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MEDICINA VETERINÁRIA O aparelho é composto por um par de rins, um par de ureteres, uma vesícula urinária e uma uretra. As técnicas imaginológicas. Exame radiográfico. * Exame ultrassonográfico (mais eficiente para o diagnóstico a depender da suspeita em comparação com o radiográfico). * Raio x contrastado - estruturas. US doopler eficiente - hemodinâmica renal e avaliações neoplásicas. Tomografia - patologias congênitas. Avaliação ultrassonográfica renal Rins – alguns aspectos precisam ser levados em consideração na avaliação dos rins. 1- Topografia. Rins localizados próximos a região retroperitoneal. Rim esquerdo é mais caudal em relação ao direito. Acesso do lado esquerdo é mais facilitado. Rim direito é mais inserido dentro do arco costal. 2- Tamanho. Há variações de medidas. Gatos devem apresentar uma medida que vai de 3 – 4,5 cm em um corte longitudinal. O tamanho entre as raças não varia tanto. Para cães a medida tem um método de avaliação mais complexo. É necessário fazer correlação com estruturas adjacentes. Há uma variação de porte mais evidente. 1 Junção corticomedular = é a área bem definida entre o que é cortical e medular. Mensuração mais segura em cães: realização da mensuração em corte longitudinal e posteriormente buscar a região da artéria aorta que passa adjacente ao rim esquerdo fazendo a mensuração da aorta com relação ao seu diâmetro (altura). A relação entre as medidas é: dividir a mensuração do rim longitudinal pela medida da altura da artéria aorta. Pacientes que apresentam nessa relação o resultado entre 5,5 – 9,1 cm tem o tamanho normal. Essa relação é feita apenas se há suspeita de grau de atrofia/hipertrofia. 3- Arquitetura interna. Avalia-se tudo! Pode ser observada a área cortical, que corresponde a região mais periférica. A região medular tem uma identificação clara. Os divertículos podem ser observados como uma estrutura mais ecogênica central. A pelve renal se apresenta hiperecóico. É observado principalmente no corte longitudinal. Observar a relação córticomedular e a definição córticomedular. 4- Relação corticomedular1. A cortical do rim deve ter a mesma medida da região medular. Assim, é uma relação de 1 pra 1. Elas devem ter a mesma medida. MEDICINA VETERINÁRIA 5- Definição corticomedular. A diferença perceptível de ecogenicidade entre uma região e a outra corresponde o conceito da definição corticomedular. Região cortical mais ecogênica. Região medular menos ecogênica. Pacientes que apresentam alterações na morfologia podem apresentar alteração na ecogenicidade (perda da definição). 6- Ecogenicidade. Os rins dos felinos apresentam uma cortical mais ecogênica. Os rins dos cães são menos ecogênicos em relação aos felinos. A pelve é mais ecogênica do que o córtex. Comparar a ecogenicidade do rim com o órgão vizinho. Rim direito está ao lado do fígado. A ecogenicidade do rim é semelhando a do fígado Isoecóico ou Hipoecóico em relação ao fígado. Se for mais Hiperecóico há alteração na ecogenicidade. Rim esquerdo está do lado do baço. O rim sempre deve ser menos ecogênico em relação ao baço Hipoecóico. Anormalidades renais Elas podem ser difusas como glomerulonefropatias e focais (maior especificidade). O ultrassom tem baixa especificidade para anormalidades difusas. Alterações ocorrem de forma inespecífica (sem diagnóstico específico bom o bastante. Assim, pode-se dizer que ou o paciente apresenta normalidade ou como não há especificidade da doença, termos genéricos são utilizados, como glomerulonefropatias. Nos processo agudos as estruturas podem estar aumentadas de tamanho. Em processos crônicos as estruturas ou órgãos podem estar atrofiados. Anormalidades difusas... Pode ocorrer perda de ecogenicidade Aumento da ecogenicidade Hiperplasia Atrofia Perda de definição da arquitetura interna. Perda da definição e relação corticomedular. Irregularidade na cápsula renal. Análise doppler. É fundamental para uma confiabilidade maior para o laudo. Avalia o fluxo sanguíneo dos rins. Pacientes que apresentam alterações da perfusão renal e filtração glomerular podem apresentar alteração nos índices do doppler. Entre os índices do doppler, o índice de resistividade dos vasos é o mais usado na doppler velocimetria para determinar aspectos normais/patológicos. MEDICINA VETERINÁRIA 1- Artéria renal. 