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Compilado - Língua Portuguesa (Ensino Médio e Concursos Públicos de nível médio)

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LUIZ OTÁVIO CÂNDIDO DA CRUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERNET E EDUCAÇÃO: COMPILADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As ideias estão no chão, 
Você tropeça e acha a solução. 
(Titãs) 
 
 
RESUMO 
 
O presente material trata da utilização da internet como forma de obtenção de conhecimento, 
desde que apoiado em um trabalho pedagógico e metodológico. Busca-se, aqui, mostrar que 
não há a obrigatoriedade de utilizar apenas livros para aquisição de conhecimento, mas, se 
devidamente orientado, a internet é uma ferramenta prática e precisa para obtenção de 
informações. O material proposto foi observado juntamente da obra de CEGALLA, e a ideia 
foi fundamentada em autores como TONEIS, e até mesmo youtubers como o professor 
NOSLEN, e fez-se um pequeno e simples compilado de língua portuguesa. 
 
Palavras-chave: obtenção de conhecimento – internet – compilado – língua portuguesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11 
1. CLASSES GRAMATICAIS/CLASSES DE PALAVRAS .......................................... 13 
1.1 Substantivos ................................................................................................................... 13 
1.1.1 Substantivo simples ................................................................................................... 13 
1.1.2 Substantivo composto ................................................................................................ 14 
1.1.3 Substantivo primitivo ................................................................................................. 14 
1.1.4 Substantivo derivado .................................................................................................. 14 
1.1.5 Substantivo próprio .................................................................................................... 15 
1.1.6 Substantivo comum .................................................................................................... 15 
1.1.7 Substantivo coletivo ................................................................................................... 15 
1.1.8 Substantivo concreto .................................................................................................. 15 
1.1.9 Substantivo abstrato ................................................................................................... 16 
1.1.10 Substantivo biforme ................................................................................................... 16 
1.1.11 Substantivo uniforme ................................................................................................. 16 
1.2 Artigo ............................................................................................................................. 17 
1.2.1 Artigo definido ........................................................................................................... 17 
1.2.2 Artigo indefinido ........................................................................................................ 17 
1.3 Adjetivo ......................................................................................................................... 18 
1.3.1 Adjetivo simples ........................................................................................................ 18 
1.3.2 Adjetivo composto ..................................................................................................... 18 
1.3.3 Adjetivo primitivo ...................................................................................................... 18 
1.3.4 Adjetivo derivado ...................................................................................................... 18 
1.4 Pronome ......................................................................................................................... 19 
1.4.1 Pronomes pessoais ..................................................................................................... 19 
1.4.2 Pronomes Possessivos ................................................................................................ 20 
1.4.3 Pronomes Demonstrativos ......................................................................................... 21 
 
 
1.4.4 Pronomes de tratamento ............................................................................................. 22 
1.4.5 Pronomes indefinidos ................................................................................................ 22 
1.4.6 Pronomes Relativos ................................................................................................... 24 
1.4.7 Pronomes interrogativos ............................................................................................ 26 
1.4.8 Pronomes reflexivos .................................................................................................. 26 
1.5 Numeral ......................................................................................................................... 27 
1.6 Verbo ............................................................................................................................. 28 
1.6.1 Estrutura das formas verbais ...................................................................................... 28 
1.6.2 Classificação dos verbos ............................................................................................ 29 
1.6.3 Modos verbais ............................................................................................................ 35 
1.6.4 Tempos verbais .......................................................................................................... 36 
1.6.5 Locuções verbais ........................................................................................................ 38 
1.6.6 Vozes do verbo .......................................................................................................... 38 
1.6.7 Formação da voz passiva ........................................................................................... 39 
1.6.8 Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva ................................................................... 40 
1.7 Advérbio ........................................................................................................................ 40 
1.7.1 Classificação dos advérbios ....................................................................................... 41 
1.8 Preposição ...................................................................................................................... 42 
1.8.1 Classificação das preposições .................................................................................... 43 
1.8.2 Locução Prepositiva ................................................................................................... 44 
1.8.1 Combinação e contração da preposição ..................................................................... 44 
1.8.2 Principais relações estabelecidas pelas preposições .................................................. 45 
1.9 Conjunção ...................................................................................................................... 45 
1.9.1 Classificação das conjunções ..................................................................................... 46 
1.10 Interjeição ...................................................................................................................... 50 
1.10.1 Classificação das interjeições .................................................................................... 50 
2. ANÁLISE SINTÁTICA DE PERÍODO SIMPLES ..................................................... 51 
 
 
2.1 Período, sujeito
e predicado........................................................................................... 52 
2.2 Transitividade verbal ..................................................................................................... 56 
2.3 Complemento Nominal e Verbal ................................................................................... 57 
2.4 Adjunto Adverbial ......................................................................................................... 59 
2.5 Adjunto Adnominal ....................................................................................................... 62 
2.6 Adjunto Adnominal X Complemento Nominal ............................................................ 64 
2.7 Aposto ............................................................................................................................ 64 
2.8 Vocativo ........................................................................................................................ 66 
3. ANÁLISE SINTÁTICA DE PERÍODO COMPOSTO ............................................... 67 
3.1 Orações coordenadas. .................................................................................................... 67 
3.1.1 Classificação das orações coordenadas sindéticas ..................................................... 68 
3.2 Orações subordinadas .................................................................................................... 70 
3.2.1 Orações Subordinadas Substantivas ...................................................................... 70 
3.2.1.1 Oração Subordinada Substantiva Subjetiva ........................................................... 71 
3.2.1.2 Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta .................................................. 72 
3.2.1.3 Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta ............................................... 73 
3.2.1.4 Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal ......................................... 73 
3.2.1.5 Oração Subordinada Substantiva Predicativa ........................................................ 74 
3.2.1.6 Oração Subordinada Substantiva Apositiva ........................................................... 74 
3.2.2 Orações Subordinadas Adjetivas ........................................................................... 75 
3.2.2.1 Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas ............................................... 75 
3.2.3 Orações Subordinadas Adverbiais ......................................................................... 77 
3.2.3.1 Circunstâncias expressas pelas Orações Subordinadas Adverbiais ....................... 77 
3.3 Análise sintática de período composto por Coordenação e Subordinação .................... 82 
3.4 Sintaxe de colocação: Próclise, ênclise e mesóclise ...................................................... 82 
3.4.1 Próclise ....................................................................................................................... 83 
3.4.2 Mesóclise ................................................................................................................... 84 
 
 
3.4.3 Ênclise ........................................................................................................................ 85 
3.5 Sintaxe de concordância ................................................................................................ 85 
3.5.1 Concordância Verbal ................................................................................................. 86 
3.5.1.1 Concordância verbal e sujeito simples ................................................................... 86 
3.5.1.2 Concordância verbal e sujeito composto ................................................................ 89 
3.5.2 Concordância nominal ............................................................................................... 91 
4. SINAIS DE PONTUAÇÃO ............................................................................................ 93 
4.1 Vírgula ( , ) .................................................................................................................... 94 
4.2 Ponto e vírgula ( ; ) ........................................................................................................ 96 
4.3 Dois-pontos ( : ) ............................................................................................................. 97 
4.4 Ponto final ( . ) ............................................................................................................... 98 
4.5 Ponto de interrogação ( ? ) ............................................................................................. 99 
4.6 Ponto de exclamação ( ! ) .............................................................................................. 99 
4.7 Reticências (...) ............................................................................................................ 100 
4.8 Parênteses ( ( ) ) ........................................................................................................... 100 
4.9 Travessão ( – ) ............................................................................................................. 102 
4.10 Aspas ( “ “) .................................................................................................................. 103 
4.11 Colchetes ( [ ] ) ............................................................................................................ 103 
4.12 Asterisco ( * ) .............................................................................................................. 104 
4.13 Parágrafo ( § ) .............................................................................................................. 104 
5. EMPREGO DA CRASE ............................................................................................... 105 
5.1 Casos em que a crase não ocorre ................................................................................. 106 
5.2 Casos em que a crase sempre ocorre ........................................................................... 108 
5.3 Crase diante de nomes de lugar ................................................................................... 109 
5.4 Crase com os pronomes relativos “a qual”, “as quais” ............................................... 110 
5.5 A crase e a palavra distância ...................................................................................... 110 
5.6 Casos em que a ocorrência da crase é facultativa ........................................................ 111 
 
