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URGENCIA E EMERGENCIA Profa: Lorena B. Feijó TIPOS DE TRAUMA TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Definição: Quaisquer lesões decorrentes de um trauma externo na região da cabeça que possa gerar alterações anatômicas do crânio, comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou seus vasos. Sério problema de saúde pública; Elevado ônus individual, familiar e social; Atinge predominantemente indivíduos do sexo masculino em idade produtiva; Frequentemente associado a múltiplos traumas; Pode acarretar sequelas irreversíveis e incapacitantes TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Causas: Quedas Acidentes com veículos automotores e outras causas relacionadas a transporte (p. ex., acidentes de bicicleta, colisões com pedestres) Agressões Atividades esportivas (p. ex., concussões relacionadas com esportes) TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Classificação das lesões Lesões primárias resultante do trauma direto no encéfalo associado a estruturas vasculares; ocorre no momento da agressão inicial como laceração, lesões por cisalhamento, esmagamento, contusões e hemorragias. TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Classificação das lesões Lesões secundárias provocadas por processos contínuos de lesão, desencadeados pela lesão primária. continuam lesando o cérebro por horas, dias e semanas após a agressão inicial; ocorre o efeito de massa, herniação e elevação da pressão intracraniana, hipóxia, edema, isquemia, hipotensão e fluxo sanguíneo cerebral inadequado. TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Classificação das lesões Fechado – não há penetração da dura-máter. Geralmente decorrente de acidentes automobilísticos, agressões e quedas. TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Classificação das lesões Penetrante – há penetração da dura-máter. Geralmente decorrente de PAB e PAF. TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Tipos de TCE Hematoma subdural Acúmulo de sangue entre as membranas dural e aracnoide do cérebro. Com o aumento do volume do hematoma, o parênquima cerebral é comprimido e deslocado e a pressão intracraniana pode aumentar e causar hérnia. Cefaleia gradual, sonolência, confusão, às vezes com deficits focais ou convulsões TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Tipos de TCE Fratura de base de crânio Vazamento de líquor pelo nariz ou orelhas Sangue atrás da membrana timpânica (hemotímpano) ou da orelha externa Equimose atrás da orelha (sinal de Battle) ou ao redor dos olhos (olhos de guaxinim) TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Tipos de TCE Fratura de base de crânio TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Tipos de TCE Concussão Alteração no estado mental transiente (p. ex., perda da consciência ou memória) com duração de < 6 h Lesão axonal difusa Perda de consciência por mais de 6 h, mas ausência de deficits focais ou postura motora Hematoma epidural Cefaleia, consciência debilitada em poucas horas, às vezes com um intervalo de lucidez Hérnia geralmente causando hemiparesia contralateral e dilatação pupilar ipsolateral Hemorragia subaracnoidea Tipicamente, função normal Ocasionalmente, disfunção neurológica aguda TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Complicações Hipertensão Intracraniana pressão exercida pelo volume do conteúdo intracraniano dentro da abóbada craniana. Cefaleia; Náuseas com ou sem vômitos; Papiledema (edema do disco do nervo óptico). TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Complicações Hipertensão Intracraniana TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Complicações Herniação Uncal Midríase ou lentidão à resposta pupilar ipsilateral; Fraqueza contralateral; Decorticação ou descerebração; Tríade de Cushing (Hipertensão, Bradicardia e Padrões Ventilatórios anormais ou apnéia). TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Complicações Herniação Uncal TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Avaliação A avaliação do paciente com TCE respeita os mesmos princípios do atendimento de qualquer vítima de trauma, seguindo a diretriz “XABCDE” (PHTLS, 2018). Os achados da biomecânica do trauma a seguir podem auxiliar a suspeitar de lesões intracranianas: TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Avaliação TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Avaliação TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Avaliação TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Cuidados de enfermagem • Manter volemia adequada, oxigenação, glicemia e temperaturas adequadas. • Manter decúbito elevado a 30ºC para otimizar o retorno venoso. • Não comprimir o pescoço com colar cervical ou fixador de tubo para não reduzir o retorno venoso. • Manter sedação adequada: diminui a dor, ansiedade e agitação, reduzindo o metabolismo cerebral. • Manter monitorização de PIC por dispositivo TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) Definição: Lesão da medula espinhal completa ou incompleta. A clínica apresentada pelo paciente é desencadeada pela localização da lesão em relação à vértebra e aos tratos acometidos, apresentando alteração na sensibilidade e/ou motricidade abaixo da lesão TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) Definição TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) Causas: Superestiramento ou laceração dos ligamentos e músculos; Hiperflexão, hiperextensão, hiperotação, inclinação lateral repentina e tração excessiva. TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) VALE A PENA LEMBRAR... Excluir lesões de medula é mais simples em paciente lúcidos e orientados pela ausência de dor. Toda vítima inconsciente é portadora de TRM até que se prove o contrário; Lesões acima de T1 (C1 a C7) resultam em tetraplegia e abaixo de T1, resultam em paraplegia Em pacientes inconscientes exames radiológicos adequados deverão ser realizados TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) Complicações Choque Neurogênico É o quadro secundário à lesão da medula, com consequente perda do tônus quadro com repercussão hemodinâmica Os vasos sanguíneos, principalmente dos membros inferiores, ficam vasodilatados sem a atuação do sistema simpático. O sangue é represado na periferia, com consequente hipotensão, já que não chega ao coração. TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) Complicações Choque Neurogênico TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) Tratamento TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) Prognóstico Os nervos seccionados ou degenerados da medula espinal geralmente não se recuperam, e o dano funcional costuma ser permanente. O tecido neural comprimido pode recuperar sua função. O retorno de parte do movimento ou da sensação durante a primeira semana após a lesão anuncia recuperação favorável. Disfunção que se mantém depois de 6 meses tende a ser permanente Algumas pesquisas demonstram retorno parcial da função em lesões previamente completas da coluna espinhal com estimulação da coluna. TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) Tratamento TRAUMAS TORÁCICOS Definição Resultado do impacto de nível energético variável sobre o sistema musculoesquelético, que ocasiona diversos tipos de lesões, principalmente de extremidades Por ser mais evidente a identificação rápida das lesões primárias influencia no menor índice de mortalidade, exceto quando resulta em fratura de ossos longos, devido ao maior risco de hemorragia e hipovolemia. TRAUMAS TORÁCICOS Definição Na cinemática e biomecânica do trauma, a transferência de energia ocorre por (des)aceleração ocasionando lesão do tipo primária ou secundária. A primária é consequência do trauma local imediato secundária decorre da continuidade da transferência de energia para outras estruturas. Ex: durante a queda, o apoio nos membros inferiores provoca impacto sobre o pé, ocasionando fratura no fêmur, pelve e no próprio pé, como lesões primárias e mais evidentes; posteriormente, como lesões secundárias, pode apresentar hemorragia e choque hipovolêmico. TRAUMAS TORÁCICOS Conceitos importantes TRAUMAS TORÁCICOS Conceitos importantes TRAUMAS TORÁCICOS Conceitos importantes TRAUMAS TORÁCICOS Tipos TRAUMAS TORÁCICOS Classificação TRAUMAS TORÁCICOS Classificação TRAUMAS TORÁCICOS Manifestações clínicas Dor, edema, hematoma e eventuais anormalidadesanatômicas referentes ao alinhamento. Manipulação gentil e cuidadosa – evitar outros danos, especialmente em áreas fraturadas, prevenindo o deslocamento de êmbolos, o que pode desencadear tromboembolismo pulmonar e trombose venosa. TRAUMAS TORÁCICOS Classificação TRAUMAS TORÁCICOS Tipos de trauma TRAUMAS TORÁCICOS Tipos de Lesão TRAUMAS TORÁCICOS Tipos de Lesão TRAUMAS TORÁCICOS Tipos de Lesão TRAUMAS TORÁCICOS Tipos de Lesão TRAUMAS TORÁCICOS TRAUMAS TORÁCICOS TRAUMAS TORÁCICOS TRAUMAS TORÁCICOS