Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prosel Libahm Semiologia Locomotor Exame físico: Inspeção: · Estática: · Alteração da pele e fâneros: · Tufos pilosos: defeitos de fechamento do tubo neural · Neurofibromatose: manchas café c/leite · Aumento do volume articular · Osteosarcoma: tumor ósseo maligno · Artrite séptica: aumento do edema; geralmente monoarticular · Deformidades: · Osteoartrose · Escoliose comum em mulheres · Dinâmica: · Amplitude de movimento: mov.ativo e passivo · Marcha relacionado com o sistema nervoso Palpação: · Analisar se o pct tem dor em articulação · Dor, hipertrofia, edema, nodulação, deformidades Mãos e punhos: Inspeção: · Analisar: desvios ou deformidades; nódulos (heberden – interfalangianas distais e bauchard – interfalangianas proximais); hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo p/uma parte do corpo); coloração; simetria Palpação: · Presença de dor, edema, nódulos Movimentos: · Punhos: pronação e supinação; flexão e extensão · Dedos: adução e abdução; flexão e extensão; polegar e indicadores – pinça Síndromes e patologias: · Artrose: perda da cartilagem faz com que os ossos entrem em atrito, formando um novo osso mal formado · Artrite reumatoide: crescimento ósseo e desvio dos dedos · Síndrome do túnel do carpo: · Causas: DM, gestação, hipotireoidismo, compressão direta, sinovites, tumor, compressão do nervo mediano · Dormência e formigamento na mão e no braço causados por um nervo comprimido no punho (mediano) · Testes: · Phalen: 30 a 60 segundos · Tínel: percussão + parestesia (realiza a percussão com o martelinho ou o próprio dedo no local do nervo mediano) · Dedo em gatilho: · Tendinite: nódulo dificulta o deslizamento do tendão dentro da polia dificuldade para extensão dos dedos · Pode desenvolver uma fibrose · Os sintomas incluem rigidez, sensação de estalo ou clique e sensibilidade no dedo afetado. É mais comum ocorrer na parte da manhã · Fratura de Colles: rádio distal · Idosos: osteoporose; jovens: traumas de alta energia · Deformidade em “dorso de garfo” desalinhamento do punho · Queda sobre punho estendido · Fratura de Smith: · É também conhecida como fratura de Colles invertida, é uma fratura do rádio distal causada por queda sobre punhos fletidos Ombros: Inspeção: · Assimetria elevação de ombros; alterações na pele · As duas articulações do ombro são profundas, logo é difícil a visualização de edemas Palpação: · Pontos dolorosos: causa mais frequente é a lesão do manguito rotador; edema articular Movimentos: · Flexão e extensão; abdução e adução; rotação interna e externa Síndromes: · Síndrome do impacto: · Lesão dos tendões que compõem o manguito rotador supra-espinhoso, infraespinhoso, subescapular e redondo menor · Testes: · Manobra de Neer: O terapeuta elevará passivamente o membro superior do paciente em toda a sua amplitude ao fazer uma rotação interna, você sensibiliza o teste · Hawkins-kennedy: o terapeuta deverá apoiar a sua mão no ombro do paciente e com a outra mão conduzir o cotovelo em flexão de 90º de rotação externa para interna. Esse teste proporciona o atrito do tendão supra-espinhoso sob a abóboda acromial, podendo reproduzir a sintomatologia dolorosa · Teste de Yokum: em pé com o braço acometido em flexão e adução, cotovelo a 90º e mão apoiada no ombro oposto. O terapeuta, em frente ao paciente, instrui para que ele realize uma flexão do braço até o cotovelo tocar a testa. O terapeuta poderá auxiliar o paciente a elevar ainda mais o cotovelo, isso irá exacerbar os sintomas de uma tendinite ou alguma lesão na articulação acromioclavicular · Teste de Jobe: o terapeuta instrui o paciente para realizar uma flexão e abdução de 30º de membros superiores e uma rotação interna, apontando os polegares para o chão. O terapeuta impõe uma resistência com ambas às mãos na altura do cotovelo do paciente e pede que o mesmo realize uma flexão contra a resistência · Teste de Patte: o terapeuta instrui o paciente para que realize uma abdução de braço a 90º, flexão do cotovelo à 90º e rotação externa do braço contra a resistência imposta por sua mão na altura do punho do paciente · Teste de Gerber: o terapeuta instrui ao paciente que realize uma adução e rotação interna do membro superior a ser avaliado e pede ao paciente que coloque o dorso da mão na altura da região lombar, e então, pede-se para que o paciente afaste o dorso da mão da lombar · Luxação do ombro: · A cabeça do úmero se desalinha (desloca para fora da glenóide) · Sinal de Dragona ombreira de roupas Cotovelos: Inspeção: · Nódulos, edema, hiperemia, aumento do volume articular e da bursa olecraniana, tofos (gota, pelo acumulo de ác.