse cromossomo se chama cromátide, 
estas são presas por uma região estreitada 
chamada centrômero. As duas cromátides são 
absolutamente idênticas, se chamando 
cromátides-irmãs (CÉSAR e SEZAR, 2005). 
 
Cromossomos 
 
As células de um organismo apresentam sempre 
o mesmo número de cromossomos, que é 
característico da espécie. A maioria contém dois 
cromossomos de cada tipo, idênticos na forma e 
função são chamados de cromossomos 
homólogos (CÉSAR e SEZAR, 2005). 
Quando uma célula tem dois cromossomos de 
cada tipo ela é chamada diploide, ou 2n, sendo 
que n representa o número de tipos de 
cromossomos. 
As que contém um cromossomos são chamadas 
haploides (n). Um exemplo dessa célula são os 
gametas (espermatozoide e óvulos) Estes tem 
23 cromossomos sendo um de cada tipo, 
enquanto as outras células do nosso organismo 
tem 23 cromossomos, porém dois de cada tipo 
(CÉSAR e SEZAR, 2005). 
 
DIVISÃO CELULAR 
 
Mitose 
A mitose é um processo continuo de 
divisão celular, que vamos dividir em quatro 
fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. O 
final da mitose, com a separação do citoplasma 
é chamado de citocinese (CÉSAR e SEZAR, 
2005). 
Prófase 
Ocorrem aqui os seguintes eventos: 
1. Os centríolos, já duplicados, afastam-se 
gradativamente, atingindo os pólos da 
célula. Em torno deles, aparecem fibras 
que constituem o áster. Entre os 
centríolos que se afastam, formam-se as 
fibras de fuso mitótico. Tanto as fibras do 
áster como as do fuso são na realidade 
microtúbulos do citoesqueleto. 
2. 2. O nucléolo fica cada vez menos visível 
e acaba se desintegrando, sendo seu 
material (RNA ribossômico), distribuído 
pela célula. 
3. O núcleo aumenta de volume, por fim a 
membrana nuclear se desorganiza 
4. Durante todos os eventos anteriores, os 
cromossomos, já duplicados, sofrem um 
processo de espiralação crescente. As 
cromátides ficam visíveis. Por sim, os 
cromossomos predem-se as fibras do 
fuso pelo centrômero. 
 
 
Esquematização da Prófase 
Metáfase 
Os cromossomos atingem seu grau 
máximo de espiralação e colocam-se no plano 
equatorial. No final da metáfase, as cromátides 
se separam, tendo agora cada uma delas um 
centrômero próprio e constituindo dois 
cromossomos-irmãos. 
 
Esquematização da metáfase 
Anáfase 
As fibras do fuso encurtam, os 
cromossomos-irmãos migram cada um para um 
pólo da célula. 
 
Esquematização da Anáfase 
 
Telófase 
Cada conjunto cromossômico atinge um dos 
pólos. Os cromossomos desespiralam-se 
gradativamente, e duas novas carioteca 
reconstituem-se a partir das membranas do 
retículo endoplasmático. Novos nucléolos são 
produzidos por um cromossomo especial, o 
organizador de nucléolo. A membrana 
plasmática se invagina, formando um sulco. 
Termina a cariocinese (divisão dos núcleos) e 
começa agora citocinese (divisão do citoplasma), 
com distribuição mais ou menos equitativa dos 
orgânulos entre as células-filhas. 
 
Esquematização da Telófase 
Meiose 
Enquanto a mitose mantém o número de 
cromossomos nas células-filhas, o processo de 
meiose o reduz a metade. A meiose sempre 
parte de uma célula diplóide e dá origem a 
quatro células haplóides (CÉSAR e SEZAR, 
2005). 
A importância da redução dos 
cromossomos fica evidente quando lembramos 
que na fecundação, os gametas masculinos e 
femininos se fundem, restabelecendo o número 
diploide da espécie. 
No processo de meiose, ocorre uma 
única duplicação cromossômica e duas divisões. 
Isso faz com que o número de cromossomos se 
reduza a metade. A figura a seguir exemplifica a 
diferença entre a mitose e a meiose. 
 
Diferença entre mitose e meiose 
A meiose consta de duas divisões 
celulares, que chamaremos de Divisão I e 
Divisão II. Cada uma delas é subdividida nas 
mesmas fases da mitose. A prófase I é mais 
complexa que uma prófase comum, e se divide 
em 5 períodos (CÉSAR e SEZAR, 2005). 
DIVISÃO I 
 Prófase I: 
1. Leptóteno 
2. Zigóteno 
3. Paquíteno 
4. Diplóteno 
5. Diacinese 
 Metáfase I 
 Anáfase I 
Telófase I 
INTERCINESE 
DIVISÃO II 
 Prófase II 
 Metáfase II 
 Anáfase II 
 Telófase II 
MEIOSE I 
Prófase I 
1. Leptóteno 
Devido a sua espiralação, os 
cromossomos ficam visíveis. Apesar de 
duplicados desde a intérfase, eles aparecem 
ainda como filamentos simples, bem 
individualizados. 
2. Zigóteno 
Os cromossomos homólogos se atraem, 
emparelhando-se. Esses pareamentos é 
conhecido como sinapse e ocorre ponto por 
ponto. O pareamento de cromossomos 
homólogos não ocorre na mitose. 
3. Paquíteno 
Aqui, as duas cromátides de cada 
cromossomo tornam-se visíveis. Os dois 
homólogos, pareados mostram, então, quatro 
filamentos, que, em conjunto chamamos de 
tétrades ou bivalentes.4. Diplóteno 
Nessa fase podem ocorrer quebras em 
regiões correspondentes das cromátides 
homólogas, e os pedaços quebrados unem-se 
em posição trocada. Esse fenômeno é chamado 
de crossing over ou permuta. 
5. Diacinese 
Os pares de homólogos estão 
praticamente separados. Os quiasmas 
―deslizam‖ para as extremidades dos 
cromossomos. Aumente ainda mais a 
espiralação. 
 
Profáse I 
 
Metáfase I: 
Fuso de divisão está completamente 
formado. Cromossomos homólogos pareados no 
equador celular. Cromossomos ainda desfazem 
os últimos quiasmas. 
Anáfase I: 
Deslocamento dos cromossomos (com 
duas cromátides cada) para pólos opostos da 
células. 
Telófase I: 
Os cromossomos se descondensam, os 
nucléolos reaparecem, a carioteca se reorganiza 
surgindo dois novos núcleos. O fuso se desfaz. 
Ocorre a citocinese. 
INTERCINESE 
É uma fase que pode ou não existir 
dependendo do tipo de célula que está sofrendo 
meiose 
 
 
 
Meiose I 
MEIOSE II 
A Meiose II é extremamente semelhante 
à Mitose. A formação de células haplóides, a 
partir de outras células haplóides, só é possível 
porque ocorre, durante a Meiose II, a separação 
das cromátides que formam as cromátides-
irmãs. Cada uma dessas cromátides dirige-se 
para um pólo diferente e já passa a se chamar 
cromossomo-filho. As fases da Meiose II são: 
Prófase II, Metáfase II, Anáfase II e Telófase II. 
1. Prófase II: 
Há condensação dos cromossomos 
duplos. Fragmentação da carioteca e do 
nucléolo. Formação do fuso. Deslocamento dos 
cromossomos para o equador celular. 
2. Metáfase II: 
Organização dos cromossomos duplos no 
equador celular. 
3. Anáfase II: 
Ocorre separação dos centrômeros. 
Duplicação dos cromossomos, que retornam aos 
pólos. 
4. Telófase: 
A carioteca reaparece e envolve os 
cromossomos simples em cada pólo. Ocorre 
citocinese final com formação de quatro células-
filhas haplóides. 
 
Meiose II 
 
Vamos exercitar 
 
01. (Fuvest-2001) A vinblastina é um 
quimioterápico usado no tratamento de 
pacientes com câncer. Sabendo-se que essa 
substância impede a formação de microtúbulos, 
pode-se concluir que sua interferência no 
processo de multiplicação celular ocorre na 
 
(A) condensação dos cromossomos. 
(B)descondensação dos cromossomos. 
(C) duplicação dos cromossomos. 
(D) migração dos cromossomos. 
(E) reorganização dos nucléolos. 
 
ANOTAÇÕES IMPORTANTES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO D 
EIXO II DNA E BIOTECNOLOGIA 
 
CODIFICAÇÃO DO DNA E RNA 
Ácido Nucléico: 
São moléculas responsáveis pelo 
armazenamento e transmissão das 
características de um ser vivo, bem como pelo 
controle direto ou indireto de todos os processos 
que ocorrem em um organismo. 
São eles: 
 
 
 
 
Tanto o DNA quanto RNA são formados 
por unidades menores denominadas 
nucleotídeos. Imagine que eles são uma escada, 
os nucleotídeos seriam os degraus. 
 