2- Vaso interlobar. 3- Vaso arqueado. 4- Vaso interlobular. O índice de resistividade em cães não deve ultrapassar o valor de 0,56 – 0,67 segundos. Em gatos o índice de resistividade a variação é de 0,54 com desvio padrão de 0,07 até 0,61 com desvio padrão de 0,04. Anormalidades focais. 1- Neoplasias – dependendo do tipo histológico e grau de evolução, pode promover um acometimento difuso. Neoplasias primárias são raras de ocorrer, geralmente são metastáticas. Os aspectos podem ser diferentes de acordo com o tipo de neoplasia. Fazer histopatologia e doppler. O rim pode aumentar de tamanho. Halo Hipoecóico na periferia do córtex renal. Leve dilatação dos divertículos renais. Pode haver distorção completa da arquitetura renal. 2- Cistos. Cistos estão associados a ganhos acústicos. Artefato de técnica associado a presença de estruturas que contenham líquido. São relativamente frequentes na rotina. Comum em animais mais idosos e apresentam uma doença renal crônica. Cistos pequenos no córtex são considerados normais, pois não tem implicação clínica significativa. A doença renal policística acomete principalmente gatos de pelo longo. Toda a função do rim é substituída pela presença dos cistos. 3- Parasitas. Dioctophyna renale. Acometem cães, gatos, suínos. MEDICINA VETERINÁRIA Presença de diversas estruturas cilíndricas de parede ecogênica com centro anecoico ou hipoecogênico. 4- Litíases ou nefrólitos. Estruturas localizadas geralmente na pelve renal. Estruturas mineralizadas, formando o sombreamento acústico. A presença de litíases pode desencadear quadros obstrutivos com grau de gravidade variante ao grau de obstrução e o tempo de evolução do quadro. 5- Pielectasia e hidronefrose – Grau de obstrução da litíase, sendo o primeiro mais brando e o segundo mais grave. Presença de nefrólitos com sombreamento acústico. A Pielectasia é uma dilatação da região da pelve de 2 mm e ele começa a dilatar a região dos divertículos, criando um aspecto digitiforme (parecido com dedos). Pacientes que tem aumento da diurese ou submetidos a fluidoterapia podem aumentar a pielectasia. > 2mm ocorre a hidronefrose (leve, grave e emergencial). Avaliação ultrassonográfica ureteral Pouco visibilizadas na US. Tem pequeno diâmetro. É necessário aparelhos com melhor resolução e transdutores de alta frequência. Melhor visibilização quando estão dilatados. Anormalidades ureterais.... 1- Dilatações (hidroureter) Normalmente causadas por obstruções por litíases, aderência ou ligaduras. Retenção de líquido. Pielectasia / Hidronefrose. 2- Ureter ectópico US não é a técnica mais eficiente para a avaliação. É congênita. MEDICINA VETERINÁRIA Ureter se insere em região ou ponto anatomicamente diferente. Ocorre mais em fêmeas. Ureteres dilatados. Melhor avaliação com urografia excretora. É padrão outro em caso de ruptura. Tomografia é padrão outro para avaliação. US pode romper os ureteres. Avaliação ultrassonográfica da vesícula urinária A vesícula urinária é considerada de localização mais fácil, mas pode estar localizada em diferentes regiões. Tem sua localização na região deabdome caudal e é dividia em 3 partes: cranial, média e a região de trígono vesical – saída da uretra e inserção dos ureteres. Quando o grau de repleção não se apresenta de forma moderada ocorre o comprometimento da imagem interferência na espessura da parede da vesícula. Quanto mais repleta a VU mais fina é a parede, quando menos repleta, mais espessa é a parede (induz a erros). A espessura da parede da vesícula urinária em cães é até 0,23 cm. A espessura da parede da vesícula urinária em gatos é 0,13 – 0,17 cm. O conteúdo presente na vesícula é anecoico, assim deve ser fluido. Em relação a simetria, a parede da vesícula deve ser homogênea com espessura próxima dos valores normais. 