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1 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova A importância do rim O sistema renal está relacionado com filtração. Nós podemos relacionar outras funções com isso, mas o grande mecanismo é a filtração. Ao filtrar, o rim está querendo fazer uma depuração. Cerca de 20 a 25% do débito cardíaco é destinado para o rim, sendo a mesma quantia recebida pela massa muscular inteira (20-22%). Estamos colocando boa parte do nosso sangue para um único órgão. O rim filtra cerca de 180 litros de sangue por dia, que chegam através das artérias renais (uma de cada lado). Anatomia Cada rim pesa 120g. Retroperitoneais. 2 grandes partes: Córtex (parte mais externa. 1-1,5cm) e medula (parte mais interna). Ao chegar no rim, tem a pelve renal. Junto a pelve, tem a entrada de algumas coisas e a saída de outras. Hilo: Chega irrigação e sai a drenagem (ex. linfática) Córtex: série de estruturas microscópicas importantes. Não têm glomérulos na medula renal. Rim: Arteríola aferente, tudo de capilares glomerulares (fenestrados), arteríola eferente (boa camada muscular), capilares peritubulares. Outros lugares: Arteríola, capilar, vênula, veia. Depois de uma arteríola, vamos ter capilar sempre. Camadas de filtração: Capilares, membrana basal, podócitos. Fisiologia Unidade funcional do rim: Néfron (conjunto muito grande de células). Cápsula de Bowman, glomérulo, tufo de capilares glomerulares, sistema tubular (Túbulo Contorcido proximal, alça de Henle – parte descendente, ascendente fina, ascendente espessa -túbulo contorcido distal e ducto coletor). A região cortical é a mais irrigada. Irrigação do hilo vai ser toda direcionada para periferia. Na cápsula de Bowman vai acontecer essencialmente a filtração. Funções dos rins: Filtração (Destaque), reabsorção (um dos mecanismos mais importantes de operação que o rim vai fazer para realizar suas funções), secreção e excreção (1,5-2l). Outras funções: Função endócrina, equilíbrio ácido- básico, controle da homeostasia de líquidos corporais. A excreção da urina depende do tamanho da criatura e de quanto o indivíduo vai beber de água. Se 180 litros de plasma vão estar sendo filtrados, e você tem a excreção de cerca de 2l disso? O que que você destaca? Reabsorção (Mecanismo de destaque do rim). O rim também excreta, mas antes disso tem a secreção. Juntando todos esses mecanismos temos o rim cumprindo a sua função. Revisão geral Lembrando: os rins são órgãos retroperitoneais. O sangue chega até eles através das artérias renais. Destacadamente, precisamos saber as partes do rim: córtex (parte mais externa) e medula (parte mais interna). Chegando no rim, nós vamos ter ali a pelve renal, vamos ter a chegada de irrigação e a saída de drenagem (na parte do hilo). Em fisiologia temos o conceito de unidade funcional. Quando eu quero estudar a função de um sistema eu vou procurar a menor parte desse sistema, pois essa parte consegue me mostrar o que de mais interessante o sistema tem a me mostrar. Isso é a unidade funcional que pode ser para um sistema muito grande ou muito pequena ou um conjunto de coisas. Por exemplo, qual é a unidade funcional do sistema nervoso? É o neurônio. Qual a unidade funcional do sistema muscular? Sarcômero. Qual é a unidade funcional do rim? Néfron, que é um conjunto muito grande de células. Distribuição do sangue Artéria renal → artéria interlobar → ramo arqueado → interlobular → córtex. Aí vamos ter uma derivação importante que forma os capilares glomerulares, que estão dentro da cápsula de Bowman. Lá na cápsula de Bowman vai acontecer filtração. Para acontecer a filtração é necessário pressão, algo que é explicado pelas forças de Starling. Para que esse transporte algo para algum lugar é necessário pressão. Pense no glomérulo com uma grande cápsula cheia de capilares. Para que aconteça uma filtração é necessário que um líquido que entra aqui dentro chegue com uma determinada pressão. O rim funciona às custas de pressão arterial. Se no rim não chegar o sangue com pressão média de 60mmHg, temos uma tendência de parar o funcionamento renal. Função tubular e glomerular 2 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Forças de Starling 1. Pressão hidrostática capilar: dentro do vaso. Tenta empurrar para fora o líquido ou algo junto com ele. 2. Pressão oncótica capilar: dentro do vaso. Tenta puxar a água de volta. 3. Pressão hidrostática capsular: interior da cápsula de Bowman. Está sendo contrária a saída de líquido ou qualquer outra coisa de lá para o interior da cápsula. Não existe pressão oncótica capsular (não há filtração de proteínas). Se ela existisse, estaria puxando o líquido do vaso para lá. A filtração então depende exclusivamente da pressão hidrostática capsular e o determinante dessa pressão hidrostática é a pressão arterial. Quando a pressão arterial cai a níveis críticos temos a suspensão das funções renais. Por isso que quando o indivíduo está ensanguentado nos preocupamos em fazer uma reposição volêmica, porque sabemos que esse indivíduo pode “trancar os rins”. O trauma, o grande queimado (perda de água), a vasodilatação excessiva (pode levar ao choque) do sistema arterial também podem fazer isso. Toda vez que nós pensarmos em pressão, devemos pensar que as alterações podem estar sobre controle renal. Não é à toa que o rim está preocupado com o controle da pressão arterial de várias formas. O rim vai operar diversos mecanismos para controlar a pressão arterial. Pressão arterial é determinada por questões físicas (volume sanguíneo. Maior reabsorção de sódio → Conservação de mais água → Aumento da pressão) e fisiológicas. Sistema vascular do rim No tufo de capilares glomerulares, o sistema vascular para o sistema renal é: Arteríola aferente (antes do Polo arterial) deste capilar, tufo de capilares glomerulares (capilares bem diferentes), arteríola eferente. Isso é diferente de um leito vascular qualquer, pois em outros leitos vamos ter arteríola, capilar, vênula e veia. Aqui nós temos arteríola aferente, capilar, arteríola eferente, capilares peritubulares. Depois desses capilares peritubulares tudo volta normal. Teremos vênula e veia e etc. O rim tem a propriedade de autocontrole de sua pressão, ou seja, a pressão no rim não depende da pressão arterial. Ele pode dilatar a arteríola aferente e fazer a constrição da eferente, passando a ter um aumento de fluxo, aumentando a pressão, e por consequência a força hidrostática. Pode ser um controle do simpático (externo) ou pelo próprio rim. Uma das formas de perceber se está mais contraído ou relaxado vem em função de absorção e reabsorção de sódio e cloro. Se está acontecendo pouca reabsorção e absorção de sódio e cloro, deflagro o mecanismo que vai levar a contração de eferente e dilatação de aferente. Se a absorção tá boa, não precisa. Se eu já tiver absorção para além do que deveria, eu faço uma alteração contrária, como um meio de controlar a pressão aqui dentro e ter melhor a função de filtração. Aparelho justaglomerular Lá no túbulo contorcido distal, uma parte dele está colado com a arteríola aferente, tendo células diferentes chamadas de mácula densa, e lá na eferente vamos ter células justaglomerulares. A função disso é constituir um aparelho justaglomerular para tornar o rim relativamente independente no controle da pressão arterial, que vai resultar no controle do corpo como um todo. Absorvendo mais sódio, conserva água, aumentando a pressão. A pressão arterial é determinada por questões físicas e fisiológicas. Função tubular – foco da aula Como acontece o processo de reabsorção? Nem tudo será filtrado. Uma parte do sangue vai passar pelos capilares e vai embora. Essa parte que foi embora daqui a pouco vaipassar novamente e vamos conseguir filtrar essa passagem posteriormente. A cápsula de Bowman tem uma abertura por onde sai o túbulo contorcido proximal, no qual acontecerá a absorção de tudo que nos interessa. Tem coisas que foram filtradas simplesmente porque são pequenas demais, outras que além disso também porque são positivas, e outras que são relativamente grandes, mas de carga positiva. Nem tudo que é filtrado, será reabsorvido. 70% dessa reabsorção ocorre no túbulo contorcido proximal. A glicose será TODA reabsorvida (se conseguimos colocar a glicose adiante, significa que conseguimos saturar aquela porção de glicose, transportadores que a carreiam, como na DM, onde há excreção da glicose). Como a glicose é reabsorvida aí? Como a glicose é reabsorvida no trato GI? SGTL-1, “s” é de simporte, os dois vão no mesmo sentido. Quem vai? 1 mol de sódio + 1 mol de glicose. Tenho este corredor como o lúmen do túbulo. Forrando o túbulo temos as células epiteliais. Quando se falo em reabsorver, algo tem que sair do túbulo, entrar na célula epitelial, sair da célula, ir para o interstício, e depois cair nos vasos peritubulares. A proteína SGTL coloca no interior da célula sódio e glicose. E para sair, como é? Não esqueçam nunca mais: Bomba de sódio e potássio coloca sódio para o interstício e depois para o vaso. Há um canal de potássio que quando a célula está cheia de potássio, o joga para fora. 3 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova O transporte de glicose depende do transporte de sódio, mas este só aconteceu por causa da bomba. Isso acontece para praticamente tudo. Se você pensar nos aminoácidos, é assim que elas são reabsorvidas. Ninguém perde aminoácidos (exceto se você tiver um excesso de aminoácidos, com o consumo de whey, é claro que você fará xixi de aminoácidos). 