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OSSOS DA FACE Músculos da mímica e mastigação NEUROCRÂNIO: Invólucro para o cérebro e meninges, partes proximais dos nervos cranianos e vasos sanguíneos. Ossos: Frontal, occipital, esfenoide, etmoide, temporal* e parietal*. VISCEROCRÂNIO: Esqueleto da face – ossos que circundam a boca e o nariz e que contribuem para as órbitas. Ossos: Mandíbula, vômer, etmoide, zigomático*, maxila*, palatino*, nasal*, lacrimal* e concha nasal inferior*. Na posição anatômica a margem inferior da órbita e a margem superior do meato acústico externo estão no mesmo plano orbitomeatal horizontal (Frankfort). VISCEROCRÂNIO Compreende os ossos da face que se desenvolvem principalmente no mesênquima dos arcos faríngeos embrionários – forma a parte anterior do crânio e consiste nos ossos que circundam a boca (maxila e mandíbula), nariz/cavidade nasal e a maior parte das órbitas (cavidades orbitais). 15 ossos irregulares: • Três ossos ímpares, centralizados ou situados na linha mediana – mandíbula, etmoide e vômer. • Seis ossos pares bilaterais – maxilas, conchas nasais inferiores, zigomáticos, palatinos, ossos nasais e lacrimais. MANDÍBULA Osso em formato de U, que tem um processo alveolar (gonfose), que sustenta os dentes mandibulares. Consiste em uma parte horizontal – corpo, e uma parte vertical – ramo. Forames mentuais – nos quais passam os nervos e vasos mentuais. Protuberância mentual, que forma a proeminência do queixo (mento), é uma elevação óssea triangular situada na porção inferior à sínfise da mandíbula. Na região posterior possui diversos acidentes ósseos, nos quais se inserem os músculos que compõem o soalho bucal. Espinha mentoniana (geniana): Par de espinhas próximas à sínfise. Fossa digástrica: Pouco abaixo das espinhas mentais. Fóvea sublingual: Acima da linha milo-hioidea. Fóvea submandibular: Abaixo da linha milo- hioidea. Linha milo-hioidea: Oblíqua interna. Forame mandibular – local de entrada de nervos e vasos (alveolares inferiores – ramos do trigêmeo), que atravessam anteriormente a mandíbula e saem pelos forames mentuais. ATM (articulação temporo-mandibular): Formada pelo processo coronoide, incisura central e processo condilar. Fraturas: Em geral são duplas e frequentemente em lados opostos – mais comum que ocorra no ângulo, podendo acometer a cavidade óssea ou o alvéolo do terceiro molar. VÔMER Osso ímpar, fino e plano, que forma a parte póstero- inferior do septo nasal, com alguma contribuição das cristas nasais da maxila e do palatino. Articula- se com 6 ossos: esfenoide, etmoide, maxilares e palatinos. ZIGOMÁTICOS Osso par, que forma as proeminências das bochechas – situa-se nas paredes ínfero-laterais das órbitas, apoiados nas maxilas. Forma parte da parede lateral e soalho da órbita. Articula-se com 4 ossos: frontal, esfenoide, temporal e maxila. Face malar: Convexa, que possui um forame zigomaticofacial – passagem de nervo e vasos zigomaticofaciais. Face temporal: Côncava. Face orbital: Forma parte do soalho e parede lateral da órbita. Processo frontal: Articula-se com o frontal. Processo maxilar: Articula-se com a maxila. Processo temporal: Articula-se com o temporal. Arco zigomático: Processo temporal do osso zigomático + processo zigomático do osso temporal. MAXILA Osso par, que forma o esqueleto o arco dental superior – seus processos alveolares incluem cavidades dos dentes e constituem o osso que sustenta os dentes maxilares. As duas maxilas são unidas pela sutura intermaxilar no plano mediano. Circundam a maior parte da abertura piriforme e formam as margens infraorbitais medialmente – formam 4 cavidades: teto da cavidade bucal, soalho e parede lateral do nariz, soalho da órbita e seio maxilar. Articula-se com 9 ossos: frontal, etmoide, nasal, zigomático, concha nasal inferior, lacrimal, palatino, vômer e maxila do lado oposto. Forame infraorbital: Passagem do nervo e vasos infraorbitais. Face orbital: soalho da órbita. Processo frontal: Forte lâmina que parte do limite lateral do nariz. Processo zigomático: Separação