 
6. DIVISÃO SILÁBICA ................................................................................................... 111 
6.1 Classificação das palavras quanto ao número de sílabas ............................................. 112 
6.2 Divisão silábica ........................................................................................................... 112 
7. ACENTUAÇÃO ............................................................................................................ 113 
7.1 Acentuação prosódica .................................................................................................. 113 
7.1.1 Classificação da sílaba quanto à intensidade ........................................................... 113 
7.1.2 Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica .................................. 114 
7.2 Acentuação Gráfica ..................................................................................................... 115 
7.3 Regras de acentuação gráfica ...................................................................................... 116 
7.4 Regras especiais ........................................................................................................... 117 
7.4.1 Ditongos abertos ......................................................................................................
118 
7.4.2 Hiatos ....................................................................................................................... 118 
7.4.3 Verbos “Ter” e “Vir” ............................................................................................... 119 
7.4.4 Acento Diferencial ................................................................................................... 119 
7.5 Ortoépia e Prosódia ..................................................................................................... 120 
8. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS ........................................................................... 121 
8.1 Sinônimos .................................................................................................................... 121 
8.2 Antônimos ................................................................................................................... 122 
8.3 Polissemia .................................................................................................................... 122 
8.4 Homônimos ................................................................................................................. 122 
8.4.1 Homônimos perfeitos ............................................................................................... 123 
8.5 Parônimos .................................................................................................................... 123 
8.6 Denotação e Conotação ............................................................................................... 124 
9. ESTILÍSTICA ............................................................................................................... 125 
9.1 Metáfora....................................................................................................................... 125 
9.2 Metonímia .................................................................................................................... 126 
9.3 Catacrese ...................................................................................................................... 127 
 
 
9.4 Perífrase ....................................................................................................................... 128 
9.5 Sinestesia ..................................................................................................................... 128 
9.6 Antítese ........................................................................................................................ 128 
9.7 Paradoxo ...................................................................................................................... 129 
9.8 Eufemismo ................................................................................................................... 129 
9.9 Ironia ............................................................................................................................ 129 
9.10 Hipérbole ..................................................................................................................... 130 
9.11 Prosopopeia ou Personificação .................................................................................... 130 
9.12 Apóstrofe ..................................................................................................................... 130 
9.13 Gradação ...................................................................................................................... 131 
9.14 Elipse ........................................................................................................................... 131 
9.15 Zeugma ........................................................................................................................ 132 
9.16 Silepse .......................................................................................................................... 132 
9.17 Polissíndeto / Assíndeto .............................................................................................. 133 
9.18 Pleonasmo .................................................................................................................... 133 
9.19 Anáfora ........................................................................................................................ 134 
9.20 Anacoluto .................................................................................................................... 134 
9.21 Hipérbato / Inversão .................................................................................................... 135 
9.22 Aliteração..................................................................................................................... 135 
9.23 Assonância ................................................................................................................... 135 
9.24 Onomatopeia ................................................................................................................ 135 
10. EXTRA: VÍCIOS DE LINGUAGEM ..................................................................... 136 
10.1 Pleonasmo vicioso ou redundância.............................................................................. 136 
10.2 Barbarismo .................................................................................................................. 136 
10.3 Solecismo .................................................................................................................... 137 
10.4 Ambiguidade ou anfibologia ....................................................................................... 137 
10.5 Cacofonia ..................................................................................................................... 138 
 
 
10.6 Eco ............................................................................................................................... 138 
10.7 Hiato ............................................................................................................................ 138 
10.8 Colisão ......................................................................................................................... 138 
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 139 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 141 
ANEXOS ............................................................................................................................... 143 
ANEXO 1 – QUADRO DE DESINÊNCIAS VERBAIS ................................................... 143 
ANEXO 2 – CONJUGAÇÃO DOS VERBOS AUXILIARES ......................................... 147 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
A internet é um meio muito utilizado por grande parte da população mundial, podendo-
se afirmar isso frente às pesquisas feitas pela União Internacional de Telecomunicações, órgão 
vinculado à Organização das Nações Unidas – ONU. Em 20151, o número aproximado de 
internautas era de 3.2 bilhões pelo mundo, o que corresponderia, no citado ano, 45% da 
população global. 
Em 2017, o site da Tracto2 trouxe um informativo sobre essa numeração, que se 
apresentou em números representativos de 3.6 bilhões de internautas, correspondendo a 47% 
da população global, um aumento de 2% em dois anos. 
Essas informações acima nos permitem imaginar que muitas pessoas estão conectadas, 
seja para suas atividades sociais, seja para jogar com amigos, seja para compra e venda online 
ou, pasmem, para estudar. 
A internet é utilizada por muitos como meio de obtenção de conhecimento, e quando é 
dito “muitos” é possível apresentar uma numeração sobre isso também, e trazendo à nossa 
realidade: mais de 12 milhões de brasileiros se utilizam da internet para estudar, segundo a 
pesquisa feita pela Fundação Lemmann, citada no site JCNET3, no ano de 2016.
Sites como “Khan Academy”, maior site de matemática do mundo, “Youtube Edu”, que 
reúne videoaulas no próprio servidor do Youtube, e o “Coursera”, plataforma aberta que reúne 
cursos gratuitos das mais renomadas universidades do mundo, são citados na pesquisa de 2016, 
podendo, todos eles ser acessados tanto individualmente, quanto em forma coletiva, em sala de 
aula, com a ajuda de um professor que saiba manusear a ferramenta. 
Essas informações são sabidas por muitos, mas o que é instigado aqui é a pergunta: por 
quê, no ensino de língua portuguesa, há tanta resistência quanto à forma de estuda-la? Isso é 
dito por experiência própria de quem vos escreve, em razão das escolas em que esteve, ter sido 
orientado a fazer com que os alunos se utilizassem dos livros, e “nada de internet”. 
O que nos importa é o conhecimento obtido com discernimento suficiente para filtrá-lo 
e armazená-lo em nossos cérebros, de forma a avançarmos, cientificamente, o suficiente para 
nos tornarmos independentes. 
 
1 Disponível em: <http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/05/mundo-tem-32-bilhoes-de-pessoas-
conectadas-internet-diz-uit.html>. Acesso em 20 de fevereiro de 2018. 
2 Disponível em: <https://www.tracto.com.br/quantas-pessoas-tem-acesso-a-internet-no-mundo/>. Acesso em 20 
de fevereiro de 2018. 
3 Disponível em: <https://www.jcnet.com.br/Nacional/2016/03/12-milhoes-de-brasileiros-usam-internet-para-
estudar.html>. Acesso em 20 de fevereiro de 2018. 
12 
 
