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Teoria Cognitiva Comportamental (TCC) – G1 I) Behaviorismo (primeira geração da TCC) - Rompimento da Psicologia com a subjetividade – o objeto de estudo passa a ser o comportamento observável - Todo aprendizado ocorre através de interações com o meio ambiente - Negação metodológica da consciência - Dois tipos de behaviorismo: Metodológico (Watson) e Radical (Skinner) 1. Behaviorismo Metodológico (John B. Watson) - Experimentos de Pavlov - Para Watson, as pessoas nasciam com poucas características natas e quase tudo era aprendido. - Contingência = os estímulos presentes no ambiente O COMPORTAMENTO É MOLDADO PELO AMBIENTE! · Condicionamento respondente ou clássico: - Formar uma associação entre dois estímulos, resultando em uma resposta aprendida. ESTÍMULO - RESPOSTA Estímulo -> Reflexo (resposta) incondicionado Estímulo Neutro -> Estímulo incondicionado Estímulo Neutro -> Reflexo (resposta) condicionado - Uma vez que a associação tenha sido feita entre o EI e EC, apresentar o estímulo condicionado vai evocar uma resposta, mesmo sem o estímulo incondicionado. A resposta resultante é conhecida como a resposta condicionada (RC). - Extinção respondente: Estímulo condicionado – nada ocorre - Quanto maior a intensidade do condicionamento, mais demora para extinguir a resposta - O condicionamento clássico pode ser usado para aumentar a quantidade de um comportamento, mas ele também pode ser usado para diminuir o comportamento. - Generalização = apresentar a mesma resposta condicionada para estímulos semelhantes Ex: Se uma criança foi condicionada a temer um coelho branco de pelúcia, vai expor o medo de objetos semelhantes ao estímulo condicionado, tal como um rato branco de brinquedo - Lei da intensidade = quanto maior a frequência/ força do estímulo, maior o condicionamento - Lei da latência = quanto maior a frequência/ força do estímulo, menor tempo de resposta - Habituação = nos habituamos a um estímulo muito frequentemente apresentado. - Potencialização = temos maior aversão quanto mais apresentado o estímulo. - Exposição interoceptiva = uso do condicionamento na clínica Expor o paciente ao estímulo aversivo para enfraquecer a resposta. Outros tipos de condicionamento: · Condicionamento de 2ª ordem= aprendizagem por associação - Condicionamento pelo emparelhamento de Estímulo Neutro com Estímulo condicionado - Não se sabe a equação original do condicionamento 2. Behaviorismo Radical (Skinner) explica/estuda todos tipos de comportamentos - Estuda o comportamento encoberto (não precisa ser observável) - Explicações subjetivas/mentais/fictícias não tem lugar na ciência - Não nascemos uma “folha em branco” – Reflexos e padrões fixos de ação disparados pelo ambiente - Aprendizagem desde o nascimento -> reforços e punições modelam o comportamento REFORÇO ------------ AUMENTA FREQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO PUNIÇÃO ------------ DIMINUI FREQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO · Condicionamento operante - Aprendizagem pelas consequências - Reforço: · Positivo: Estímulo adicionado ao ambiente aumenta o comportamento · Negativo: Estímulo retirado do ambiente para aumentar o comportamento Reforçadores Naturais X Arbitrários Quando a consequência reforçadora é Quando o reforço é um produto um produto direto do próprio indireto do comportamento comportamento II) Revolução Cientifica behaviorismo -> TCC - Substituição de um paradigma por outro - Thomas Kuhn (1970): o estágio de uma ciência quando ainda fragmentada em linhas de pensamento ´e “pre-paradgmático”, uma ciência atinge seu estado maduro e avançado quando não é mais fragmentada e sim definida por um paradigma dominante. - A Psicologia não tem paradigma dominante - Revolução Cognitiva x Psicologia Cognitiva x TCC positivismo -> olhar para dentro - Zeitgeist da revolução cognitiva · Invenção do computador · Neuropsicologia · Cibernética · Retomada do tempo de reação em processos mentais - O paradigma dominante era o behaviorismo Teoria da aprendizagem social 1) Expectativas de resultado/desempenho 2) Expectativas de eficácia (se acredito que consigo/se vale a pena -> interpretação cognitiva) - Modelação: Aprendizagem por observação de um modelo de concepção/percepção do mundo (Bandura) -- nova