Esquema da estrutura dos nucleotídeos 
Esquematicamente é como se eles 
ficassem nessa forma: 
 
 
Esquematização da ligação dos nucleotídeos 
 
Os nucleotídeos são formados por: 
 GRUPO FOSFATO 
 CABOIDRATO (PENTOSE) 
 DNA: DESOXIRRIBOSE 
 RNA: RIBOSE 
 BASE NITROGENADA: 
 DNA: Timina, Adenina, Citosina e Guanina. 
 RNA: Uracila, Adenina, Citosina e 
Guanina. 
As bases nitrogenadas são ligadas por 
pontes de hidrogênio: 
Adenina se liga Timina por 2 pontes de 
hidrogênio. 
Citosina se liga a Guanina por 3 pontes 
de hidrogênio. 
 
Pontes de hidrogêni 
 
 
 
 
 
DNA 
 
RNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
DUPLICAÇÃO DO DNA 
O DNA se origina da duplicação, processo 
esse que a gente já estudou lá na divisão celular, 
aquele que ocorre antes da mitose. Lembra? 
Agora nós vamos entender como esse 
processo acontece. 
A duplicação acontece antes de uma 
divisão celular e é importante a fim de garantir 
que as células oriundas da divisão recebam 
materiais genéticos idênticos e em igual 
quantidade. 
É semiconservativa 
Enzima DNA-polimerase: responsável 
pela quebra das pontes de hidrogênio do DNA, 
separando-o em dois. Cada molécula inicial do 
DNA, forma duas novas moléculas. 
 
 
A DNApolimerase serve como uma 
tesoura que vai cortando as pontes de 
hidrogênio, além disso eu tenho nucleotídeos 
solto ali no nucleoplasma, quando eu corto, esses 
nucleotídeos vão se ligando conforma as suas 
bases e formando 2 novos DNA‘s. 
 
TRANSCRIÇÃO DO RNA 
Transcrição: envolve a capacidade da fita 
de DNA originar moléculas de RNA. A transcrição 
envolve certos trechos do DNA, os genes, e 
ocorre durante a vida normal da célula. 
Esse processo é o primeiro passo da 
expressão gênica, transforma o que é informação 
(DNA) em uma característica do organismo. 
A transcrição inicia com a abertura da fita 
de DNA. A RNA polimerase vai encaixar o 
nucleotídeo complementar aos da fita molde. 
 
 
Esquema da transcrição do RNA 
 
Porcentagem das bases nitrogenadas: 
%A = %T 
%C = %G 
%A + %T + %C + %G = 100% 
RNA: existem 3 tipos: 
- RNAm (mensageiro): Possui uma 
sequência de bases que codifica uma proteína. É 
o único RNA que será traduzido. 
- RNAr (ribossomal): faz parte da síntese 
de proteína. 
-RNAt (transportador): transporta os 
aminoácidos até o ribossomo. 
 
3 tipos de RNA em atividade 
 
 
3 tipos de RNA 
 
Vamos exercitar? 
1. (PUC-PR) No esquema abaixo sobre a 
estrutura do DNA, os números 1, 2 e 3 
representam, respectivamente: 
 
 
(A) Base nitrogenada, desoxirribose e fosfato; 
(B) Base nitrogenada, fosfato e desoxirribose; 
(C) Fosfato, desoxirribose e base nitrogenada; 
(D) Fosfato, base nitrogenada e desoxirribose; 
(E) Desoxirribose, fosfato e base nitrogenada. 
 
2. (Uerj) ―Testes genéticos: a ciência se antecipa 
à doença. Com o avanço no mapeamento de 100 
mil genes dos 23 pares de cromossomos do 
núcleo da célula (Projeto Genoma, iniciado em 
1990, nos EUA), já é possível detectar por meio 
de exames de DNA (ácido desoxirribonucleico) a 
probabilidade de uma pessoa desenvolver 
doenças [...].‖ 
Sabe-se que o citado mapeamento é 
feito a partir do conhecimento da sequência de 
bases do DNA. O esquema abaixo que representa 
o pareamento típico de bases encontradas na 
molécula de DNA é: 
 
 Gabarito: 1.C 2. 
BIOTECNOLOGIA 
Biotecnologia é o conjunto de 
conhecimentos que permite a utilização de 
agentes biológicos (organismos, células, 
organelas, moléculas) para obter bens ou 
assegurar serviços. 
 
PROJETO GENOMA HUMANO 
 
Capas de revista sobre o Projeto Genoma 
 
O Projeto Genoma Humano (PGH) teve 
por objetivo o mapeamento do genoma humano, 
e a identificação de todos os nucleotídeos que o 
compõem. Consistiu num esforço mundial para 
se decifrar o genoma. 
O projeto foi fundado em 1990, com um 
financiamento de 3 milhões de dólares do 
Departamento de Energia dos Estados Unidos e 
dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados 
Unidos, e tinha um prazo previsto de 15 anos. 
Primeiro esboço do genoma foi anunciado 
em 26 de Junho de 2000, dois anos antes do 
previsto. 
Em 14 de Abril de 2003, um 
comunicado de imprensa conjunto anunciou 
que o projeto foi concluído com sucesso, com 
o sequenciamento de 99% do genomahumano, com uma precisão de 99,99%. 
As pesquisas concluíram que o Genoma 
Humano é formado por aproximadamente 3 
bilhões de pares de nucleotídeos, que estão 
distribuídos nos 24 cromossomos humanos. 
Porém apenas 3% desses pares de bases são 
capazes de transcrever para moléculas de RNA, 
o que aproxima o ser humano de outros animais 
quanto à quantidade de genes funcionais. 
Também mostrou a semelhança de vários genes 
humanos com outras espécies de seres vivos, 
como bactérias, vírus, vermes, moscas e 
camundongos 
COM O CONHECIMENTO DO GENOMA 
HUMANA VEIO OUTRAS TECNOLOGIAS 
APLCADAS A BIOLOGIA QUE NÓS VAMOS 
CONHECER AGORA. 
. 
 
Charge sobre Projeto Genoma 
 
 
TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE 
Permite transplantar genes de uma 
espécie para outra e criar uma molécula de DNA 
que não existe na natureza. 
Utilizando enzimas de restrição Paul Berg 
conseguiu ―cortar‘‘ o DNA de dois 
microrganismos e ‗‘soldá-los‖. 
Enzimas de restrição são como ‗‘tesouras 
de biológicas‘‘ 
 
 
Esquematização do DNA Recombinante 
 
Quando eu modifico o DNA de um 
organismo ele passa esse DNA para seus filhos 
por meio da divisão celular. 
 
Técnica do DNA Recombinante 
Essa tecnologia atualmente é empregada 
para fabricação de medicamentos, vacinas, 
combustíveis entre outros. 
 
1. Um novo método para produzir insulina 
artificial que utiliza tecnologia de DNA 
recombinante foi desenvolvido por pesquisadores 
do Departamento de Biologia Celular da 
Universidade de Brasília (UnB) em parceria com 
a iniciativa privada. Os pesquisadores 
modificaram geneticamente a bactéria 
Escherichia coli para torná-la capaz de sintetizar 
o hormônio. O processo permitiu fabricar insulina 
em maior quantidade e em apenas 30 dias, um 
terço do tempo necessário para obtê-la pelo 
método tradicional, que consiste na extração do 
hormônio a partir do pâncreas de animais 
abatidos. 
Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível 
em: http://cienciahoje.uol.com.br (adaptado). 
 
A produção de insulina pela técnica do 
DNA recombinante tem, como consequência: 
 
(A) o aperfeiçoamento do processo de extração 
de insulina a partir do pâncreas suíno. 
(B) a seleção de microrganismos resistentes a 
antibióticos. 
(C) o progresso na técnica da síntese química de 
hormônios. 
(D) impacto favorável na saúde de indivíduos 
diabéticos. 
(E) a criação de animais transgênicos. 
 
 
 
TRANSGÊNICOS 
 
Símbolo dos transgênicos 
 
Organismos geneticamente modificados 
(OGM) são, segundo definição do Ministério da 
Agricultura, todo e qualquer organismo que teve 
seu material genético (DNA) modificado por meio 
de técnicas aplicadas pela engenharia genética, 
em laboratórios. Dentre os OGM, existe um 
grupo chamado transgênico, que envolve 
organismos que contêm um ou mais genes 
transferidos artificialmente de outra espécie. 
 