70% de todo o sódio que é reabsorvido no nosso organismo, é absorvido aí no proximal. O sódio é um dos mais importantes cátions que nós temos no nosso organismo, sendo o mais importante cátion extracelular. Vai entrar para o vaso por meio de gradiente de concentração. Na célula eu preciso ter uma baixa de sódio, pois se eu tiver na célula uma carrada de sódio, ele não vai entrar, não vai conseguir vim por simporte. Então esse é um transporte ativo secundário. Dá um gradiente de concentração nessa célula para entrar sódio. Eu preciso zerar o sódio aqui, como é que eu vou zerar? Essa bomba precisa estar funcionante na membrana basolateral, ao longo de todas as células do sistema tubular. Todos os outros transportes dependem disso aí. Para fazê-la funcionar é preciso energia. O rim não descansa, pois opera muito para fazer a reabsorção. Absorção de sódio se dá pelo mecanismo de simporte. Através dele nós absorvemos várias outras coisas: aminoácidos, glicose, bicarbonato. A glicose sai da célula através do GLUT 2, como no TGI, O rim também vai realizar a troca de sódio por hidrogênio. O hidrogênio lá fora pode ser perdido, fazendo equilíbrio ácido-base OU podemos reagir com o bicarbonato, formando o ácido carbônico, que se dissocia depois em CO2 e água no lúmen. O CO2 entra na célula e lá reage novamente com a água, formando de novo o ácido carbônico, que depois forma de novo o bicarbonato. Se eu não fizesse isso, perderia o bicarbonato. Por que não existe uma bomba para isso? porque de fato pensou-se em gastar menos energia. À medida que a gente está absorvendo tanto bicarbonato, a carga negativa será atribuída apenas ao cloro. À medida que a água também vai sendo reabsorvida, eu não vou ter o menor problema com a reabsorção de cloro já que haverá um gradiente de concentração. Lá no final do túbulo contorcido proximal, eu tenho a reabsorção massiva de bicarbonato. O filtrado será composto pelo cloro, que depois disso com uma pressão eletrogênica, há a sua entrada na célula. Na medida que as cargas negativas entram, eu vou estabelecer o transporte de mais cargas positivas: cálcio, cloro e sódio. Quando passamos pelo túbulo contorcido proximal, ainda temos alguns solventes e água, e precisamos fazer agora a reabsorção de água na alça de Henly. Temos a alça descendente ainda funcionante no sentido de absorver água. Cada vez que se desce na medula temos uma concentração osmolar cada vez menor e aí vai acontecer a reabsorção de água. Temos então um mecanismo de conservação de água. Estamos agora na alça ascendente, e ela é praticamente impermeável à água. Nela termos de importante uma reabsorção de sódio que nos ajuda a reabsorver cloro e potássio. No túbulo contorcido distal, mais lá para frente ainda, na junção túbulo-ducto coletor, teremos a possibilidade de reabsorver água novamente, a partir do hormônio antidiurético, que aumentar a expressão de aquaporinas (proteína que vai no túbulo puxar a água e colocá-la para dentro da célula). Temos ainda a possibilidade de reabsorver sódio através da aldosterona, e aí teremos uma troca de sódio por potássio. Através desse sistema de reabsorção que teremos o controle do líquido intracelular, a composição catiônica e aniônica dos nossos compartimentos, e também a conservação de elementos que nos interessam. 4 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova 5 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Importante fazer um comparativo com a circulação sistêmica. Sempre que a gente imagina a circulação pulmonar, qual é o nosso ponto de partida? Via para troca gasosa entre os gases dissolvidos no sangue e o ar ventilado nos alvéolos. Sistema de BAIXA PRESSÃO. Importante para haver uma troca gasosa efetiva. Quando é feita uma circulação de mais alta pressão (circulação sistêmica), você tem alteração na velocidade do fluxo. Na Circulação pulmonar, a hemácia tem que passar lentamente, mas numa velocidade que permita que ela tenha uma assimilação adequada de oxigênio. Se ela passar de uma forma muito rápida, não vai ser possível fazer o link entre oxigênio e hemácia. Uma circulação de baixa pressão nos proporciona uma velocidade adequada para obtenção de O2. O nosso coração do lado direito, que vai bombear o sangue, vai conseguir fazer isso gerando menor força. É resultante de uma força menor de contração ventricular. Se nós tivéssemos uma circulação com uma grande resistência, nós teríamos que ter uma força de contração muito maior. Se for pra entender uma única coisa da aula hoje, entenda que a circulação pulmonar é um sistema de BAIXA PRESSÃO!! Objetivos da aula: Características de uma forma geral, resistência (aspecto importante), distribuição, regulação. Características Ventrículo direito → Tronco pulmonar → Pulmões → Veias pulmonares → Átrio esquerdo → Ventrículo esquerdo → Circulação sistêmica → Átrio direito → Ventrículo direito. Pequena circulação (pulmonar) Envolvimento do VD, que emite o fluxo de 5l/min para o tronco pulmonar (artéria pulmonar). Esse fluxo é direcionado para os pulmões, que volta pela parte venosa da circulação até chegar no AE. A pequena circulação (trajeto pequeno) é uma circulação enorme. No pulmão, a gente tem uma superfície de troca de mais ou menos 70m² - tamanho de uma quadra de tênis (entre capilar e alvéolo). Quando a gente tem uma área de superfície tão grande assim, isso nos proporciona uma menor velocidade de fluxo (proporciona uma melhor passagem da hemácia pelo capilar). Vamos ter uma hemácia por segundo passando pelo capilar. Entre o polo venoso até o polo arterial a nível do pulmão, nós vamos ter uma hemácia passando. O tempo de passagem da hemácia tem um link com o O2 da forma que deve, proporcionando uma boa saturação. Todas às vezes que a gente falar da pequena circulação, a gente tem quelembrar da malha de alvéolos, que ocasiona a troca gasosa. É importante lembrar também da baixa resistência. Grande circulação (sistêmica) Sistema arterial. Presença de uma bomba de funcionamento intermitente (VE, ductos elásticos (artérias) e um terminal de alta resistência (arteríolas). Uma continuidade das arteríolas para o capilar é o esfíncter pré- capilar. Nós temos uma rede atrial com uma boa massa muscular (uma vez mais constricta ou relaxada proporciona uma relação da resistência periférica). Pequena circulação: - Não temos essa massa muscular tão grossa quanto é a massa muscular das arteríolas e dos esfíncteres pré- capilares na circulação sistêmica. Pelo contrário, nós vamos ter todo o leito vascular bem delgado, principalmente as arteríolas. - Comparando com a grande circulação, a gente não tem tanta arteríola assim. Nós vamos ter um complementar dos menores vasos arteriais até chegar ao capilar, com um pouco mais de músculo, mas nada que imponha tanta resistência. - Grande área de troca e musculatura menor. - Baixa resistência. Circulação pulmonar 6 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Vasculatura pulmonar (99%) Temos na circulação pulmonar um fluxo de mais ou menos 5 litros por minuto, que não vai ser diferente do fluxo do lado esquerdo. Do lado esquerdo, o VE vai fazer um bombeamento de 5l/min, e o lado direito também. O que a gente chama de circulação pulmonar? Circulação pulmonar ou pequena circulação, a gente tem apenas, exclusivamente, sangue que vai ser direcionado para os pulmões, para fazer a troca gasosa (vai pela musculatura pulmonar) e, a depender da literatura, ter a participação da vasculatura traqueobrônquica. Circulação que leva o sangue venoso até o pulmão para ter troca gasosa. Vasculatura traqueobrônquica (1%) Termo mais apropriado. Não está diretamente relacionada a circulação pulmonar. Para os pulmões, nós temos o direcionamento para 2 tipos de vasculatura: Pulmonar (que nos leva o sangue da circulação pulmonar) e a traqueobrônquica (que não é da circulação. Faz parte da grande circulação que é responsável por se direcionar para a pequena circulação para que a gente possa fazer a nutrição das estruturas pulmonares (árvore traqueobrônquica, alvéolos...) Bronquíolo terminal → bronquíolo respiratório → Ductos alveolares → Alvéolos. - 70m² de superfície de troca gasosa→ relação entre os alvéolos e uma rede de capilares que está por sobre esses alvéolos. - No capilar, a gente tem somente o endotélio, com uma membrana basal muito discreta e o epitélio alveolar. Essa espessura dá mais ou menos 2 micrômetros, que torna a barreia muito frágil, que nos permite uma troca de forma adequada. - O espessamento da barreira acarreta uma dificuldade na troca. Dificuldade no sentido de se ter mais elementos pra se atravessar e alteração na constituição dependendo do problema que esteja acarretando o indivíduo em seu parênquima pulmonar. Sobre cada um dos alvéolos vamos ter uma série de capilares (malhas). Resistência Na RESISTÊNCIA em si, a gente tem: Grande circulação: arteríolas e esfíncteres pré-capilares determinavam a resistência. Pequena circulação: Os capilares envolvem os alvéolos. Nós temos uma estrutura externa, uma rede que impõe uma resistência a insuflação dos alvéolos. Praticamente, essa rede de capilares é responsável por 40% da resistência. - Arteríolas, esfíncteres pré-capilares e capilares (40%) definem a resistência. Esfíncteres capilares são praticamente inexistentes na pequena circulação, com uma camada muscular muito delgada. - O envolvimento do alvéolo impõe uma resistência na expansibilidade. - Vasos muito mais complacentes. Possibilidade de ¨acondicionar¨ um volume maior de sangue, sem que haja tanto aumento de