Complicações Síndrome Compartimental É decorrente do aumento da pressão intersticial dentro de um compartimento osteofacial, que influencia a pressão de perfusão capilar, comprometendo estruturas como vasos, nervos e músculos. TRAUMAS TORÁCICOS Complicações Síndrome Compartimental Quanto menor a capacidade elástica do compartimento afetado, maiores os danos causados pelo aumento da pressão. A síndrome é causada por lesões por esmagamento, choque elétrico, queimadura – principalmente circunferencial – e, em caso de fratura, por pressão excessiva nos procedimentos e dispositivos de imobilização. TRAUMAS TORÁCICOS Complicações Síndrome compartimental Manifestações: Edema Dificuldade circulatória Má oxigenação tecidual. TRAUMAS TORÁCICOS Complicações TRAUMAS TORÁCICOS Complicações TRAUMAS TORÁCICOS Complicações TRAUMAS TORÁCICOS Cuidados de Enfermagem TRAUMAS TORÁCICOS Cuidados de Enfermagem TRAUMAS ABDOMINAL Definição: Trauma de abdome e de pelve é a lesão resultante do impacto da força externa exercida na região abdominal e pélvica, acometendo os órgãos internos Pode ser decorrente de agressão física, ferimento por arma branca ou de fogo, explosão, queda, atropelamento, colisão de veículos, geralmente associados, em sua maioria, a trauma multissistêmico, atingindo outras estruturas. TRAUMAS ABDOMINAL Definição: As lesões em trauma de tórax também podem ocasionar o trauma abdominal. É possível relacionar essa suspeição na ocorrência de lesões na parte anterior do tronco, quando abaixo da linha mamária; na parte posterior, quando abaixo da linha infraescapular; e nos flancos, quando entre a linha axilar anterior e posterior, do 6o espaço intercostal até a crista ilíaca. TRAUMAS ABDOMINAL Definição: Por isso, o uso correto de cinto de segurança (apoiado abaixo das espinhas ilíacas anterossuperiores) previne lesões internas, pois, quando incorretamente posicionado (acima da borda da pelve), pode provocar lesão de pâncreas e de outros órgãos retroperitoniais, ruptura e explosão de intestino. TRAUMAS ABDOMINAL CLASSIFICAÇÃO Aberto O trauma abdominal penetrante é associado à presença de lesão externa, com solução de continuidade e comunicação com o meio interno, frequentemente causado por ferimento de arma de fogo, arma branca ou objeto encravado e pode resultar em lesões vasculares e de vísceras e evisceração TRAUMAS ABDOMINAL CLASSIFICAÇÃO TRAUMAS ABDOMINAL Manifestações clínicas Sangramento Hemorragia externa Evisceração. Em caso de evisceração não tentar reposicionar nem recolocar as vísceras na cavidade – fragilidade da mucosa, quando exposta ao ar ambiente, há risco de desvitalização e necrose tecidual TRAUMAS ABDOMINAL Manter umidade local Proteger o local com tecido limpo, compressa umedecida ou cobertura plástica própria para evisceração manter o curativo úmido em solução salina até a intervenção reparadora em CC. Tomar cuidado com substituições de cobertura plástica por material não indicado para essa finalidade, pois pode aderir na mucosa e traumatizar durante a retirada. TRAUMAS ABDOMINAL CLASSIFICAÇÃO Fechado Não há comunicação com a cavidade interna Atentar aos sinais de: contusão, escoriação, equimose linear transversal ocasionada por cinto de segurança; dor, sensibilidade e contração de defesa na palpação; rigidez (possível sangramento interno) ou distensão abdominal; sinais de choque sem causa aparente, quando eventuais lesões externas não justificam o agravamento do quadro. TRAUMAS ABDOMINAL CLASSIFICAÇÃO Fechado O impacto externo é decorrente de acidente de trânsito, queda, agressão interpessoal. O aumento súbito da pressão intra-abdominal pode romper o diafragma e causar a herniação de órgãos abdominais para dentro da cavidade torácica TRAUMAS ABDOMINAL CLASSIFICAÇÃO Fechado TRAUMAS ABDOMINAL CLASSIFICAÇÃO Fechado TRAUMAS ABDOMINAL Manifestações clínicas Hipersensibilidade, dor, rigidez ou distensão abdominal; Sangramento, equimose, hematoma Indícios de trauma na região abdominal anterior, posterior, nos flancos ou compatíveis com lesão associada ao cinto de segurança; Instabilidade pélvica e crepitações de ossos do quadril; Urina turva ou hematúria; Sangramento anal TRAUMAS ABDOMINAL Investigação do Trauma Abdominal TRAUMAS ABDOMINAL Investigação do Trauma Abdominal TRAUMAS ABDOMINAL Investigação do Trauma Abdominal TRAUMAS ABDOMINAL Cuidados de enfermagem – APH TRAUMAS ABDOMINAL Cuidados de enfermagem – IH OBRIGADA!
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