úrico) Palpação: · Analisar presença de líquido, pontos dolorosos e edema articular Movimentos: · Flexão e extensão, supinação e pronação Síndromes: · Epicondilite lateral: · A inflamação não é no osso, e, sim, no tendão extensor do punho, que se insere no epicôndilo · Cotovelo de tenista · Teste de Mill: · Dor à extensão do punho contra a resistência · Pct sentado, com o cotovelo em extensão e punho cerrado em posição neutra. O terapeuta forçará o punho do paciente em flexão, enquanto o mesmo tenta impedir realizando o movimento em extensão do punho · Teste de Cozen: · Pct sentado com o cotovelo em 90º e punho cerrado e pronado. O terapeuta com uma mão impõe resistência sobre o punho do paciente, que realiza uma extensão contra a resistência do terapeuta · Epicondilite medial: · Cotovelo de golfista · Tendinite nos flexores do punho · O teste é realizado com o pct com cotovelo fletido, o antebraço mantido em supinação e punho em extensão. Em seguida, o cotovelo será estendido vagarosamente e se o pct apresentar dor o teste é positivo Quadril: Inspeção: · Avaliação da marcha, dismetria, deformidades Palpação: · Articulação profunda não palpável coxofemoral · Pontos dolorosos peri-articulares Bursa trocantérica · Edema Movimentos: · Flexão e extensão, abdução e adução, rotação interna e externa Síndromes e patologias: · Bursite trocantérica: · Dor na região trocantérica: irradia para a face lateral da coxa até o joelho nunca atinge os pés · Agravada ao se levantar · Dor noturna: paciente não consegue se deitar do lado acometido · Dor à palpação local e à movimentação do quadril · Fraturas: · Comum em idosos · Encurtamento e rotação externa do membro · Fratura na pelve em livro aberto: · Rotação externa dos membros · Sinal de destot · Grande quantidade de sangue · Torniquete deve ser feito rapidamente Manobras: · Patrick/Fabere: pct em decúbito dorsal com o joelho fletido, abduzido e rodado externamente até o maléolo lateral se apoiar no joelho oposto logo acima da patela. O joelho a ser testado é forçado para baixo · Sinal de Tredelenburg: pede pra o pct flexionar um joelho em posição ortostática, se o quadril “cair” o teste é positivo Joelhos: Inspeção: · Deformidades, alterações na pele, desvios, diferença no volume Palpação: · Edema articular, dor, tendinite da pata de ganso (inserção dos tendões grácil, sartorio e semitendinoso), edema Movimentos: · Flexão e extensão Síndromes e patologias: · Tendinite da pata de ganso: · Envolve apenas os tendões e não a bursa · Bursite anserina: · Inflamação e distenção da Bursa anserina Testes: · Gaveta anterior e posterior: o terapeuta deverá sentar em cima do pé do paciente a fim de estabilizar a tíbia e abraçar com ambas as mãos a tíbia do paciente, colocando seus polegares na interlinha articular. Realizar uma tração anterior para testar o ligamento cruzado anterior e após realizar uma força antagônica para testar o ligamento cruzado posterior · Ligamentos colaterais: o terapeuta mantém a mão no lado medial do joelho e com a outra mão localizada na altura do tornozelo exerce uma ação no sentido medial tentando abrir a interlinha articular do joelho. O teste deverá ser efetuado a 0º e a 30º para melhor verificar a frouxidão ou lesão ligamentar mesmo modo para o lado lateral · Teste de Apley: Realiza-se o teste com o paciente em decúbito ventral, joelho fletido 90º e quadril em extensão. Aplica-se uma força axial junto aopé a medida em que se realiza rotação interna e externa da perna Tornozelos e pés: Inspeção: · Arco do pé (plano, cavo e normal), desvios (hálux em valgo - joanete) Palpação: · Edema articular, pontos dolorosos (esporão do calcâneo, fascite plantar) Movimentos: · Dorsiflexão e plantiflexão, ervesão (pé p/fora) e inversão (pé p/dentro), abdução e adução Testes: · Teste de Thompson: O paciente é colocado em DV ou de joelhos com os pés estendidos sobre a borda da cama. O terço médio da panturrilha é comprimido pelo examinador (músculo gastrocnemio), e em caso de ausência de uma flexão plantar normal, deve-se suspeitar