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Tecido nervoso

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Tecido nervoso 
↳Tem dois componentes principais: os neurônios, e 
vários tipos de células da glia ou da neuroglia 
↳Anatomicamente, esse sistema é dividido em: sistema 
nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo e pela 
medula espinal, e sistema nervoso periférico (SNP), 
formado pelos nervos e gânglios nervosos 
Neurônios: 
 
→ Funções de detectar, transmitir, analisar e utilizar 
informações geradas pelos estímulos sensoriais; além 
disso, organiza e coordena quase todas as funções do 
organismo. 
→ São formados pelo corpo celular, ou pericário, 
constituído pelo núcleo e por parte do citoplasma 
Componentes: 
•Dendritos: prolongamentos que é o principal local para 
receber os estímulos do meio ambiente, de células 
epiteliais sensoriais ou de outros neurônios 
•Corpo celular ou pericário, que é o centro trófico da 
célula, onde se concentram organelas, e que também é 
capaz de receber estímulos 
•Axônio, prolongamento único especializado na 
condução de impulsos que transmitem informações do 
neurônio para outras células (nervosas, musculares, 
glandulares 
Classificação morfólogica: 
•Neurônios bipolares, que têm um dendrito e um axônio 
•Neurônios multipolares, que apresentam vários 
dendritos e um axônio 
•Neurônios pseudounipolares, que apresentam junto ao 
corpo celular um prolongamento único que logo se divide 
em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro 
para o SNC. 
 
→A maioria dos neurônios é multipolar; os bipolares são 
encontrados nos gânglios coclear e vestibular, na retina 
e na mucosa olfatória 
→Neurônios pseudounipolares: originam-se como 
bipolares e são vistos nos gânglios espinais, que são 
gânglios sensoriais situados nas raízes dorsais dos nervos 
espinais, e também nos gânglios cranianos. 
→ O sistema nervoso central está dividido em substância 
cinzenta, na qual se encontram os corpos celulares dos 
neurônios e células da glia, e substância branca, na qual 
estão os prolongamentos dessas células 
→No SNP os pericários são encontrados em gânglios e 
em alguns órgãos sensoriais, como a mucosa olfatória. 
Classificação funcional: 
•Motores controlam órgãos efetores, tais como glândulas 
exócrinas e endócrinas e fibras musculares. 
•Sensoriais recebem estímulos sensoriais do meio 
ambiente e do próprio organismo. 
•Interneurônios estabelecem conexões entre neurônios, 
sendo, fundamentais para a formação de circuitos 
neuronais desde os mais simples até os mais complexos. 
Corpo celular: 
 
 As setas indicam um espesso prolongamento. O tecido 
em torno do neurônio é constituído por grande quantidade 
de prolongamentos de outros neurônios e de células da 
glia, que não podem ser individualizados neste tipo de 
preparado. Os outros núcleos pertencem, em sua maioria, 
a células da glia e, em menor número, a células endoteliais 
de capilares. 
→O corpo celular, ou pericário, é a porção do neurônio 
que contém o núcleo e o citoplasma 
→É, principalmente, um centro trófico, mas também tem 
função receptora e integradora de estímulos 
→Cada núcleo tem, em geral, apenas um nucléolo, grande 
e central 
→O corpo celular dos neurônios é rico em retículo 
endoplasmático granuloso que varia com o tipo e o 
estado funcional dos neurônios, sendo mais abundante 
nos maiores, particularmente nos motores. 
→Em determinados locais, os pericários contêm grânulos 
de melanina, pigmento de significado funcional ainda 
desconhecido nesse tipo celular. 
O complexo de Golgi localiza-se exclusivamente no 
pericário e é formado por vários grupos de cisternas 
localizados em torno do núcleo 
As mitocôndrias existem em quantidade moderada no 
pericário, mas são encontradas em grande número nas 
terminações axonais. 
Os neurofilamentos são filamentos intermediários, 
abundantes tanto no pericário como nos 
prolongamentos. 
 
