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Jurisdição (Autotutela, autocomposição, arbitragem)

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Teoria Geral do Processo 
Bibliografia:
- Teoria Geral do P. Civil (Ovídio Baptista)
- Novas linhas do Processo Civil (Marinoni)
- Teoria Geral do Processo (Ada Pellegrini; resumão)
- Teoria Geral do Processo (José Rosa Maria Tescheiner; linguagem fácil)
Jurisdição
Existem doutrinas que dizem que a jurisdição é um poder (autoridade) do Estado, outras relatam que é uma função (administrativa) do Estado. A maior parte dos estudiosos sobre a Teoria Geral do Processo concordam que a jurisdição é uma função do Estado (judiciário). 
A jurisdição existe para resolver conflitos. Estes conflitos surgem diante de divergências e choque de interesses entre partes. A medida que a humanidade foi se agrupando em maiores sociedades, consubstanciado à evolução tecnológica e ao surgimento do Estado, os conflitos são tutelados pela jurisdição. Antes do Estado, não existia jurisdição, e se não existia jurisdição, os conflitos eram diferentes.
Os conflitos, antes da jurisdição, eram resolvidos pela:
1. Autotutela: força coercitiva/conflito resolvido pela força (física ou moral);
OBS: Até hoje o Estado utiliza a autotutela. Exemplos -> legítima defesa, desforço necessário (direito de propriedade) e greve
2. Autocomposição: forma pacífica/diálogo/acordo (100% legitimado pelo Estado)
Acordo -> quando as partes do conflito cedem e o conflito acaba.
Desistência -> uma parte abre mão e cede ao outro.
A autocomposição tem que ser de iniciativa do indivíduo.
3. Jurisdição: método para resolver conflitos sociais pelo Estado (Juiz)
4. Arbitragem: privado, sigilo, prazo de 180 dias, atua em direitos disponíveis (facultativas). Atualmente, existem empresas que arbitraram para partes, contudo é privado e pago. 
Conflitos
Nem todos os conflitos são levados à jurisdição. Conflito juridicamente relevante: aqueles que ofendem bens tutelados pelo Estado.
Jurisdição
· Voluntária: Não há lide. Atividade exigida pelo Estado para a realização de alguns atos jurídicos. O conflito não está nas pessoas, e sim nos interesses do Estado.
Ex: Divórcio consensual de um casal que tenha filhos incapazes, em que apenas se aperfeiçoa o ato quando judicialmente homologado ao fim de um processo.
· Contenciosa: Há lide. Os envolvidos precisam do Estado para uma resposta para o conflito. Integra um negócio jurídico e possui finalidade de pacificar uma lide, ou seja, resolver um conflito de interesses qualificado pela resistência de um polo em face de pretensão contrária.
Ex: Um bem sendo disputado na justiça.
OBS: Lide -> Um conflito de interesses qualificados por uma pretensão resistida, discutida e/ou insatisfeita.
Interesse: relação entre pessoas e coisas/bens.
Bem da vida: bem em disputa em uma lide.
Para a corrente administrativista, a jurisdição voluntária é apenas uma atividade administrativa (executiva) do Estado, e não jurisidição. À jurisdição voluntária faltaria a substitutividade, que seria fundamental à jurisdição.
Substitutividade -> O que vale é a decisão do Juiz, ou seja, substituição da vontade das partes para as vontades do terceiro imparcial. Na jurisdição voluntária, o Juiz apenas consolida o interesse das partes.
Para a corrente jurisdicionalista, a jurisdição voluntária é jurisdição pois presentes os requisitos: terceiro imparcial (juiz) realizando o Direito pela vontade das partes. (MAJORITÁRIA).
Tipos de Jurisdição:
Quanto ao objeto:
 - Civil e Penal
Quanto ao órgão que a exerce:
- Comum e Especial
Quanto à hierarquia:
 - Superior ou Inferior
Quanto à fonte:
- De equidade (Brasil não permite) ou De direito
Características da jurisdição:
Inércia: não atua sem provocação dos interessados. O Estado só decide aquilo que foi levado à sua apreciação. Aderência ao pedido – princípio da congruência (pesquisar). Quem define os limites do pedido é a parte, e o juiz só pode julgar aquilo que a parte pediu. O Juiz não atua se não houver provocação. Quem inicia a ação judicial é o MP ou o indivíduo.
Juiz Natural: É um valor da jurisdição que decorre da carta dos Direitos Humanos. A jurisdição é anterior aos conflitos levados à sua apreciação. Todos os cidadãos têm direito a um tribunal pré-constituído e imparcial. A jurisdição é criada junto ao Estado, aguardando o conflito. O grau de previsibilidade da jurisdição tem que ser máximo. Veda os tribunais de exceção e obriga o devido processo legal.
Investidura: O julgador precisa estar investido da jurisdição para atuar em nome do Estado. A investidura é a nomeação normal do julgador.
Inafastabilidade: A jurisdição e inafastável – nem a lei pode excluir a sua participação na solução de lides. Uma vez dada, a resposta jurisdicional é obrigatória.
Inevitabilidade: Em poucos casos é obrigatório a busca pela justiça, mas uma vez proferida a decisão judicial ela não pode ser descumprida. Não se pode voltar atrás do direito adquirido (o direito é meu, ninguém tira), coisa julgada e a sentença/decisão são perfeitas. A decisão passa a ser inquestionável após “15 dias” de sua publicação (trânsito em julgado), desde que não sofra impugnações.
Indelegabilidade: o julgador não pode delegar a função jurisdicional a terceiros (não se pode passar a função de julgar a outros).
Unidade: A jurisdição brasileira é uma, ou seja, exercida igualitariamente em todo o território nacional. Para fins de organização, a jurisdição é distribuída de acordo com as necessidades de cada Estado, mas nunca dividida.
Indeclinabilidade: o julgador não pode delegar a função jurisdicional a terceiros. O Estado-juiz não pode entregar a função jurisdicional a outros poderes. 
Os casos de impedimento e suspeição não prejudicam essa característica, pois o conflito é entregue a outro julgador, imparcial, para a resposta jurisdicional. (desaforamanto)
Casos em que o Juiz é impedido de resolver o conflito:
- Juiz que atuou como mandatário da parte, perito, testemunha ou MP
- Juiz que decidiu em outro grau de jurisdição
- Juiz cônjuge ou parente até 3ºgrau do advogado, defensor público ou membro do MP
- Juiz parte no processo, ou cônjuge ou parente até 3º grau da parte
- Juiz sócio, diretor ou administrador de pessoa jurídica parte no processo
- Juiz herdeiro, donatário ou empregador da parte
- A parte é cliente do escritório do cônjuge ou parente até 3º grau do Juiz
- Juiz que promove outra ação contra a parte ou seu advogado
SITE USADO PARA PESQUISA: https://jus.com.br/artigos/53535/procedimentos-especiais-de-jurisdicao-voluntaria-no-novo-codigo-de-processo-civil

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