das faces anterior, infratemporal e orbital. Processo alveolar: Cavidades para recepção dos dentes. PALATINO Forma a parte posterior do palato duro, parte do soalho e parede lateral da cavidade nasal e soalho da órbita. Tem uma porção vertical (lâmina perpendicular) e uma horizontal. Parte horizontal: Face nasal: Forma o soalho da cavidade nasal. Face inferior (palatina): Forma parte do palato duro. Borda anterior: Articula-se com a maxila. Borda posterior: Serve como inserção do palato mole e úvula. Borda medial: Articula-se com o osso palatino contralateral. Parte vertical: Face nasal: Articula-se com a concha nasal inferior e média. Face maxilar: Articula-se com a maxila. Borda anterior: Fina e irregular. Borda posterior: Articula-se com o osso esfenoide. Borda superior: Articula-se com o corpo do osso esfenoide. Processos: Piramidal – Articula-se com a maxila. Orbital – Articula-se com a maxila, esfenoide e etmoide, formando parte do soalho da órbita. Esfenoidal – Articula-se com o osso esfenoide. NASAL Osso par, que forma, juntamente com o do lado oposto, o dorso do nariz. Articula-se com 4 ossos: frontal, etmoide, maxila e nasal do lado oposto. Cavidade nasal: Entrada – narinas. Abrem-se posteriormente na parte nasal da faringe (nasofaringe) pelas coanas. É revestida por túnica mucosa, com exceção do vestíbulo nasal, que é recoberto por pele e pelos (vibrissas). Túnica mucosa: Está firmemente unida ao periósteo e pericôndrio dos ossos e cartilagens que sustentam o nariz – é contínua com o revestimento de todas as câmaras as quais as cavidades se comunicam: nasofaringe na parte posterior, seios paranasais nas partes superiores e laterais, saco lacrimal e túnica conjuntiva na parte superior. Área respiratória: Dois terços inferiores – o ar que passa por ela é aquecido e umedecido antes de atravessar o restante das vias respiratórias superiores até os pulmões. Área olfatória: Terço superior – contém o órgão periférico do olfato. A aspiração leva ar até essa área. Apresenta placa cribriforme no osso etmoide, na qual encontram-se as fibras nervosas do olfato. LACRIMAL Localiza-se na parte medial da órbita – é o menor e mais frágil osso da face. Articula-se com 4 ossos: Frontal, etmoide, maxila e concha nasal inferior. CONCHA NASAL INFERIOR Também chamado de corneto inferior, se estende horizontalmente ao longo da parede lateral da cavidade nasal e consiste em uma lamina de osso esponjoso, curvada em si mesmo. Articula-se com 4 ossos: Etmoide, maxila, lacrimal e palatino. Ajuda a formar o canal para o ducto nasolacrimal. Face medial: Convexa. Face lateral: Côncava. Borda superior – processos: Lacrimal, etmoidal e maxilar. Borda inferior: Livre e espessa. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL Múltiplas artérias superficiais e veias fazem a face ser ricamente vascularizada – maior parte delas é ramo da artéria carótida interna. A artéria carótida comum bifurca-se, ao nível do osso hioide, em carótida interna e carótida externa. Carótida externa: Irrita a maior parte dos tecidos moles da cabeça – emite vários ramos colaterais durante seu percurso ascendente – na altura do colo da mandíbula emite seus ramos terminais. Ramos colaterais da carótida externa: Ramos terminais da carótida externa: Artéria maxilar e temporal superficial. A artéria maxilar emite vários ramos colaterais e um terminal, supra a irritação das regiões profundas da face, inclusive dos dentes superiores e inferiores. Ramos colaterais da artéria maxilar: Artéria alveolar inferior, que emite ramos colaterais (milo- hioideo, dentais e peridentais e um ramo terminal – mentual). Artéria temporal superficial: Segue o trajeto ascendente, emite dois ramoscolaterais, sendo o mais importante a artéria transversa da face e dois ramos terminais – frontal e parietal. VASCULARIZAÇÃO VENOSA As veias faciais que seguem com as artérias são avalvulares. Veia jugular interna: Drena o sangue do cérebro, das partes superficiais da face e do pescoço. É diretamente contínua ao seio venoso transverso e começa no