Prós e contras dos organismos transgênicos 
Os defensores dos OGM, como a 
empresa Monsanto, afirmam que a produção de 
alimentos mais resistentes e nutritivos é um 
diferencial para combater o problema da fome, 
principalmente em um contexto de crescimento 
populacional e, nesse caso, o Brasil torna-se 
objeto de muita atenção, uma vez que é uma das 
maiores fronteiras agrícolas do mundo. 
 
 
 
Já os críticos dos transgênicos, como 
o Greenpeace e o Instituto de Defesa do 
Consumidor (IDEC), que promovem movimentos 
contrários ao uso dos OGM, relatam que os 
mesmos podem trazer consequências ainda 
desconhecidas à saúde humana, tais como 
possíveis alergias e resistência a antibióticos. No 
caso do meio ambiente, as consequências 
podem ser ainda mais sérias, gerando perda de 
biodiversidade, empobrecimento dos solos e 
estimulando o aparecimento de superpragas. 
 
 
Alimentos que contém transgênicos 
 
 
2. (ENEM 2012) O milho transgênico é 
produzido a partir da manipulação do milho 
original, com a transferência, para este, de um 
gene de interesse retirado de outro organismo de 
espécie diferente. 
A característica de interesse será 
manifestada em decorrência 
(A) do incremento do DNA a partir da duplicação 
do gene transferido. 
(B) da transcrição do RNA transportador a partir 
do gene transferido. 
(C) da expressão de proteínas sintetizadas a 
partir do DNA não hibridizado. 
(D) da síntese de carboidratos a partir da 
ativação do DNA do milho original. 
(E) da tradução do RNA mensageiro sintetizado 
a partir do DNA recombinante. 
 
 
 
 
ANÁLISE DE DNA: TESTE DE PATERNIDADE 
E RESOLUÇÃO DE CRIMES 
Através do DNA é possível identificar 
pessoas para esclarecer uma possível 
participação em um crime e também na 
realização de testes de paternidade. É 
importante lembrar que, com exceção dos 
gêmeos univitelinos, o DNA de cada pessoa é 
único. 
Quando amostras de DNA são obtidas 
através de pelos, sangue, pedaços de pele, 
esperma etc., é possível o isolamento 
do DNA utilizando enzimas de restrição. Após o 
uso das enzimas, o DNA fica fragmentado, ou 
seja, separado em pequenos pedacinhos. Em 
seguida, esses pequenos pedaços são 
separados em um processo chamado 
de eletroforese, que utiliza corrente 
elétrica. Após o término da eletroforese, um 
equipamento que utiliza luz ultravioleta e corante 
específico traduz a imagem do DNA, que então 
poderá ser estudada pelos pesquisadores. 
As faixas observadas são únicas para 
cada pessoa e por isso ela é chamada de 
impressão digital de DNA ou impressão 
digital genética. 
 
Técnica da Eletroforese 
 
Após a Eletroforese, com ajuda de um 
corante e luz ultravioleta o legista irá visualizar o 
DNA nessa forma. 
 
Visualização por ultravioleta da Impressão 
genética 
 
 
Para fazer a análise, por exemplo, em um 
teste de paternidade o legista vai fazer o 
processo da eletroforese no material biológico da 
criança, da mãe e do pai. Um indivíduo recebe 
parte das informações do pai e outra parte da 
mãe durante o processo de fecundação, a parti 
disso ele vai fazer uma comparação com o 
material dos 3. 
 
 
Esquema da análise da Impressão Genética 
 
 
 
 
 
De forma mais complexa fica assim: 
 
 
Análise da Impressão genética 
 
 
3. TESTE DE DNA CONFIRMA 
PATERNIDADE DE BEBÊ PERDIDO NO 
TSUNAMI 
Um casal do Sri Lanka que alegava ser os 
pais de um bebê encontrado após o tsunami que 
atingiu a Ásia, em dezembro, obteve a 
confirmação do fato através de um exame de 
DNA. O menino, que ficou conhecido como "Bebê 
81" por ser o 810 sobrevivente a dar entrada no 
hospital de Kalmunai, era reivindicado por nove 
casais diferentes. 
"Folha online", 14/02/2005 (adaptado). 
 
Algumas regiões do DNA são sequências 
curtas de bases nitrogenadas que se repetem no 
genoma, e o número de repetições dessas regiões 
varia entre as pessoas. Existem procedimentos 
que permitem visualizar essa variabilidade, 
revelando padrões de fragmentos de DNA que 
são "uma impressão digital molecular". Não 
existem duas pessoas com o mesmo padrão de 
fragmentos com exceção dos gêmeos 
monozigóticos. Metade dos fragmentos de DNA 
de uma pessoa é herdada de sua mãe e metade, 
de seu pai. 
Com base nos padrões de fragmentos de 
DNA representados a seguir, qual dos casais 
pode ser considerado como pais biológicos do 
Bebê 81? 
 
A resolução de crimes por DNA se dar 
pela mesma premissa, o material biológico 
encontrado na cena do crime é comparado com 
o do suspeito, esse caso a impressão genética 
seráidêntica. 
 
Impressão Genética na Criminologia 
 
 
Células-tronco 
 
São as células com capacidade de auto-
replicação, isto é, com capacidade de gerar 
uma cópia idêntica a si mesma e com potencial 
de diferenciar-se em vários tecidos. 
Quanto a sua classificação, podem ser: 
- Totipotentes, aquelas células que são 
capazes de diferenciarem-se em todos os 216 
tecidos que formam o corpo humano. 
-Pluripotentes ou multipotentes, aquelas 
células capazes de diferenciar-se em quase 
todos os tecidos humanos, excluindo a 
placenta e anexos embrionários, ou seja, a 
partir de 32 - 64 células. 
- Oligotentes, aquelas células que se 
diferenciam em poucos tecidos. 
-Unipotentes, aquelas células que se 
diferenciam em um único tecido. 
Quanto a sua natureza, podem ser: 
-Adultas, extraídas dos diversos tecidos 
humanos, tais como, medula óssea, sangue, 
fígado, cordão umbilical, placenta etc. 
-Embrionárias, só podem ser encontradas 
nos embriões humanos e são classificadas 
como totipotentes ou pluripotentes, dado seu 
alto poder de diferenciação. 
Podem ser obtidas: 
- Por Clonagem Terapêutica é a técnica 
de manipulação genética que fabrica embriões 
a partir da transferência do núcleo da célula já 
diferenciada, de um adulto ou de um embrião, 
para um óvulo sem núcleo. 
- Do Corpo Humano as células-tronco 
adultas são fabricadas em alguns tecidos do 
corpo, como a medula óssea, sistema nervoso 
e epitélio, mas possuem limitação quanto a 
diferenciação em tecidos do corpo humano. 
- De Embriões Descartados (inviáveis 
para implantação) e Congelados nas clínicas 
de reprodução assistida. 
 
Fontes de células-tronco 
CLONAGEM 
 
Clonagem Reprodutiva 
A clonagem reprodutiva se refere à 
produção se seres vivos geneticamente 
idênticos, ou seja, produção cópias idênticas de 
seres vivos, sejam eles animais, vegetais ou 
humanos. O organismo formado é 
geneticamente idêntico ao organismo doador da 
célula somática. Assim que a ovelha Dolly foi 
clonada. A célula somática utilizada é de 
uma glândula mamária. 
O objetivo desta técnica é 
produzir células-tronco para o tratamento de 
doenças e produção de órgãos para transplante. 
O processo de produção de uma célula é muito 
parecido com a clonagem reprodutiva, porem a 
célula não é implantada no útero. As células-
tronco embrionárias podem se diferenciar em 
todos os tipos de tecidos e são chamadas de 
multifuncionais, já as adultas não possuem esta 
capacidade, cada uma dá origem ao mesmo 
órgão. 
 
 
 
Gabarito: 1. D 2. E 3. C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EIXO III ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 
 
SISTEMA NERVOSO 
O sistema nervoso pode ser comparado a 
uma rede de comunicação em que as 
mensagens são os pulsos elétricos que viajam 
rapidamente por cabos transmissores, os nervos, 
estabelecendo a comunicação entre as partes do 
corpo e uma ―estação central‖ formada pelo 
encéfalo e pela medula espinal. 
Organização do Sistema Nervoso Humano 
Divisão Partes Funções Gerais 
Sistema 
Nervoso 
Central 
(SNC) 
Encéfalo 
e medula 
Processamento e 
integração de 
informações. 
Sistema 
Nervoso 
Periférico 
(SNP) 
Nervos e 
Gânglios 
Condução de 
informações entre os 
órgãos receptores de 
estímulos , o SNC e 
órgãos efetuadores 
(músculos). 
 
Divisão do sistema nervoso 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
As principais partes do encéfalo humano 
plenamente diferenciado são: cérebro, 
mesencéfalo, cerebelo, ponte e bulbo. 
 