pressão. Gráfico: apresentação das frequências da pequena e grande circulação. G RANDE CIRCULAÇÃO : Pressão média em torno de 90-95mmHg, que é determinada por uma PAS em torno de 120mmHg e uma PAD em torno de 70mmHg. É um sistema de alta pressão. Trabalha com pressão em média 6x maior que a pressão da circulação pulmonar. PEQUENA CIRCULAÇÃO: A configuração é a mesma da circulação sistêmica, sendo a grande diferença as pressões existentes. A PAS vai no máximo por volta de 25mmHg. 30 mmHg já é considerado acima do normal. A PAD vai em torno de 8mmHg. A pressão média é em torno de 10-15 mmHg. A principal diferença entre as circulações é os níveis pressóricos. Qual o determinante principal da pressão na pequena circulação? O tamanho da área. Se a gente somar todos aqueles capilares, a gente tem uma superfície enorme de troca gasosa. A menor resistência se dá principalmente em questão disso. Ao falar de resistência, qual é a implicação? O fluxo é determinado pela resistência (passagem maior ou menor de fluxo). Isso é referente as distribuições em si. 7 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Distribuição das pressões Considerando o pulmão como um torno, ele tem baixa pressão, mas a pressão arterial no pulmão não é igual em todas as áreas. Zonas: Ápice pulmonar, terço médio e terço inferior. Possuem distribuição diferente de pressão. O coração está posicionado mais ou menos ao nível do terço médio. PA = Pressão alveolar. Pa = Pressão arterial. Pv = Pressão venosa. ÁPICE – ZONA 1 Quando o alvéolo é insuflado, a pressão alveolar é superior a pressão arterial. - Boa parte dos capilares não vão estar funcionantes, pois vamos ter aumento da pressão ao nível alveolar quando nós inspiramos, havendo uma constrição da malha de capilares. Se o capilar está constrito, não está tendo perfusão. Eu vou ter um enchimento relativo do alvéolo, porém sem perfusão do capilar. Se eu não tenho perfusão capilar, eu vou acabar tendo comprometimento da troca gasosa. Pior relação ventilação perfusão (porque eu não tenho perfusão). - PA > Pa > Pv. Z ONA 2 Pressão arterial, que mesmo baixa, é suficiente para poder vencer a pressão alveolar. A pressão venosa é muito baixa. Literalmente, o capilar está aberto e temos uma perfusão tranquila. Boa relação ventilação/perfusão. Pa > PA > Pv. Z ONA 3 A pressão arterial é superior tanto a pressão capilar quando a pressão venosa. - Pa > Pv > PA. - É o que está mais ou menos com uma configuração do que acontece a nível sistêmico. Vou ter um capilar com baixa pressão, mas que é ainda maior do que a pressão no leito venoso. A passagem de sangue do leito arterial para o leito venoso segue o curso da diferença de pressão. - Temos uma perfusão maior, que vem por uma pressão arterial maior do que a pressão venosa que é maior que a pressão capilar. - A resistência geral pode se apresentar de maneira diferente a partir das zonas. Eu tenho menos sangue sendo distribuído para o ápice pulmonar (os capilares são menos perfundidos). Ao nível central (zona 2) já temos uma boa perfusão. Na zona 3, temos uma perfusão maior, que vem pela configuração da pressão arterial maior que a pressão venosa que é maior que a pressão capilar. O que determina a pressão a nível pulmonar é a baixa resistência. Se formos olhar as partes desse pulmão e, a partir disso, começarmos a desdobrar a relação entre ventilação e perfusão, no ápice nós temos a pior relação (sem perfusão), na zona 2 já temos uma boa relação e na zona 3 tem a melhor relação. O que a gente tem no pulmão quando estamos na vida intrauterina? O pulmão está preenchido pelo líquido, o alvéolo tá fechado. Quando está assim, o pulmão não tem tanta expansibilidade, sendo hipofuncionante. O principal fator no nível da pequena circulação é a pressão parcial de oxigênioque vamos ter ao nível da pressão alveolar. Dentro do alvéolo, a gente tem uma pressão parcial de oxigênio que vai ser determinante da pressão parcial de oxigênio que vai estar depois no nosso sistema vascular. Se essa pressão parcial cai, vai haver uma constrição do capilar (É PRA MEMORIZAR ISSO). Se a 8 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova pressão parcial estiver normal, vai haver uma produção normal de óxido nítrico que vai deixar a musculatura relaxada e o vaso mais aberto. - Na vida intrauterina, temos um alvéolo que está se expandindo. Enchemos esse alvéolo com ar que tem um determinado conteúdo de oxigênio, que em nível normal (nível do mar) nós vamos ter uma pressão parcial de O2 no interior do alvéolo em torno de 100mmHg. - Esse alvéolo, se nós reduzirmos a pressão parcial de O2 (EX. problema na ventilação – alta altitude), isso diminui a pressão parcial de O2 no leito vascular, o que implica na diminuição da produção de óxido nítrico (principal vasodilatador). Se a gente reduz a produção endotelial de NO, os vasos vão sofrer vasoconstrição. - Todas as vezes que tivermos menor pressão parcial de O2 ao nível alveolar, nós vamos ter uma pressão endotelial menor do NO. - O principal controle do vaso ficar mais aberto ou mais constrito é a pressão parcial de oxigênio ao nível alveolar. Boa produção de óxido nítrico → Vasodilatação. Baixa produção de óxido nítrico → Vasoconstrição. - Na vida intrauterina, eu tenho uma pressão de oxigênio alveolar baixíssima ou nenhuma. Se eu não tenho pressão parcial de oxigênio, eu não vou ter a produção de NO e a vasculatura vai estar contraída (alta resistência vascular periférica). - Eu vou ter um ducto arterioso (By-pass) entre a vasculatura pulmonar e circulação sistêmica, que permite que o sangue passe pelo ducto e caia ao nível do VE e vai para o sistema. Edema pulmonar Forças de Starling - A extremidade venosa é a que está trazendo sangue pro coração, o qual é rico em oxigênio, que está descendo para o átrio esquerdo. Se nós tivermos algum tipo de alteração de funcionamento do lado esquerdo do coração (átrio esquerdo), nós vamos ter muitas vezes um relaxamento alterado ou uma insuficiência presente, causando uma retenção de sangue nesse lado, o que vai acabar aumentando a pressão no leito venoso pulmonar, diminuindo a possibilidade de reabsorver o que está sendo filtrado, promovendo o edema. - Por outro lado, se a gente aumentar a pressão arterial no leito da pequena circulação, nós vamos poder extravasar mais líquido para o interstício e consequentemente para o alvéolo. Aumento da pressão hidrostática no leito arterial → Aumento da capacidade e extravasamento. Aumento da pressão hidrostática no leito venoso → Redução da absorção. Sistema linfático ineficiente Em ambos, vai haver edema intersticial e, consequentemente, edema pulmonar. - O sistema linfático é uma terceira possibilidade. Se o S. Linfático tiver deficiente, nós também não vamos ter uma boa absorção do filtrado. Isso também acarreta em acúmulo. - Sistema linfático pouco funcionante (ex: câncer) → aumento do líquido no meio intersticial → extravasamento para o alvéolo. - Ainda em relação a pequena circulação, um fator importante é a questão da baixa resistência. Se a gente tiver uma alta resistência, a gente vai ter também uma alta pressão, que pode comprometer a troca gasosa. Além disso, se isso for mantido de forma contínua/crônica, pode impactar em problemas do trabalho cardíaco. - O VD não é pronto pra trabalhar contra uma grande resistência. Em alguns ocasiões de doença pulmonar, uma grande pressão na circulação pulmonar faz com que o VD tenha que trabalhar com mais força, podendo levar a uma insuficiência do VD, que é a cor pulmonale. - A pequena circulação tem que trabalhar sempre com baixa pressão. - O mecanismo principal para o balanço (mais ou menos constrição) é a partir da produção de óxido nítrico. Outros fatores também alteram esse funcionamento, como por exemplo, estresse oxidativo, prostaglandinas, tromboxano, serotonina. Quando é que a gente tem esse aumento no leito venoso? • EX: 1- ICC do lado esquerdo (aumento da 9 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova pressão). Todas as vezes que a gente aumentar o retorno venoso, a gente vai aumentar o fluxo - tem um limite! 2- Estenose valvar (mitral) – retenção que pode refletir de forma retrógrada em aumento da pressão no leito venoso. • Pensando do lado direito, o que de fato vai estar aumentando a pressão é, normalmente, alguma alteração vascular a nível pulmonar ou até mesmo no próprio parênquima (ex. DPOC). Se há destruição do parênquima e a gente tem menos capilares, a gente vai ter menos superfície de troca, menos superfície para acomodar um volume sanguíneo. - Existem alguns genes que estão relacionados a fatores estimulantes de fibroblastos, que acaba alterando o parênquima em si. Pode acarretar uma maior resistência. - O mais importante é saber o que está relacionado com o bom funcionamento (baixa resistência) e o que uma vez alterado (ex. produção do NO), influencia na pressão parcial ou não de oxigênio. - Em termos normais, precisamos de uma boa superfície de troca (membrana delgada). Em condições anormais, a membrana pode estar mais espessa, com perda da superfície por destruição do parênquima e dos capilares subjacentes. - Quando a gente fala sobre a superfície pulmonar, é importante lembrar que é ela que nos proporciona a hematose. Histologia Corte de um capilar normal, no nível pulmonar, estrutura bem delgada. Uma vez que a gente tenha alguma agressão a esse parênquima, vamos ter a possibilidade de estimular a proliferação dessa camada média e agravar com a proliferação da camada íntima. A fibrose acaba diminuindo a luz, o que aumenta a resistência e pode levar a hipertensão pulmonar. Ex: perda sanguínea. O que acontece com a pressão arterial? Redução. Se ela reduz, a zona 2 e talvez até a zona 3 podem se apresentar como a zona 1. - A pressão arterial do leito da pequena circulação talvez sofra muito mais impacto dessas alterações de pressão do que a grande circulação. - Uma hipovolemia pode fazer cair pressão arterial e, consequentemente, a gente ter menos fluxo e comprometimento da troca gasosa. - Se o trabalho do lado direito não está bom também vai haver queda dessa pressão, que permite menor perfusão e menor troca gasosa. Cateter de Swan-Ganz - A produção do cateter proporcionou uma maior sobrevida dos indivíduos que estavam em cuidados intensivos. A partir do momento que a gente tem uma avaliação melhor de pressão, sobretudo na pequena circulação, há uma indução de direcionamento melhor. - Visualização e medição da pressão ao nível da pequena circulação desde o ventrículo até o capilar, e fazer a estimativa da pressão ao nível do átrio esquerdo. - Medidas diferenciais de pressão na pequena circulação. Pressão arterial média (PAPM) não é simplesmente a relação da sistólica + a diastólica / 2. A gente tem um tempo de pressões mais baixas (diastólicas – maior tempo) e altas (sístoles). O cálculo da PAPM nos mostra a imposição de resistência no sistema de forma contínua. 