forma de aprendizagem - Modelagem: É moldado por reforço experimental - Valida a forma de aprendizagem de Watson e Skinner mas diz que não é a única maneira - Critica o tecnicismo do behaviorismo - Dá força ao modelo medicional S ----- O ------ R Surge uma variável nova que seria a interpretação cognitiva · Terapias cognitivas comportamentais - Beck (1963) - O comportamento é influenciado por processamento cognitivo - Esse processamento pode ser monitorado e alternado ≠ PSICANÁLISE - Mudança comportamento pode ser influenciada por mudança cognitiva > Processamento cognitivo Comportamento Behaviorismo TCC Psicanálise Objetivo Comportamento Pensamentos, cognições e comportamentos Inconsciente Método Análise exp. do comportamento Científico, empirismo colaborativo Associação Livre - Terapia Cognitivo Comportamental - - Modelo cognitivo: Mundo externo interpretações afetos comportamento PENSAMENTOS SENTIMENTOS REAÇÕES FÍSICAS COMPORTAMENTOS · Modelo cognitivo de Beck: - Três níveis de processamento da informação 1) Pensamentos automáticos (PA) 2) Crenças intermediarias (CI) 3) Crenças centrais/nucleares (CN) - Os três níveis funcionam de forma dinâmica, como uma engrenagem, a ativação de um dos níveis influenciando o funcionamento cognitivo como um todo, em um processo que se retroalimenta. 1) Pensamentos automáticos (PA) - Respostas/cognições rápidas e espontâneas 2) Crenças intermediarias (CI) - Ajudam o indivíduo a lidar e se defender da ativação dolorosa de suas crenças - nucleares - Tendem a ser hipotéticas ou condicionais, do tipo: “se...então...”, caracterizadas pelas polaridades negativa ou positiva. 3) Crenças nucleares - Matrizes de interpretações momentâneas das relações individuo-mundo - Esquemas = conjunto de crenças nucleares - Dolorosa de se entrar em contato · Personalidade – conjunto de esquemas – fatores ambientais + fatores biológicos · Distorções cognitivas · São formas de pensar distorcidas da realidade, padronizadas pelos eventos da vida e que geram grande sofrimento para si próprio ou para os outros com quem convive. · São expressas em pensamentos automáticos disfuncionais, sendo um processamento de informações emocionais equivocado onde, nossos esquemas mal adaptativos distorcem a realidade para que esta se torne condizente com nossas crenças centrais de desamparo, desamor e desvalor. Exemplos: 1- Pensamento dicotômico 2- Abstração seletiva 3- Inferência arbitraria 4- Hipergeneralização 5- Desqualificação do positivo 6- Erro Ocular 7- Raciocínio emocional 8- Rotulação · A TCC foca nos problemas específicos e não em entidades globais · Identificar em cada problema apresentado os fatores: 1) PREDISPONENTE: aumenta a chance de aparecimento de um transtorno 2) PRECIPITANTE: marcam aparecimento dos sintomas (“gota d’agua/estopim) 3) MANTENEDOR: determinam se o transtorno vai ser perpetuado ou não. Método de Avaliação: - Entrevista cognitivo-comportamental - Auto monitoração - Auto relato - Informação por outro - Observação direta clínica RACIOCINIO CLÍNICO - Desenvolver hipóteses e plano de ação para a terapia - Importância da empatia CONCEITUALIZAÇÃO DE CASOS CLINICOS - Diagrama que resume o funcionamento do paciente - É uma teoria sobre o cliente que relaciona todas suas queixas entre si de forma logica, orgânica e significativa · Desenvolvimento · Experiencias traumáticas · História médica · História psiquiátrica e psicoterapêutica · Status psicológico · Rapport – grau de abertura e auto revelação: motivação para a terapia = níveis de compreensãoe insight; sentimentos despertados no terapeuta - Reestruturação Cognitiva: questiona/analisar as distorções cognitivas e pensamentos automáticos DIAGRAMA DE CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA SITUAÇÃO PENSAMENTO AUTOMATICO SIGNIFICADO EMOÇÃO COMPORTAMENTO SE....ENTÃO....PORTANTO - Mudança de comportamento = sair da zona de conforto e passar/vivenciar o desconforto (não o sofrimento) · Relação terapêutica - 60% da terapia - A eficácia/sucesso e andamento da terapia depende de uma boa relação terapêutica - Componente universal da terapia - Habilidades de um bom terapeuta: empatia e compreensão; aceitação incondicional; autenticidade; autoconfiança; flexibilidade na aplicação de técnicas.
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