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TCE - traumatismo cranioencefálico

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TCE: traumatismo cranioencefálico 1
TCE: traumatismo cranioencefálico
Introdução 
TCE → qualquer agressão gerada por forças externas capazes de ocasionar lesão anatômica ou comprometimento 
funcional de estruturas do crânio ou encéfalo
Picos de incidência: <5 anos (quedas), 15-24 anos (acidentes automobilísticos, violência, esportes) e >70 anos (quedas).
Associado a múltiplos traumas.
Classificação 
Quanto ao mecanismo 
Atropelamento
Queda (altura, local, possibilidade de amortecimento, posição na queda)
Veículo envolvido e velocidade e o uso de dispositivos de segurança
Características do objeto lançado contra a cabeça
Outros mecanismos
Quanto à ECG 
13-15 = leve
9-12 = moderado
3-9 = grave
Quadro clínico 
Sintomas pós-trauma 
Amnésia e duração
Perda de consciência (associado a maior gravidade)
Convulsão pós traumática
Cefaleia
Vômitos
Comportamento comparado ao habitual
Principais lesões 
Fraturas de crânio
Lesões intracranianas focais → hematomas extradurais ou subdurais e contusões intraparenquimatosas
Lesões difusas → lesão axonal difusa, concussão cerebral, edema cerebral difuso e lesões hipóxicas difusas
Base de crânio → quadro clínico de perda auditiva, hemotímpano, ortolicorreia, equimose retroauricular, equimose 
periocular bilateral (“olhos de guaxinin”), (sinal de Battle), rinorreia
TCE: traumatismo cranioencefálico 2
Fratura pode ser: linear, por afundamento e cominutivas.
Quando rompe a pele, é fratura exposta.
Hematomas
No hematoma extradural, existe um intervalo lúcido, com perda de consciência, por segundos, no momento do trauma, 
paciente se recupera e, após minutos ou horas, pelo aumento do hematoma e da PIC, há rebaixamento do nível de 
consciência, coma e morte.
O hematoma se localiza no local do trauma ou próximo, geralmente, nas artérias meníngeas (média principalmente) (10-
15% nas veias da dura-máter), com rápida evolução (necessidade de neurocirurgia).
Já o hematoma subdural tem predominância de lesão venosa, nas veias ponte (ligam aracnoide e dura-máter) e pias. 
Lesão em base de crânio
Imagem bicôncava.
TCE: traumatismo cranioencefálico 3
Ocorre mais em idosos (maior espaço entre as meninges e encéfalo) e alcóolatras (sintomas mais tardios, após 10-15 dias = 
HS crônico = imagem hipodensa ou isodensa em TC, com desvio da linha média).
HS agudo = sintomas até 72h, com possibilidade de perda de consciência no momento do trauma. Lesão hiperdensa em 
TC.
Pode haver intervalo lúcido, mas menos frequente.
Se houver aumento da PIC, o tto é neurocirurgia.
Por fim, no hematoma intraparenquimatoso, há sangramento (ipsi ou contralateral do trauma) intraparenquimatoso, que se 
mostra na TC com hiperdensidade pelo sangue e hipodenso ao redor, pelo edema.
TCE: traumatismo cranioencefálico 4
Lesão axonal difusa
Por movimentos de rotação ou aceleração e desaceleração, pode haver cisalhamento do neurônio, com lesão anatômica 
e fisiológica.
Leve → perda de consciência de 6-24h
Moderada/grave → >24h; se houver flexão anormal de membros ao estímulo (descerebração) é grave
obs.: perda de consciência <6h e trauma muito leve = concussão
Trauma de alta intensidade, perda/rebaixamento de consciência persistente e exame de imagem sem muitas alterações 
indicam lesão axonal difusa.
Ocorre em regiões mais inferiores do encéfalo.
Concussão cerebral
Trauma leve e comum. Alteração transitória da função cerebral. Sintomas, geralmente, se resolvem em semanas (tontura, 
amnésia, confusão, desorientação).
Associação com doença de Alzheimer, Parkinson e depressão.
Lesão hipóxicas difusas
Lesões sistêmicas que afetam o encéfalo pela hipóxia, como fraturas de costelas, hemotórax, pneumotórax, obstrução de 
vias aéreas, choque hipovolêmico, PCR recuperada e vasoespasmo cerebral.
Edema cerebral
Edema adjacente a contusões.
Edema difuso de um hemisfério cerebral.
Edema difuso pós-traumático.
Edema vasogênico → perda da autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral, com vasos engurgitados e extravasamento 
do sangue
TCE: traumatismo cranioencefálico 5
Complicações secundárias 
Edema vegetativo
Sequelas neuropsicomotoras
Epilepsia → normalmente, não se utiliza o anticonvulsivante, exceto em traumas penetrantes ou laceração dural, com 
rebaixamento do nível de consciência por mais de 24h (anticonvulsivantes por 7 dias)
Hidrocefalia → por inundação dos ventrículos e deficiência na drenagem; tto = DVE (derivação ventricular externa) ou DVP
Defeitos no crânio
Avaliação incial do TCE 
PRIMÁRIA → ABCDE 🚨
obs.: ECG <9 = IOT (opioide midazolam ou fentanil, hipnótico etomidato e relaxamente muscular succinilcolina)
obs.: sangramento em TCE não gera choque hipovolêmico, se tiver tem outra lesão
SEDUNDÁRIA:
ECG
Assimetria de respostas
Resposta pupilar
Inspeção e palpação do crânio e face (atentar para sinais de fratura de base de crânio)
Diminuição dos sulcos e giros
Resposta pupilar
TCE: traumatismo cranioencefálico 6
obs.: anisocoria + reflexo fotomotor = iminência de herniação transtentorial
EXAMES COMPLEMENTARES → TC crânio e RM crânio
Classificação e estratificação de risco 
Alto risco neurocirúrgico para TCE leve nos seguintes casos:
ECG <15 nas primeiras 2h pós-TCE
Suspeita de fratura exposta ou afundamento de crânio
Sinais de fratura de base de crânio
Vômitos em ≥2 episódios
Idade ≥65 anos
Moderado risco neurocirúrgico para TCE leve nos seguintes casos:
Amnésia anterior ao trauma maior que 30 minutos
Mecanismos de trauma grave: alta energia (atropelamento, efetado do veículo, queda de altura >1,5m ou 5 degraus)
ATENÇÃO❗Crianças com ECG ≤14 já tem indicação para realização de TC crânio e observação hospitalar por 12-24h em 
casos leves.
Conclusões 
O trauma crânio-encefálico é um sério problema de saúde pública, não despreze armadilhas!
Usem a TC de crânio com cuidado, nesse caso, faz parte do exame físico.
A prevenção sempre é o melhor remédio.

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