10 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova A resistência insulínica é um conceito que está associado a alterações importantes na fisiologia pancreática endócrina. O pâncreas tem diversas funções: Endócrina (menor parte do pâncreas. 2% das células) e exócrina (ácinos – digestão e absorção de nutrientes). Ácinos serosos: mais na periferia. Ilhota de Langerhans: Células cercadas de diversos ácinos. Ondepraticamente teremos alguns poucos tipos celulares: 65-70% células beta – produtoras do hormônio insulina, parte central. Células alfa – produtoras de glucagon. Células delta - produtoras de somatostatina. Pâncreas endócrino Organização celular Células alfa – secreção de glucagon Células beta – secreção de insulina (Hormônio proteico extremamente importante que atua em uma série de aspectos). Ponto de vista metabólico: 2 grandes momentos: 1- Estado pós-prandial (Funções diretas da insulina. Influência no estado normal). 2- Estado inter-prandial (entre as refeições – estado de jejum). O estado inter prandial mais estendido é o jejum (ex. 8 horas sem alimentação) – apresentação de funcionamento corporal semelhante ao que vai acontecer entre as nossas refeições – pós prandial (ex. 2 horas após a alimentação). No estado inter prandial, a insulina também tem uma função importante. Na verdade, a ausência de insulina vai deflagar algumas ações/processos importantes no organismo. A apresentação direta da insulina tá mais relacionada ao estado pós prandial. A insulina é um verdadeiro hormônio anabólico. Células delta – secreção de somatostatina. Hormônio insulina Junção de 2 cadeias de aminoácidos (1 cadeia alfa e 1 cadeia beta). ➢ Cadeia alfa – 21 aminoácidos e 1 ponte de sulfeto interna. ➢ Cadeia beta – 30 aminoácidos. 2 pontes de sulfeto lincam a cadeia alfa à cadeia beta. A insulina é produzida na célula beta a partir de um pré-pró- hormônio. Haverá a síntese de uma grande proteína com 4 grandes cadeias. Além da cadeia alfa e da cadeia beta, nós vamos ter uma cadeia C (polipeptídeo C) e uma cadeia sinalizadora. A pré-pró-proteína vai ser clivada (perda da cadeia sinalizadora) e a partir de então o Retículo endoplasmático vai manter a conexão com o peptídeo C, que será depois quebrado. No complexo de Golgi haverá o empacotamento de uma série de moléculas de insulina, cadeia alfa e beta somente, dissociada da cadeia C (também é empacotada na grande vesícula). Nas grandes vesículas há uma membrana lipídica e será armazenada na célula. A insulina é produzida a partir de um estímulo. Parte da insulina vai ser sintetizada e usada ali inicialmente e uma outra parte vai ficar armazenada, para que uma vez que a célula seja estimulada, possa haver uma secreção de insulina de forma mais imediata. A insulina é um hormônio proteico produzido numa série de cadeias, onde 2 nos interessam (cadeia alfa e cadeia beta). A insulina é armazenada junto com a cadeia C, porém não estão acopladas uma a outra. O polipeptídeo C tem uma importância apenas no ponto de vista de avaliação. Insulina uma vez que é produzida e secretada, ela vai ser logo degradada. 50% praticamente da insulina produzida pela célula beta vai ser logo degradada na primeira passagem pelo fígado. Não dá pra ter uma boa apresentação do quanto de insulina foi produzido se a gente só pedir insulina e, por isso, o polipeptídio C é pedido. Uma vez produzida a insulina ela vai ser armazenada na célula beta. Controle da secreção hormonal Mecanismo de Feedback negativo Quando a insulina está armazenada na célula beta, ela pode ser prontamente utilizada pelas células que tem seus receptores específicos (acoplam a insulina uma vez que ela esteja circulante). A insulina que foi produzida e está na célula beta necessita de sinalização para que ela seja secretada pelas células betas. O principal mecanismo estimulatório tanto da produção quanto da secreção de insulina se dá através do aumento da glicemia (não é o único estímulo, mas é o mais importante). O glucagon estimula a célula beta a produzir e secretar insulina, o que também é feito por aminoácidos, lipídios, acetilcolina, GLP. Pâncreas endócrino e RI 11 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova A célula beta tem na sua periferia, na sua membrana, GLUT 2, transportador que não depende da insulina de uma forma direta (se aumentar a glicemia, internaliza a glicose pela glut 2). Essa glicose vai ser oxidada pela célula beta. Ao oxidar, vai gerar ATP. O ATP promove o fechamento do canal de potássio da célula beta, fazendo com que mais potássio fique no interior celular promovendo a despolarização da célula beta e favorecendo que os canais voltagem dependente (ex. canais de cálcio) se abram. Cálcio é um cátion em maior quantidade do lado de fora da célula beta e, neste caso, vai ser interiorizado. Quando interiorizado, possui 2 finalidades: 1- aciona proteínas de um citoesqueleto (proteínas contráteis) que vão promover uma junção das vesículas que contém insulina às membranas das células beta, colocando a insulina pra fora (secreção). O cálcio, ao entrar na célula beta, promove a contração do seu citoesqueleto que proporciona a liberação da insulina. 2- O cálcio estimula o núcleo da célula para síntese de mais insulina. Ex: acabei de me alimentar e tenho uma grande gama de glicose → aumento da glicemia. As célulasbeta vão receber mais glicose. Oxida a glicose → gera ATP → fechamento do canal de potássio → despolarização da célula → aberturas dos canais cálcio voltagem dependentes → contração da célula beta → secreção de insulina e sinalização ao núcleo da célula beta para a produção de mais insulina. Com a insulina sendo secretada, nós vamos estimular que outras células absorvam mais glicose, fazendo com que a glicemia reduza. O aumento da glicemia induz uma resposta de redução da glicemia, que vai ser mediada pelo hormônio insulina. Fluxo de substratos: fase anabólica Metabolismo intermediário é um termo que tem relação às questões que são de metabolismo energético: fluxo de carboidratos, fluxo de lipídios, metabolismo proteico. Relacionado às fases pós prandial e inter prandial. A insulina participa de mecanismos mais diretamente nessa fase pós-prandial. Representação: Intestino, pâncreas, células musculares, células do tecido adiposo e hepatócitos. Inicialmente, vamos nos alimentar, digerir e absorver os alimentos (os 3 elementos – carboidratos, proteínas e lipídios atuam na síntese da insulina). Destaca-se a glicose. Uma vez que a gente absorve a glicose, ela cai na circulação porta, é direcionada para o pâncreas, onde há uma maior glicemia que eleva a absorção de glicose, levando a uma secreção de insulina. Na membrana do hepatócito nós temos GLUT 2, que promove a absorção de glicose. A insulina estimula que a glicose seja armazenada na forma de glicogênio (Glicogênese). Pra que a gente absorva mais glicose, eu vou estimular a formação de glicogênio, que se torna um reservatório de glicose, sendo importante em determinados momentos para a manutenção da glicemia. Tendo mais glicose disponível no hepatócito, vamos estimular que essa glicose seja usada como combustível. No estado inter prandial estávamos utilizando mais lipídio, mas agora vamos ter a lipólise reprimida e o estímulo para lipogênese. Haverá também a glicólise, com quebra da glicose e síntese de ATP. O ATP vai servir para o trabalho celular. Glicólise serve com uma fonte de ATP para o trabalho do próprio hepatócito, no armazenamento de energia, síntese proteica. Ocorre mais glicólise do que a quantidade de ATP que eu necessito ter presente. A glicólise acontece em larga escala estimulada pela insulina porque a forma que eu tenho de armazenar energia extra que veio a partir de carboidrato é fazendo a conversão de glicose em acetil e em seguida em lipídio. Os compostos acetis são desviados por uma presença de insulina para uma via alonil que estimula a produção de ácidos graxos. Catabolismo da glicose e formação do anabolismo lipídico. Essa é uma oportunidade de não desperdiçar energia. O que eu absorvi em excesso na forma de carboidrato, em vez de desperdiçar, converto glicose em lipídio. Acontece no estadopós prandial, na grande fase anabólica, na presença de insulina. Absorvi glicose → tenho mais energia. Absorvi aminoácido → síntese proteica. Melhor momento para fazer recuperação celular. Se eu quero aumentar reposição enzimática, esse é o momento que todas as células corporais estão hábeis em fazer anabolismo proteico. O fígado produz albumina nesse momento que vamos ter mais energia, mais aminoácido disponível. A insulina sinaliza para o hepatócito que é o melhor momento para a produção de albumina, enzimas que participam do metabolismo, proteínas. A insulina está promovendo no músculo uma absorção maior de glicose. Se eu tenho mais glicose disponível no músculo, eu posso fazer 2 coisas: Armazenar o que eu tinha perdido de glicose na forma de glicogênio e diminuir a utilização de lipídio, passando a utilizar mais glicose como substrato energético. Aumento da glicogênese, aumento da glicólise e aumento da síntese proteica. Células musculares que precisam ser recuperadas, esse é o momento ideal (fase anabólica) para recompensação. No tecido adiposo, será o momento de fazer lipogênese. No interior dos adipócitos, a lipogênese será feita da mesma forma em que é feita no hepatócito. Glicose → Acetil → Ácidos graxos. 