Axônios: 
→Cada neurônio emite um único axônio 
→Trecho curto e é importante para a geração do 
impulso nervoso, fato que se deve à existência de grande 
quantidade de canais iônicos para Na+ em sua membrana 
plasmática. 
→Origina-se de uma pequena formação cônica que se 
projeta do corpo celular, denominada cone de 
implantação 
→O trecho do axônio que parte do cone de implantação, 
denominado segmento inicial, não é recoberto por 
mielina 
→O segmento inicial recebe muitos estímulos, tanto 
excitatórios como inibitórios, e pode originar-se um 
potencial de ação. 
→A propagação do potencial de ação ao longo da 
membrana do axônio é o impulso nervoso 
→O citoplasma do axônio, ou axoplasma, é muito pobre 
em organelas. 
→Não tem retículo endoplasmático granuloso e de 
polirribossomos sendo mantido pela atividade sintética do 
pericário. 
→O centro de produção de proteínas é o pericário, e as 
moléculas sintetizadas migram pelos axônios, movimento 
chamado fluxo anterógrado, e há também o fluxo 
retrógrado, que leva moléculas diversas para serem 
reutilizadas no corpo celular. 
→Muitos axônios originam ramificações em ângulo reto 
próximo a sua terminação, denominadas colaterais. Em 
geral, a terminação é muito ramificada e se chama 
telodendro. Nele se concentram pequenas dilatações do 
citoplasma, denominadas botões sinápticos ou botões 
terminais 
Potencial de membrana: 
→O interior da membrana plasmática é negativo em 
relação ao seu exterior. 
→A diferença de potencial elétrico que as faces internas 
e externas na membrana de um neurônio que não está 
transmitindo impulsos denomina-se Potencial de repouso 
→O potencial de repouso depende da presença de 
moléculas carregadas eletricamente 
→Há uma concentração maior de sódio (Na+) no exterior 
da célula e de potássio (K+) no interior. 
→O potencial de repouso é mantido, em grande parte, 
por canais iônicos e bombas de transporte iônico. Assim, 
pode-se dizer que Na+ é transportado continuamente 
para fora da célula e K+ para dentro. 
→Estímulos sobre a membrana plasmática de um 
neurônio, causados por sinalização transmitida nas 
sinapses, podem provocar a entrada de íons e a 
consequente despolarização e/ou inversão da polaridade 
do potencial de repouso no local da recepção da 
sinalização. 
→A somatória dessas sinalizações ocorridas na membrana 
dos dendritos e do pericário pode resultar na produção 
de um pico de despolarização denominado potencial de 
ação, cuja característica é a sua propagação ao longo da 
membrana plasmática do axônio. 
O potencial de ação se forma pela entrada súbita de íons 
Na+ em um local da membrana, alterando a polarização 
local. 
⇣ 
Após a passagem do potencial de ação e a entrada local 
de Na+, ocorre a reversão do potencial, com seu retorno 
ao potencial de repouso, e os íons Na+ rapidamente são 
transportados para fora da célula por meio de bombas e 
transportadores. 
⇣ 
A reversão do potencial de ação em um potencial de 
repouso também se propaga ao longo da membrana em 
seguida à onda de propagação do potencial de ação 
⇣ 
A chegada do potencial de ação à terminação axonal 
resultam na transmissão de informação a outra célula por 
intermédio de uma estrutura denominada sinapse. 
Os anestésicos de ação local atuam sobre os axônios. 
Seu principal modo de atuação é por bloqueio dos canais 
de Na+ da membrana plasmática dos axônios, inibindo 
seu transporte e, consequentemente, a transmissão do 
potencial de ação responsável pelo impulso nervoso. 
Assim, são bloqueados os impulsos que seriam 
interpretados no cérebro como sensação de dor, 
pressão, tato e outros. 
Sinapses: 
→São locais de grande proximidade entre neurônios, 
responsáveis pela transmissão unidirecional de sinalização 
Sinapses elétricas: 
→Constituídas por junções comunicantes 
→Possibilitam a passagem de íons de uma célula para a 
outra, promovendo, assim, uma conexão elétrica e a 
transmissão de impulsos 
→As sinapses elétricas são mais rápidas, porém com 
menor possibilidade de controle. 
→Existem em vários locais do SNC 
Sinapse química 
 →predomina sobre o outrotipo 
→Um sinal representado pela chegada de um potencial 
de ação (impulso nervoso) ao terminal axonal é 
transmitido a outra célula por sinalização química., através 
de neurotransmissores, que são liberadas para o meio 
extracelular por exocitose. 
→Os neurotransmissores geralmente são sintetizados no 
corpo celular do neurônio e transportados até os botões 
sinápticos, onde são armazenados nas vesículas 
sinápticas. 
→A maioria dos neurotransmissores são aminas, 
aminoácidos ou pequenos peptídios (neuropeptídios). 
Porém, outros tipos de moléculas e até compostos 
inorgânicos, como o gás óxido nítrico, são utilizados pelos 
neurônios como neurotransmissores. 
 