No entanto, esse discernimento precisa de uma orientação: precisa de um professor 
educador. 
TONÉIS (2017), fala sobre a questão de games, mas indaga algo pertinente ao que aqui 
é tratado: “Esta questão, apesar de sua aparente simplicidade, esconde conceitos distintos nos 
quais as práticas metodológicas e pedagógicas podem transformar o modo de compreender a 
produção de conhecimentos. ” 
E é exatamente assim que a internet deveria ser tratada, frente à produção de 
conhecimento: ainda que o acesso se dê de forma simples e intuitiva, há uma diferenciação nas 
percepções desde que metodologicamente e pedagogicamente norteadas, podendo alcançar, 
quem sabe, o máximo potencial do (a) aluno (a) a ser trabalhado (a). 
Não se busca, aqui, apresentar um grau comparativo de superioridade da internet frente 
aos livros, mas sim apresentar o conteúdo encontrado, exclusivamente, na internet, em forma 
de um compilado feito por quem vos escreve, e após a leitura do presente material, possibilitar 
a comparação (individual de cada leitor) com os livros que possuem em suas casas como, por 
exemplo, uma gramática de Domingos Paschoal Cegalla, do livro “Novíssima Gramática da 
Língua Portuguesa”, livro o qual o autor deste material usou como comparativo. 
Cabe ainda ressaltar que as comparações feitas não constarão no presente material: esse 
é um exercício que peço para que os leitores façam individualmente com os livros que tiverem 
em mão, de maneira reflexiva. 
Quanto ao conteúdo deste material, os temas abordados foram assuntos recorrentes de 
concursos públicos, avaliados e apontados pelo professor Noslen4 em seu canal do Youtube, e 
que o autor deste material achou ser importante fazer um compilado como forma de estudo 
próprio, mas que poderia, também, ser utilizado no Ensino Fundamental II e Ensino Médio, 
bem como na graduação em letras (português), de forma revisional. 
Após essas linhas, resta dizer, novamente, que o conteúdo poderá ser facilmente 
identificado por alguns, assim como pode ser algo novo para outros, mas, seja de maneira 
impressa ou seja pela internet, o conteúdo continua sendo o mesmo – talvez a linguagem mude 
para mais difícil ou mais fácil, dependerá apenas dos autores. 
Não tendo nada mais a acrescentar, estima-se uma ótima leitura. 
 
 
 
4 Disponível em: <https://www.youtube.com/channel/UCwSxSJqGpSRpEsq5-YUbM8g>. Acesso em 20 de 
fevereiro de 2018. 
13 
 
1. CLASSES GRAMATICAIS/CLASSES DE PALAVRAS 
 
Antes de iniciarmos qualquer tipo de estudo um pouco mais avançado, nada mais justo 
do que fazer uma leve revisão sobre as classes gramaticais/classes de palavras. 
São 10 (dez) as classes de palavras analisadas e catalogadas, a saber: substantivo, artigo, 
adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. 
Então...”bora” começar pelos substantivos? 
 
1.1 Substantivos 
 
Substantivos nada mais são do que palavras que nomeiam seres, qualidades, lugares, 
noções, sentimentos, entre outros. Eles podem ser flexionados5 em gênero (masculino e 
feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal e aumentativo). 
Os substantivos exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas em que fazem 
parte: sujeito, objeto direto, objeto indireto e agente da passiva. 
Existem diferentes classificações de substantivos, vamos a elas: 
 
1.1.1 Substantivo simples 
 
Substantivo simples é aquele formado por apenas um radical, ou seja, apenas uma 
palavra. 
Exemplos: 
 
 Dinheiro; 
 Alegria; 
 Casa; 
 Computador; 
 Flor; 
 
 
 
5 De maneira bem genérica, essa flexão nominal que o substantivo sofre nada mais é do que uma indicação de 
gênero, número e grau. Para informações mais detalhadas, veja em: <https://www.normaculta.com.br/tipos-de-
substantivos/>. Acesso em 21 de fevereiro de 2018. 
14 
 
 
1.1.2 Substantivo composto 
 
Substantivo composto é aquele formado por duas ou mais palavras, podendo ser por 
aglutinação (fusão de duas ou mais palavras), ou pela justaposição (junção de duas ou mais 
palavras). 
Exemplos de aglutinação: 
 Planalto (plano + alto); 
 Aguardente (água + ardente); 
 Fidalgo (filho + de + algo); 
 
Exemplos de justaposição: 
 Fim de semana; 
 Guarda-chuva; 
 Beija-flor; 
 
Ou seja: na aglutinação as palavras se fundem para formar uma nova palavra, enquanto 
na justaposição elas simplesmente são colocadas na sequência, mantendo a integridade das 
palavras originais. 
 
1.1.3 Substantivo primitivo 
 
Substantivo primitivo é aquele que não deriva de outra palavra, por exemplo: 
 Folha; 
 Casa; 
 Pedra; 
 
1.1.4 Substantivo derivado 
 
Substantivo derivado é aquele que deriva de outra palavra, por exemplo: 
 Casarão (derivado de casa); 
 Folhagem (derivado de folha); 
 Livraria (derivado de livro); 
15 
 
1.1.5 Substantivo próprio 
 
Substantivo próprio, grafado em letra maiúscula, é a palavra que particulariza seres, 
entidades, cidades, etc. Como por exemplo: 
 Brasil; 
 São Paulo; 
 Maria; 
 
1.1.6 Substantivo comum 
 
Substantivo comum é a palavra que designa seres da mesma espécie (seres e objetos) de 
maneira genérica6. Por exemplo: 
 Menina; 
 Criança; 
 Mãe; 
 Cachorro; 
 
1.1.7 Substantivo coletivo 
 
Substantivo coletivo é a palavra que se refere a um conjunto de seres ou coisas. Por 
exemplo: 
 Constelação (coletivo de estrela); 
 Cardume (coletivo de peixes); 
 Arquipélago (coletivo de ilha); 
 
1.1.8 Substantivo concreto 
 
Substantivo concreto designa palavras reais, com existência própria. Podem ser pessoas, 
objetos, animais, lugares, etc. Por exemplo: 
 Objeto: telefone, mesa, cadeira; 
 Pessoa: médico, mulher, mãe; 
 
6 Ao contrário do substantivo próprio, o substantivo comum não implica na utilização de letra maiúscula para sua 
escrita. 
16 
 
 Animais: cachorro, gato, leão; 
 
1.1.9 Substantivo abstrato 
 
Substantivo abstrato é aquele que está relacionado aos sentimentos, estados, qualidades 
e ações. Por exemplo: 
 Beleza; 
 Alegria; 
 Crescimento; 
 
 Falando um pouco sobre gênero dos substantivos, temos algumas classificações para 
estudar: 
 
1.1.10 Substantivo biforme 
 
Apresenta duas formas: uma para o masculino, outra para o feminino. Por exemplo:
 Professor / Professora; 
 Amigo / Amiga; 
 
1.1.11 Substantivo uniforme 
 
Para o substantivo uniforme, apenas um termo especifica os dois gêneros (masculino e 
feminino), tendo 3 classificações: 
a) Epicenos: palavra que apresenta somente um gênero e refere-se aos animais, por 
exemplo: 
 Foca; 
 Formiga; 
 Baleia; 
 
 
b) Sobrecomum: palavra que apresenta somente um gênero e refere-se às pessoas, por 
exemplo: 
 Criança (masculino e feminino); 
17 
 
 Vítima (masculino e feminino); 
 Pessoa (masculino e feminino); 
 
c) Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gêneros (masculino e feminino), 
identificado por meio do artigo que o acompanha. Por exemplo: 
 O artista / A artista; 
 O estudante / A estudante; 
 O jovem / A jovem; 
 
1.2 Artigo 
 
Cansou dos substantivos? Acalme-se, pois nem chegamos em advérbio ainda! Mas, se 
serve de consolo, essa seção será breve. 
Os artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a 
indefinição deles. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular 
e plural), e indicam também o gênero e o número dos substantivos que determinam. 
 