de ruptura do tendão de Aquiles Coluna vertebral: Inspeção: · Curvaturas (escoliose, lordose, cifose), desvios, alterações de pele e fâneros não é possível visualizar edemas Palpação: · Processos ósseos, musculatura paravertebral Movimentos: · Flexão e extensão, rotação e lateralização Testes: · Adams: solicita que ao pct incline o tronco para frente com as mãos unidas, pés juntos e joelhos esticados. A diferença de altura no tórax ou quaisquer outras assimetrias podem significar a presença de escoliose · Schober: mede-se o desvio, em flexão, de dois pontos – o ponto inferior ao nível da junção lombossacra e o ponto superior 10 cm acima desse nível. Considera-se alterado se o desvio dessa linha for inferior a 5 cm Patologias: Gota: · Doença metabólica causada pela formação de cristais a partir de ác.úrico é preciso haver hiperuricemia · Doença inflamatória · O acumulo de ác.úrico pode ocorrer tanto pela produção excessiva quanto pela eliminação deficiente da substância · Mais comum em homens entre 40-50 anos · Esses cristais vão para as articulações e fazem um quadro inflamatório · Purinas são a base para a formação desse ác presentes em camarão, carne vermelha, bebidas álcoolicas, feijão... · A maioria é assintomática · Artrite gotosa aguda: · Súbita de forte intensidade · Envolvimento de membros inferiores · Maioria das vezes é monoarticular 1ªarticulação metatarsofalanegana · Com o passar dos anos, a doença pode cronificar e causar uma agressão progressiva na articulação · Podagra é o acúmulo de ác.úrico no dedo · Gota tofácea crônica: · Geralmente ocorres 10 anos após crise aguda de gota · Destruição da articulação · A dor é quase diária · Envolvimento poliarticular, incluindo pequenas articulações das mãos · Formação de tofos Lupus Eritematoso sistêmico: · Doença inflamatória crônica auto-imune · Acomete principalmente mulheres jovens · Causada pela desregulação da resposta imune humoral com formação de auto-anticorpos geralmente contra o núcleo da célula · Manifestações: queixas sistêmicas, cutâneas, ósteo-muscular, articular, hematológicas, pulmonares, cardíacas... Pele e articulações são os principais envolvidos · Pode haver febre, fadiga, perda de peso e mialgias · Artropatia de Jacoud: não tem destruição da articulação, mas uma instabilidade dos ligamentos, causando uma frouxidão nos ligamentos da mão · Rash malar · Envolvimento periférico, simétrica, oligo/poliartrite Artrite Reumatóide: · Artrite inflamatória simétrica, poliarticular · Predomínio periférico · Mais comum em mulheres · Inicia-se geralmentre entre 30-40 anos · Doença auto-imune destrói membrana sinovial · Sinovia espessada e inflamada · Envolvimento predominante articular mãos e pés · As deformidades são manifestações tardias · Sintomas: artrite (dor, edema, calor e vermelhidão); coluna cervical é frequentemente envolvida; as articulações inflamadas provocam rigidez matinal e fadiga · Outros órgãos podem ser acometidos como: pele, unhas, músculos, rins, coração, pulmão, SN, olhos e sangue · Deformidades mais comuns: dedo em pescoço de cisne, dedos em botoeira, desvio ulnar e hálux valgo · Dedo em botoeira · Pescoço de cisne · O diagnóstico é feito quando pelo menos 4 dos seguintes critérios estão presentes por pelo menos 6 semanas: · Rigidez articular matinal durando pelo menos 1 hora · Artrite em pelos menos 3 áreas articulares · Artrite de articulações das mãos: punhos, interfalangeanas proximais e metacarpofalangeanas · Artrite simétrica · Presença de nódulos reumatóides · Presença de fator reumatóide no sangue · Alterações radiográficas Espondilite anquilosante: · Doença auto-imune inflamatória crônica; esqueleto axial e sacroilíacas · Acomete mais homens · Linfócitos provocam a inflamação da coluna, após isso ocorre a ossificação dos ligamentos e das articulações envolvidas perda da mobilidade · Rigidez após período de repouso pior ao acordar · Pode causar uveíte (inflamação da úvea; olho vermelho) e entesite (inflamação da entese do calcanhar) · Postura do esquiador · Mono/oligoartrite · Sintomas: dores nas costas contínua e significativa, podendo acometer olhos, coração, pulmões, medula espinhal e rins · O surgimento de dores na coluna ocorre de modo lento e insidioso durante algumas semanas · A dor melhora com exercício/movimentação e piora com o repouso (principalmente pela manhã) Febre