 
Os neurotransmissores são exocitados entre as células 
que formam a sinapse e, para que possam agir, devem 
ser reconhecidos por receptores situados na membrana 
da célula que recebe a informação. 
⇣ 
Nessa membrana, os neurotransmissores promovem 
abertura ou fechamento de canais iônicos, ou 
desencadeiam uma cascata molecular no citoplasma, que 
resulta na produção de segundos mensageiros 
intracelulares. 
⇣ 
A sinapse de um axônio com o corpo celular de outro 
neurônio chama-se axossomática; a sinapse com um 
dendrito chama-se axodendrítica; e entre dois axônios 
chama-se axoaxônica 
Estrutura da sinapse: 
→Constituída por: um botão terminal ou sináptico, cuja 
membrana denomina-se membrana pré-sináptica; a 
membrana da célula que recebe a sinapse, chamada de 
membrana pós-sináptica; e um delgado espaço entre a 
membrana pré e pós-sináptica, a fenda sináptica 
Sequência da transmissão de sinalização nas sinapses 
químicas 
A despolarização que se propaga ao longo da membrana 
celular do axônio alcança o terminal axonal e promove a 
abertura de canais de cálcio na membrana dos botões 
sinápticos. 
⇣ 
Há um rápido influxo de cálcio para o citosol do botão 
sináptico, que provoca o transporte das vesículas 
sinápticas para a proximidade da membrana pré-sináptica, 
o qual depende de proteínas motoras, como a quinesina. 
⇣ 
 Na membrana pós-sináptica, as vesículas aderem 
preferencialmente a regiões da membrana denominadas 
zonas ativas, devido à atuação de várias moléculas. 
⇣ 
Nesses locais, ocorre a fusão das vesículas com a 
membrana pré-sináptica e a exocitose do 
neurotransmissor, que se dispõe no estreito espaço da 
fenda sináptica 
⇣. 
A fusão das vesículas depende de várias moléculas, entre 
as quais proteínas da família SNARE 
 
Células da neuróglia: 
→Neuróglia ou glia incluem-se vários tipos celulares 
encontrados no SNC ao lado dos neurônios que ajudam 
a isolar, apoiar e nutrir os neurônios. 
→As várias células da glia são formadas por um corpo 
celular e por seus prolongamentos. 
→Formam o conjunto das células da 
glia: oligodendrócitos, astrócitos, células 
ependimárias e células da micróglia 
→Pode ser considerado neste grupo células do SNP que 
exercem funções similares às da neuróglia: as células de 
Schwann e as células satélites de neurônios ganglionares. 
 
Oligodendrócitos e células de Schwann: 
→Os oligodendrócitos, por meio de seus prolongamentos, 
que se enrolam várias vezes em volta dos axônios, 
produzem as bainhas de mielina, que isolam os axônios 
emitidos por neurônios do SNC 
→Cada oligodendrócito pode emitir inúmeros 
prolongamentos, e cada um reveste um curto segmento 
de um axônio. 
→Um axônio é revestido por uma sequência de 
prolongamentos de diversos oligodendrócitos. 
→As células de Schwann, presentes no SNP, têm a 
mesma função dos oligodendrócitos; no entanto, cada 
uma delas forma mielina em torno de um curto 
segmento de um único axônio 
→Os oligodendrócitos emitem vários prolongamentos que 
se enrolam em torno de segmentos de diferentes 
axônios 
 