1.2.1 Artigo definido 
São palavras que determinam o substantivo de forma precisa. Por exemplo: 
 O (garoto); 
 A (garota); 
 Os (gatos); 
 As (gatas); 
1.2.2 Artigo indefinido 
São palavras que determinam o substantivo de forma imprecisa. Por exemplo: 
 Um (garoto); 
 Uma (garota); 
 Uns (gatos); 
 Umas (gatas); 
 
 
18 
 
1.3 Adjetivo 
 
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser, localizada 
diretamente ao lado de um substantivo, como por exemplo em “moço bondoso” ou “pessoa 
bondosa” (substantivo + adjetivo). 
Os adjetivos podem ser classificados em: simples, composto, primitivo e derivado. 
(Alguma semelhança com a seção dos substantivos? Pois é, podem se apoiar na definição dos 
substantivos) 
1.3.1 Adjetivo simples 
Exemplos: 
 Pobre; 
 Magro; 
 Triste; 
 
1.3.2 Adjetivo composto 
Exemplos: 
 Luso-brasileiro; 
 Superinteressante; 
 Mal-educado; 
 
1.3.3 Adjetivo primitivo 
Exemplos: 
 Belo; 
 Bom; 
 Feliz; 
 
1.3.4 Adjetivo derivado 
Exemplos: 
 Belíssimo; 
 Bondoso; 
 Magrelo; 
19 
 
1.4 Pronome 
 
O pronome é aquela palavra que se usa no lugar de um nome, ou a ele se refere, ou 
ainda, acompanha o nome qualificando-o de alguma forma. 
Exemplos: 
 A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos! [Substituição do nome] 
 A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! [Referência ao nome] 
 Essa moça morava nos meus sonhos! [Qualificação do nome] 
 
De acordo com a função que exercem, os pronomes são classificados em: 
 
1.4.1 Pronomes pessoais 
 
- Indicam a pessoa do discurso e são classificados em dois tipos: 
 
1) Pronomes pessoais do caso reto: exercem função de sujeito. 
 Ex.: Eu gosto muito da Ana. 
2) Pronomes pessoais do caso oblíquo: substituem os substantivos e complementam os 
verbos. 
 Ex.: Está comigo seu caderno. 
Pessoas Verbais Pronomes do Caso Reto Pronomes do Caso Oblíquo 
1ª pessoa do singular (eu) Eu Me, mim, comigo 
2 ª pessoa do singular (eu, 
você) 
Tu, você Te, ti, contigo 
3 ª pessoa do singular 
(ele/ela) 
Ele, ela O, a, lhe, se, si, consigo 
1ª pessoa do plural (nós) Nós Nos, conosco 
2 ª pessoa do plural (vós) Vós, vocês Vos, convosco 
3 ª pessoa do plural 
(eles/elas) 
Eles, elas Os, as, lhes, se, si, consigo 
 
 
 
20 
 
 
IMPORTANTE! 
i. Vale lembrar que os pronomes oblíquos “o, a, os, as,” funcionam exclusivamente 
como objeto direto; 
ii. Os pronomes “me, te, se, nos e vos” podem tanto ser objetos diretos como objetos 
indiretos; 
iii. Pronomes oblíquos do caso átono não são precedidos de preposição, enquanto os 
pronomes oblíquos de caso tônico são sempre precedidos de preposição. A saber: 
Pessoas verbais Pronome Oblíquo Átono Pronome Oblíquo Tônico 
1ª pessoa do singular (eu) Me Mim, comigo 
2 ª pessoa do singular (eu, 
você) 
Te Ti, contigo 
3 ª pessoa do singular 
(ele/ela) 
Se, o, a, lhe Ele, ela 
1ª pessoa do plural (nós) Nos Nós, conosco 
2 ª pessoa do plural (vós) Vos Vós, convosco 
3 ª pessoa do plural 
(eles/elas) 
Se, os, as, lhes Eles, elas 
 
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) 
e a segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. 
 
1.4.2 Pronomes Possessivos 
 
- São aqueles que transmitem a ideia de posse. 
 Ex.: Essa mochila é sua? 
Pessoas verbais Pronomes Possessivos 
1ª pessoa do singular (eu) Meu, minha, meus, minhas 
2 ª pessoa do singular (eu, você) Teu, tua, teus, tuas 
3 ª pessoa do singular (ele/ela) Seu, sua, seus, suas 
1ª pessoa do plural (nós) Nosso, nossa, nossos, nossas 
2 ª pessoa do plural (vós) Vosso, vossa, vossos, vossas 
21 
 
3 ª pessoa do plural (eles/elas) Seu, sua, seus, suas 
 
1.4.3 Pronomes Demonstrativos 
 
- São utilizados para indicar algo. Reúnem palavras variáveis (esse, este, aquele, essa, 
esta, aquela) e invariáveis (isso, isto, aquilo). 
 
Pronomes 
Demonstrativos 
Singular Plural Exemplos 
FEMININO Esta, essa, aquela Estas, essas, aquelas Essa camisa é muito 
linda. 
Aquelas cadeiras 
são boas. 
MASCULINO Este, esse, aquele Estes, esses, aqueles Este casaco é muito 
caro. 
Eu perdi aqueles 
bilhetes de cinema. 
 
ATENÇÃO! Em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, 
que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o “este” e o “esse”: o 
primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-
los pode causar ambiguidade. 
Exemplos: 
 Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso 
vestibular. [Trata-se da universidade destinatária7] 
 Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de 
Jovens. [Trata-se da universidade que envia a mensagem] 
 
 
 
7 A quem se envia a mensagem. Lembre-se: O destinatário, quando enviamos uma carta, por exemplo, é a quem 
se envia algo. É o destinatário que recebe a carta. No caso em tela, é a universidade que recebe a solicitação das 
informações. 
22 
 
1.4.4 Pronomes de tratamento 
 
É a chamada “segunda pessoa indireta”, que se manifesta quando utilizamos pronomes 
que, apesar de indicarem nosso interlocutor (ou seja, a segunda pessoa), utilizam o verbo na 
terceira pessoa. 
Observe o quadro a seguir: 
Vossa Alteza V.A. Príncipes, duques 
Vossa Eminência V. Ema. (s) Cardeais 
Vossa Reverendíssima V. Revma (s) Sacerdotes e bispos 
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) Altas autoridades e oficiais-
generais 
Vossa Magnificência V. Mag,ª (s) Reitores de universidades 
Vossa Majestade V. M. Reis e rainhas 
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores 
Vossa Santidade V. S. Papa 
Vossa Senhoria V. S.ª (s) Tratamento cerimonioso 
Vossa Onipotência V. O. Deus 
 
ATENÇÃO! Também são pronomes de tratamento “o senhor”, “a senhora”, “você” e “vocês”. 
“O senhor” e “a senhora” são utilizados em tratamento cerimonioso – até mesmo por respeito; 
“Você” e “vocês” são utilizados no tratamento familiar; 
 
1.4.5 Pronomes indefinidos 
 
- São aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago 
(impreciso) ou expressando quantidade indeterminada. 
Exemplo: 
 Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas. 
Temos, portanto: “Alguém” entrou no jardim, e sabemos que é uma pessoa. No entanto, 
a pessoa de quem se fala (terceira pessoa) tem sua identidade desconhecida, por conta dessa 
imprecisão. 
 
 
23 
 
Os pronomes indefinidos classificam-se em: 
a) Pronomes indefinidos substantivos: Assumem o lugar do ser, ou da quantidade 
aproximada de seres na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada,
ninguém, outrem, quem, tudo. 
 Ex.: Algo o incomoda? / Quem avisa amigo é. 
 
b) Pronomes indefinidos adjetivos: Qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a 
noção de quantidade aproximada. São eles: cada, certo (s), certa (s). 
 Ex. Cada povo tem seus costumes. / Certas pessoas exercem várias profissões. 
 
Os pronomes indefinidos ainda podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Veja 
o quadro abaixo8: 
 
 
 
8 Disponível em: <https://soportugues.com.br/secoes/morf/morf50.php>. Acesso em 22 de fevereiro de 2018. 
24 
 
1.4.6 Pronomes Relativos 
- Se referem a um substantivo já dito anteriormente na oração. Podem ser palavras 
variáveis e invariáveis. Introduzem, também, as orações subordinadas adjetivas. 
Por exemplo: 
 O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros. 
(“que” afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada 
adjetiva) – mas, não se preocupe, nós iremos trabalhar essas orações mais adiante no material. 
Veja no exemplo acima que o pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e 
introduz uma oração subordinada. 
Observe o quadro abaixo: 
 
 
Observações: 
A) O pronome “que” é chamado de relativo universal, podendo ser substituído por “o qual”, 
“a qual”, “os quais”, “as quais” quando seu antecedente for um substantivo. Veja: 
 Ex.: O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) / A cantora que acabou de 
se apresentar é ótima. (= a qual) 
 
B) “o qual”, “os quais”, “a qual” e “as quais” são exclusivamente pronomes relativos. 
Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois 
de determinadas preposições. Veja: 
 Ex.: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. 
(o uso de “que” neste caso geraria ambiguidade.) 
 Ex.2: Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (não se poderia 
usar “que” depois de “sobre”.) 
 