1- Cistite. Mais observada na rotina de cães* e gatos. A vesícula urinária tem uma parede muito espessada no polo cranial. Parede assimétrica. Quadros associados a presença de sedimentos ou litíases. Estruturas que estimulam regiões de atrito que desencadeiam um processo inflamatório. Existem dois subtipos: enfisematosa (processo inflamatório caracterizado pela presença de gás dentro da parede ou lúmen da vesícula – associados a pacientes diabéticos, porque apresentam glicosúria e queda da imunidade que propiciam a proliferação bacteriana, que MEDICINA VETERINÁRIA fermenta a glicose e produz o gás. O gás produz reverberação ou cauda de cometa) e polipóide (menos frequente. Se desenvolve em pacientes com inflamações crônicas e em função disso ocorre uma reação hiperplásica da mucosa, formando pólipos ou massas maiores com aspecto digitiforme ou pedunculados). 2- Litíases Produção de sombreamento. Estrutura hiperecoica. A depender da sua composição, ela pode não estar acompanhada do sombreamento distal. 3- Coágulo Suas características são variáveis. Paciente geralmente passa por algum trauma ou queda. Coágulos são amorfos (sem formato específico). A ecogenicidade é variada. Sua localização pode ser mais solto, completamente solto no lúmen ou pode estar aderido à parede da vesícula. Coágulos aderidos a parede vesical conferem dificuldade em distinguir ele de massas (apresenta vascularização e coágulos não). 4- Neoformações Na grande maior parte das vezes é o carcinoma de células de transição ou células transicionais. MEDICINA VETERINÁRIA Apresenta uma massa normalmente hiperecoica com uma base mais extensa e aderida a parede vesical na região dorsal. É pior na região de trígono vesical, pois é onde há o inicio da uretra e chegada dos ureteres, podendo ocorrer uma obstrução do fluxo urinário. A realização da coleta guiado pelo US é uma sucção traumática por sonda uretral. É contraindicada, pois apresenta alto caráter de disseminação de células neoplásicas. 5- Ruptura US pouco eficiente para determinação do diagnóstico (aumento no falso negativo). Quando a ruptura é pequena, a vesícula pode manter seus aspectos normais. A quantidade de líquido livre é compatível com a extensão da ruptura. Os pacientes com suspeita de ruptura são pacientes com histórico de trauma, portanto, sempre que é identificado o líquido livre ele pode ser urina ou sangue (US não diferencia os tipos de fluido). Ocorre o espessamento da parede. Pode ocorrer a não identificação da vesícula. Ocorre efusão abdominal adjacente. Cistografia (radiografia contrastada da vesícula urinária) é o padrão ouro para diagnóstico. Procedimentos intervencionistas 1- Cistocentese É comum e precisa ser realizada a tricotomia, antissepsia com álcool 70% e lembrar de colocar gel na parede do transdutor + papel filme. A angulação da agulha é no sentido caudo-dorsal. 2- Biópsia por sucção traumática Paciente é sondado e a sonda descama a lesão identificada suspeita. Conteúdo descamado é aspirado e encaminhado para análises citopatológicas. MEDICINA VETERINÁRIA Avaliação ultrassonográfica da uretra A uretra é visibilizada apenas parcialmente. Em fêmeas, a uretra normal é identificada apenas no trajeto proximal, assim, a região inicial de saída da vesícula urinária é identificada mais facilmente. Em machos a uretra prostática pode ser visibilizada, assim como a peniana. As principais afecções que acometem a uretra são semelhantes às que acometem os ureteres. Processos obstrutivos que desencadeiam dilatações nos segmentos, onde se consegue uma identificação facilitada a US. Normalmente associados as litíases. Na imagem: uretra normal. Rx simples e uretrografia podem ser eficientes para o diagnóstico.
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