Astrócitos: 
→Células de forma estrelada com múltiplos 
prolongamentos irradiando do corpo celular. 
→Têm muitos feixes de filamentos intermediários 
constituídos pela proteína fibrilar ácida da glia 
→Além da função de sustentação dos neurônios, os 
astrócitos participam do controle da composição iônica e 
molecular do ambiente extracelular. 
→Alguns apresentam prolongamentos, chamados de pés 
vasculares, que se dirigem para capilares sanguíneos e 
se expandem sobre curtos trechos deles 
→Admite-se que esses prolongamentos transfiram 
moléculas e íons do sangue para os neurônios. 
→Participam da regulação de diversas atividades dos 
neurônios 
Comunicam-se por meio de junções comunicantes, 
formando uma rede por onde informações podem 
transitar de um local para outro, alcançando distâncias 
relativamente grandes dentro do SNC. 
⇣ 
Por essa rede e pela produção de citocinas, os astrócitos 
podem interagir com oligodendrócitos e influenciar a 
renovação da mielina, tanto em condições normais como 
patológicas. 
→Podem influenciar a atividade e a sobrevivência dos 
neurônios, graças à sua capacidade de controlar os 
constituintes do meio extracelular, absorver excessos 
localizados de neurotransmissores e sintetizar moléculas 
neuroativas, como peptídios da família do 
angiotensinogênio e encefalinas (precursores de 
opioides) 
Astrócito fibroso: 
→Têm prolongamentos menos numerosos e mais 
longos, e se localizam na substância branca 
 
Astrócitos protoplasmáticos: 
→Encontrados principalmente na substância cinzenta, 
apresentam maior número de prolongamentos, curtos e 
muito ramificados 
 
Os espaços deixados pelos neurônios mortos do SNC 
em razão de doenças ou acidentes são preenchidos pela 
proliferação e aumento de número (hiperplasia) e pela 
hipertrofia (aumento de volume) dos astrócitos, um 
processo denominado gliose. 
Micróglia: 
→As células da micróglia são pequenas e alongadas, com 
prolongamentos curtos e irregulares 
→As células da micróglia são fagocitárias e derivam de 
precursores que provavelmente penetraram no SNC 
durante a vida intrauterina. 
→As células da micróglia participam da inflamação e da 
reparação do SNC. 
Quando ativadas, elas retraem seus prolongamentos, 
assumem a forma dos macrófagos e tornam-se 
fagocitárias e apresentadoras de antígenos 
Na esclerose múltipla, as bainhas de mielina são 
destruídas, causando diversos distúrbios neurológicos. 
Nessa doença, os restos de mielina são removidos pelas 
células da micróglia, que têm função semelhante aos 
macrófagos 
Sistema nervoso central: 
Cérebro, cerebelo e medula espinal mostram regiões 
esbranquiçadas, chamadas de substância branca, e 
regiões acinzentadas, que constituem a substância 
cinzenta. Essa diferença de cor se deve principalmente à 
distribuição da mielina, presente nos axônios mielinizado 
 
Substância cinzenta 
→É formada principalmente por corpos celulares dos 
neurônios, dendritos, porções iniciais não mielinizadas dos 
axônios e células da glia. 
→Local do SNC onde ocorrem as sinapses entre 
neurônios. 
→Predomina na camada superficial do cérebro, 
constituindo o córtex cerebral 
Substância branca: 
→Prevalece nas partes mais centrais do órgão 
→Encontram-se vários aglomerados de neurônios, 
formando ilhas de substância cinzenta denominadas 
núcleos (p. ex., núcleo caudado, núcleo amigdaloide). 
→No cerebelo, a substância branca se dispõe no centro 
do órgão e forma os eixos das folhas, enquanto a 
substância cinzenta se dispõe na periferia, isto é, na 
superfície das folhas, onde forma o córtex cerebelar 
→O córtex cerebelar tem três camadas a molecular, mais 
externa; a central, formada por neurônios de grandes 
dimensões chamados de células de Purkinje; e a 
granulosa, que é a mais interna 
 