 
25 
 
C) O relativo “que” às vezes equivale a “o que”, “coisa que” e se refere a uma oração. 
 Ex.: Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era sua vocação natural. 
 
D) O pronome “cujo” não concorda com seu antecedente, mas com o consequente. 
Equivale a “do qual”, “da qual”, “dos quais”, “das quais”. Por exemplo: 
 Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. (Note que “caderno” é o antecedente, e 
“folhas” é o consequente.) 
 
E) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: 
“tanto (ou variações” e “tudo”. Por exemplo: 
 Emprestei tantos quantos foram necessários. (Note que “tantos” é o antecedente) 
 Ele fez tudo quanto havia falado. (Note que “tudo” é o antecedente) 
 
F) O pronome “quem” refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição. Por 
exemplo: 
 É um professor a quem muito devemos. (Note que “a” é preposição) 
 
G) “Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na 
indicação de lugar. Por exemplo: 
 A casa onde morava foi assaltada. 
 
H) Na indicação de tempo, deve-se empregar “quando” ou “em que”. Por exemplo: 
 Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior. 
 
I) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. Por exemplo. 
 O futebol é um esporte (1ª oração); 
 O povo gosta muito deste esporte. (2ª oração); 
 O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. 
 
 
 
 
26 
 
1.4.7 Pronomes interrogativos 
 
- São palavras variáveis e invariáveis empregadas para formular perguntas diretas e 
indiretas. 
São eles: “que”, “quem”, “qual” (e variações), “quanto” (e variações). Por exemplo: 
 Quem fez o almoço? / Diga-me quem fez o almoço. 
 Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes. 
 Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros 
desembarcaram. 
 
1.4.8 Pronomes reflexivos 
 
- São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou 
indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa 
pelo verbo. 
Veja o quadro dos pronomes reflexivos: 
 
I. 1ª pessoa do singular (eu): “me”, “mim”. Por exemplo: 
 Eu não me vanglorio disso. 
 Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. 
 
II. 2ª pessoa do singular (tu): “te”, “ti”. Por exemplo: 
 Assim tu te prejudicas. 
 Conhece a ti mesmo. 
 
III. 3ª pessoa do singular (ele, ela): “se”, “si”, “consigo”. Por exemplo: 
 Guilherme já se preparou. 
 Ela deu a si um presente. 
 Antônio conversou consigo mesmo. 
 
IV. 1ª pessoa do plural (nós): “nos”. Por exemplo: 
 Lavamo-nos no rio. 
 
27 
 
V. 2ª pessoa do plural (vós): “vos”. Por exemplo: 
 Vós vos beneficiastes com a esta conquista. 
 
VI. 3ª pessoa do plural (eles, elas): “se”, “si”, “consigo”. Por exemplo: 
 Eles se conheceram. 
 Elas deram a si um dia de folga. 
 
1.5 Numeral 
 
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, ou seja, atribui 
quantidade aos seres, ou os situa em determinada sequência. 
Eles são classificados em: 
1) Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. 
Ex.: um, dois, cem, mil, etc. 
 
2) Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. 
Ex.: primeiro, segundo, centésimo, etc. 
 
3) Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, divisão dos seres. 
Ex.: meio, terço, dois quintos, etc. 
 
4) Multiplicativos: expressam a ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes 
a quantidade foi aumentada. 
Ex.: dobro, triplo, quíntuplo, etc. 
 
5) Coletivos: se referem ao conjunto de algo, indicando o número exato de seres que 
compões esse conjunto. 
Ex.: dezena, dúzia, milheiro, etc. 
 
 
 
 
28 
 
ATENÇÃO! Leitura dos numerais: Separando os números em centenas, de trás para frente, 
obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou 
unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”. Por 
exemplo: 
1.203.726  Lê-se: um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis. 
45.520  Lê-se: quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. 
1.6 Verbo 
Todos prontos para uma seção longa? Sente-se em um lugar confortável, pois lá vem 
matéria! 
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. 
Pode indicar, entre outros processos: 
 Ação (Ex.: correr); 
 Estado (Ex.: ficar); 
 Fenômeno (Ex.: chover); 
 Ocorrência (Ex.: nascer); 
 Desejo (Ex.: querer); 
O verbo é caracterizado por suas flexões, e não os seus possíveis significados. Pare para 
analisar as palavras “corrida”, “chuva” e “nascimento”. Elas têm conteúdo muito próximo ao 
de alguns verbos mencionados acima; porém, não apresentam todas as possibilidades de flexão 
que esses verbos possuem. 
 
1.6.1 Estrutura das formas verbais 
Uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos: 
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. 
Exemplos: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical é “fal-“ 
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o 
verbo. 
Exemplo: fala-r 
 
 
 
 
29 
 
Lembre-se: Temos três conjugações, são elas: 
1) 1ª conjugação – vogal temática “A” – (F-A-L-A-R); 
2) 2ª conjugação – vogal temática “B” – (V-E-N-D-E-R); 
3) 3ª conjugação – vogal temática “I” – (P-A-R-T-I-R); 
Tomemos como exemplo a palavra “falar”, temos: “FAL”, sendo radical; “A” vogal temática; 
“R” como desinência; 
 
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. 
Exemplos: falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo) / falasse (indica o 
pretérito imperfeito do subjuntivo) 
 
d) Desinência9 número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 
3ª) e o número (singular ou plural). 
Exemplos: falamos (indica a 1ª pessoa
do plural) / falavam (indica a 3ª pessoa do 
plural) 
Observação! Formas Rizotônicas e Arrizotônicas (chessus!) 
Calma, não é nada tão apavorante (não além do nome!) 
Formas rizotônicas  o acento tônico (lembra de “sílaba tônica”? Puxe na memória, aí!) cai no 
radical do verbo. Por exemplo: opino, aprendam, nutro. 
Formas arrizotônicas  o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal. Por 
exemplo: opinei, aprenderão, nutriríamos. 
Agora que você sabe forma rizotônica e arrizotônica, busque seu isotônico e continuemos os 
estudos. (Ok, parei com as piadas.) 
 
1.6.2 Classificação dos verbos 
Os verbos são classificados em: 
 
1) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja 
flexão não provoca alteração no radical. Por exemplo: 
 Canto; 
 
9 Na seção de anexos, estão disponíveis os quadros das desinências verbais, para consulta, ou até mesmo por 
curiosidade. Elas também estão disponíveis no site “Só Linguagem”: 
<http://solinguagem.blogspot.com.br/2012/03/quadro-das-desinencias-verbais.html>. Acesso em 23 de fevereiro 
de 2018. 
30 
 
 Cantei; 
 Cantarei; 
 Cantava; 
 Cantasse; 
 
2) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. 
Por exemplo: 
 Faço; 
 Fiz; 
 Farei; 
 Fizesse; 
3) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em 
impessoais, unipessoais e pessoais. 
 
I. Impessoais: São verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira 
pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são (verbo + exemplo): 
a) Haver (quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer) 
 Havia poucos ingressos à venda. (Existiam); 
 Houve duas guerras mundiais. (Aconteceram); 
 Haverá reuniões aqui. (Realizar-se-ão); 
 Deixei de fumar há anos (faz). 
 
b) Fazer, ser e estar (quando indicam tempo): 
 Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.; 
 Era primavera quando a conheci.; 
 Estava frio naquele dia. 
 