Reumática: · Complicação tardia, decorrente de um processo inflamatório (imunológico) posterior a infecção de orofaringe estreptococo B-hemolítico do grupo A · Essa infecção de garganta é caracterizada por febre, dor de garganta, gânglios aumentados e vermelhidão intensa · Acomete mais crianças e adolescentes (5-15 anos) · Não é qualquer criança que tem infecção na garganta que pode ter febre reumática, é preciso haver uma predisposição da doença · Causa lesão na válvula cardíaca · Manifestações: febre, artrite e cardite (inflamação nas três camadas, ocasionando sopros) · As articulações mais acometidas são os joelhos e tornozelos · A artrite é migratória, oligo/poliarticular assimétrica · Manifestações tardias: coreia de sydenhan, nódulo subcutâneo, eritema marginatum · A coreia é caracterizada por fraqueza nos braços e nas pernas, por sensibilidade emocional e movimentos involuntários dos membros · O diagnóstico é feito pela associação dos sintomas com exames de sangue; o ASLO (antiestreptolisina O) é um anticorpo que nosso organismo produz para combater o estreptococo durante ou logo após uma infecção de garganta – ele não serve para diagnóstico da febre reumática · O risco de apresentar comprometimento cardíaco aumenta à medida que os surtos vão aparecendo Semiologia Respiratório Exame físico: Inspeção estática: · Analisa-se a forma do tórax, presença de abaulamentos Inspeção Dinâmica: · Analisa-se o tipo respiratório, ritmo e frequência da respiração, amplitude dos movimentos, presença ou não de tiragem e a expansibilidade pulmonar · Respiração dispneica: sucessão de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis · Platipneia: dificuldade de respirar em posição ereta · Ortopneia: dificuldade de respiração na posição deitada · Cheyne-Stokes: AVE, TCE, IC · Biot: meningite · Kussmaul: cetoacidose diabética, insuficiência renal Percussão: · Hipersonoridade pulmonar: indica aumento de ar nos alvéolos · Submacicez/macicez: indica redução ou inexistência de ar no interior dos alvéolos · Timpânico: indica ar aprisionado no espaço pleural ou em cavidade intrapulmonar Palpação: · Estrutura da parede torácica, expansibilidade e frêmito toracovocal Ausculta: · Sons normais: traqueal, brônquica, murmúrio vesicular e broncovesicular · No murmúrio vesicular a respiração é mais intensa, mais duradoura e mais alta que a expiração, não há um intervalo entre elas · Sons anormais: estertores · Finos: ocorrem na inspiração; frequência alta e duração curta pneumonia · Grossos: início na inspiração e em toda a expiração · Roncos e sibilos: ocorrem na inspiração, mas predominam na expiração roncos: bronquite crônica obstrutiva, traqueobronquite; sibilos: asma · Estridor: obstrução da laringe ou traqueia Síndromes Pleuropulmonares: Consolidação: · Expansibilidade diminuída, FTV aumentado (consolidação do parênquima facilita a transmissão de voz), macicez/submacicez (espaço ocupado por liquido ou tecido), MV diminuído ou não, estertores finos (conferir) · Comprometimento dasvias aéreas distais, que são preenchidas por líquido, tecido ou ambos alvéolos, ductos, sacos alveolares · Causas: infecções respiratórias, embolia pulmonar, câncer e congestão pulmonar · Sintomas: tosse seca ou produtiva; desconforto retroesternal; dor torácica (quando faz movimentações respiratórias sente dor); dispneia/taquipneia; febre · PENSAR EM HIPOXEMIA · Pedir Raio-X quanto mais enegrecida é pq tem mais ar, qnt mais esbranquiçada é pq tem mais liquido ou sólido Tuberculose Pneumonia lobar Sinal da corcova de Hampton- TEP Sinal de Westermark - TEP Atelectasia: · Expansibilidade diminuída, FTV diminuído ou abolido, macicez/submacicez, MV abolido ou diminuído, estertor fino · É o desaparecimento de ar nos alvéolos sem que esse seja preenchido por células ou exsudato · Contração ou esvaziamento das vias aéreas inferiores · Causas: neoplasias, corpos estranhos que obstruem os brônquios · Sintomas: dispneia, tosse seca, sensação de desconforto · A traqueia se desloca para o lado que está a atelectasia desvio para o lado de maior pulsão Hiperinsuflação: · Expansibilidade diminuída, tórax em tonel, FTV diminuído, timpânico, MV diminuído, sibilo e estertor bolhoso · É o aprisionamento de ar em vias aéreas inferiores · Causas: DPOC, asma, bronquite Derrame Pleural: · Expansibilidade diminuída, FTV diminuído ou