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Abordagem do paciente com icterícia · Coloração amarelada nas palmas das mãos, pele, frenulo lingual, olhos... · Ocorre apenas quando tem de 3mg/dl, mas pode ser percebida antes · Diferenciar sempre de carotenemia (excesso de vitamina A, não ocorre na esclera e nem freio lingual), pacientes negros têm a esclera normalmente amarelada (observar a palma da mao) · Metabolismo da bilirrubina (causas) · Vem do heme – é convertida em bileverdina e em seguida em bilirrubina · Icterícia por aumento da bilirrubina (indireta/não conjugada): anemias, hemolíticas, eritropoiese ineficaz: deficiência de ferro e cobalamina, reabsorção de hematomas · Alterações do transportador que permite a entrada da bilirrubina indireta pra dentro do hepatócito ou não ser conjugada (ausência de glucoronil-transferase) dentro do hepatócito também aumentam a birrubina indireta no organismo · Icterícia por captação hepática reduzida: famarcos (rifampicina), sd de gilbert · Icterícia por conjugação reduzida da bilirrubina · Icterícia neonatal e ictérica do leite materno · Fármacos: cloranfenicol, gentamicina, atazanavir · Hepatite e cirrose – limitação na excreção da bilirrubina · Síndrome de crigler-najjar 1 e 2 e gilbert · Mutações na UGT1A1: · crigler-najjar tipo 1 (atividade da enzima quase ausente e, portanto, tem um nível alto de BI, que é lipossolúvel e atravessa a barreira hematoencefalica e gera kernicterus) · Tto: fototerapia + ou – fosfato de cálcio, exsanguineotransfusao/plasmaferese, hidratação albumina, transplante hepático – fenobarbital não faz uso, pois não há atividade enzimática · crigler-najjar tipo 2: ainda há atividade enzimática, podendo chegar a idade adulta e pode ter períodos de icterícia, principalmente associado com jejum e infecções – raramente causa kernicterus – atividade enzimática reduzida em 10% · fenobarbital – causa indução enzimática – serve pra tratar crigler najjar tipo 2 e gilbert – serve como teste diagnostico pra crigler najjar · Síndrome de gilbert · Mutação na enzima UGT1A1 – redução em 30% da atividade enzimatica · Icterícia – apenas, sem outras sequelas · Sem outras queixas ou alterações laboratoriais (a não ser a BI) · Piora em Infecções e febre, exercício extenuante, jejum, menstruação... · Teste genético pra casos duvidosos · Tto expectante · É a alteração da enzima UGT1A1 mais comum · Prognostico benigno · * Síndrome de crigler-najjar 1 e 2 Síndrome de gilbert têm origem na ausência de um gene que sintetiza a glicoronil transferase – a diferença entre as duas é o tanto de atividade enzimática ainda tem · · Hipetireoidismo · Após ser conjugada, vai ser excretada pela proteína de resistência a múltiplos fármacos, entrando na via biliar – parte da BD sofre refluxo para o espaço de Diss, transportada pelo transportador de anions orgânicos - pode haver pro blemas, portanto, na excreção e no transportador de anions orgânicos, sendo a excreção a que mais limita. Ao cair no duodeno, ela permace intacta até chegar no íleo é desconjugada e lá, pode ser em parte reabsorvida ou ser eliminada na urina ou nas fezes · Icterícia por excreção reduzida da bilirrubina · A bilirrubina JÁ ESTÁ CONJUGADA – predomínio de BD · Causa mais comuns de hepatopatia crônica (cirrose) e colestase · Síndrome de Dubin-johnson · Mutação no gene da prtoina MRP2 (a proteína que excreta pra via biliar) · Há icterícia leve (pode ter adinamia, desconforto abdominal leve e sem alterações das enzimas hepáticas, FA e GGT) – mais evidentes após doenças infecciosas, gestação · Presença de corprofirina urinaria (diferencia de rotor): tipo I prevalente (tipo III normal) · Reafirmar a benignidade da doença · Síndrome de rotor · Mutações nos transportadores que levam a BD a refluir pro espaço de Diss. Alterações nos genes OATP1B1 e OATP1B3 · Hiperbilirrubinemia crônica e ictérica · Testes de funça hepática normais · Quadro benigno muito semelhante a Dubin-johnson – a diferença é o tipo da croproprofirina urinaria: tipo I aumentada – mas as condutas são as mesmas · Não apresenta nenhuma alteração laboratorial, exceto BD · · Colestase intra-hepatica recorrente benigna · Paciente apresenta momentos de icterícia · Há alteração no gene FIC1 de fisiopatologia desconhecida · Não evolui pra doença hepática (cirrose) – não há complicações · Episódio recorrente de prurid icterícia, mal estar · Tem elvação de fosfatase alcalina e amino transferase · Tratamento sintomático (prurido); se intratável o prurido, pode-se fazer transplante · Colestase intra-hepatica familiar progressiva · Pode necessitar de transplante · Colestase grave · De inicio na infância · Evolui pra cirrose – pre-maligno – já foi descrito CA em crianças · Suporte nutricional e reposição de vitamina lipossolúveis (INR pode alargar popr falta de vitamina K) · Anamnese · Historia completa e em ordem cronológica. Perguntar também se é: · Inédita ou recorrente? Se recorrente, o que precipita? P.ex. infecção (pensa em sd de gilbert) · Inicio súbito? Se sim pensa em calculo que migrou pra VB · Icterícia flutuante (pensa em TU de papila)? Tem perda de peso e melena associado? · Dor abdominal associada? Febre? (hepatite alcoolica, hepatite viral, colangite) · Acolia/hipocolia fecal – obstruções da via biliar · Coluria? (pensa em BD) · Uso de medicamento, cha (varias plantas podem causar danos ao fígado), álcool? · Cirurgias previas · HF+? · Exposição sexual desprotegida? Exposição a sangue? · Exame fisico · Tonalidade da ictérica: flavinica (mais amarelada, típico de hepatites), rubinica (alaranjado-avermelhado, leptospirose), verdinica (obstrução de VB) e melanica (obstruções completas de VB e mais crônicas) · Estado geral, consciência, hidratação e nutricional (se emagrecidos pensar em neoplasias) · Sinal de courvoisier-terrier – indica obstrução crônica de VB · Tríade de charcot: febre + dor abdominal + icterícia (colangite) – em caso de piora, evolui pra pentade de Reynolds: tríade de charcot + hipotensão + alteração do nível de consciência · Sinal de Murphy (colecistite) · *não é comum vir acompanhado com icterícia, se presente pensar em: mirizzi, coledolitiase ou obstrução da VB de outra natureza · Linfonodos · · Lembrar de CA do TGI · Linfonodo supraclavicular – nódulo de virchow · Irmâ maria jose – nódulo periumbilical · Aaranhas vasculares, ascite, ginecomastia, eritema palmar, unhas de terry ( leuconiquea na parte proximal e mais corada na parte distal) · Indicam hepatopatia/ insuficiência hepatica · · Exames complementares · BT e frações – BD ou BI? · Marcadores de lesão hepatocelular (ao hepatócito): TGO/AST e TGP/ALT · Marcadores de lesão canalicular: FA e GGT · Marcadores de função hepática: bilirrubina, albumina e INR, *TAP? · Algoritimo/resumo · · *Elevação bilirrubina isolada · Predomínio de BI se (BD<15%). Se maior, há o predomínio de BD · Exames para predomínio de aumento BI isolado · Avaliação de hemólise: reticulócitos, LDH, haptoglobina, COOMBS, FAN · Perfil do ferro, acido fólico, vitamina B12 · Eletroforeses de hemoglobina, teste de fragilidade osmótica · Elvação de bilirrubina e outros marcadores · TGP:FA > 5 – sede da lesão no hepatócito · Pesquisar: · Sorologias virais, ceruloplasminas (d de wilsom), perfil do ferro (ferrocromatose), alfa 1 antitripsina (hepatite autoimune) · Auto anticorpos · Biopsia hepática · TGP:FA < 2 – a sede da doença é na via biliar - nesse caso segue investigação com exame de imagem · USG – se mostrar VB diltada, calculo – penso em doença extra-hepatica (vide acima) · · Colangio ressonância · · Procura por estreitamento de VB e falhas de enchimento – pensar em tumores periampulares e cálculos – a seta aponta um calculo · Ecoendoscopia ou US endoscópico (pode realizar biopsias) · CPRE – mais utilizada pra tto e menos pra diagnostico · Risco de pancreatite e sangramentos · Exceção quando há alto índice de suspeição – colangite + sepse · · Mirizzi = calculo no ducto cístico comprimindo ducto colédoco · Se USG não vem com VB dilatada pesquisar · Sorologias virais · Auto-anticorpos · colangioRNM· biopsia · tratamento de prurido associado a colestase · leve: banhos mornos, hidratação da pele e anti-histaminicos · moderado a severo · colestiramina · rifampicina · natrexona · acido urso-deoxicolico
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