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, 
nevar, gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. No entanto, cuidado: Qualquer 
verbo impessoal empregado em sentido figurado deixa de ser impessoal para ser 
pessoal. 
 Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: EU); 
 Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: CANDIDATOS); 
31 
 
 Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: EU). 
 
d) São impessoais, ainda: 
 O verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. 
 Ex.: Já passa das seis. 
 Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. 
 Ex.: Basta de tolices. Chega de blasfêmias. 
 Os verbos estar e ficar em orações tais como: Está bem, Está muito bem 
assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso 
anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o sujeito 
como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais. 
 O verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por 
exemplo: 
 Não deu para chegar mais cedo. 
 Dá para me arrumar uns trocados? 
 
II. Unipessoais: são verbos que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras 
pessoas do singular e do plural. Entre eles estão os verbos que significam vozes de 
animais, tais como: 
 Bramar (tigre); 
 Bramir (crocodilo); 
 Cacarejar (galinha); 
 Coaxar (sapo); 
 
Os principais verbos unipessoais são: 
a) Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.). 
Exemplos: 
 Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante); 
 Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover); 
 É preciso que chova. (Sujeito: que chova); 
 
32 
 
b) Fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que. Veja os 
exemplos: 
 Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar); 
 Vai para dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia); 
 
III. Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos10 ou 
eufônicos11. Por exemplo: verbo falir. 
Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do 
verbo falar – o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos. 
Outro exemplo: verbo computar. 
Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa 
– formas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. 
4) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. 
Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas 
regulares terminadas em “-ado” ou “-ido”, surgem as chamadas formas curtas 
(particípio irregular). Veja abaixo a tabelinha com alguns exemplos: 
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular 
Anexar Anexado Anexo 
Dispersar Dispersado Disperso 
Eleger Elegido Eleito 
Envolver Envolvido Envolto 
Imprimir Imprimido Impresso 
Matar Matado Morto 
Morrer Morrido Morto 
Pegar Pegado Pego 
Soltar Soltado Solto 
 
 
10 Morfologia é o estudo da estrutura e formação das palavras, suas flexões e sua classificação. 
Veja mais em: < https://www.significados.com.br/morfologia/>. Acesso em 23 de fevereiro de 2018. 
11 Eufonia é relacionado a “som harmonioso”, seria uma sucessão de sons agradáveis ou qualidade acústica na 
articulação dos fonemas. Leia em: < https://www.priberam.pt/dlpo/eufonia>. Acesso em 23 de fevereiro de 2018. 
33 
 
Lembre-se! Por motivos sonoros, a gramática recomenda usar as formas regulares com “ter” e 
“haver” e as irregularidades com “ser” e “estar”. Ou seja: 
 Após os verbos ter ou haver, devemos usar a forma regular: Havia suspendido / Tinha 
ganhado / havia gastado / tinha anexado; 
 Após os verbos ser ou estar, usa-se a forma irregular: Foi aceito / está anexo / era gasto 
/ está solto; 
 
5) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por 
exemplo: 
Ir Pôr 
Vou 
Vais 
Ides 
Fui 
Foste 
Ponho 
Pus 
Pôs 
punha 
 
Ser Saber 
Sou 
És 
Fui 
Foste 
Seja 
Sei 
Sabes 
Soube 
saiba 
 
6) Auxiliares12: são aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das 
locuções verbais. 
Entendamos a locução verbal: genericamente falando, é a junção de um verbo auxiliar 
+ verbo principal, desempenhando, na frase, papel equivalente ao de um verbo único. 
O verbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas 
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. 
 
Veja os exemplos: 
 
12 Na seção de anexos, estão disponíveis as conjugações dos verbos auxiliares, para consulta, ou até mesmo por 
curiosidade. Elas também estão disponíveis no site “Só Português”. 
Disponível em: < https://soportugues.com.br/secoes/morf/morf58.php>. Acesso em 23 de fevereiro de 2018. 
34 
 
 Vou espantar as moscas. 
 (verbo aux.) (verbo principal no infinitivo) 
 Está chegando a hora do debate. 
(verbo aux.) (verbo principal no gerúndio) 
 
 Os noivos foram cumprimentados por todos os parentes. 
 (verbo aux.) (verbo principal no gerúndio) 
Observação: os verbos auxiliares mais usados são: SER, ESTAR, TER e HAVER. 
 
7) Pronominais: são aqueles que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, 
se, nos, vos, se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronomes 
acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo 
(reflexivos essenciais). 
a) Essenciais – Alguns exemplos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, 
arrepender-se, etc. 
Por exemplo: 
 Arrependi-me de ter estado
lá. 
Veja que no exemplo acima a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento 
(arrependimento) que recai sobre ela mesma. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da 
ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo. Veja uma conjugação pronominal 
essencial (verbos e respectivos pronomes): 
Eu me arrependo 
Tu te arrependes 
Ele se arrepende 
Nós nos arrependemos 
Vós vos arrependeis 
Eles se arrependem 
 
 
 
b) Acidentais – são verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai 
sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito. Por 
exemplo: 
35 
 
 Maria se penteava. 
Nesse caso, a reflexibilidade é acidental, pois há a possibilidade de a ação ser exercida 
sobre outra pessoa, como em: 
 Maria penteou-me. 
 
1.6.3 Modos verbais 
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. 
Em português, existem três modos: 
1) Indicativo: serve para indicar uma certeza, uma realidade. 
Ex.: Eu sempre estudo. 
2) Subjuntivo: representa uma dúvida, uma possibilidade. 
Ex.: Talvez eu estude amanhã. 
3) Imperativo: representa uma ordem, um pedido. 
Ex.: Estuda agora, menino. 
 
Além dos modos demonstrados acima, o verbo apresenta ainda formas que podem 
exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas 
formas nominais. Veja abaixo: 
a) Infinitivo Impessoal: significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter 
valor e função de substantivo. 
Ex.: Viver é lutar. (= vida é luta) 
Ex.2: É indispensável combater a corrupção. (= combate à) 
Observação! O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no 
passado (forma composta). Por exemplo: 
 É preciso ler este livro. 
 Era preciso ter lido este livro. 
 
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª 
pessoas do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do 
impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira: 
2ª pessoa do singular Radical + “ES” Ex.: Teres (tu) 
1ª pessoa do plural Radical + “MOS” Ex.: Termos (nós) 
36 
 
2ª pessoa do plural Radical + “DES” Ex.: Terdes (vós) 
3ª pessoa do plural Radical + “EM” Ex.: Terem (eles) 
 
c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. 
Ex.: Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (Função de advérbio) 
Ex.2: Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (Função de adjetivo) 
d) Particípio: quando não é utilizado na formação dos tempos compostos, geralmente 
indica o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. 
Ex.: Terminados os exames, os candidatos saíram. 
 
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume 
verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). 
Ex.: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. 
 
1.6.4 Tempos verbais 
Nada mais são do que as ações expressas pelo verbo em diversos tempos. 
 
 Tempos do Indicativo 
 
i. Presente: expressa um fato atual. 
Ex.: Eu estudo neste colégio. 
 
ii. Pretérito Imperfeito: Expressa um fato ocorrido em um momento anterior ao 
atual, mas que não foi completamente terminado. 
Ex.: Ele estudava as lições quando foi interrompido. 
 
iii. Pretérito Perfeito (simples): Expressa um fato ocorrido em um momento anterior 
ao atual e que foi totalmente terminado. 
Ex.: Ele estudou as lições ontem à noite. 
 
iv. Pretérito Perfeito (composto): Expressa um fato que teve início no passado e que 
pode se prolongar até o momento atual. 
Ex.: Tenho estudado muito para os exames. 
37 
 
 
v. Pretérito-Mais-Que-Perfeito: Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já 
terminado. 
Ex.: Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (Forma composta) 
Ex.2: Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (Forma simples) 
 
vi. Futuro do Presente (simples): Enuncia um fato que deve ocorrer em um tempo 
próximo com relação ao momento atual. 
Ex.: Ele estudará as lições amanhã. 
vii. Futuro do Presente (composto): Enuncia um fato que deve ocorrer 
posteriormente a um momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. 
Ex.: Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste. 
 
viii. Futuro do Pretérito (simples): Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente 
a um determinado fato passado. 
Ex.: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. 
 
ix. Futuro do Pretérito (composto): Enuncia um fato que poderia ter ocorrido 
posteriormente a um determinado fato passado. 
Ex.: Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias. 
 
