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1 Cíngulo do membro inferior (quadril): Formado por dois ossos do quadril (ossos coxais); Sínfise púbica: articulação onde os ossos do quadril se unem, a união da sínfise púbica forma as articulações sacoilíacas; Pelve óssea: estrutura profunda em forma de bacia, anel completo composto pelos ossos do quadril, sífise púbica, sacro e cóccix; A pelve óssea é um anel de ossos em forma de bacia que protege as partes distais dos tratos intestinal e urinário e os órgãos genitais internos; Conecta os ossos dos membros inferiores ao esqueleto axial. Os ossos do quadril são formados por ossos: ílio superior, púbis anterioinferior e ísquio posteroinferior. Sacro: formado pela fusão de cinco vértebras sacrais originalmente separas. Ílio: Maior dos três componentes do osso do quadril; Composto por uma asa superior e um corpo inferior; Corpo: um dos integrantes do acetábulo, encaixe para a cabeça do fêmur; Margem superior do ílio: crista ilíaca termina anteriormente em uma espinha ilíaca anterossuperior romba; Abaixo da espinha ilíaca anterossuperior há a espinha ilíaca anteroinferior; Posteriormente, a crista ilíaca termina em uma crista ilíaca posterossuperior aguda; Abaixo da espinha ilíaca posteroinferior está a incisura isquiática maior (passa nervo isquiático, junto com outros nervos e músculos); A face medial do ílio contém a fossa ilíaca (concavidade onde está fixado o tendão do musculo ilíaco); Posteriormente a fosse está à tuberosidade ilíaca, ponto de fixação para o ligamento sacrpilíaco, e a face auricular, que se articula com o sacro para formar a articulação sacroilíaca; Linha arqueada: projeta-se anterior e inferiormente à parte da face auricular; Acidentes notáveis do ílio: linha glútea posterior, linha glútea anterior e linha glútea inferior. Os músculos glúteos se fixam ao ílio entre as linhas. OBS: A contusão na margem superior do ílio e nos tecidos moles associados é chamada contusão da crista ilíaca ou avulsão de inserções musculares da crista ilíaca. Thaiz Helena Lopes da Rocha 2 Ísquio: Parte posteroinferior do osso do quadril; Formado por um corpo superior e um ramo inferior; Ramo: parte do ísquio que se funde com o púbis; Acidentes anatômicos do ísquio englobam a proeminente espinha isquiática, a incisura isquiática menor abaixo da espinha e um túber isquiático rugoso espesso. O ramo e o púbis juntos circundam o forame obturado, maior forame do esqueleto. OBS: o forame é chamado assim porque, mesmo que vasos sanguíneos e nervos passem por ele, ele é quase completamente fechado pela fibrosa membrana obturadora. Púbis: Osso púbico, parte anteroposterior do osso do quadril; Ramos que compõem o púbis: ramo superior, ramo inferior e corpo; Crista púbica: margem anterossuperior do corpo, em sua extremidade lateral há uma projeção chamada tubérculo púbico (começo da linha pectínea); Sífise púbica: articulação entre os dois púbis dos ossos do quadril. Consiste em um disco de fibrocartilagem. Inferior a essa articulação, os ramos inferiores dos dois ossos púbicos formam o arco púbico. Acetábulo: fossa profunda formada pelo ílio, ísquio e púbis. Atua como um soquete que acolhe a cabeça redonda do fêmur. A união do acetábulo e da cabeça do fêmur forma a articulação do quadril; Na parte inferior do acetábulo há um entalhe profundo, a incisura do acetábulo, que forma um forame pelo qual passam vasos sanguíneos e nervos e que serve de ponto de inserção de ligamentos femorais. OBS: as linhas são importantes referenciais para a distinção das porções superior (maior ou falsa) e inferior (menor ou verdadeira) da pelve óssea. Pelve maior (falsa) e pelve menor (verdadeira): A pelve óssea é a dividida em porções superior e infeiror por um marco de delimitação chamado linha terminal (forma a abertura para a cavidade pélvica a partir do abdome); 3 Linha terminal: (por trás) promontório da base do sacro linhas pectíneas do púbis crista púbica sínfise púbica. A circunferência desse plano forma a linha terminal. Pelve maior (falsa): Parte da pelve óssea superior à linha terminal. Rodeada pelas vertebras lombares posteriormente, porções superiores dos ossos do quadril lateralmente e parede abdominal anteriormente. O espaço encerrado pela pelve maior é a parte do abdome inferior. Contém a parte superior da bexiga urinária (cheia) e o intestino grosso nos dois gêneros, e o útero, os ovários e as tubas uterinas na mulher; Pelve menor (verdadeira): Parte da pelve óssea inferior até a linha terminal. Apresenta uma abertura superior, uma abertura inferior e uma cavidade e é limitada pelo sacro e cóccix posteriormente, pelas porções inferiores do ílio e ísquio lateralmente e pelos ossos púbicos anteriormente; A pelve menor circunda a cavidade pélvica; A pelve menor contém o reto e a bexiga urinária nos dois gêneros, a vagina e o colo útero nas mulheres e a próstata nos homens; A abertura superior da pelve, circundada pela linha terminal, é a entrada da pelve menor; A abertura inferior da pelve é a saída da pelve menor, coberta pelos músculos do assoalho pélvico; Eixo pélvico: linha imaginária que segue a curvatura da pelve menor a partir do ponto central do plano da abertura superior da pelve até o ponto central do plano da abertura inferior da pelve. OBS: durante o nascimento, o eixo pélvico é a rota seguida pela cabeça do bebê conforme ele vai descendo pela pelve. 4 Pelves Feminina X Pelve Masculina: 5 6 Envelhecimento do tecido ósseo: Com o declínio do nível dos hormônios sexuais na meia-idade, especialmente após a menopausa, ocorre a diminuição da massa óssea, pois a reabsorção realizada pelos osteoclastos ultrapassa a deposição feita pelos osteoblastos; Na velhice, a perda óssea por reabsorção ocorre mais rápido do que o ganho (nos jovens a taxa de reabsorção e deposição é a mesma); Durante o envelhecimento ocorrem dois grandes efeitos sobre o tecido ósseo: perda de massa óssea e fragilidade; Desmineralização: resultado da perda de massa óssea, a qual consiste na perda de cálcio e outros minerais da matriz óssea extracelular; Fragilidade: decorre de uma taxa mais baixa da síntese de proteínas. A parte orgânica da matriz óssea confere ao osso resistência à tração. A perda dessa resistência faz com que os ossos se tornem mais frágeis e suscetíveis à fratura. Além disso, pode ocorrer deformidade, dor, diminuição da altura e perda dos dentes. Fraturas na pelves: Fraturas de pelve geralmente resultam de traumas de alta energia e, em cerca de 90% dos casos, há lesões associada. É necessário um impacto frontal de pelo menos 50 km/h ou lateral a 40 km/h para comprometer a integridade do anel pélvico. Cerca de 10% das fraturas pélvicas podem ser classificadas como “complexas”, caracterizando-se por instabilidade mecânica, hemodinâmica e presença de lesões em outros segmentos corporais. Lesões associadas: frequência de hemorragia subdural traumática, trauma raquimedular, hemotórax, pneumotórax, fraturas de costelas, contusão pulmonar, lesões de baço, lesões hepáticas, lesões renais e vesicais. Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA), choque persistente, coagulopatia, falência de múltiplosórgãos e sistemas, insuficiência renal aguda e sepse. Referências: CORDTS FILHO, Roberto de Moraes et al. Fratura de pelve: um marcador de gravidade em trauma. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 38, n. 5, p. 310-316, 2011. MOORE, Keith L. et al. Anatomia Orientada para Clínica. Guanabara Koogan, 2019. TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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