compartimento posterior do forame jugular, na base do crânio. Origem no bulbo superior. Veia temporal superficial: Une-se à veia maxilar posteriormente ao colo da mandíbula para formar a veia retromandibular. Veia retromandibular: Une-se à veia auricular posterior para formar a veia jugular externa. DRENAGEM LINFÁTICA INERVAÇÃO SENSITIVA NERVO TRIGÊMIO (V) Origina-se da face lateral da ponte do mesencéfalo – tem uma raiz motora e uma sensitiva. É responsável pela sensibilidade da face e motilidade dos músculos da mastigação. As raízes dão origem aos ramos: nervo oftálmico (sensitivo), nervo maxilar (sensitivo) e nervo mandibular (sensitivo). Nervo oftálmico: Atravessa a fissura orbital superior (junto com o III, IV e VI pares cranianos e veia oftálmica) e, ao chegar à órbita, fornece três ramos terminais: nasociliar, frontal e lacrimal. É responsável pela sensibilidade da cavidade orbital e seu conteúdo, enquanto o óptico é sensorial (visão). Nervo maxilar: Deixa o crânio através do forame redondo – cruza a fossa pterigopalatina para introduzir-se na fissura orbital inferior e penetrar na cavidade orbital, momento em que passa a se chamar nervo infraorbital. Nervo infraorbital: Inerva as partes moles (n. palpebral inferior), nariz (n. nasal) e lábio superior (n. labial superior) – ramo terminal (n. alveolar superior médio e o n. alveolar superior anterior). Nervos alveolares superiores: Emitem ramos que se anastomosam para constituírem o plexo dental superior. Nervo mandibular: Passa pelo forame oval e logo abaixo se ramifica como ramalhete, sendo que os dois ramos principais são o nervo lingual e alveolar inferior. Nervo lingual: Dirige-se para a língua, concedendo sensibilidade aos dois terços anteriores. Nervo alveolar inferior: Penetra no forame da mandíbula e percorre o interior até o dente incisivo central. Na altura do segundo pré-molar, emite um ramo colateral, nervo mentual, que emerge pelo forame mentual, dando sensibilidade às partes moles do mento. Se ramifica, porém seus ramos se anastomosam para constituir o plexo dental inferior, do qual partem os ramos dentais inferiores. Þ A parte motora do nervo mandibular inerva os músculos mastigatórios. INERVAÇÃO MOTORA NERVO FACIAL (VII) Constituído por uma raiz motora (nervo facial propriamente dito) e uma raiz sensitiva (nervo intermédio). à Músculos da expressão facial; à Sensação gustativa dos 2/3 anteriores da língua; à Realiza nova curvatura para baixo, saindo do crânio pelo forame estilomastoideo. à Fibras parassimpáticas para as glândulas submandibular e sublingual – glândulas lacrimais através do gânglio esfenopalatino. Penetra no meato acústico interno, encurva-se em sua trajetória formando o joelho do nervo fácil, onde haverá um gânglio sensitivo (gânglio geniculado). Após emergir do crânio ele dá um ramo para o ventre posterior do músculo digástrico, além de outro para o estilo-hioideo. Origina o nervo auricular posterior, que continua com a artéria homônima para a região posterior da cabeça, invernado o ventre occipital do músculo occipitofrontal. Segue anteriormente e é englobado pela parótida, formando o plexo intraparotídeo. Dá origem a 5 ramos: à Temporal; à Zigomático; à Bucal; à Marginal da mandíbula; à Cervical. MÚSCULOS DA MÍMICA à Possuem localização muito superficial; à Inserção e ação sobre a pele; à Inervação: nervo facial. MÚSCULOS PERIOCULARES E DO NARIZ MÚSCULO ORBICULAR DO OLHO Possui parte palpebral, parte orbital e parte lacrimal (profunda à parte palpebral). Origem: Margem orbital medial – ligamento palpebral. Inserção: Pele ao redor da margem da órbita – lâminas tarsais superior e inferior. Ação: Fechar as pálpebras – a parte palpebral faz com suavidade; a parte orbital, com firmeza (ato de piscar). MÚSCULO CORRUGADOR DO SUPERCÍLIO Origem: Parte orbital do músculo orbicular do olho e da proeminência nasal. Inserção: Pele da sobrancelha. Ação: Puxa a extremidade medial da sobrancelha para baixo (rugas verticais acima do nariz – interesse/preocupação). OBS.: Fica profundo ao músculo frontal. MÚSCULO