 
 Tempos do Subjuntivo 
 
i. Presente: Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. 
Ex.: É conveniente que estudes para o exame. 
 
ii. Pretérito imperfeito: Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido 
Ex.: Eu esperava que ele vencesse o jogo. 
 
iii. Pretérito perfeito (composto): Expressa um fato totalmente terminado num 
momento passado. 
Ex.: Embora tenha estudado bastante, não passou no teste. 
 
38 
 
iv. Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto): Expressa um fato ocorrido antes de 
outro fato já terminado. 
Ex.: Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de aula. 
 
 
v. Futuro do Presente (simples): Enuncia um fato que pode ocorrer num momento 
futuro em relação ao atual. 
Ex.: Quando ele vier à loja, levará as encomendas. 
Observação! O futuro do presente também é utilizado em frases que indicam possibilidade ou 
desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja, levará as encomendas. 
 
vi. Futuro do Presente (composto): Enuncia um fato posterior ao momento atual, 
mas já terminado antes de outro fato futuro. 
Ex.: Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos. 
 
1.6.5 Locuções verbais 
Locuções verbais são conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel 
equivalente ao de um verbo único. São compostas por um verbo auxiliar e um verbo principal. 
Por exemplo: 
 Estou lendo o jornal. 
 (auxiliar + principal) 
 
 Ninguém poderá sair antes do término da sessão. 
 (auxiliar + principal) 
Vale lembrar que as locuções verbais são constituídas de um verbo auxiliar mais um 
verbo no gerúndio ou infinitivo. 
 
 
 
1.6.6 Vozes do verbo 
A forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente 
da ação recebo o nome de “voz” (daí vozes do verbo, captou?) 
39 
 
São três as vozes verbais: 
a) Ativa: ocorre quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. 
Ex.: Ele fez o trabalho. 
Sujeito agente ação objeto (paciente) 
 
b) Passiva: ocorre quando o sujeito é paciente, isto é, recebe a ação expressa pelo verbo. 
Ex.: O trabalho foi feito por ele. 
Sujeito paciente ação agente da passiva 
 
c) Reflexiva: quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente, ou seja, pratica e 
recebe a ação. 
Ex.: O menino feriu-se. 
 
Cuidado! Não confunda a voz reflexiva do verbo com a noção de reciprocidade. 
Exemplo: Os lutadores feriram-se. (note que aqui eles feriram um ao outro, e não a si próprios) 
 
1.6.7 Formação da voz passiva 
A voz passiva pode ser formada por dois processos: o analítico e o sintético. 
1) Voz passiva analítica 
É constituída por: Verbo “SER” + particípio do verbo principal. 
Ex.: A escola será pintada. 
Ex.2: O trabalho é feito por ele. 
 
Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. 
Ex.: A exposição será aberta amanhã. 
 
2) Voz passiva sintética 
É constituída por: Verbo na 3ª pessoa, seguido de nome apassivador (partícula 
apassivadora). 
Ex.: Abriram-se as inscrições para o concurso. 
Ex.2: Destruiu-se o velho prédio na escola. 
 
Normalmente o agente
não costuma vir expresso na voz passiva sintética. 
40 
 
1.6.8 Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva 
Falamos sobre a voz ativa e passiva, mas como mudar a voz sem alterar o sentido da 
frase? Venha comigo para o exemplo: 
João construiu a casa. (Voz Ativa) 
 (Sujeito da ativa) (objeto direto) 
 
A casa foi construída por João. (Voz Passiva) 
 (Sujeito da passiva) (agente da passiva) 
Parece confuso? Mas não é: 
Veja que o objeto direto será o sujeito da passiva, enquanto o sujeito da ativa passará 
a ser o agente da passiva, e o verbo ativo assumirá a forma passiva, considerando o mesmo 
tempo verbal. 
Mais alguns exemplos: 
 Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. 
 Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres. 
 Eu o acompanharei. 
 Ele será acompanhado por mim. 
 
1.7 Advérbio 
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do 
próprio advérbio. (eim? – Acalme-se, veja abaixo) 
Temos duas situações: 
1) O táxi chegou. 
2) O táxi chegou ontem. 
É possível notar que a palavra “ontem” acrescentou uma circunstância de tempo. (O 
táxi chegou.  Quando?  ontem) 
Dessa forma, pode-se afirmar que “ontem” é um advérbio. 
 
Isto posto, podemos verificar outras hipóteses em que o advérbio acrescenta várias ideias mais, 
tais como: 
 Tempo: Ela chegou tarde. 
 Lugar: Ele mora aqui. 
 Modo: Eles agiram mal. 
41 
 
 Negação: Ela não saiu de casa. 
 Dúvida: Talvez ele volte. 
Mas, falemos de sua classificação, e façamos uma listagem básica, a seguir. 
1.7.1 Classificação dos advérbios 
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de: 
 
 Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, 
acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, defronte, adentro, afora, 
embaixo, externamente, à distância de, de longe, de perto, etc. 
 Tempo: hoje, logo, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, depois, ainda, antigamente, 
antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, breve, 
constantemente, amiúde, breve, constantemente, sucessivamente, de vez em quando, 
etc. 
 Modo: bem, mal, assim, calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, 
amorosamente, docemente, frente a frente, lado a lado, a pé, em vão, de cor, às 
pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas (humn..), etc. 
 Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, 
deveras, indubitavelmente, etc. 
 Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de 
jeito nenhum, etc. 
 Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, 
por certo, quem sabe, etc. 
 Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, 
demasiado, quanto, quão, tanto, tudo, nada, todo, quase, extremamente, intensamente, 
grandemente, etc. 
 Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, 
unicamente, etc. (Para ilustrar: “Brando, o vento apenas move a copa das árvores) 
 Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também, etc. (Para ilustrar: “O 
indivíduo também amadurece durante a adolescência. 
 Ordem: depois, primeiramente, ultimamente, etc. 
 
 
 
42 
 
ATENÇÃO! Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido 
Há palavras como “muito”, “bastante”, etc. que podem aparecer como advérbio e como 
pronome indefinido. 
O advérbio refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre flexões. 
Ex.: Eu corri muito. 
 
O pronome indefinido relaciona-se a um substantivo e sofre flexões. 
Ex.: Eu corri muitos quilômetros. 
 
 
1.8 Preposição 
Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. 
Ela é invariável, pois não sobre flexão de gênero, número ou grau. 
Esta relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela 
preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da 
expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula. 
Ex.: Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir. 
Nesse exemplo temos: 
 “amigos de João” / “modo de vestir”: elementos ligados por preposição; 
 “de” = preposição. 
 
Esse tipo de relação é chamada de conexão, em que os conectivos cumprem a função 
de ligar elementos. 
A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si, num processo 
de subordinação denominado regência. 
Regência nada mais é do que a relação estabelecida pelas preposições, tendo seu 
primeiro elemento chamado de antecedente (termo que rege, impõe um regime) e seu segundo 
elemento chamado de consequente (termo que cumpre o regime estabelecido pelo 
antecedente). 
Tomemos como exemplo: “A hora das refeições é sagrada. 
Temos, no exemplo acima: 
 “hora das refeições”: elementos ligados por preposição; 
 “de + as = das”: preposição. 
43 
 
 “hora”: termo antecedente (rege a construção “das refeições”); 
 “refeições”: termo consequente (é regido pela construção “hora da”. 
 