abolido, macicez, MV abolido, estertores finos na região pulmonar em contato com o líquido pleural · É o extravasamento de líquido para o espaço pleural ocorre quando a capacidade da drenagem linfática do liquido pleural é menor que a sua produção · Pode ser de transudato (alta pressão hidrostática) ICC, cirrose hepática e insuficiência renal · Pode ser de exsudato (alta pressão oncótica) Tuberculose, pneumonia · Quem define se o transudato ou exsudato são os critérios de light · A traqueia se desvia para o lado sadio, ou seja, oposto ao do derrame · No raio-X tem hipotransparência Pneumotórax: · Expansibilidade reduzida, FTV diminuído, hipersonoridade ou som timpânico, MV diminuído ou abolido · Presença de ar na cavidade pleural presença de ar nos pulmões ocasionando colapso pulmonar secundário · Causas: ruptura da pleural visceral com escape aéreo é a causa mais comum, lesão traumática, doenças subjacentes · Sintomas: dor torácica aguda, dispneia e tosse seca Asma: · Doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-reatividade das vias respiratórias inferiores, com limitação do fluxo respiratório · Ocorre edema de mucosa, constricção da musculatura lisa e hipersecreção das células brônquicas · É a obstrução das VAI com limitação de fluxo variável do fluxo de ar, sendo reversível espontaneamente ou por medicamento · Sintomas: dispneia (principalmente expiratória), sensação de aperto no tórax, dor torácica difusa, chieira e tosse · Gatilho: alérgenos (poeira, cães, gatos, mudanças climáticas, exercicio físicos) gatilhos ativam células inflamatórias e causam o broncoespasmo · Tríade episódica: tosse, chiado e dispneia · FTV normal ou diminuído, MV diminuído com expiração longa, sibilo DPOC: · Doença respiratória crônica · Resultante de alterações estruturais nos brônquios ou/e parede alveolar · É causada pela exposição prolongada a gases irritantes/materiais, agentes nocivos (cigarro) · É parcialmente reversível ou irreversível · É caracterizado pela obstrução crônica e progressiva do fluxo aéreo respiratório associado a uma resposta inflamatória anômala das vias respiratórias e do parênquima pulmonar a partículas e gases tóxicas · Espectros clínicos: bronquite crônica e enfisema geralmente é uma mistura dos dois · Bronquite crônica: · Excessiva excreção de muco na árvore brônquica e é diretamente relacionada com a asma brônquica obstrução por muco, inflamação e fibrose · Para definir clinicamente a doença, o paciente precisa apresentar tosse crônica e expectoração por pelo menos 3 meses sequenciais ou por 2 ou mais anos consecutivos · BLUE BLOATER: brevilineos, obesos, pletora facial, respiração ruidosa com estertores, hipoxemia, cor pulmonale (pulmão doente esta com uma resistência vascular maior, o coração trabalha mais e acaba cansando) · Limitação ao fluxo expiratório de ar (CO2 sobe, mas o bulbo respiratório não “responde”, começa a tolerar altos níveis de CO2) – não aumenta a FR; faz mais hipóxia – cianose e vasoconstricção pulmonar – hipertensão pulmonar – cor pulmonale – ICC; · Enfisema pumonar: · PINK PUFFER: longilíneo, facies angustiada, magro, tórax em tonel, dispneia expiratória, sem sinais de cor pulmonale ou hipoxia significativa e MV diminuido · Posição do tripé, uso de musculatura acessória, cianose, sinais de falência do coração direito Semiologia do sistema cardiovascular Exame Físico: Inspeção: · Analisar o tipo de tórax inspeção estática · Normal · Tonel – ex: enfisema · Traumático/tórax instável ou paradoxal · Pectus escavatum (tem um buraco), pectus carinatum (pra frente) · Esfoliatico, cifotico, lordótico · Raquitico · Baqueteamento digital, cianose inspeção estática · Analisar frequência respiratória inspeção dinâmica · Utilização da musculatura acessória inspeção dinâmica Exame do precordio: · Inspeção, palpação e ausculta geralmente inspeção e palpação são realizadas em conjunto Inspeção: · Verificar o “Ictus cordis” geralmente no 5ºEIC · Ictus cordis é o choque da ponta do coração no VE · Sua localização varia com o biotipo (brevilineos – 5º ou 4º EIC 2cm p/lateral da linha hemiclavicular; longilíneo – 5ºEIC, q ou 2 cm p/dentro da linha hemiclavicular) · Extensão: duas polpas digitais · Intensidade: impulsivo ou pouco impulsivo · Mobilidade: 1-2cm · Frequência · Precordio calmo é quando não conseguimos ver o ictus cordis · Batimento do VD · Impulsões sistólica · Abaulamentos (aneurisma/cardiomegalia) Palpação: · Abaulamentos · Ictus cordis · Batimentos ou movimentos palpáveis · Frêmito cardiovascular – ruídos tipo “fole” correspondem aos sopros · Sensação tátil das vibrações produzidas no coração ou nos vasos · Correspondem aos sopros · Características: localização (focos), situação no ciclo cardíaco (S/D) intensidade · Busca de volumes, massas, crepitações e dor Ausculta cardíaca: · Paciente em decúbito dorsal com tórax descoberto · Estetoscópio membrana (sons de alta frequência) e campânula (baixa frequência – B3/B4/ruflar) · Existem 4 focos principais: mitral, tricúspide, aórtico e pulmonar · Foco mitral: 5º EIC; coincide com o ictus cordis · Foco tricúspide: base do apêndice xifoide ligeiramente para a esquerda · Foco pulmonar: 2ºEIC na linha paraesternal esquerda; ideal para a ausculta de desdobramentos · Foco aórtico: 3ºEIC na linha paraesternal direita · É necessário auscultar os 4 focos Ciclo cardíaco: · Contração isovolumétrica: fecha mitral (TUM) abre a aórtica ejeta relaxamento isovolumétrico: fecha a aórtica (TA) abre a mitral (TA) enche · TUM – sístole – TA Bulhas cardíacas: · Exame normal: bulhas rítmicas, normofonéticas em dois tempos, sem sopros · B1 – TUM · Fechamento da mitral e tricúspide – início da sístole · Coincide com o ictus cordis e pulso carotídeo · Mais audível no foco mitral · Causado pela figuração dos folhetos valvares após o seu fechamento, causado pela movimentação de sangue no interior dos ventrículos · Início da sístole ventricular · B2 – TA · Fechamento da aórtica e pulmonar · A sístole do VD se prolonga por conta do maior afluxo sanguíneo desse lado, assim a valva pulmonar sofre um retardo em relação a aórtica · Esse retardo é fisiológico e corresponde ao desdobramento de B2 TLA · B2 vem após um pequeno silencio · É gerada pela desaceleração da coluna líquida sobre as valvas aórtica e pulmonar já fechadas, provocando assim vibrações da coluna liquida e das estruturas adjacentes · B3 – TÁ · É protodiastólico · Origina-se pela brusca desaceleração da coluna de sangue contra as paredes ventriculares no final da fase de enchimento rápido · Abre a mitral · Para considerarque essa bulha é patológica são necessários dados que indiquem a existência de cardiopatia – insuficiência mitral, miocardite, miocardiopatia · Ritmo de galope geralmente é patológica · B4 – TUM · Ocorre no fim da diástole, pré-sistole · Imediatamente antes da contração isovolumétrica · Enche o ventrículo · Geralmente é patológico exceto em crianças · É gerada pela desaceleração da coluna sanguínea que é impulsionado pelos átrios na fase de contração atrial contra a massa sanguínea existente no interior do VE, no final da diástole · Alterações de B1: · Condições que levam a diminuição do enchimento ventricular acompanham-se de hiperfonese de B1 · Em casos de IAM ou IC a ascensão da pressão intraventricular se faz mais lentamente – B1 mais hipofonetica · Pode ocorrer mascaramento de B1 em sopros sistólicos de regurgitição · Alterações de B2: · Quando ocorre aumento da pressão na aorta a valva se fecha com mais força gerando hiperfonese de 2ªbulha HAS tem hiperfonese de B2 Sopros: · São produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo fluxo deixa de ser laminar · Podem acontecer por alterações no sangue, parede do vaso ou das câmaras cardíacas · Podem ser: sistólicos, diastólicos, sistodiastolicos e contínuos · São descritos através da: localização no ciclo cardíaco, formato, localização (foco), irradiação, timbre e frequência, intensidade e efeitos de manobras sobre os sopros · Sopros sistólicos: · De ejeção: acontecem após B1 (TUM – SOPRO – TA) · Estenose aórtica - Ejetivo · Estenose pulmonar · De regurgitação: B1 é mascarada (SOPRO – TA); audível desde o início da sístole · Insuficiência Mitral - Regurgitativo · Insuficiência tricúspide · Sopros diastólicos: · Estenose Mitral/tricúspide - RUFLAR · TUM – TA – SOPRO ocorre no fim da diástole e pré-sistole · Insuficiência aórtica/pulmonar - Aspirativo · TUM – SOPRO · Início imediato após B2 – B2 é mascarado · SER SISTOLE EJETIVO (estenose aórtica) E REGURGITATIVO (insuficiência mitral) · DAR DIASTOLE ASPIRATIVO (insuficiência aórtica) E RUFLAR (estenose mitral) Palpação de pulsos arteriais: · Carótidas, axilares, braquiais, radiais, lunares, femorais, poplíteas, tibiais