Resumo Desvendando o Mecanismo da Projeção

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Desvendando o Mecanismo da Projeção 1
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Desvendando o Mecanismo da 
Projeção
Objetivo do texto
Apresentar as variadas concepções sobre a projeção, passando pelos estudos da neurociência, 
com ênfase na psicanálise, fundando a produção de instrumentos projetivos.
Projeção
A projeção é estudada por várias áreas do conhecimento o que elas têm em comum é  
entender a projeção como o deslocamento de algo que no trajeto passa por alterações que 
resultam em algo novo, com alguma similaridade que remete ao objeto original.
Origem do termo
Vinculada à neurofisiologia, que a considerava como operação pela qual um evento é 
deslocado do meio externo e localizado no meio interno, correspondendo as respostas do 
organismo às sensações e percepções neurológicas que lhe forem provocadas.
→ a captação de estímulos sensoriais do ambiente e somadas com as experiências anteriores, 
transformam-se em respostas comportamentais.
Estes estudos sob o foco da neurologia se iniciaram com questões relativas ao aparelho ótico, 
estendendo-se para as transmissões sensoriais provocadas por estímulos externos e internos 
Objetivo do texto
Projeção
Origem do termo
Estudo da Projeção na Ciência Psicológica
Projeção para a Psicanálise
Id, Ego e Superego
Técnicas Projetivas
Sobre os Testes
Os testes mais conhecidos
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ao organismo.
→ a relação entre os aspectos da transposição ou decodificação de imagens
Estudo da Projeção na Ciência Psicológica
A ciência psicológica passa a utilizar o conceito de projeção definindo-a como uma resposta 
comportamental que ocorre em consequência da relação sujeito-objeto (objetos materiais ou 
humanos).
→ todas as produções humanas manifestam alguma relação entre as experiências passadas e 
recentes que refletem nas respostas comportamentais.
Sobre os processos psicológicos da projeção e relações interpessoais, Laplanche e Pontails 
apontam que o indivíduo:
→ percebe o ambiente e responde de acordo com seus interesses, aptidões, expectativas e 
desejos; e escolhe seus pares por afinidade e semelhança.
→ mostra pela sua atitude que assimila determinada pessoa a outra. Ex.: projetar o pai sobre 
o patrão, se comportando com um a partir da referência com o outro.
→ se assimila a pessoas estranhas, ou assimila-se a si mesmo (ou se identifica com) pessoas, 
personagens ou seres inanimados. Ex. passa a aspirar o que um personagem de um filme 
aspira.
→ atribui a outras pessoas as tendências, desejos, etc. que desconhece em si. Conteúdos 
inconscientes que foram recalcados se deslocam para o meio externo sendo dirigidos a outros 
como satisfação.
Projeção para a Psicanálise
A teoria psicanalítica a concebe como uma operação na qual o sujeito expulsa de si e localiza 
no outro (pessoa ou coisa), as qualidades, desejos, afetos e sentimentos que estão 
internalizados e ele recusa aceitar ou admitir.
Freud utilizou este termo de várias formas, mas no sentido amplo, como tendência a buscar 
uma causa externa, antes interna. 
→ se algo é modificado no interior, buscamos explicar como sendo resultado de 
acontecimentos internos ou externos. Ao encontrar dificuldade em aceitar a causa externa, 
dirigimos ao exterior.
Para Freud, a projeção é uma defesa do inconsciente que está presente tanto nos paranoicos 
quanto nos neuróticos. Consiste em procurar no exterior a origem de um desprazer. Se 
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originaria na pulsão.
Para o sujeito é mais fácil tolerar essa projeção, pois o destitui da responsabilidade sobre a 
existência de algo condenável e danoso, o protegendo da punição, da culpa, do julgamento.
Além disso, há presença desse mecanismo da projeção em manifestações grupais de 
diferentes e relações humanas; como a religião, o preconceito, a cultura, de modo a expandir 
a projeção como mecanismo de defesa comum a todos os indivíduos.
Id, Ego e Superego
A autora considera importante esclarecer a relação da projeção com o funcionamento da 
estrutura psíquica (Id, Ego e Superego).
ID: estrutura primária e instintiva. Desenvolve e manifesta espontaneamente as reações dos 
sujeitos. É o polo pulsional da personalidade. Seus conteúdos são inconscientes e inatos.
SUPEREGO: Constituído na relação entre indivíduo e meio social. A cultura com suas 
normas, valores e padrões. Consciência moral.
EGO: instância psíquica que estabelece uma relação de dependência com as necessidades do 
Id e as imposições do Superego, tentando manter-se em contato com a realidade. O Ego 
defende a personalidade dos conflitos eminentes da estrutura neurótica através dos 
mecanismos de defesa.
Os conteúdos do inconsciente recalcados são manifestos de forma no funcionamento psíquico 
do sujeito de forma disfarçada através de mecanismos como atos falhos, sonhos e projeções.