Sistema nervoso central 
 
Pode-se dividir o sistema nervoso em 
sistema nervoso da vida de relação, ou somático 
e sistema nervoso da vida vegetativa, ou 
visceral. O sistema nervoso da vida de relação é 
aquele que se relaciona com organismo com o 
meio ambiente. Apresenta um componente 
aferente e outro eferente. 
O componente aferente conduz aos 
centros nervosos impulsos originados em 
receptores periféricos, informando-os sobre o 
que passa no meio ambiente. O componente 
eferente leva aos músculos estriados 
esqueléticos o comando dos centros nervosos 
resultando em movimentos voluntários. 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
O sistema nervoso periférico é formado 
por nervos que se originam no encéfalo e na 
medula espinal. Sua função é conecta o sistema 
nervoso central com o resto do corpo. Existem 
dois tipos de nervos: os cranianos e raquidianos. 
Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 
pares que saem do encéfalo, e sua função é 
transmitir mensagens sensoriais e motoras para 
cabeça e pescoço. 
 
Nervos cranianos 
Nervos Raquidianos: são 31 pares de 
nervos que saem da medula espinal. São 
formados por neurônios sensoriais que recebem 
estímulos do ambiente, e neurônios motores que 
levam impulsos do SNC para músculos e 
glândulas. 
 
Nervos raquidianos 
O SNP se divide em sistema nervoso 
somático e sistema nervoso autônomo. 
Sistema Nervoso Somático: regula as 
ações voluntárias, ou seja, que estão sob 
controle da nossa vontade como os músculos 
esqueléticos. 
Sistema Nervoso Autônomo: atua de 
modo integrado com o sistema nervoso central e 
apresenta duas divisões: sistema nervoso 
simpático que estimula o funcionamento dos 
órgãos e o sistema nervoso parassimpático que 
inibe seu funcionamento,. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
O coração e os vasos sanguíneos e o 
sangue formam o sistema cardiovascular ou 
circulatório. A circulação do sangue permite o 
transporte e a distribuição de nutrientes, gás 
oxigênio e hormônios para as células de vários 
órgãos. O sangue também transporta resíduos 
do metabolismo para que possam ser eliminados 
do corpo. 
 
O CORAÇÃO 
O coração de uma pessoa tem o tamanho 
aproximado de sua mão fechada, e bombeia o 
sangue para todo o corpo, sem parar; localiza-se 
no interior da cavidade torácica, entre os dois 
pulmões. O ápice (ponta do coração) está 
voltado para baixo, para a esquerda e para 
frente. O peso médio do coração é de 
aproximadamente 300 gramas, variando com o 
tamanho e o sexo da pessoa. 
Observe o esquema do coração humano, 
existem quatro cavidades: 
Átrio direito e átrio esquerdo, em sua 
parte superior; 
Ventrículo direito e ventrículo 
esquerdo, em sua parte inferior. 
O sangue que entra no átrio direito passa 
para o ventrículo direito e o sangue que entra no 
átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo. 
Um átrio não se comunica com o outro átrio, 
assim como um ventrículo não se comunica com 
o outro ventrículo. O sangue passa do átrio 
direito para o ventrículo direito através da valva 
atrioventricular direita; e passa do átrio esquerdo 
para o ventrículo esquerdo através da valva 
atrioventricular esquerda. 
 
 
Coração 
Existem três tipos básicos de vasos 
sanguíneos em nosso corpo: artérias, veias e 
capilares. 
VASOS SANGUÍNEOS 
 
Artérias 
As artérias são vasos de paredes 
relativamente espessa e muscular, que 
transporta sangue do coração para os diversos 
tecidos do corpo. A maioria das artérias 
transporta sangue oxigenado (rico em gás 
oxigênio), mas as artérias pulmonares 
transportam sangue não oxigenado (pobre em 
gás oxigênio) do coração até os pulmões. A 
aorta é a artéria mais calibrosa (de maior 
diâmetro) do corpohumano. 
Veias 
As veias são vasos de paredes 
relativamente fina, que transportam sangue dos 
diversos tecidos do corpo para o coração. A 
maioria das veias transporta sangue não 
oxigenado, mas as veias pulmonares 
transportam sangue oxigenado dos pulmões 
para o coração. As veias cavas superior e 
inferior são as mais calibrosas do corpo humano. 
Os vasos capilares – muito finos (são 
microscópicos) e permeáveis – estão presentes 
nos tecidos do corpo humano, cedendo 
nutrientes, gás oxigênio e hormônios às células. 
Além disso, recolhem gás carbônico e resíduos 
do metabolismo celular. 
Pequena circulação- Também chamada 
circulação pulmonar, compreende o trajeto do 
sangue desde o ventrículo direito até o átrio 
esquerdo. Nessa circulação, o sangue passa 
pelos pulmões, onde é oxigenado. 
Grande circulação- Também chamada 
de circulação sistêmica, compreende o trajeto do 
sangue desde o ventrículo esquerdo até o átrio 
direito; nessa circulação, o sangue oxigenado 
fornece gás oxigênio os diversos tecidos do 
corpo, além de trazer ao coração o sangue não 
oxigenado dos tecidos. 
 
SANGUE 
Você já sabe que o sangue transporta 
nutrientes, gases respiratórios, hormônios e 
resíduos do metabolismo. Embora o sangue 
pareça um líquido vermelho completamente 
homogêneo, ao microscópio óptico podemos 
observar que ele é constituído basicamente de: 
plasma, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e 
plaquetas. 
 
 
Componentes sanguíneos 
Glóbulos vermelhos 
Os glóbulos vermelhos são também 
denominados eritrócitos ou hemácias. 
 
Hemácias 
 
As hemácias são as mais numerosas 
células sanguíneas. No ser humano, existem 
cerca de 5 milhões delas por milímetro cúbito de 
sangue. Elas são produzidas na medula óssea 
vermelha dos ossos. Não possuem núcleo e 
apresentam a forma de disco côncavo em ambos 
os lados. A forma discóide e a concavidade em 
ambos os lados garantem uma superfície 
relativamente grande para a captação e a 
distribuição de gás oxigênio. 
A cor vermelha das hemácias se deve à 
presença do pigmento hemoglobina. O gás 
oxigênio se combina com a hemoglobina, 
formando a oxiemoglobina. Nos tecidos, essa 
combinação é desfeita e o gás oxigênio passa 
para o interior das células. Assim, as hemácias 
promovem o transporte e a distribuição de gás 
oxigênio para todas as partes do corpo. 
 
Glóbulos brancos 
Os glóbulos brancos ou leucócitos são as 
células de defesa do organismo que destroem os 
agentes estranhos, por exemplo, as bactérias, os 
vírus e as substâncias tóxicas que atacam o 
nosso organismo e causam infecções ou outras 
doenças. Leucócito é uma palavra composta, de 
origem grega, que significa ―célula branca‖: leuco 
significa ―branco‖ e cito, ―célula‖. 
 
 
Tipos de glóbulos brancos 
 
Plaquetas 
As plaquetas são fragmentos celulares 
bem menores que as células sanguíneas, ou 
seja, menores que as hemácias e os leucócitos. 
As plaquetas atuam na coagulação do sangue. 
Quando há um ferimento com rompimento do 
vaso sanguíneo, ocorre uma série de eventos 
que impedem a perda de sangue. 
A coagulação ou formação de coágulo, 
que faz parte desse processo, se dá quando 
filamentos de uma proteína do plasma 
transformada, formam uma espécie de rede e 
impedem a passagem do sangue. O coágulo 
evita hemorragia, isto é, a perda de sangue que 
pode ocorrer na superfície do corpo – por 
exemplo, na pele do braço ou da mão – ou nos 
órgãos internos, como estômago e intestino. À 
medida que o vaso sanguíneo vai se 
cicatrizando, o coágulo seca e é reabsorvido 
pelo organismo. 
 
 
Processo de coagulação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
O sistema respiratório humano é formado 
pelos seguintes órgãos, em sequência: nariz, 
faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. 
 
Anatomia sistema respiratório 
 
Na respiração ocorrem dois tipos de 
movimento: a inspiração e a expiração de ar. Na 
inspiração, o ar atmosférico penetra pelo nariz e 
chega aos pulmões; na expiração, o ar presente 
nos pulmões é eliminado para o ambiente 
externo. 
 