posteriores e pediosas · Comparar os dois lados · Analisar frequência, ritmo, simetria, formato e amplitude Perfusão periférica: · O tempo de reenchimento capilar: aplicação de pressão firme com deslizamento para a parte distal da falange distal do quarto dedo por pelo menos 5 segundos · Normal até 3 segundos, prejudicado de 3 a 5 segundos e grave > 5 segundos Semiologia Gastrohepático · A cavidade abdominal é dividida por quatro planos: dois horizontais e dois verticais, delimitando as regiões: · Hipocôndrio direito, epigástrio, hipocôndrio esquerdo, flanco direito, mesogástrio, flanco esquerdo, fossa ilíaca direita, hipogástrio e fossa iliaca esquerda Inspeção: · Deve ser realizada em decúbito dorsal com pernas estendidas · São observadas forma, volume e alterações cutaneas do abdome · Formato: · Globoso: fisiológico ou caracteriza ascite, obstrução intestinal, grandes tumores, hepatoesplenomegalia... · Ventre de batráquio: ascite · Pendular: gravidez · Avental: obesidade · Escavado · Simetria: · O abdome assimétrico é encontrado nas hepatoesplenomegalias, neoplasias, hernias de parede, megacolon e síndromes obstrutivas · Para distinguir se a massa está localizada na parede abdominal ou na cavidade abdominal, solicita para o pct realizar contrações musculares · Se a massa ficar melhor distinguida parede abdominal · Se a massa ficar pior distinguida cavidade abdominal · Equimoses: · Sinal de cullen hemorragia retroperitoneal, associada a gravidez ectópica ou pancreatite aguda · Sinal de Gray-Turner hemorragia retroperitoneal, pode ser encontrado em pancreatite necro-hemorrágica · Circulação colateral: · Obstrução do sistema venoso porta (cabeça de medusa) · Tipo veia cava inferior fluxo ascendente · Tipo veia cava inferior fluxo descendente · Ondas peristálticas: · Podem se tornar visíveis em pacientes com síndrome obstrutiva · Abdome rígido + peristatismo visível ondas de kussmaul = obstrução · Síndrome de Koenig ou tumor fantasma: crises de dor abdominal em cólica cuja intensidade aumenta em poucos minutos e desaparece rapidamente e muitas vezes de forma ruidosa estenose do intestino delgado Ausculta: · Ausculta dos sons gerados pela interface ar/líquido nas alças intestinais (ruídos hidroaéreos) · Melhor lugar para escutar é a fossa ilíaca esquerda · Deve ser realizada nos quatro quadrantes · Principais alterações a serem pesquisadas: · Presença de ruídos hidroaéreos (descrever intensidade ++++/IV) · Peristaltismo de luta: obstrução · Íleo paralitico: silêncio abdominal · Sopros: sugerem aneurismas e compressões arteriais Percussão: · É possível identificar presença de ar livre, líquidos e massas intra-abdominais · A técnica é digito-digital o examinador posiciona uma das mãos sobre o abdome e percute com o dedo indicador · Som normal: maciço (baço e fígado), timpânico (vísceras ocas) · Percussão normal: macicez hepática no hipocôndrio direito; timpanismo no espaço de Traube, timpanismo nas demais regiões · Massas abdominais sólidas ou liquidas (ascite) são maciços · Timpanismo generalizado pode indicar obstrução · Sinal de Jobert é o desaparecimento da macicez hepática indica presença de perfuração de víscera oca em peritônio livre · Semi circulo de SKODA: com o paciente em decúbito dorsal percute-se a região periumbilical do meio para as extremidades. Em casos de ascite, observa-se alteração no timpanismo · Macicez móvel: ocorre em casos de ascite de médio volume. Quando o pct está em decúbito dorsal o liquido acumula-se na região lateral do abdome, revelando timpanismo na região anterior, quando o pct posiciona-se em decúbito lateral, o liquido desloca-se para o mesmo lado, onde fica maciço e a região acima fica timpânica · Manobra de Papirote: útil para a palpação de uma ascite mais avançada. Realiza a percussão do lado direito do paciente enquanto a outra mão fica do lado esquerdo. Se houver líquidos, a mão esquerda capta os choques de ondas líquidas · O líquido da ascite se desloca, por isso no semi circulo de SKODA ele vai para a região mais inferior- seguindo a gravidade e no decúbito lateral se acumula som maciço onde ele se localiza Palpação: https://semiologiamedica.ufop.br/semio-videos · A palpação fisiológica é um abdome flácido, podendo ser: · Abdome plano, flácido, indolor a palpação · Abdome plano, flácido, doloroso a palpação · Palpação superficial: pesquisa de dor, hipersensibilidade, massas superficiais, nodulações... · Palpação profunda: pesquisa de visceromegalias, tumorações e dor · Pesquisa de sinais e pontos dolorosos: · Sinal de Murphy: o examinador toca o fundo da vesícula e solicita inspiração forçada do paciente · Positivo: se o pct reagir com contratura de defesa e interrupção da inspiração; dor a descompressão brusca · Sugere colecistite aguda · Sinal de Blumberg: · Comprime-se o ponto de McBurney · É positivo em todos os casos de irritação peritoneal · Dor nesse ponto pode indicar apendicite aguda · É positivo quando a dor ocorre durante a compressão e na descompressão; somente na descompressão não caracteriza o sinal · Sinal de Rosving: · Realiza-se palpação profunda e ascendente, desde o cólon descendente, seguindo a moldura do intestino grosso, levando ar em sentido contrário ao trajeto do bolo fecal até o apêndice · Pressão em rolamento no sentido ínfero-superior, partindo da fossa ilíaca esquerda seguindo o trajeto cólico, observa-se se o pct refere dor na fossa ilíaca direita · Sinal de apendicite · Sinal do Psoas: · Quando positivo é indicativo de irritação do músculo psoas, sendo um dos sinais de apendicite aguda · Posiciona-se o pct em decúbito lateral esquerdo, e o examinador deve realizar a hiperextensão passiva de membro inferior direito (ou flexão ativa contra a resistência) · Em caso de dor a hiperextensão ou flexão ativa o sinal é positivo · Sinal do Obturador: · É um dos sinaisde apendicite · Para realizá-lo, com o paciente em decúbito dorsal, faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, então procede-se com uma rotação interna da coxa · É um dos sinais de apendicite · Refere dor no hipogástrio quando positivo Palpação profunda: · Palpação do fígado: · Examinador com a mão esquerda na região lombar direita do pct tenta evidenciar o fígado para frente e com a mão direita espalmada sobre a parede anterior, tenta palpar a borda hepática anterior durante a inspeção profunda · Palpação do baço: · Normalmente não é palpável, exceto quando atinge suas ou três vezes seu tamanho normal · Examinador posiciona-se à direita do paciente e com a mão direita em garra tenta sentir o polo esplênico inferior durante a inspiração profunda próximo ao rebordo costal esquerdo Prosel Libahm Semiologia Locomotor Exame físico: Inspeção: · Estática: v Alteração da pele e fâneros: o Tufos pilosos: defeitos de fechamento do tubo neural o Neurofibromatose: manchas café c/leite v Aumento do volume articular o Osteosarcoma: tumor ósseo maligno o Art rite séptica: aumento do edema; geralmente monoarticular v Deformidades: o Osteoartrose o Escoliose à comum em mulheres · Dinâmica: v Amplitude de movimento: mov.ativo e passivo v Marcha à relacionado com o sistema nervoso Palpação: · Analisar se o pct tem dor em articu lação · Dor, hipertrofia, edema, nodulação, deformidades Mãos e punhos: Inspeção: · Analisar: desvios ou deformidades; nódulos (heberden – interfalangianas distais e bauchard – interfalangianas proximais ); hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo p/uma parte do corpo); coloração; simetria Palpação: · Pre se nça de dor, edema, nódulos Movimentos: · Punhos: pronação e supinação; flexão e extensão · Dedos: adução e abdução; flexão e extensão ; polegar e indicadores – pinça Prosel Libahm Semiologia Locomotor Exame físico: Inspeção: Estática: Alteração da pele e fâneros: o Tufos pilosos: defeitos de fechamento do tubo neural o Neurofibromatose: manchas café c/leite Aumento do volume articular o Osteosarcoma: tumor ósseo maligno o Artrite séptica: aumento do edema; geralmente monoarticular Deformidades: o Osteoartrose o Escoliose comum em mulheres Dinâmica: Amplitude de movimento: mov.ativo e passivo Marcha relacionado com o sistema nervoso Palpação: Analisar se o pct tem dor em articulação Dor, hipertrofia, edema, nodulação, deformidades Mãos e punhos: Inspeção: Analisar: desvios ou deformidades; nódulos (heberden – interfalangianas distais e bauchard – interfalangianas proximais); hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo p/uma parte do corpo); coloração; simetria Palpação: Presença de dor, edema, nódulos Movimentos: Punhos: pronação e supinação; flexão e extensão Dedos: adução e abdução; flexão e extensão; polegar e indicadores – pinça
Compartilhar