Técnicas Projetivas
Na psicanálise há o determinismo psíquico, o qual afirma que em todas as expressões 
humanas há a denúncia de conteúdos inconscientes. Ao analisar a produção dos indivíduos, é 
inevitável aproximar-se dos conteúdos inconscientes - mecanismo que decorre do processo 
projetivo.
Alguns estudiosos montaram instrumentos que facilitassem o acesso aos conteúdos internos 
que pudesses auxiliar a captação da manifestação dos conteúdos internos e compreensão dos 
sofrimentos psíquicos.
→ as técnicas projetivas
→ Teste de Associação de Palavras de Jung, Teste de Mancha de Tintas de Rorschach, Teste 
do Desenho e o TAT de Murray 
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→ investigações de personalidade
Os testes projetivos proporcionam conhecimento da estrutura da personalidade do sujeito, e 
através do seu material ambíguo, permite que os indivíduos se expressem com liberdade, sem 
relação com acertos ou erros.
→ base teórica é a Psicanálise e a Psicologia da Forma.
O sentido da projeção nos testes projetivos pode ser na descarga no material de teste tudo que 
recusa ser; ou o sujeito pode ser levado, por analogia, a produzir um protocolo de respostas 
com uma estruturação correspondente com a de sua personalidade; também há a teoria que na 
percepção da projeção dos dados afetivos, estes são interiores e se exteriorizam através dos 
relatos ou desenhos realizados pelos sujeitos em teste.
Sobre os Testes
O cliente fala livremente, sem um tema desencadeante ou diretriz. As ideias, impressões e 
sentimentos vão se apresentando à consciência durante as verbalizações do sujeito. 
→ o cliente pode falar de forma livre dentro de sua compreensão particular, mas tem um 
material ao qual ele deve estar conectado. E o modo como esse processo se dá possibilita as 
várias interpretações.
São passíveis de uma interpretação psicolinguística composta de dois eixos distintos da 
linguagem:
→ a função paradigmática (código): ex. Rorschach. Já que não utiliza a resposta em si, mas o 
que ela significa combinada com outras respostas.
→ a função sintagmática (mensagem): ex. TAT. O que vai ser analisado é a mensagem que 
está expressa na história
Mesmo que haja uma vasta literatura sobre os testes projetivos e que muitos profissionais 
utilizem estes instrumentos para fins diagnósticos, existem muitos questionamentos sobre sua 
fidedignidade e validade. Isto ocorre pelo fato de estes testes se referirem a aspectos do 
psiquismo que não são passíveis de comprovação.
Mas por preconizarem a existência do inconsciente, não poderiam cumprir os preceitos da 
ciência pura, pois prescreve a subjetividade humana em construção direta com o instrumento.
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Os testes mais conhecidos
1. HTP (House Tree Person): crianças, adolescentes e adultos; sujeito desenha uma casa, 
uma árvore e uma pessoa, a família de origem e a família ideal; interpretação tem como 
base o conjunto de aspectos dos desenhos separadamente e em conjunto.
2. TAT (Teste de Apercepção Temática): adolescentes e adultos; 20 imagens escolhidas 
dentre 31 de acordo com sexo e idade; sujeito observa a imagem e narra uma história 
com início, meio e fim; a interpretação tem basenos conteúdos manifestos e latentes 
através das necessidades, conflitos, ansiedade e resolução de problemas do protagonista.
3. Fábula de DUSS: crianças; a criança deve dar continuidade e fim à 10 fábulas e histórias 
com trechos pré-estabelecidos. Cada fábula é dirigida a uma área da vida do sujeito e 
busca disparar a manifestação de conteúdos latentes e reprimidos que possam estar 
causando angústias.
4. Simonds: adaptação do TAT; adolescentes de 12 a 18 anos; paciente conta uma história 
sobre a lâmina que lhe é apresentada com início, meio e fim.
5. Pirâmide de Pfister - pressupõe que as cores desempenham e manifestam as emoções; o 
sujeito deve construir uma pirâmide com quadrilhos, e depois pede-se que ele construa 
três pirâmides bonitas e três feias. Na análise estão presentes os aspectos estruturais da 
pirâmide em conjunto com as cores escolhidas, classificadas de acordo com a ordem em 
que o sujeito escolheu os quadrilhos.
6. Rorschach: composto por 10 lâminas com manchas de tinta que estimulam a fantasia e a 
percepção cognitiva; os indivíduos descrevem o que veem nas manchas.
FONSECA, A. L. B.; et al. Desvendando o Mecanismo da Projeção. Psicologia em foco. Vol. 
1 Jul./Dez;2008. Acesso em 23/08/2021. Disponível em: 
<http://www.pbh.gov.br/smsa/bibliografia/abc_do_sus_doutrinas_e_principios.pdf>.