Movimentos respiratórios 
 
O ar entra em nosso corpo por duas 
cavidades existentes no nariz: as cavidades 
nasais direita e esquerda. Elas são separadas 
completamente por uma estrutura chamada 
septo nasal; comunicam-se com o exterior pelas 
aberturas denominadas narinas e com a faringe 
pelos cóanos. As cavidades nasais são 
revestidas internamente pela mucosa nasal. 
Essa mucosa contém um conjunto de pêlos junto 
as narinas e fabrica uma secreção viscosa 
chamada muco. 
Faringe: é um canal comum aos 
sistemas digestório e respiratório e comunica-se 
com a boca e com as fossas nasais. O ar 
inspirado pelas narinas ou pela boca passa 
necessariamente pela faringe, antes de atingir a 
laringe. 
Laringe: é um tubo sustentado por peças 
de cartilagem articuladas, situado na parte 
superior do pescoço, em continuação à faringe. 
O pomo-de-adão, saliência que aparece no 
pescoço, faz parte de uma das peças 
cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe 
chama-se glote. Acima dela existe uma espécie 
de cartilagem denominada epiglote, que funciona 
como válvula. Quando nos alimentamos, a 
laringe sobe e sua entrada é fechada pela 
epiglote. Isso impede que o alimento ingerido 
penetre nas vias respiratórias. 
O epitélio que reveste a laringe apresenta 
pregas, as cordas vocais, capazes de produzir 
sons durante a passagem de ar. 
Traqueia: é um tubo de 
aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10- 12 
centímetros de comprimento, cujas paredes são 
reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se 
na sua região inferior, originando os brônquios, 
que penetram nos pulmões. Seu epitélio de 
revestimento muco-ciliar adere partículas de 
poeira e bactérias presentes em suspensão no 
ar inalado, que são posteriormente varridas para 
fora (graças ao movimento dos cílios) e 
engolidas ou expelidas. 
Pulmões: Os pulmões humanos são 
órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 
cm de comprimento, sendo envolvidos por uma 
membrana serosa denominada pleura. Nos 
pulmões os brônquios ramificam-se 
profusamente, dando origem a tubos cada vez 
mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente 
ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica 
ou árvore respiratória. 
Cada bronquíolo termina em pequenas 
bolsas formadas por células epiteliais achatadas 
(tecido epitelial pavimentoso) recobertas por 
capilares sanguíneos, denominadas alvéolos 
pulmonares. 
Diafragma: A base de cada pulmão 
apoia-se no diafragma, órgão músculo-
membranoso que separa o tórax do abdômen, 
presente apenas em mamíferos, promovendo, 
juntamente com os músculos intercostais, os 
movimentos respiratórios. Localizado logo acima 
do estômago, o nervo frênico controla os 
movimentos do diafragma. 
Os alvéolos são estruturas elásticas, 
formadas por uma membrana bem fina e 
envolvida por uma rede de vasos capilares 
sanguíneos. 
Existem milhões de alvéolos em cada 
pulmão. É em cada um deles que ocorrem as 
trocas gasosas entre o pulmão e o sangue. Nos 
alvéolos ocorre uma difusão dos gases por 
diferença de concentração e, 
consequentemente, da pressão dos gases. O 
sangue que chega aos alvéolos absorve o gás 
oxigênio inspirado da atmosfera. Ao mesmo 
tempo, o sangue elimina gás carbônico no 
interior dos alvéolos; esse gás é então expelido 
do corpo por meio da expiração. 
 
 
Troca gasosa (hematose) 
Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio, 
presenteno ar inspirado, passa para o sangue 
que é então distribuído pelas hemácias a todas 
as células vivas do organismo. Ao mesmo 
tempo, as células vivas liberam gás carbônico no 
sangue. Nos pulmões, o gás carbônico passa do 
sangue para o interior dos alvéolos e é eliminado 
para o ambiente externo por meio da expiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EIXO IV DOENÇAS INFECIOSAS 
 
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS 
INFLUENZA H1N1 
 
Vírus da influenza 
 
Vírus da Influenza pertence à família 
Ortomixiviridae. São vírus RNA de hélice única, 
que se subdividem em três tipos 
antigenicamente distintos: A, B e C. Os tipos A, 
responsáveis pela ocorrência da maioria das 
epidemias de gripe, são mais suscetíveis a 
variações antigênicas, razão pela qual, 
periodicamente, suas variantes sofrem 
alterações na estrutura genômica, contribuindo 
para a existência de diversos subtipos. 
Reservatório - Os reservatórios 
conhecidos na natureza para o vírus da influenza 
são os seres humanos, os suínos, os equinos, as 
focas e as aves. 
Modo de transmissão - O modo mais 
comum é a transmissão direta (pessoa a 
pessoa), por meio de pequenas gotículas de 
aerossol expelidas pelo indivíduo infectado com 
o vírus (ao falar, tossir e espirrar) às pessoas 
suscetíveis. Também há evidências de 
transmissão pelo modo indireto, por meio do 
contato com as secreções do doente. 
Período de incubação - Varia de 1 a 7 
dias, sendo mais comum entre 1 a 4 dias. 
Manifestações clínicas - Clinicamente, a 
doença inicia-se com a instalação abrupta de 
febre alta, em geral acima de 38°C, seguida de 
mialgia, dor de garganta, prostração, cefaleia e 
tosse seca. 
Diagnóstico: é a secreção da 
nasofaringe (SNF), colhido de preferência nos 
primeiros três dias de aparecimento dos sinais e 
sintomas até no máximo o 7° dia. (mas, 
preferencialmente, até o 3° dia). 
Tratamento: antivirais, 
AIDS 
 
Anatomia do vírus da AIDS 
 
Os infectados pelo vírus da 
imunodeficiência humana (HIV) evoluem para 
uma grave disfunção do sistema imunológico, à 
medida que vão sendo destruídos os linfócitos T 
CD4+, uma das principais células-alvo do vírus. 
A contagem de linfócitos T CD4+ é um 
importante marcador dessa imunodeficiência, 
sendo utilizada tanto para estimar o prognóstico 
e avaliar a indicação de início de terapia 
antirretroviral. 
Agente etiológico - HIV-1 e HIV-2, 
retrovírus da família Lentiviridae. 
Reservatório - O homem. 
Modo de transmissão - O HIV pode ser 
transmitido por via sexual (esperma e secreção 
vaginal); pelo sangue (via parenteral e vertical); e 
pelo leite materno. 
Período de incubação - Compreendido 
entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de 
sinais e sintomas da fase aguda, podendo variar 
de 5 a 30 dias. 
Período de latência - E o período após a 
fase de infecção aguda, (até o desenvolvimento 
da imunodeficiência). Esse período varia entre 5 
e 10 anos, média de seis anos. 
Diagnóstico: teste rápido e laboratorial 
(ELISA). 
Tratamento: coquetel antirretroviral. 
 
 
1. (Enem 2ª aplicação 2010) A Síndrome da 
Imunociência Adquirida (AIDS) é a manifestação 
clínica da infecção pelo vírus HIV, que leva, em 
média, oito anos para se manifestar. No Brasil, 
desde a identificação do primeiro caso de AIDS 
em 1980 até junho de 2007, já foram 
identificados cerca de 174 mil casos da doença. 
O país acumulou, aproximadamente, 192 mil 
óbitos devido à AIDS até junho de 2006, sendo 
as taxas de mortalidade crescentes até meados 
da década de 1990 e estabilizando-se em cerca 
de 11 mil óbitos anuais desde 1998. [...] A partir 
do ano 2000, essa taxa se estabilizou em cerca 
de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes, sendo esta 
estabilização mais evidente em São Paulo e no 
Distrito Federal. 
Disponível em: http://www.aids.gov.br. 
Acesso em: 01 maio 2009 (adaptado). 
 
 A redução nas taxas de mortalidade 
devido à AIDS a partir da década de 1990 é 
decorrente 
 
(A) do aumento do uso de preservativos nas 
relações sexuais, que torna o vírus HIV menos 
letal. 
(B) da melhoria das condições alimentares dos 
soropositivos, a qual fortalece o sistema 
imunológico deles. 
(C) do desenvolvimento de drogas que permitem 
diferentes formas de ação contra o vírus HIV. 
(D) das melhorias sanitárias implementadas nos 
últimos 30 anos, principalmente nas grandes 
capitais. 
(E) das campanhas que estimulam a vacinação 
contra o vírus e a busca pelos serviços de 
saúde. 
 
 
DENGUE 
Agente etiológico - O vírus da Dengue 
(RNA). Arbovírus do gênero Flavivirus, 
pertencente à família Flaviviridae, com quatro 
sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e 
DENV4. 
Vetores hospedeiros - Os vetores são 
mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o 
vírus da Dengue persiste na natureza, mediante 
o ciclo de transmissão homem → Aedes aegypti 
→ homem. 
Modo de transmissão - A transmissão 
se faz pela picada da fêmea do mosquito Ae. 
aegypti, no ciclo homem → Ae. aegypti → 
homem. Após um repasto de sangue infectado, o 
mosquito está apto a transmitir o vírus. 
Período de incubação - De 3 a 15 dias; 
em média, de 5 a 6 dias. 
Diagnóstico - É necessária uma boa 
anamnese, com realização da prova do laço, 
exame clínico e confirmação laboratorial 
específica. 
Tratamento: é sintomático (com 
analgésicos e antipiréticos), sendo indicada 
hidratação oral ou parenteral, dependendo da 
caracterização do paciente. 
 