As preposições podem introduzir: 
 Complementos verbais 
Ex.: Eu obedeço ‘aos meus pais’. 
 Complementos nominais 
Ex.: Continuo obediente ‘aos meus pais’. 
 Locuções adjetivas 
Ex.: É uma pessoa ‘de valor’. 
 Locuções adverbiais 
Ex.: Tive de agir ‘com cautela’. 
 Orações reduzidas 
Ex.: ‘Ao chegar’, comentou sobre o fato ocorrido. 
 
1.8.1 Classificação das preposições 
As palavras da língua portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são as 
chamadas “preposições essenciais”. 
São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, 
sem, sob, sobre, trás. 
Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situações, podem atuar 
como preposições. São chamadas de “preposições acidentais”. 
São elas: 
 Como (= na qualidade de); 
 Conforme (= de acordo com); 
 Segundo (= conforme); 
 Consoante (= conforme); 
 Durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto (= por); 
ATENÇÃO! As preposições essenciais regem sempre a forma oblíqua tônica dos pronomes 
pessoais. 
Ex.: Não vá sem mim à escola. 
As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma reta desses mesmos pronomes. 
Ex.: Todos, exceto eu, preferem sorvete de chocolate. 
44 
 
 
1.8.2 Locução Prepositiva 
Locução prepositiva é o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma 
preposição. 
Não se esqueça de que a última palavra dessas locuções é sempre uma preposição. 
Abaixo, as principais locuções prepositivas: 
Abaixo de Acima de Acerca de 
A fim de Além de A par de 
Apesar de Antes de Depois de 
Ao invés de Diante de Em fase de 
Em vez de Graças a Junto a 
Junto com Junto de À custa de 
Defronte de Através de Em via de 
De encontro a Em frente de Em frente a 
Sob pena de A respeito de Ao encontro de 
 
1.8.1 Combinação e contração da preposição 
Quando as preposições a, de, em e per unem-se a certas palavras, formando um só 
vocábulo, essa união pode ser por combinação ou contração. Vejamos: 
 Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os 
seus fonemas. Por exemplo: 
Preposição a + artigo masculino o = ao 
Preposição a + artigo masculinos os = aos 
 
 Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua estrutura fonológica 
ao unir-se a outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam contrações 
com os artigos e com diversos pronomes. Veja abaixo: 
Do Dos Da Das 
Num Nuns Numa Numas 
Disto Disso Daquilo - 
Naquele Naqueles Naquela Naquelas 
 
45 
 
Observação! Não se esqueça dos bons e velhos: 
Em + a = na / em + aquilo = naquilo / de + aquela = daquela 
 
E mais: as formas pelo, pela, pelos, pelas resultam da contração da antiga preposição per 
com os artigos definidos. (oi? É fácil, veja!)
Per + o = pelo / Per + a = pela 
 
1.8.2 Principais relações estabelecidas pelas preposições 
 Autoria: Esta música é de Roberto Carlos; 
 Lugar: Estou em casa; 
 Tempo: Eu viajei durante as férias; 
 Modo ou conformidade: Vamos escolher por sorteio; 
 Causa: Estou tremendo de frio; 
 Assunto: Não gosto de falar sobre política; 
 Fim/finalidade: Eu vim para ficar; 
 Instrumento: Paulo feriu-se com a faca; 
 Companhia: Hoje vou sair com meus amigos; 
 Meio: Voltarei a andar a cavalo; 
 Matéria: Devolva-me meu anel de prata; 
 Posse: Este é o carro de João; 
 Oposição: O São Paulo jogou contra Palmeiras; 
 Conteúdo: Tomei um copo de (com) vinho; 
 Preço: Vendemos o material escolar a (por) R$ 50,00; 
 Origem: Você descende de família italiana; 
 Especialidade: João formou-se em medicina; 
 Destino ou Direção: Olhe para frente! 
 
1.9 Conjunção 
A conjunção, além da preposição, também é utilizada como elemento de ligação. 
Veja no exemplo abaixo: 
 A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. 
Note que existem três informações no exemplo acima: 
46 
 
1) Segurou a boneca; 
2) A menina mostrou; 
3) Viu as amiguinhas; 
As informações estão estruturadas em torno de verbos: segurou, mostrou, viu. Logo, 
teremos 3 orações nessa frase. A saber: 
1ª oração: A menina segurou a boneca; 
2ª oração: e mostrou; 
3ª oração: quando viu as amiguinhas; 
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”; e a terceira oração liga-se à 
segunda por meio de “quando”. As palavras “e” e “quando” não exercem propriamente uma 
função sintática13: são conectivos. 
 
1.9.1 Classificação das conjunções 
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas. 
1) Conjunções coordenativas: São aquelas que ligam orações de sentido completo e 
independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se 
em: 
a) Aditivas: ligação orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. 
São elas: e, nem ( = e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, 
não só... mas ainda. Por exemplo: 
 A sua pesquisa é clara e objetiva. 
 Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório. 
 
b) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou 
compensação. São elas: mas, porém, contudo, entretanto, todavia, no entanto, não 
obstante. Por exemplo: 
 Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 
 
 
13 Morfossintaxe é a análise feita às orações em termos morfológicos e em termos sintáticos, ou seja, é a análise 
tanto da palavra, individualmente, quanto a análise da relação das palavras, conjuntamente, em uma oração. 
Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/morfossintaxe/>. Acesso em 28 de fevereiro de 2018. 
47 
 
c) Alternativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou 
escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... 
ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. Por exemplo: 
 Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 
 
d) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou 
consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por 
isso, assim. Por exemplo: 
 Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 
e) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia 
nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo, porquanto. Por exemplo: 
 Não demore, que o filme já vai começar. 
ATENÇÃO! Fique atento (a) para algumas situações: 
I. As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando 
equivalem a "mas". Por exemplo: 
 Carlos fala, e não faz. 
 O bom educador não proíbe, antes orienta. 
 Sou muito bom; agora, bobo não sou. 
 Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem. 
II. "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim". Por exemplo: 
 Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade. 
III. Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da 
oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. 
Por exemplo: 
 Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. 
 Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta. 
 
IV. A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais 
termos da oração a que pertence. Por exemplo: 
 Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques. 
 
48 
 
2) Conjunções subordinativas: são aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas 
dependente da outra. A oração dependente recebe o nome de oração subordinada. 
Veja: 
 O baile já tinha começado quando ela chegou. 
Temos, no exemplo acima: 
Oração principal: “O baile já tinha começado” 
Conjunção subordinativa: “quando” 
Oração subordinada: “ela chegou” 
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais. 
A) Integrantes: indicam que a oração subordinada introduzida por elas completa ou 
integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São 
elas: que, se. Por exemplo: 
 Espero que você volte (Espero sua volta); 
 Não sei se ele voltará (Não sei da sua volta); 
 
B) Adverbiais: indicam que a oração subordinada introduzida por elas exerce a função de 
adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, 
classificam-se em: 
i. Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São 
elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma 
vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Por exemplo: 
 Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. 
 
 
 
49 
 
ii. Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, 
sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de 
que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. Por 
exemplo: 
 Embora fosse tarde, fomos visita-lo. 
 
iii. Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para 
ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, 
desde que, a menos que, sem que, etc. Por exemplo: 
 Se precisar de minha ajuda, telefone-me. 
 
iv. Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um 
fato com outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. 
Por exemplo: 
 O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
 
v. Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se 
realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), 
que, etc. Por exemplo: 
 Toque o sinal para que todos entrem no salão. 
 
vi. Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado 
proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção 
que, ao passo que, e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... 
(menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos), etc. Por exemplo: 
 O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. 
 
vii. Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao 
fato expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois 
que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, 
mal (= assim que), etc. Por exemplo: 
50 
 
 A briga começou assim que saímos da festa. 
 
viii. Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com 
referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, 
(tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que 
nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo:

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