12 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Empacotados em forma de triglicerídeos, que serão utilizados quando passadas 2 horas da nossa alimentação (estado pós- prandial). Haverá redução da secreção de insulina, que é a principal sinalização para entrar na fase inter prandial, potencializando a secreção de glucagon, catecolaminas, GH, cortisol, T3 e T4. Como terá uma queda na insulina, para que o trabalho celular seja mantido, a energia é advinda de outra coisa, onde a fonte principal deixa de ser glicose e passa a ser lipídio. Para ter um estado catabólico muitas sinalizações de muitos hormônios precisam acontecer. Para ter um anabolismo, eu só preciso de insulina. Na ausência de insulina, insuficiência de insulina ou problemas no receptor, todos esses eventos vão sofrer alteração/repercussão negativa. Mais acetil na presença de insulina, eu tenho ativação da via alonil e formação de lipídios. Se eu não tenho insulina, os acetis que seriam levados para a via da lipogênese, serão acumulados, formando cetoácidos, no nível em que pode levar a acetoacidose. Não é comum acontecer cetoacidose em indivíduos que tem produção de insulina, pois mesmo que ele tenha pouca produção, pode haver uma indução a lipogênese. Receptor de insulina A catecolamina vai estimular principalmente a lipólise, sendo um grande hormônio contra regulatório que, neste momento, vai potencializar o efeito da baixa de insulina. A mais importante sinalização na fase inter prandial é a gente ter menos secreção de insulina, o que muda o funcionamento do metabolismo intermediário. Se esse metabolismo catabólico estiver mais presente ao longo do tempo (Ex. prolongamento do jejum) vamos precisar não só dessa redução da secreção de insulina como da ajuda dos hormônios contra regulatórios. Neste caso, vai passar a ser importante as catecolaminas, sendo o seu principal papel, promover uma maior utilização de lipídio e ser um coadjuvante no poupar de uso da glicose. Ponto geral da sinalização endócrina: para ter uma sinalização é necessário eu ter um sinalizador (ex. Hormônio) e um receptor, tornando a comunicação efetiva. É necessária uma perfeita comunicação entre o sinalizador e o receptor. O receptor de insulina tem 4 cadeias (2 extracelulares-alfa, 2 cadeias beta (parte extra e parte intracelular), que tem uma atividade importante, chamada de atividade tirosina quinase. Quando a insulina (proteína) se acopla a seu receptor (cadeia alfa) vai promover uma atividade tirosina quinase nas cadeias beta. Vamos ter junto a isso moléculas de ATP, fazendo com que o receptor se autofosforile e fosforile alguns substratos, e esses substratos serão fosforilados no terminal tirosina. Tirosina quinase é a atividade do receptor. Ao realizar a ação da tirosina quinase, vão existir 2 respostas intracelulares: 1 – atividade associada a P3 cinase, que vai levar a translocação do GLUT 4, favorecendo a absorção da glicose. 2: Atividade estimulada de uma via chamada de mapk cinase, que induz uma expressão gênica aumentada, induzindo mitose a partir disso, caso necessário. Importante ter uma boa relação entre insulina e o seu receptor para que haja uma boa sinalização intracelular. As 2 vias representadas na imagem é uma via mitogênica e uma via mais metabólica, que vai induzir a translocação da GLUT 4. Quando a gente fala sobre uma resposta a um determinado hormônio, vai depender da circulação de hormônio circulante (não assegura a boa resposta fisiológica) e de uma perfeita interação desse hormônio com o receptor. Boa circulação + boa interação = boa resposta fisiológica. A resposta de um tecido que é dependente de uma sinalização hormonal, ela só se dará se tiver uma perfeita associação entre o hormônio e o receptor. A grandeza da resposta está relacionada a concentração do hormônio e a sua relação com o receptor. Sensibilidade: É um conceito que está associado a uma quantidade de hormônio que é necessário para produzir 50% de uma resposta máxima de uma célula/órgão alvo qualquer. Se a resposta máxima é um X, eu tenho que ter uma quantidade Z de hormônio que produza 50% disso. Eu posso alterar essa sensibilidade (dissensibilizar ou sensibilizar a resposta). Se eu perder uma quantidade de receptores da célula, a minha sinalização hormonal vai ser dissenbilizada, tendo uma resposta menor (resistência a sinalização). A dissensibilização pode acontecer por diminuição do número de receptores, redução da afinidade do hormônio com o receptor (necessito de mais hormônio para fazer o que eu fazia antes) ou mau funcionamento do receptor. 13 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Efeitos da insulina DE AÇÃO RÁPIDA ❖ Transporte aumentado de glicose, AA, K+. A insulina endógena, uma vez aumentada a sua secreção, se tiver uma interação normal da sua interação com o receptor, vai promover o transporte de glicose, absorção de aminoácidos e potássio. Acontece em fração de minutos. DE AÇÃO INTERMEDIÁRIA ❖ Estimulação da síntese proteica. Acontece assim que mais insulina for acoplada em seu receptor. ❖ Inibição da degradação proteica. ❖ Ativação da glicogênio-sintetase. ❖ Inibição da fosforilase, para inibir a quebra de glicogênio. DE AÇÃO RETARDADA Aumento dos RNAm para enzimas lipogênicas, mais especificamente no tecido adiposo e nas células hepáticas. E a resistência insulínica? Se a gente alterar a quantidade de receptor ou a afinidade do receptor com o hormônio, a gente tá promovendo alteração da sensibilidade, podendo tornar o órgão alvo mais sensível ou menos sensível. Estudo clínico em que um nível normal ou aumentado de insulina produz uma resposta atenuada sobre a glicemia. NORMAL Uma pessoa normal fez uma refeição rica em carboidrato, que foi digerida e causou um aumento da glicemia. Quando eu me alimentei, passei para o estado pós-prandial, tive o aumento da glicemia, que induz a uma resposta de secreção da insulina e leva as células de uma forma geral a aumentarem a absorção de glicose, sobretudo as que são insulino-dependentes. Isso faz com que a glicose volte ao nível normal de antes da refeição (estado inter prandial). RESISTÊNCIA INSULÍNICA Nesse estado de resistência insulínica, a glicose ainda está em nível normal. O indivíduo se alimentou (estado pós prandial), fazendo com que a glicemia aumente. Se a glicemia aumentou, a célula beta é induzida a secretar insulina. No caso, a célula beta precisa secretar nível de insulina maior do que o nível normal parapoder ter uma resposta hipoglicemiante num nível normal. O estado de RI é aquele estado que eu vou precisar de mais insulina (porque eu estou dissensibilizado) para manter a glicemia em estado normal. Esse estado pode em médio a longo prazo induzir que as nossas células betas se tornem insuficientes, não produzindo insulina como antes. As células betas ficam cansadas/exauridas. Eu vou precisar sempre de mais e mais e mais insulina para poder produzir uma resposta hipoglicemiante para fazer a manutenção da glicemia. Resistência a insulina não quer dizer que a glicemia do paciente vai estar em estado anormal. A glicemia pode estar normal às custas de uma sobrecarga de insulina das células beta. O indivíduo pode manter a glicemia de jejum normal, pode ter um aumento na glicemia de jejum (pâncreas insuficiente), pode ter um estado pós-prandial diferente (com retardo na redução dos níveis de glicose). O indivíduo normal quando faz uma refeição rica em glicose, espera-se que no máximo em 2 horas, a glicemia retorne ao estado normal de 80-90mg/dl. O indivíduo que tem RI muitas vezes tá levando mais tempo (mais de 2 horas) pra poder colocar toda a glicose circulante para ser transportada de forma devida. No ambiente clínico, o normal é pedir a glicemia em jejum, não flagrando o que acontece no estado pós-prandial. Mecanismos de indução da RI O estado de resistência à insulina é um estado onde nós temos um mau funcionamento do receptor de insulina, havendo uma dissenbilização da célula. 