PRÓCERO Origem: Final da fronte. Inserção: Dorso do nariz. Ação: Puxa a parte medial da sobrancelha pra baixo (enruga a pele sobre o dorso do nariz – desdém ou aversão). à Antagonista do músculo frontal. MÚSCULO FRONTAL Origem: Aponeurose epicrânica. Inserção: Pele das sobrancelhas. Ação: Eleva as sobrancelhas. MÚSCULO NASAL Origem: Maxila. Inserção: Cartilagens nasais. Ação: A porção transversa comprime as narinas e a porção alar dilata as narinas (esforço/raiva). MÚSCULOS DA BOCA ORBICULADOR DA BOCA Primeiro da série de esfíncteres associados ao sistema digestório – circunda a boca nos lábios, controlando a entrada e saída através da rima da boca. Importante na articulação (fala). Origem: Parte medial da maxila e mandíbula – face profunda da pele perioral e ângulo da boca (modíolo). Inserção: Túnica mucosa dos lábios. Ação: O tônus fecha a rima da boca; a contração fásica comprime e protrai os lábios (beijo) ou resiste à distensão (sopro). MÚSCULO BUCINADOR Retangular, plano e fino, que ocupa um plano mais profundo e medial – passa profundamente à mandíbula, de modo que está mais próximo da túnica mucosa da boca. Ativo ao sorrir, mantém as bochechas tensas, evitando pregueamento e lesão durante a mastigação. Origem: Mandíbula, processos alveolares da maxila e mandíbula e rafe pterigomandibular. Inserção: Ângulo da boca e orbicular da boca. Ação: Pressiona a bochecha contra os dentes molares; atua com a língua para manter o alimento entre as faces oclusais e fora do vestíbulo da boca. Resiste à distensão (sopro). MÚSCULO LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR E DA ASA DO NARIZ Origem: Processo frontal da maxila (margem ínfero- medial da órbita). Inserção: Cartilagem alar maior. MÚSCULO LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR Origem: Margem infraorbital. Inserção: Pele do lábio superior. Ação: Elevam e/ou evertem o lábio superior – aprofundam o sulco nasolabical (tristeza). MÚSCULO LEVANTADOR DO ÂNGULO DA BOCA Origem: Maxila infraorbital. Inserção: Ângulo da boca. Ação: Alarga a rima da boca ao sorrir. MÚSCULO RISÓRIO Origem: Fáscia parotídea e pele da boca. Inserçäo: Ângulo da boca. Ação: Abaixa a comissura labial bilateralmente para exprimir reprovação (tristeza). MÚSCULOS ZIGOMÁTICOS MAIORES: Origem: Face lateral do zigomático. Inserção: Ângulo da boca. Ação: Elevam a comissura labial bilateralmente para sorrir e unilateralmente em desdém. MENORES: Origem: Face anterior do zigomático. Inserção: Pele do lábio superior. Ação: Retraem (elevam) e/ou evertem o lábio superior; aprofundam o sulco nasolabial (tristeza). MÚSCULO DEPRESSOR DO LÁBIO INFERIOR Origem: Platisma e parte anterolateral do corpo da mandíbula. Inserção: Pele do lábio inferior. Ação: Retrai (abaixa) e/ou everte o lábio inferior (tristeza). MÚSCULO DEPRESSOR DO ÂNGULO DA BOCA Origem: Base anterolateral da mandíbula. Inserção: Ângulo da boca. Ação: Abaixa a comissura labial bilateralmente para exprimir reprovação. MÚSCULO MENTUAL Origem: Corpo da mandíbula. Inserção: Pele do queixo. Ação: Eleva e protrai o lábio inferior e eleva a pele do queixo em dúvida. MÚSCULO PLATISMA Origem: Fáscia superficial da região deltoidea e peitoral. Inserção: Mandíbula, pele do mento, ângulo da boca e músculo orbicularda boca. Ação: Abaixa a mandíbula e estende a pele da parte inferior da face e a do pescoço – tensão e estresse. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO MÚSCULO MASSETER Origem: Zigomático. Inserção: Ramo da mandíbula. Ação: Eleva e protrai a mandíbula. MÚSCULO TEMPORAL Origem: Osso temporal. Inserção: Processo coronoide da mandíbula. Ação: Eleva a mandíbula – suas fibras posteriores retraem a mandíbula. MÚSCULOS PTERIGOIDES LATERAL: Origem: Processo pterigoide do esfenoide. Inserção: Côndilo mandibular. Ação: Protrusão da mandíbula. MEDIAL: Origem: Processo pterigoide do esfenoide. Inserção: Ramo da mandíbula (face medial). Ação: Elevação da mandíbula. INERVAÇÃO Nervo mandibular – Raiz motora do nervo mandibular (NC V3).
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