Em cortes transversais da medula espinal, observa-se que 
as substâncias branca e cinzenta localizam-se de maneira 
inversa à do cérebro e cerebelo: externamente está a 
substância branca, e internamente, a substância cinzenta 
Meninges: 
→O SNC está contido e protegido na caixa craniana e no 
canal vertebral, envolvido por membranas de tecido 
conjuntivo chamadas de meninges 
→Elas são formadas por trêscamadas, que, do exterior 
para o interior, são as seguintes: dura-
máter, aracnoide e pia-máter 
Dura-máter: 
→Mais externa, constituída por tecido conjuntivo denso 
aderido ao periósteo dos ossos da caixa craniana. 
→O espaço epidural é o espaço entre a dura-máter e as 
paredes do canal vertebral, o qual contém tecido 
conjuntivo frouxo, tecido adiposo e plexo venoso. 
→Em todo SNC, a superfície da dura-máter em contato 
com a aracnoide constitui um local de fácil clivagem, onde 
em situações patológicas, pode acumular-se sangue 
externamente à aracnoide, constituindo o chamado 
espaço subdural, que não existe em condições normais. 
Aracnoide: 
→Apresenta duas partes: uma em contato com a dura-
máter e sob a forma de membrana, e outra constituída 
por traves que ligam a aracnoide à pia-máter. As 
cavidades entre as traves conjuntivas formam o espaço 
subaracnóideo, que contém líquido cefalorraquidiano 
(LCR) 
→Em alguns locais forma expansões que perfuram a 
dura-máter e provocam saliências em seios venosos, 
onde terminam como dilatações fechadas: as vilosidades 
da aracnoide, cuja função é transferir LCR para o sangue 
→É formada por tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos, 
e suas superfícies são todas revestidas pelo mesmo tipo 
de epitélio que reveste a dura-máter: simples 
pavimentoso 
→O espaço subaracnóideo, cheio de líquido, constitui um 
colchão hidráulico que protege o SNC contra 
traumatismos. 
Pia-máter: 
→É muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, 
embora não fique em contato direto com células ou 
fibras nervosas. 
→Os vasos sanguíneos penetram o tecido nervoso por 
meio de túneis revestidos por pia-máter, os espaços 
perivasculares. 
→A pia-máter deixa de existir antes que os vasos mais 
calibrosos se transformem em capilares. Os capilares do 
SNC são totalmente envolvidos pelos prolongamentos 
dos astrócitos.. 
 
Células ependimárias 
→São células cúbicas ou colunares que, de maneira 
semelhante a um epitélio, revestem os ventrículos do 
cérebro e o canal central da medula espinal 
→Em alguns locais, as células ependimárias são ciliadas, o 
que facilita a movimentação do líquido cefalorraquidiano 
(LCR). 
 
Plexo coroides e liquido cefalorraquidiano 
→Os plexos coroides são compostos por pregas da pia-
máter ricas em capilares fenestrados e dilatados, situados 
no interior dos ventrículos cerebrais. 
→São constituídos pelo tecido conjuntivo frouxo da pia-
máter, revestido por epitélio simples, cúbico ou colunar 
baixo, cujas células são transportadoras de íons 
→A principal função dos plexos coroides é secretar o 
LCR, que é importante para o metabolismo do SNC e o 
protege contra traumatismos. 
→No adulto, a quantidade de LCR é estimada em 140 mℓ. 
É produzido de modo contínuo, o que explica a saída 
constante de líquido nas lesões cranianas que alcançam a 
aracnoide. 
→O LCR é absorvido pelas vilosidades aracnoides, 
passando para os seios venosos cerebrais (no SNC não 
existem vasos linfáticos). 
A obstrução do fluxo de LCR, qualquer que seja a causa, 
resulta no distúrbio denominado hidrocefalia. Essa 
condição patológica é caracterizada pela dilatação dos 
ventrículos do encéfalo produzida pelo acúmulo do 
líquido. A hidrocefalia pode também ser decorrente de 
uma diminuição na absorção de LCR pelas vilosidades 
aracnóideas ou, mais raramente, de um tumor do plexo 
coroide que produza excesso de LCR. 
Barreira hematencefálica: 
→Barreira estrutural e funcional que dificulta a passagem 
de diversas substâncias, como antibióticos, agentes 
químicos e toxinas, do sangue para o tecido nervoso. 
→Seu principal componente estrutural são as junções 
oclusivas entre as células endoteliais. 
Fibras nervosas: 
→Conjunto formado por um axônio e sua bainha 
envoltória. 
→Todos os axônios do tecido nervoso do adulto são 
envolvidos por uma célula envoltória. 
Fibras mielínicas: 
→Nos axônios mais calibrosos, a célula de Schwann (no 
SNP) ou os prolongamentos de oligodendrócitos (no 
SNC) enrolam-se em várias voltas em torno do axônio. 
→A espessura da bainha de mielina é proporcional ao 
diâmetro do axônio, mas é constante ao longo de um 
mesmo axônio 
→As porções de membrana da célula envoltória, que se 
prendem internamente ao axônio e externamente à 
superfície da célula envoltória, constituem o mesaxônio 
interno e o mesaxônio externo 
 