14 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Uma vez que eu tenho células dissenbilizadas, eu estou induzindo a resistência insulínica. O estado pró-inflamatório de baixo grau, mantido de forma contínua, vai produzir níveis maiores de TNF alfa do que o que acontece de forma fisiológica. O TNF alfa, ao acoplar o seu receptor, vai induzir respostas intracelulares que levam a um mau funcionamento do receptor de insulina. Todas as vezes que eu tenho esse estado inflamatório presente, o TNF alfa vai estar lincando ao seu receptor específico e ativa a NF-capabeta, que vai promover uma resposta de sensibilização insulínica. A NF-capabeta vai estar produzindo uma fosfatase tirosina, que vai se lincar ao receptor de insulina, perturbando o seu funcionamento. O TNF alfa também promove a ativação de alguns fatores (fatores de ativação do substrato do receptor de insulina?) Alteração do metabolismo dos lipídios + maior circulação dos ácidos graxos livres. A maior circulação de ácidos graxos livres vai acoplar a um receptor chamando TLRs e induzir uma resposta celular que acaba por induzir uma redução da atividade da tirosina quinase. Uma atividade induzida por excesso de ácidos graxos ou uma atividade induzida por excesso de citocinas faz com que o receptor de insulina modifique a atividade da tirosina quinase. A cascata de P13K induz a translocação do GLUT 4 do interior para a periferia para fazer o transporte de glicose. (Essa parte citada acima logo abaixo do slide eu realmente não entendi 1g do que ele disse) Relação obesidade e resistência insulínica O padrão de obesidade abdominal é a forma que pode se associar ao processo pró-inflamatório, alterações metabólicas e mesmo aterogênese e diabetes tipo 2. A resistência insulínica está bastante associada ao padrão de obesidade central. É exatamente esse perfil de obesidade que está relacionada ao perfil inflamatório. O adipócito visceral, no estado pró-inflamatório, produz mais citocinas inflamatórias e menos citocinas anti-inflamatórias. Há um aumento na produção de fatores pró-trombóticos e ativadores do SRAA. Anormalidades associadas a RI Uma vez que o paciente apresente obesidade visceral, a obesidade tende a apresentar um estado pró-inflamatório, que leva a uma resistência insulínica. Há uma hiperinsulinemia e uma menor sensibilidade, promovendo uma série de alterações de importantes funções corporais: • Alteração do metabolismo lipídico → Dislipidemia. • Alteração do funcionamento do SRAA → Hipertensão. • Produção de fatores pró-coagulante. Envelhecimento endotelial → processo ateroscletórico. O envelhecimento do indivíduo pode levar a redução da sensibilidade insulínica. Para manter a glicemia no nível normal, é preciso de mais secreção de insulina (Hiperinsulinemia). Em um determinado momento, não tem complicações microvasculares, não tem hipertensão nem dislipidemia, não tem aterogênese, mas já tenho redução da sensibilidade insulínica e aumento na produção e secreção de insulina. No momento em que o tempo vai passando, eu tenho um estado pró inflamatório que vai estabelecer um aumento da secreção insulínica que leva a uma série de modificações de outros importantes sinalizadores que interferem no estado normal do funcionamento de uma série de órgãos. 15 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Uma série de problemas vão surgir por aumentar esse estado de hiperinsulinemia e por ter uma hiperglicemia. Hiperglicemia mantida durante um bom tempo no estado de alteração do perfil sanguíneo de glicose leva a alterações importantes. Exame para acompanhamento da glicemia: Hemoglobina glicada. Glicose em excesso faz glicosilação de algumas proteínas (Ex.hemoglobina). Já que uma hemácia tem uma duração média de 120 dias, a partir da visualização da hemoglobina glicada vamos ver o que está acontecendo com a glicemia do paciente. Com a glicemia aumentada somente a glicose vai ser aumentada? Não! Proteínas de todas as células vão ser glicadas, tornando-as inutilizáveis. O próprio receptor de insulina, que é uma proteína, vai sofrer glicosilação. Glicose em excesso ativa outras vias metabólicas, que vão acabar produzindo o sorbitol (componente muito osmolar), que pode levar a uma maior absorção de água, alterando o estado de funcionamento celular. Fazer estudo dirigido, individual, vale nota. 16 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Unidade hipotálamo-hipofisária Quando se visualiza esse sistema, se falando sobre sistema endócrino, a figura mostra parte do hipotálamo aí representado, onde tem dois núcleos destacados (o núcleo paraventricular e o núcleo supra-óptico). Exatamente nesses núcleos tem-se a origem algumas células que reconhecidamente são neurônios. E quando se fala em neurônio, fala-se de uma célula do sistema neural. Porém, existe uma particularidade nestes neurônios, pois eles têm seu corpo celular lá no hipotálamo, os seus prolongamentos vão chegar até hipófise posterior e na hipófise posterior vão estar armazenados elementos que foram produzidos lá no corpo celular e que como qualquer neurônio isso vai ficar lá na sua porção terminal armazenada em vesícula para ser secretado como neurotransmissor. Porém, pela particularidade da hipófise posterior isso não vai ser secretado de uma sinapse, isso vai ser secretado na corrente sanguínea. Por isso, embora esses sejam neurônios, eles têm um objetivo endócrino.São neurônios que produzem substâncias, que produzem elementos, que se fosse de uma outra organização reconheceríamos isso como neurotransmissor, mas pelo fato de serem secretados na corrente sanguínea, isso caracteriza que esse neurônio pertence ao sistema endócrino. No sistema endócrino, uma determinada célula ou aglomerado de células formam uma glândula e esta glândula produz um elemento, que é sempre um sinalizador, vai secreta-lo na corrente sanguínea para influenciar uma célula alvo que está distante daquele local onde houve a secreção deste componente. O eixo hipotalâmico-hipofisário tem uma relação de a confluência de uma atividadeneuronal com atividade endócrina. Isso é só um exemplo, pois, na verdade o hipotálamo tem diversas funções e essas vão ser subdivididas em dois grandes núcleos, endócrina como visto, mas também função neural: • Processamento de dor; • Centro de processamento do sistema límbico: relacionado com as emoções; • Uma série de informações vindas da periferia que vão direcionar algumas ações: então, se o indivíduo ele é menos/mais agressivo, se tem uma atitude mais/menos protetora, se tem uma preocupação maior/menor com a sobrevivência, se está mais/menos estressado. Tudo isso diz respeito a uma atuação, a um tipo de processamento e vai estar ocorrendo no eixo hipotálamo. Faz parte de um dos grandes centros de regulação e de processamento. Então, no eixo H-H, tem-se o hipotálamo como um centro produtor de neurônios e esses neurônios podem secretar diretamente na corrente sanguínea (parte posterior da hipófise onde fica armazenagem de hormônios), mas também existem outros hormônios hipotalâmicos que serão secretados e terão uma influência direta sobre a atividade endócrina da hipófise anterior. A hipófise anterior, o seu comportamento de ser mais ou menos ativa vai ser exatamente dependente de uma estimulação hipotalâmica. É como se o hipotálamo fosse um centro gerador, ativador ou repressor das atividades da hipófise anterior. Isso acontecer para ter uma regulação ou de uma atividade mais generalizada (que o que acontece muitas vezes com hormônio do crescimento do crescimento, sua secreção vai depender de uma regulação hipotalâmica), ou ativação sobre partes da glândula supra-renal. O hipotálamo está no centro de comando. A hipófise também faz parte desse centro, mas ela se comporta como operador que a partir das ordens do hipotálamo vai secretar mais ou menos dos seus hormônios que são estimulatórios de células alvo que pode estar distribuídas pelo corpo como um todo, mas diretamente podemos ter uma influência da hipófise sobre algumas glândulas específicas como tireóide, supra-renal, gônadas. Lembrar que existe um certo fluxo sanguíneo especial, que é um sistema porta, ou seja, um sistema fechado entre hipotálamo e hipófise e é exatamente nesse sistema porta que o hipotálamo vai secretar os seus hormônios para influenciar hipófise anterior. O hipotálamo com as suas diversas células específicas produtoras de hormônios estimulatórios ou repressores. Na hipófise anterior tem um conjunto de células, que em função das suas características de produzirem hormônios específicos para atuação em determinadas células, eles terão o seu nome celular a partir disso. Então existem célulasque são chamadas corticotróficas que vão produzir os hormônios estimulatórios para córtex suprarrenal, tem as gonadotróficas que são células responsáveis por produzir hormônios que estimulam as gônadas... Regulação das secreções hipofisárias O eixo hipotalâmico-hipofisário e as respectivas gônadas periféricas vão funcionar a partir dos chamados feedback. O sistema de feedback é um sistema de comunicação entre órgão ou células que vai gerar uma influência entre elas para haja uma regulação mais sensível para gerar alguma função. Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal 17 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova FEEDBACK DE ALÇA CU RTA O hipotálamo regulando a hipótese de uma forma mais próxima, um feedback chamado feedback de alça curta. Exemplo: No hipotálamo há produção de hormônios que são estimulatórios ou repressores da hipófise anterior para produzir o TSH. Hipotálamo, produção de TRH, hormônio liberador do TSH. O TRH influenciando a hipófise a secretar TSHé chamado de alça curta. Hipotálamo (TRH) → Hipófise (TSH) – Feedback de alça curta. FEEDBACK DE ALÇA LONG A A relação do estímulo ou repressão do hipotálamo para a hipófise, depois a hipófise vai estimular uma glândula que está mais distante, chamado de feedback de alça longa, porque a glândula vai influenciar de uma forma mais direta tanto a hipófise quanto o hipotálamo. Exemplo: A hipófise ao secretar TSH vai estimular a glândula tireóide a produzir e secretar os seus hormônios, portanto isso faz parte do feedback de alça longa. A própria tireóide ao secretar seus hormônios, eles chegarão ao nível do hipotálamo e hipófise para informar que os níveis circulantes de T3 e T4 estão aumentados e que por isso não precisa mais de tanta estimulação da tireóide. Então vai ter receptores para T3 e T4 tanto no hipotálamo quanto na hipófise e a partir disso vai haver repressão a produção de TRH e TSH, fechando assim o feedback de alça longa. Hipotálamo (TRH) → Hipófise (TSH) → Tireoide (T3 e T4) Tireoide (T3 e T4)→ Hipófise Tireoide (T3 e T4) → Hipotálamo FEEDBACK DE ALÇA ULTRACURTA O próprio hipotálamo à medida que vai produzindo seus hormônios eles mesmos informam de uma forma parácrina a estas células a necessidade de reprimir a sua própria produção e isso que é um feedback de alça ultracurta. Hipotálamo → Hipotálamo RESUMINDO: Hipotálamo influenciando ele mesmo → feedback de alça ultracurta. Influência do hipotálamo sobre a hipófise e consequentemente da hipófise sobre o próprio hipotálamo → feedback de alça curta. Influência da hipófise sobre as glândulas periféricas e as glândulas periféricas reinfluenciando tanto hipotálamo quando hipófise → feedback de alça longa. Hormônios da hipófise anterior Hormônio Principais alvos Tireoestimulante (TSH ou tireotropina) Tireóide Adrenocorticotrópico (ACTH ou adrenocorticotropina) Glândula adrenal e adipócitos Hormônio Luteinizante (LH) e Hormônio Folículo-estimulante (FSH) Gônadas Hormônio de Crescimento (GH ou Somatotropina) Todos os tecidos Prolactina (PRL) Mamas e Gônadas Os hormônios da hipófise anterior podem ter ação tanto geral como específica. GH → todas as células corporais sofrem sua influência. Receptores para o TSH → específicos do tecido tireoidiano. Receptores de ACTH → localizados no córtex supra-renal. Adrenais Organização estrutural Glândula supra- renal (+ ou - 1,5-2,5g) → recebe um fluxo sang. enorme. Pode ser subdividido em dois grandes tecidos: • Medula: composta por um tecido de origem neural, então a parte da crista neural vai se diferenciar em células da medula suprarrenal e nisso também tem uma particularidade muito interessante de estudo as relações entre sistema endócrino e sistema neural; • Córtex: parte mais periférica da glândula e tem uma origem do mesoderma. Estas células se organizam em três distintas camadas que são responsáveis por produzir de uma forma específica alguns tipos hormonais reconhecidos como os mineralocorticoides, glicocorticóides e esteróides sexuais. Córtex adrenal Esta figura é uma representação do córtex supra-renal mais periférica e a medula mais Central. No córtex: • Zona glomerular ou zona glomerulosa: zona mais periférica de todas. Onde é produzido alguns hormônios mineralocorticoides onde a aldosterona é o principal responsável pelas ações mineralocorticóides. • Zona fascicular ou fasciculada: camada mais intermediária, responsável por produzir uma série de hormônios que são chamados de glicocorticóides onde 18 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova o cortisol é o principal dos glicocorticóides, até porque ele é o mais potente de todos. • Zona reticular: há a possibilidade de produzir tantos esteróides, esteróides de uma forma ampla, tanto esteroides androgênicos quanto de características femininas; e também glicocorticóides. Esses hormônios são muito semelhantes no que diz respeito a sua composição, há algumas poucas diferenças entre um e outro. Isso vai acabar configurando que esses hormônios tem uma ação que pode ser específica, mas em funçãoda sua semelhança química entre si, eles também podem ter uma atividade semelhante ao hormônio do qual ele é quase igual. Então, embora a aldosterona seja um mineralocorticóide potente, ela também pode apresentar uma função glicorticóide. Assim como o cortisol é um potente glicocorticoide, apresenta uma atividade mineralocorticoide (fraca quando comparada com a aldosterona). É fraco quando se fala sobre a fisiologia, algo que é normal. Mas se o indivíduo tiver uma produção exacerbada de glicocorticoide, suas ações diretas terão preponderância, mas como suas características tem uma atividade comum com a aldosterona, haverá repercussões sobre funções que a aldosterona vai estar comandando/regulando. Todos esses hormônios, os hormônios corticais, são hormônios esteroides, ou seja, têm o colesterol como substrato comum para a produção de todos eles. Existem diversos tipos de hormônios no organismo: • Hormônios proteicos (insulina, GH, glucagon); • Derivados de tirosina (T3, T4); • Derivados de amina (Ex. dopamina, a noradrenalina - as catecolaminas da forma geral); • Hormônios esteroides que têm como substrato o colesterol. Absolutamente todos os hormônios do córtex são produzidos a partir do substrato de colesterol! Enzimas específicas que estão nas células da zona glomerulosa (mineralocorticoides – aldosterona), na zona fasciculada (glicocorticoides – cortisol) e na zona reticular (esteroides sexuais e glicocorticoides) vão ter a capacidade de aproveitar desse substrato e fazer transformações para gerar especificamente os hormônios da supra-renal. A presença dessas enzimas que permite que uma zona não produza o hormônio específico da outra. O cortisol é praticamente igual à aldosterona e ao HDEA e entre si vai haver algumas poucas mudanças. A presença de uma ou outra hidroxila é o que vai mudar em si e que vai dar uma configuração especial à atuação desses hormônios. Formação da aldosterona: Colesterol → pregnenolona → aldosterona. Formação do cortisol: pode ser gerado por duas vias. Pregnenolona → 17-hidroxiprognenolona → cortisol ou pregnenolona → progesterona → 17-hidroxiprogesterona → cortisol. Formação do DHEA (Desidroepiandrosterona): pode ser gerado por dois caminhos. Androstenediona → testosterona. Se houver uma diminuição do uso de colesterol por alguma zona, por comprometimento na recepção desse colesterol, vai haver um aumento de disponibilidade para outra zona. Regulação A regulação do córtex adrenal depende de uma zona que vai responder, prioritariamente, à influência do sistema renina-angiotensina-aldosterona. E as duas zonas mais centrais do córtex (fascicular e reticular) vão sofrer uma influência do eixo hipotalâmico-hipofisário. Vai haver a produção de um hormônio, o adrenocorticotrófico ou ACTH, que vai ser produzido a partir de uma grande proteína, a Pré-opiomelanocortina (POMC) que vai ser produzida a partir de uma influência hipotalâmica. Então, o hipotálamo vai produzir o CRH, hormônio liberador, que vai ser o estímulo para a hipófise anterior produzir ACTH. À medida que se produz ACTH é produzida uma série de outros hormônios. O ACTH é um pedacinho da POMC. Na zona cortical adrenal o ACTH vai estimular tanto a zona fasciculada quanto a zona reticular. O papel do ACTH é exatamente estimular a produção desses hormônios como, por exemplo, o cortisol. O Eixo H-H-A tem um ciclo de funcionamento relacionado ao ciclo circadiano em que há pulsos de produção de CRH, consequentemente de ACTH e cortisol. Assim, ao longo do dia e noite há diversos pulsos produtores e secretores de cortisol. A maior parte desses pulsos vai acontecer durante o dia e o pulso mais importante é o prévio despertar. Esse cortisol produzido vai ser secretado, vai ser incorporado a algumas proteínas plasmáticas específicas que são produzidas pelo fígado. Praticamente 50% do cortisol produzido será transportado por uma proteína específica para seu transporte, 40% vai ser transportado pela albumina e o restante vai ser praticamente transportadas de uma forma livre. Cortisol Efeitos: • Aumento da gliconeogênese • Diminuição da utilização de glicose • Redução das proteínas celulares • Aumento das proteínas hepáticas e plasmáticas • Diminuição do transporte de AA para os tecidos • Aumento da lipólise É o cortisol livre que vai produzir esses efeitos. O cortisol vai ter uma atuação muito importante no metabolismo intermediário e na atuação de induzir algumas células a terem uma atividade maior ou reprimida. Ele tem um efeito anti-inflamatório, de estabilizador de membrana, vai impedir permeabilidade celular e 19 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova consequentemente isso vai proporcionar um controle da atividade inflamatória... Metabolismo intermediário Existem dois grandes momentos relacionados ao metabolismo intermediário: Estado alimentado: o sinalizador principal é a insulina e diminuição de todos os outros hormônios chamados contra-regulatórios. Contra-regulatórios: cortisol é um importante hormônio contra regulatórios. Durante o momento pós-prandial os níveis de cortisol vão estar bem baixos, isso porque não há a necessidade de sinalizar naquele momento para utilização de gordura, não vai ser necessário o uso de reservas energéticas. O cortisol é um importante sinalizador para o uso de reservas energéticas! Estado interprandial: no estado de jejum, entre as refeições, é que vai ter um processo digestório absortivo. O estado pós-prandial já passou e com uma atividade celular ainda presente vai haver a necessidade de energia e ela se dará a partir da gordura corporal predominantemente. A redução da secreção de insulina vai ser um importante sinalizador para que se tenha uma atividade lipolítica aumentada. O cortisol vai: • Sinalizar lá no tecido adiposo que é