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Comunicabilidade e incomunicabilidade de elementares e circunstâncias

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Comunicabilidade e incomunicabilidade de elementares e circunstâncias
“Art. 30 – Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime”
Verbo comunicar: Valer para um e para o outro também.
Elementares (palavras que formam o tipo da lei; se eu tiro, desaparece o crime ou desclassifica para outro. Exemplo: art. 155 e art. 157)
· Caráter pessoal: próprio da pessoa
· Caráter objetivo: próprio do crime
Condições de caráter pessoal (art. 59, CP)
Características que acompanham o agente, independe do crime (muito envolvido com a pena-base da dosimetria)
Circunstância (influi na pena – agravante, atenuante, qualificadora, causa de aumento de pena)
· Subjetivo (caráter pessoal): ligado a motivação do agente que praticou o crime – motivo fútil ou torpe; relevante valor moral.
· Objetivo: ligado as formas que o agente praticou o crime; ligado ao material (local, tempo, meios de execução).
OBS: Você não pode ser responsabilizado por uma coisa que você não sabia.
Cada um tem a sua motivação e característica.
Caso seja uma elementar do crime, as circunstâncias se comunicam. 
· Ex: Tício é funcionário público e influencia Mévio, que não é funcionário público, a cometer o crime de corrupção passiva. Os dois serão indiciados pelo crime, mesmo Mévio não sendo funcionário público (pois esta palavra é uma elementar do crime, tirando-a, o crime inexiste).
· Ex: Cristina teve um bebê e, em estado puerperal, o enfermeiro Tício influencia a mãe a matar a criança. Os dois responderão pelo crime de infanticídio, pois o estado puerperal é uma elementar do crime, tirando a palavra torna-se apenas homicídio
Participação impunível
Art. 31 – Em regra, se um crime sequer foi tentado, ninguém será punido. Planejamento de crime não é ilícito no Brasil. Contudo, se 3 agentes se reunirem para realizar um crime, configura-se o art. 288 do CP.
Delação premiada
Lei especial nº 9807/99. Proteção de vítimas e testemunhas. Quem participa do crime se arrepende, faz um acordo e concorda em dar mais detalhes sobre o crime. Vai desde o perdão judicial ou uma redução na pena. A redução pode variar de 1/3 a 2/3. 
QUESTÕES
Ministério Público/PR. Sobre o tema de participação assinale a alternativa correta:
a) Ocorre a autoria colateral quando ações paralelas de agentes diversos lesionam o mesmo bem jurídico, como resultado de prévio planejamento conjuntos. (Cada um responde por sua conduta)
b) Na autoria mediata, o terceiro utilizado como instrumento pelo autor mediato para a prática do crime, pode ser um sujeito inimputável ou imputável, conforme a hipótese concreta.
c) No crime de peculato a qualidade de funcionário público do autor não se comunica (se comunica, pois é palavra elementar) ao partícipe que não é funcionário público, ainda que aquela qualidade seja de conhecimento deste último.
d) A punibilidade da participação, segundo a teoria da acessoriedade limitada, exige que a ação principal além de típica e antijurídica seja também culpável.
Das penas:
Conceito: “é a retribuição imposta pelo Estado em razão da prática de um ilícito penal e consiste na privação ou restrição de bens jurídicos determinada pela lei, cuja finalidade é a readaptação do condenado ao convívio social e a prevenção em relação a prática de novas infrações penais” – André Estevam.
Finalidade:
1) Teoria absoluta ou da retribuição: a pena é punição
2) Teoria relativa ou da prevenção: a pena é evitar novos crimes
3) Teoria mista ou conciliatória: Punir e prevenir; concilia as duas (adotado no BR)
Espécies de pena:
1) Preventivo
· Prevenção geral (para que o sujeito não cometa crime; leva o exemplo da lei) e especial (retira da coletividade para não cometer novos crimes)
2) Retributiva: punição proporcional ao mal que o agente causou, de acordo com os princípios constitucionais.
3) Reparatório: além de ficar preso, deve reparar o dano causado.
4) Readaptação: reeducação do preso; a volta ao convívio social.
Princípios relacionados às penas
- Princípio da legalidade (reserva legal) e anterioridade: art. 1ºdo CP e art. 5º, XXXIX -> não há crime sem lei anterior que define, nem pena sem prévia cominação legal. A lei penal tem que ser uma lei federal. Não pode fazê-lo por Medida Provisória ou Estadual/Municipal. A lei penal tem que seguir os trâmites da constituição. Nova lei penal ou mais grave não retroage para prejudicar indivíduos.

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