 
ZIKA 
Descrição: É uma doença viral aguda, 
transmitida principalmente por mosquitos, tais 
como Aedes aegypti, caracterizada por 
exantema maculopapular pruriginoso, febre 
intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta 
e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. 
Apresenta evolução benigna e os sintomas 
geralmente desaparecem espontaneamente 
após 3-7 dias. 
Distribuição - O vírus Zika foi isolado 
pela primeira vez em primatas não humanos em 
Uganda, na floresta Zika em 1947, por esse 
motivo esta denominação. Entre 1951 a 2013, 
evidências sorológicas em humanos foram 
notificadas em países da África (Uganda, 
Tanzânia, Egito, República da África Central, 
Serra Leoa e Gabão), Ásia (Índia, Malásia, 
Filipinas, Tailândia, Vietnã e Indonésia) e 
Oceania (Micronésia e Polinésia Francesa). 
Nas Américas, o Zika Vírus somente foi 
identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile 
no oceano Pacífico, 3.500 km do continente no 
início de 2014. 
O Zika Vírus é considerado endêmico no 
Leste e Oeste do continente Africano. Evidências 
sorológicas em humanos sugerem que a partir 
do ano de 1966 o vírus tenha se disseminado 
para o continente asiático. 
Modo de transmissão - O principal 
modo de transmissão descrito do vírus é por 
vetores. No entanto, está descrito na literatura 
científica, a ocorrência de transmissão 
ocupacional em laboratório de pesquisa, 
perinatal e sexual, além da possibilidade de 
transmissão transfusional. 
Tratamento - Não existe o tratamento 
específico. O tratamento dos casos sintomáticos 
recomendado é baseado no uso de 
acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o 
controle da febre e manejo da dor. No caso de 
erupções pruriginosas, os anti-histamínicos 
podem ser considerados. No entanto, é 
desaconselhável o uso ou indicação de ácido 
acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias 
em função do devido ao risco aumentado de 
complicações hemorrágicas descritas nas 
infecções por síndrome hemorrágica como 
ocorre com outros flavivírus. 
Não há vacina contrao Zika vírus. 
Prevenção - As medidas de prevenção e 
controle são semelhantes às da dengue e 
chikungunya. Não existem medidas de controle 
específicas direcionadas ao homem, uma vez 
que não se dispõe de nenhuma vacina ou 
drogas antivirais. 
Prevenção domiciliar 
Deve-se reduzir a densidade vetorial, por 
meio da eliminação da possibilidade de contato 
entre mosquitos e água armazenada em 
qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso 
das fêmeas grávidas por intermédio do uso de 
telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou 
qualquer local que possa acumular água, 
totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de 
elevado risco de transmissão, a proteção 
individual por meio do uso de repelentes deve 
ser implementada pelos habitantes. 
Individualmente, pode-se utilizar roupas 
que minimizem a exposição da pele durante o 
dia quando os mosquitos são mais ativos podem 
proporcionar alguma proteção contra as picadas 
dos mosquitos e podem ser adotadas 
principalmente durante surtos, além do uso 
repelentes na pele exposta ou nas roupas. 
Prevenção na comunidade 
Na comunidade deve-se basear nos 
métodos realizados para o controle da dengue, 
utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a 
densidade de mosquitos vetores. Um programa 
de controle da dengue em pleno funcionamento 
irá reduzir a probabilidade de um ser humano 
virêmico servir como fonte de alimentação 
sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. 
albopictus, levando à transmissão secundária e a 
um possível estabelecimento do vírus nas 
Américas. 
Os programas de controle da dengue 
para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido 
voltados para o controle de mosquitos imaturos, 
muitas vezes por meio de participação da 
comunidade em manejo ambiental e redução de 
criadouros. 
Procedimentos de controle de vetores 
As orientações da OMS e do Ministério 
da Saúde do Brasil para a dengue fornecem 
informações sobre os principais métodos de 
controle de vetores e devem ser consultadas 
para estabelecer ou melhorar programas 
existentes. O programa deve ser gerenciado por 
profissionais experientes, como biólogos com 
conhecimento em controle vetorial, para garantir 
que ele use recomendações de pesticidas atuais 
e eficazes, incorpore novos e adequados 
métodos de controle de vetores segundo a 
situação epidemiológica e inclua testes de 
resistência dos mosquitos aos inseticidas. 
 
 
CHIKUNGUNYA 
Descrição - Febre acima de 39 graus, de 
início repentino, e dores intensas nas 
articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos 
e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, 
dores nos músculos e manchas vermelhas na 
pele. 
Diagnóstico O vírus só pode ser 
detectado em exames de laboratório. São três os 
tipos de testes capazes de detectar o 
Chikungunya: sorologia, PCR em tempo real 
(RT‐PCR) e isolamento viral. Todas essas 
técnicas já são utilizadas no Brasil para o 
diagnóstico de outras doenças e estão 
disponíveis nos laboratórios de referência da 
rede pública. 
Modo de transmissão - O vírus é 
transmitido pela picada da fêmea de mosquitos 
infectados. São eles o Aedes aegypti, de 
presença essencialmente urbana, em áreas 
tropicais e, no Brasil, associado à transmissão 
da dengue; e o Aedes albopictus, presente 
majoritariamente em áreas rurais, também 
existente no Brasil e que pode ser encontrado 
em áreas urbanas e peri-urbanas em menor 
densidade. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao 
picar uma pessoa infectada, durante o período 
de viremia. 
Tratamento - Até o momento não existe 
um tratamento específico para Chikungunya, 
como no caso da dengue. Os sintomas são 
tratados com medicação para a febre 
(paracetamol) e as dores articulares 
(antiinflamatórios). Não é recomendado usar o 
ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de 
hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao 
paciente, que deve beber líquidos em 
abundância. 
 
 
 
Mosquito A. aegypti 
 
 
2. (Enem 2010) Investigadores das 
Universidades de Oxford e da Califórnia 
desenvolveram uma variedade de Aedes aegypti 
geneticamente modificada que é candidata para 
uso na busca de redução na transmissão do 
vírus da dengue. Nessa nova variedade de 
mosquito, as fêmeas não conseguem voar 
devido à interrupção do desenvolvimento do 
músculo das asas. A modificação genética 
introduzida é um gene dominante condicional, 
isso é, o gene tem expressão dominante (basta 
apenas uma cópia do alelo) e este só atua nas 
fêmeas. 
FU, G. et al. Female-specific hightiess 
phenotype for mosquito control. PNAS 107 (10): 
4550-4554, 2010. 
 
 Prevê-se, porém, que a utilização dessa 
variedade de Aedes aegypti demore ainda anos 
para ser implementada, pois há demanda de 
muitos estudos com relação ao impacto 
ambiental. A liberação de machos de Aedes 
aegypti dessa variedade geneticamente 
modificada reduziria o número de casos de 
dengue em uma determinada região porque 
 
(A) diminuiria o sucesso reprodutivo desses 
machos transgênicos. 
(B) restringiria a área geográfica de voo dessa 
espécie de mosquito. 
(C) dificultaria a contaminação e reprodução do 
vetor natural da doença. 
(D) tomaria o mosquito menos resistente ao 
agente etiológico da doença. 
(E) dificultaria a obtenção de alimentos pelos 
machos geneticamente modificados 
 
 
FEBRE AMARELA 
Agente etiológico - Vírus amarílico, 
arbovírus do gênero Flavivírus e família 
Flaviviridae. É um RNA vírus. 
Vetores/reservatórios e hospedeiros - 
O principal vetor e reservatório da FAS no Brasil 
é o mosquito do gênero Haemagogus 
janthinomys; os hospedeiros naturais são os 
primatas não humanos (macacos). O homem 
não imunizado entra nesse ciclo acidentalmente. 
Período de incubação - Varia de 3 a 6 
dias, após a picada do mosquito fêmea 
infectado. 
Diagnóstico - É clínico, epidemiológico e 
laboratorial. 
Tratamento - Não existe tratamento 
antiviral específico. É apenas sintomático, com 
cuidadosa assistência ao paciente que, sob 
hospitalização, deve permanecer em repouso, 
com reposição de líquidos e das perdas 
sanguíneas, quando indicada. 
 