 Sequência da formação de mielina pela membrana da 
célula de Schwann. A célula de Schwann se aproxima do 
axônio, e um prolongamento da célula em forma de lâmina 
gradualmente o envolve em várias voltas. Durante esse 
processo, o citoplasma da célula de Schwann é 
comprimido, restando as suas membranas, que formam a 
bainha de mielina em torno do axônio. Acompanhe a 
formação dos mesaxônios interno e externo. 
→No SNP o axônio é revestido por uma sequência linear 
de células de Schwann. Nessa sequência há espaço entre 
células, chamadas de nódulos de Ranvier, 
Fibras amielínicas: 
→Axônios de pequeno diâmetro são envolvidos por uma 
única dobra da célula envoltória, constituindo as fibras 
nervosas amielínicas ou amielinizadas. 
→No SNP as fibras amielínicas são também envolvidas por 
células de Schwann. 
Sistema nervoso periférico: 
→Seus componentes são os nervos, feixes de fibras 
nervosas envolvidas por tecido conjuntivo, e os gânglios, 
acúmulos de corpos celulares de neurônios 
Nervos: 
→Os feixes de fibras nervosas que constituem os nervos 
são formados por axônios, cada um envolvido por uma 
sequência de células de Schwann revestidas por uma 
lâmina basal. 
→Devido ao seu conteúdo em mielina e colágeno, os 
nervos são em geral esbranquiçados. 
→Nos nervos calibrosos as fibras nervosas estão divididas 
em feixes de diferentes espessuras, separados por 
lâminas de tecido 
→Os nervos calibrosos são externamente revestidos por 
uma faixa de tecido conjuntivo, chamada de epineuro 
 
 
→Nervos delgados, no interior de órgãos, são revestidos 
pelo tecido conjuntivo que forma o estroma do órgão, 
pois não têm revestimento próprio. 
→O feixe único ou o conjunto de feixes de fibras 
nervosas de um nervo são envolvidos por uma bainha 
chamada perineuro 
→Entre as fibras nervosas individuais, há camada de tecido 
conjuntivo constituída principalmente por fibras 
reticulares sintetizadas pelas células de Schwann, 
chamada endoneuro 
→Os nervos estabelecem a comunicação dos centros 
nervosos com os órgãos da sensibilidade e com os 
efetores (músculos, glândulas). A maioria é mista (nervos 
sensoriais e motores), formada por fibras mielínicas e 
amielínicas 
→Geralmente, os nervos contêm fibras aferentes e 
eferentes. 
→As aferentes levam para os centros superiores as 
informações obtidas no interior do corpo e no meio 
ambiente; 
→As eferentes levam impulsos dos centros nervosos 
para os órgãos efetores (músculos, glândulas) 
comandados por esses centros. 
Gânglios: 
→Acúmulos de pericários de neurônios localizados fora 
do SNC 
→Alguns gânglios reduzem-se a pequenos grupos de 
células nervosas situados no interior de determinados 
órgãos, constituindo os gânglios intramurais 
Gânglios sensoriais 
→Os gânglios sensoriais ou sensitivos recebem fibras 
aferentes, que levam impulsos da periferia para o SNC. 
→Há dois tipos: alguns são associados aos nervos 
cranianos – gânglios cranianos –, e a maioria se localiza 
nas raízes dorsais dos nervos espinais – gânglios espinais. 
Gânglios do sistema nervoso autônomo: 
→Os gânglios do SNA são, geralmente, formações 
bulbosas ao longo dos nervos. 
→Alguns localizam-se no interior de determinados órgãos, 
principalmente na parede do tubo digestivo, formando os 
gânglios intramurais. 
Sistema nervoso autônomo: 
→O sistema nervoso autônomo (SNA) relaciona-se com 
o controle da musculatura lisa, com a modulação do 
ritmo cardíaco e com a secreção de várias glândulas. 
→Sua função é ajustar diversas atividades do organismo, 
a fim de manter a homeostase 
→O SNA é ligado estrutural efuncionalmente ao sistema 
nervoso somático. 
→Conduz informação do SNC para órgãos efetores 
(musculatura lisa, musculatura cardíaca e glândulas). 
→O SNA é formado por duas divisões, distintas por sua 
anatomia e por suas funções: a divisão simpática, 
também chamada de sistema simpático, e a divisão 
parassimpática 
Anotações:

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