preciso mais lipólise para disponibilizar mais ácidos graxos para circulação sanguínea para que esses ácidos graxos sejam usados como principal substrato energético para a produção de ATP. • Vai ajudar a poupar carboidrato, porque diretamente ele vai proporcionar mais lipólise e assim vai haver menos dependência de carboidrato. • Estimular a gliconeogênese a partir de outros substratos, formando glicose. Esse cortisol estimulou atividades lipolíticas, então no tecido adiposo tinha triglicerídeos, ácidos graxos junto a glicerol. O glicerol que foi quebrado vai ser direcionado para o fígado e lá vai ser aproveitado para fazer a gliconeogênese. • Atividade proteolítica aumentada. Vai chegar às células musculares, por exemplo, e induzir proteólise. É importante que tenha também a proteólise, porque parte do que se vai utilizar de combustível será advindo dos aminoácidos, além disso, boa parte desses AA vai ser direcionada para o fígado para que lá seja aproveitada essas cadeias carbônicas dos aminoácidos para formar glicose. Se o cortisol não estiver presente o indivíduo não vai ter energia suficiente para viver! A energia fornecida pelo cortisol é importante no estado do Interprandial e por isso ele é vinculado como hormônio do estresse. O principal hormônio pós-prandial é a insulina! O principal hormônio no estado de estresse é o cortisol! Quando há adição de cortisol ao que o organismo já produz seu nível plasmático vai estar alto e a atividade do eixo H-H-A responsável por estimular a glândula adrenal vai estar baixa/suprimida. Então na vigência de uma oferta crônica de corticóide e suspensão abrupta do eixo H-H-A não vai conseguir se recuperar rapidamente. (Normalmente existem por volta de 15 Picos da produção e secreção de cortisol) A repressão do eixo H-H-A, seja pelo corticóide endógeno ou do corticóide exógeno, suprime também a produção dos hormônios dessa via. A produção dos hormônios do EixoH-H-A são dependentes de enzimas, o CRH é uma proteína, as células hipotalâmicas que produzem o CRH precisam de sinalização para que produzam o CRH, nesse contexto, se o nível de cortisol estiver constantemente em alta, estas células produtoras dos hormônios vão ter todo o seu aparato metabólico e de fabricação bloqueado. Então, de uma hora para outra não vai haver CRH, assim com o ACTH. A administração do corticóide pode ser usada na tentativa de reprimir a atividade imune para controlar um processo inflamatório, por exemplo, na asma, inflamação cronificada. Também tem o uso de em algumas particularidades como em indivíduos que fazem transplante, nesse caso a administração de corticóide na tentativa de reprimir a atividade imune para proteger o tecido que foi transplantado. O cortisol ele tem a sua principal produção durante o dia, então, luz pode influenciar a produção de CRH, ACTH e consequentemente de cortisol. Efeitos anti-inflamatórios Etapas da inflamação: 1) Liberação no tecido lesado de substâncias químicas que ativam o processo de inflamação (histamina, bradicinina, prostaglandinas). 2) Aumento do fluxo sanguíneo local lesado (eritema). 3) Extravasamento de plasma dos capilares para área lesada seguida de coagulação do líquido tecidual (edema). 4) Inflamação da área por leucócitos. 5) Proliferação de tecido fibroso. Uma atividade inflamatória está muito relacionada a uma lesão tecidual e se tem lesão tecidual tem-se a liberação de alguns elementos intra para o meio extracelular e isso vai proporcionar um start desse aspecto inflamatório. Algumas células vão ser sinalizadas, o que acontece inclusive quando há lesão, é o que vai acontecer com os macrófagos, o que vai acabar gerando sinalização de atração de mais macrófagos, por exemplo, para um determinado local e isso vai de certa forma é levar a um estado inflamatório. Isso muitas vezes vai levar a um edema, por aumento de permeabilidade vascular. O cortisol vai atuar de certa forma inibindo a infiltração de macrófagos, vai impedir o extravasamento de líquido do meio vascular para o meio intersticial, controle é de uma série de possibilidades de atuação celular sobre este aspecto inflamatório. E de uma forma mais prolongada também vai acabar reprimindo a produção de tecido fibroso. Efeitos antiinflamatórios: 1) Cortisol dificulta o rompimento das membranas dos lisossomos (diminuição enzimas proteolítico- inflamatórias). 2) Permeabilidade capilar é diminuída. 3) Diminuição da formação das prostaglandinas (diminuição da fagocitose e também da migração dos leucócitos para as áreas lesionadas). 4) Depressão do sistema imune, diminuição da produção de linfócitos T. 5) Inibição das interleucinas-1 (diminuição do processo febril e vasodilatação). 20 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Quando se fala na Síndrome de Cushing se pensa em adiposidade central e pernas finas. Isso porque se o processo lipolítico estiver em excesso vai levar a depleção muscular, já que a célula muscular não terá tempo de ser recuperar, atrofiando. Por isso que uma pessoa com excesso de cortisol vai ter uma baixa de tecido muscular e disfunção muscular, acontecendo também com o osso. O osso de uma pessoa que faz uso de corticóide é mais frágil, mais osteoporótico. Além de ter pouco tecido adiposo periférico. Porém, em regiões como face, gibosidade, abdome, algumas células do tecido adiposo têm comportamento diferenciado em relação à atividade em excesso de corticóide. Nessas células, ao invés dele induzir uma atividade lipolítica, vai induzir uma atividade lipogênica, com aumento de volume e até mesmo proliferação celular. Aldosterona Efeitos • Aumento da absorção renal de sódio; • Aumento da excreção de potássio; • Aumento da secreção de hidrogênio; • Aumento da absorção de sódio pelos intestinos. O próprio corticóide e os outros glicocorticóides também tem ação mineralocorticóide, assim como a aldosterona. Glicocorticóide em excesso pode levar o indivíduo a ter mais retenção hídrica. Isso porque ele também tem uma ação mineralocorticóide, mas é uma ação fraca. Então, quando o indivíduo está com um edema devido a usa de corticóide, isso se deve a ação mineralocorticóide dele. 21 Beatriz Machado de Almeida Fisiologia – Resumo da prova Algumas pesquisas colocam a resistência insulínica como a gênese de todos os outros distúrbios metabólicos. Tema central da aula: vinculado a um aspecto importante, do ponto de vista funcional, que é o metabolismo. Lembrar que o aspecto energético é todo o foco para preservação da vida, na verdade, de qualquer função. Todo e qualquer ajuste feito tem o objetivo de proporcionar energia para o funcionamento corporal. O lidar com energia, armazenar, ser o mais econômico possível, utilizar de determinado elemento que não configure sobrecarga para outros sistemas darem conta disso e gastarem mais energia, entre outros. Todos os aspectos que envolvem nossa regulação, de certa forma tem como princípio o melhor lidar dessa questão energética. Estudar metabolismo intermediário é estar vinculado ao estudo de todos os sistemas. Todos os sistemas que vamos estudar temos que recuperar a ideia de qual a participação disso de fato no aspecto energético? Como é feita a contribuição do metabolismo na ocorrência de um fato ou vice-versa. Metabolismo lipídico Lipídio é um importante substrato energético, sendo a nossa principal fonte de energia. Se pegarmos pontualmente momentos do dia, pós-prandiais, o lipídio não será o principal estado energético, porém fora do estado pós- prandial estaremos oxidando muito mais lipídio do que outras formas de combustível. • 1 g de lipídio representa 9 kcal; • 1 g de carboidrato ou aminoácido representarão menos da metade de 9 kcal; • Carboidrato são 4 kCal. Se temos em um determinado elemento que tem a possibilidade de ter o dobro de energia, é óbvio que o corpo escolherá o que produz mais energia. O lipídio no interior celular não altera osmolaridade. Não é porque ele está presente que precisaremos de mais água. Colocar mais lipídio dentro da célula não irá necessitar de mais água dentro da célula para manter o equilíbrio celular; Já nos aminoácidos e glicoses teremos alteração da osmolaridade e consequentemente teremos que recorrer a mais água. Nessa relação: 1 g de lipídio aumenta o peso corporal em 1 g em estoque, 1 kg de lipídio aumenta o peso corporal em 1 kg. Já 1 g de carboidrato aumenta o peso corporal em 4 g (para cada 1 grama de glicose estocada, precisaremos de quase 3 gramas de água para não desequilibrar a osmolaridade dessa célula). Logo, se armazenarmos 1 kg de carboidrato, precisaremos de quase 3 kg de água, logo nosso peso aumentaria em 4 kg e não em 1 kg. O lipídio é um elemento muito importante e determinante de uma série de nossas regulações e de nosso funcionamento. O lipídio dá sabor, é reserva energética etc. Entender desse metabolismo intermediário e as possibilidades de interconversão é algo importante de ser lembrado. Temos reservas de carboidrato no músculo esquelético, nos rins e no fígado (uma maior reserva, que apesar de maior é pequena). Imagine se pudéssemos armazenar mais energia na forma de carboidrato? Se armazenamos como armazenamos lipídio, o kg de carboidrato aumentaria em 4 kg o peso corporal. Num passado distante, no processo evolucional, provavelmente foi poupada a reserva de carboidrato para reduzir o peso da pessoa e permiti-la a caça, a corrida etc. Do ponto de vista de organização da fisiologia, pensamos que temos uma gordura EXÓGENA (da nossa alimentação) e uma gordura
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