Vírus da Febre amarela 
 
 
3.(Enem 2001) A partir do primeiro semestre de 
2000, a ocorrência de casos humanos de febre 
amarela silvestre extrapolou as áreas 
endêmicas, com registro de casos em São Paulo 
e na Bahia, onde os últimos casos tinham 
ocorrido em 1953 e 1948. Para controlar a febre 
amarela silvestre e prevenir o risco de uma 
reurbanização da doença, foram propostas as 
seguintes ações: 
I. Exterminar os animais que servem de 
reservatório do vírus causador da doença. 
II. Combater a proliferação do mosquito 
transmissor. 
III. Intensificar a vacinação nas áreas onde a 
febre amarela é endêmica e em suas regiões 
limítrofes. 
 
É efetiva e possível de ser implementada 
uma estratégia envolvendo 
 
(A) a ação II, apenas. 
(B) as ações I e II, apenas. 
(C) as ações I e III, apenas. 
(D) as ações II e III, apenas. 
(E) as ações I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS 
 
CÓLERA 
Descrição - Infecção intestinal aguda, 
causada pela enterotoxina do bacilo da Cólera 
Vibrio cholerae. Com diarreia leve. Pode se 
apresentar de forma grave, com diarreia aquosa 
e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e 
câimbras. 
Agente etiológico - Vibrio cholerae 
Reservatório - O principal é o homem. 
Estudos recentessugerem a existência de 
reservatórios ambientais como plantas aquáticas 
e frutos do mar. 
Modo de transmissão - Ingestão de 
água ou alimentos contaminados por fezes ou 
vômitos de doente ou portador. 
Diagnóstico: O V. cholerae pode ser 
isolado a partir da cultura de amostras de fezes 
de doentes ou portadores assintomáticos. Casos 
de diarreia nos quais são relacionadas variáveis 
com manifestações clínicas e epidemiológicas 
capazes de definir o diagnóstico, sem 
investigação laboratorial. 
Tratamento - Formas leves e 
moderadas, com soro de reidratação oral (SRO). 
Formas graves, com hidratação venosa e 
antibiótico. 
 
Vibrio Cholerae 
 
COQUELUCHE 
Descrição - Doença infecciosa aguda, 
transmissível, de distribuição universal, que 
compromete especificamente o aparelho 
respiratório (traqueia e brônquios) e se 
caracteriza por paroxismos de tosse seca. 
Agente etiológico - Bordetella pertussis. 
Reservatório - O homem é o único 
reservatório natural. 
Modo de transmissão - Contato direto 
da pessoa doente com pessoa suscetível 
(gotículas de secreção eliminadas por tosse, 
espirro ou ao falar). 
Diagnóstico - O diagnóstico específico é 
realizado mediante o isolamento da B. pertussis 
por meio de cultura de material colhido de 
nasorofaringe, 
Tratamento: Antibióticos 
 
Bordetella pertussis. 
 
 
HANSENÍASE 
Descrição - Doença crônica 
granulomatosa, proveniente de infecção causada 
pelo Mycobacterium leprae. Esse bacilo tem a 
capacidade de infectar grande número de 
indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos 
adoecem (baixa patogenicidade); essas 
propriedades dependem de, além das 
características intrínsecas do bacilo, de sua 
relação com o hospedeiro e o grau de 
endemicidade do meio. 
 
Mycobacterium leprae 
Reservatório - O homem, reconhecido 
como única fonte de infecção, embora tenham 
sido identificados animais naturalmente 
infectados. 
Modo de transmissão - A principal via 
de eliminação dos bacilos dos pacientes 
multibacilares (virchowianos e dimorfos) é a 
aérea superior, sendo, também, o trato 
respiratório a mais provável via de entrada do M. 
leprae no corpo. 
Período de incubação - Em média, 2 a 7 
anos. Há referências a períodos mais curtos, de 
7 meses, como também mais longos, de 10 ano. 
 
Placas eritematosas 
 
Diagnóstico - O diagnóstico é clínico e 
epidemiológico, realizado por meio da análise da 
história e condições de vida do paciente, do 
exame dermatoneurológico, para identificar 
lesões ou áreas de pele com alteração de 
sensibilidade e/ou comprometimento de nervos 
periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico) 
A classificação operacional do caso de 
Hanseníase, visando o tratamento com 
poliquimioterapia é baseada no número de 
lesões cutâneas de acordo com os seguintes 
critérios: 
Paucibacilar (PB) - Casos com até 5 
lesões de pele; 
Multibacilar (MB) - Casos com mais de 5 
lesões de pele. 
Tratamento - Os pacientes devem ser 
tratados em regime ambulatorial. 
Nos serviços básicos de saúde, 
administra-se uma associação de 
medicamentos, a poliquimioterapia (PQT/OMS). 
A PQT/OMS mata o bacilo e evita a evolução da 
doença, prevenindo as incapacidades e 
deformidades por ela causadas, levando à cura. 
É administrada através de esquema padrão, de 
acordo com a classificação operacional do 
doente em paucibacilar e multibacilar. 
 
 
LEPTOSPIROSE 
Descrição - Doença infecciosa febril de 
início abrupto, que pode variar desde formas 
assintomáticas e subclínicas até quadros clínicos 
graves associados a manifestações fulminantes. 
Didaticamente, as apresentações clínicas da 
Leptospirose foram divididas considerando as 
fases evolutivas da doença: fase precoce (fase 
leptospirêmica) e fase tardia (fase imune). 
Agente etiológico - Bactéria helicoidal 
(espiroqueta) aeróbica obrigatória 
do gênero Leptospira, 
 
Leptospira 
 
Reservatório - Os seres humanos são 
apenas hospedeiros acidentais e terminais 
dentro da cadeia de transmissão. O principal 
reservatório é constituído pelos roedores 
sinantrópicos das espécies Rattus norvegicus 
(ratazana ou rato-de-esgoto), Rattus rattus (rato 
de telhado ou rato preto) e Mus musculus 
(camundongo ou catita). O R. norvegicus é o 
principal portador do sorovar 
Icterohaemorraghiae, um dos mais patogênicos 
para o homem. Outros reservatórios de 
importância são: caninos, suínos, bovinos, 
equinos, ovinos e caprinos. 
Modo de transmissão - A infecção 
humana resulta da exposição direta ou indireta à 
urina de animais infectados. A penetração do 
microrganismo ocorre através da pele com 
presença de lesões, da pele íntegra imersa por 
longos períodos em água contaminada ou 
através de mucosas. O elo hídrico é importante 
na transmissão da doença ao homem. 
Raramente a transmissão ocorre pelo contato 
direto com sangue, tecidos e órgãos de animais 
infectados, transmissão acidental em 
laboratórios e ingestão de água ou alimentos 
contaminados. A transmissão entre humanos é 
muito rara e de pouca relevância epidemiológica, 
podendo ocorrer pelo contato com urina, sangue, 
secreções e tecidos de pessoas infectadas. 
Período de incubação - De 1 a 30 dias 
(em média, de 5 e 14 dias). 
Diagnóstico - A suspeita clínica deve ser 
confirmada por métodos laboratoriais 
específicos. Na fase precoce, as leptospiras 
podem ser visualizadas no sangue por meio de 
exame direto, de cultura em meios apropriados, 
inoculação em animais de laboratório ou 
detecção do DNA do microrganismo, pela 
técnica da reação em cadeia da polimerase 
(PCR). 
Tratamento – antibióticos. 
 
Modo de transmissão da leptospirose 
 
1. (ENEM 2012) Medidas de saneamento 
básico são fundamentais no processo de 
promoção de saúde e qualidade de vida da 
população. Muitas vezes, a falta de saneamento 
está relacionada com o aparecimento de várias 
doenças. Nesse contexto, um paciente dá 
entrada em um pronto atendimento relatando 
que há 30 dias teve contato com águas de 
enchente. Ainda informa que nesta localidade 
não há rede de esgoto e drenagem de águas 
pluviais e que a coleta de lixo é inadequada. Ele 
apresenta os seguintes sintomas: febre, dor de 
cabeça e dores musculares. 
Disponível em: http://portal.saude.gov.br. 
Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado). 
 
Relacionando os sintomas apresentados 
com as condições sanitárias da localidade, há 
indicações de que o paciente apresenta um caso 
de 
 
(A) difteria. 
(B) botulismo. 
(C) tuberculose. 
(D) leptospirose. 
(E)meningite meningocócica. 
 
 
TUBERCULOSE 
Descrição - A Tuberculose é um 
problema de saúde prioritário no Brasil. O agravo 
atinge a todos os grupos etários, com maior 
predomínio nos indivíduos economicamente 
ativos (15 - 54 anos) e do sexo masculino. 
Doença infecciosa, atinge, principalmente, o 
pulmão. A Tuberculose primária ocorre durante 
uma primo-infecção, e pode evoluir tanto a partir 
do foco pulmonar, quanto do foco ganglionar ou, 
então, em consequência da disseminação 
hematogênica, o que acontece em 5% dos 
primo-infectados, em geral nos primeiros dois 
anos após a infecção. 
Agente etiológico - M. tuberculosis, 
também conhecido como bacilo de Koch (BK). O 
complexo M. tuberculosis é constituído de várias 
espécies: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum 
e M. microti. Mycobacterium tuberculosis. 
 
Reservatório - O reservatório principal é 
o homem. Em algumas regiões, o gado bovino 
doente. 
Modo de transmissão - A Tuberculoseé 
transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, 
através do ar. A fala, o espirro e, principalmente, 
a tosse de um doente de Tuberculose pulmonar 
bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos 
variados, contendo no seu interior o bacilo. 
Tratamento - O tratamento da 
Tuberculose deve ser feito em regime 
ambulatorial, supervisionado, no serviço de 
saúde mais próximo à residência do doente. 
Antes de iniciar a quimioterapia, é necessário 
orientar o paciente quanto ao tratamento. 
 
Rx de paciente com Tuberculose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS 
E PARASITAS 
 
DOENÇA DE CHAGAS 
Descrição - Doença parasitária com curso 
clínico bifásico (fases aguda e crônica), podendo 
se manifestar sob várias formas. 
Agente etiológico - Trypanosoma cruzi, 
protozoário flagelado da família 
Trypanosomatidae, caracterizado pela presença 
de um flagelo. 
Vetores - Triatomíneos hematófagos que, 
dependendo da espécie, podem viver em meio 
silvestre, no peridomicílio ou no intradomicílio. 
São também conhecidos como 
―barbeiros‖ ou ―chupões‖. 
 
Barbeiro 
 
Modo de transmissão - A forma vetorial 
ocorre pela passagem do protozoário das 
excretas dos triatomíneos através da pele lesada 
ou de mucosas do ser humano, durante ou logo 
após o repasto sanguíneo. 
A transmissão oral ocorre a partir da 
ingestão de alimentos contaminados com T. 
cruzi. Esta forma, frequente na região 
Amazônica, tem sido implicada em surtos 
intrafamiliares em diversos estados brasileiros e 
tem apresentado letalidade elevada. 
A transmissão vertical ocorre em função 
da passagem do T. cruzi de mulheres infectadas 
para seus bebês, durante a gestação ou o parto. 
A transmissão acidental ocorre a partir do 
contato de material contaminado (sangue de 
doentes, excretas de triatomíneos) com a pele 
lesada ou com mucosas, geralmente durante 
manipulação em laboratório sem equipamento 
de biossegurança. 
Diagnóstico - Determinado pela 
presença de parasitos circulantes em exames 
parasitológicos diretos de sangue periférico 
(exame a fresco, esfregaço, gota espessa). 
Tratamento – medicação antiparasitária. 
 
T. Cruzy 
 
 
2. (ENEM 2012) A doença de Chagas afeta 
mais de oito milhões de brasileiros, sendo 
comum em áreas rurais. É uma doença causada 
pelo protozoário Trypanosoma cruzi e 
transmitida por insetos conhecidos como 
barbeiros ou chupanças. 
Uma ação do homem sobre o meio 
ambiente que tem contribuído para o aumento 
dessa doença é 
 
(A) o consumo de carnes de animais silvestres 
que são hospedeiros do vetor da doença. 
(B) a utilização de adubos químicos na 
agricultura que aceleram o ciclo reprodutivo do 
barbeiro. 
(C) a ausência de saneamento básico que 
favorece a proliferação do protozoário em 
regiões habitadas por humanos. 
(D) a poluição dos rios e lagos com pesticidas 
que exterminam o predador das larvas do inseto 
transmissor da doença. 
(E) o desmatamento que provoca a migração ou 
o desaparecimento dos animais silvestres dos 
quais o barbeiro se alimenta. 
 
 
ESQUITOSSOMOSE MANSÔNICA 
Descrição - A Esquistossomose 
Mansônica é uma doença parasitária, causada 
pelo trematódeo Schistosoma mansoni, cuja 
sintomatologia clínica depende de seu estágio de 
evolução no homem. A fase aguda pode ser 
assintomática ou apresentar-se como dermatite 
cercariana, caracterizada por micropápulas 
eritematosas e pruriginosas, até cinco dias após 
a infecção. Com cerca de 3 a 7 semanas após a 
exposição, pode ocorrer a febre de Katayama, 
caracterizada por linfodenopatia, febre, anorexia, 
dor abdominal e cefaleia. Esses sintomas podem 
ser acompanhados de diarreia, náuseas, vômitos 
ou tosse seca, ocorrendo hepatomegalia. Após 
seis meses de infecção, há risco do quadro 
clínico evoluir para a fase crônica. 
Agente etiológico - Schistosoma 
mansoni, um helminto pertencente à classe dos 
Trematoda, família Schistosomatidae e gênero 
Schistosoma. 
Reservatório - No ciclo da doença, estão 
envolvidos dois hospedeiros, um definitivo e o 
intermediário. 
Hospedeiro definitivo - O homem é o 
principal hospedeiro definitivo e nele o parasita 
apresenta a forma adulta, reproduzindo-se 
sexuadamente, possibilitando a eliminação dos 
ovos do S. mansoni, no ambiente, pelas fezes, 
ocasionando a contaminação das coleções 
hídricas. 
Os primatas, marsupiais (gambá), 
ruminantes, roedores e lagomorfos (lebres e 
coelhos), são considerados hospedeiros 
permissivos ou reservatórios, porém, não está 
clara a participação desses animais na 
transmissão. 
Hospedeiro Intermediário - No Brasil, 
são os caramujos do gênero Biomphalaria: B. 
glabrata, B. tenagophila, B. straminea. 
Modo de transmissão - Os ovos do S. 
mansoni são eliminados pelas fezes do 
hospedeiro infectado (homem). Na água, 
eclodem, liberando uma larva ciliada 
denominada miracídio, que infecta o caramujo. 
Após 4 a 6 semanas, a larva abandona o 
caramujo, na forma de cercária, ficando livre nas 
águas naturais. O contato humano com águas 
infectadas pelas cercárias é a maneira pela qual 
o indivíduo adquire a Esquistossomose. 
Diagnóstico - Além do quadro clínico-
epidemiológico, deve ser realizado exame 
coprológico. 
Tratamento – medicação antiparasitária. 
 
 
3. (ENEM-2015) Euphorbia mili é uma 
planta ornamental amplamente disseminada no 
Brasil e conhecida como coroa-de-cristo. 
O estudo químico do látex dessa espécie 
forneceu o mais potente produto natural 
moluscicida, a miliamina A. Atividade 
moluscicida do látex de Synadenium carinatum 
boiss. (Euphorbiaceae) sobre Biomphalaria 
glabrata e isolamento do constituinte majoritário. 
Revista Eletrônica de Farmácia. n. 3. 2010 
(adaptado). 
O uso desse látex em água infestada por 
hospedeiros intermediários tem potencial para 
atuar no controle da 
 
(A) dengue. 
(B) malária. 
(C) elefantíase. 
(D) ascaridíase. 
(E) esquistossomose. 
 
 
 
 
FILARÍASE OU ELEFANTÍASE 
Descrição - A Filariose causada pela 
Wuchereria bancrofti se manifesta clinicamente 
no homem sob várias formas. 
Agente etiológico - Wuchereria 
bancrofti, nematódeo que vive nos vasos 
linfáticos dos indivíduos infectados. 
 
Wuchereria bancrofti 
 
Reservatório - O homem. 
Modo de transmissão - Pela picada dos 
mosquitos transmissores com larvas infectantes. 
No Brasil, o Culex quinquefasciatus é o principal 
transmissor. Em geral, as microfilárias têm 
periodicidade para circular no sangue periférico, 
sendo mais detectadas à noite, entre às 23h e 
1h. 
Diagnóstico - O teste de rotina é feito 
pela pesquisa da microfilária no sangue 
periférico, pelo método da gota espessa 
(periodicidadenoturna, das 23h à 1h). 
Tratamento – medicações 
antiparasitárias. 
 
Paciente com elefantíase 
 
 
 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 
Descrição - Doença infecciosa, não 
contagiosa, causada por protozoários do gênero 
Leishmania, de transmissão vetorial, que 
acomete pele e mucosas. É primariamente uma 
infecção zoonótica que afeta outros animais que 
não o homem, o qual pode ser envolvido 
secundariamente. 
 
Lesões causadas pela Leshimaniose 
 
Agente etiológico - Há várias espécies 
de leishmanias envolvidas na transmissão. Nas 
Américas, são atualmente reconhecidas 11 
espécies dermotrópicas de Leishmania 
causadoras de doença humana e 8 espécies 
descritas, somente em animais. No Brasil,

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