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TÓPICO 1 O procedimento da Lei Ordinária: 1. Competência (iniciativa) para propor a Lei Ordinária; 2. Emendas; 3. Quórum para deliberação; 4. Promulgação e Publicação. Dentro das normas do processo legislativo brasileiro ordinário ou comum, podemos destacar a Lei Ordinária, a qual significa uma lei simples normal, aquela que não requer maiores formalidades na sua elaboração. Existem dois tipos de leis ordinárias: Leis Gerais (que estabelecem disposições gerais e genéricas que se aplicam a todos os entes da federação) e Leis Especiais (leis que estabelecem normas especiais, específicas ou peculiares para determinado ente ou situação). O procedimento para a sua elaboração é bem amplo, uma vez que envolve a análise e a discussão de projetos legislativos, resultando no mais complexo e demorado. Considerando competência como uma esfera de poder, não importando quem seja e sim quem está investido no cargo, a iniciativa das leis ordinárias poderão ser: Gerais – couber a qualquer membro da comissão –; Reservadas – partir de órgãos específicos –; Concorrentes – partir de vários legitimados ao mesmo tempo –; Exclusivas – pertencer, apenas, a determinado cargo ou órgão –; Parlamentares – partir dos senadores e deputados –; Extraparlamentares – partir dos demais –; Maioria Absoluta – maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional; Populares – cidadãos. Conforme estabelece o Art. 61 da Constituição Federal, qualquer deputado ou senador, de forma individual ou coletiva, bem como comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, pelo Presidente da República, pelo Supremo Tribunal Federal, pelos Tribunais Superiores e pelo Procurador-Geral da República. Ainda pode ter iniciativa popular, como disposto no § 2º, quando houver no mínimo um por cento do eleitorado nacional, distribuído ao menos em cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. A aprovação da lei ordinária requer quórum de maioria simples dos parlamentares para a deliberação parlamentar (projeto passa para discussão e votação), ou seja, o primeiro número inteiro superior a metade dos presentes no dia específico da votação. Assim como a lei complementar, ela só será efetivada, após a sanção do executivo. No âmbito federal, ela poderá ser iniciativa de qualquer comissão: Parlamento, Congresso Nacional, Presidente da República, STF, STJ, TSE, TST, TSM, Procurador geral da justiça e por iniciativa popular. Nos estados e no Distrito Federal, a lei ordinária pode ser de iniciativa de qualquer comissão: Deputado estadual ou distrital; do chefe do executivo; do https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631826/artigo-61-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 Governador; do Tribunal da justiça do estado; do Procurador geral da justiça do estado e da iniciativa popular quando a Constituição permitir. Nos municípios, a lei ordinária pode ser de iniciativa de qualquer vereador; das comissões da câmara municipal; do prefeito ou de iniciativa popular, de pelo menos 5% dos eleitores daquele município. Além disso, tendo uma proposição modificativa dos projetos de lei apresentados, originalmente, pelos deputados e senadores, denominamos de Emenda parlamentar, que nada mais nada menos representa o instrumento que o Congresso Nacional possui para participar da elaboração do orçamento anual. Por fim, quando o projeto de lei foi votado pela Casa Iniciadora e encaminhado para a Revisora, sendo aprovado em ambas, sancionada pelo Presidente, faltando apenas concluir pela existência/validação no ordenamento jurídico através da promulgação chegamos a fase da promulgação/publicação. Ao ser promulgado, a agora Lei oficialmente terá presunção de constitucionalidade, presunção esta que não é absoluta, é iuris tantum (relativa). A falta de promulgação em 48 horas pelo Presidente transfere a incumbência ao Presidente do Senado e ao Vice se não o fizer em igual prazo. Agora com a Lei promulgada e existente no ordenamento, a sociedade precisará conhecê- la e para tanto, será publicada e por conseguinte, levará a presunção de que todos conhecem a lei. Claro, isto nos faz lembrar a velha máxima da LINDB, Art. 3º: “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.” Lembrando que a promulgação é da lei e não do projeto de lei. Já na Publicação, há uma comunicação dirigida a todos os que devem cumprir o ato normativo, sendo condição de eficácia da lei. Isto, compete ao Presidente da República em fazer e quando publicada, entrará em vigência após 45 dias em todo o país, deferente dos estados estrangeiros (vacatio legis), após 3 meses. TÓPICO 2 Lei Delegada: 1. Competência (iniciativa solicitadora); 2. Delegação típica ou própria, Delegação atípica ou imprópria; 3. Poder de sustar LD. Trata-se de delegação para o poder executivo elaborar determinada lei e esse ato normativo é de competência do executivo, mas que necessita de pedido ao legislativo e delegação expressa para a sua elaboração. Isto significa que a iniciativa solicitadora da Lei Delegada é um ato exclusivo e discricionário do Chefe do Poder Executivo, somente o Presidente da República é que deverá indicar o assunto a ser regulamentado por LD, e que por meio de uma Resolução, o Congresso Nacional concede ou não a elaboração da lei. De acordo com Marcelo Novelino, na delegação típica (ou própria) todo o restante do processo legislativo se esgota no interior do Poder Executivo. Após o retorno da resolução, o Presidente da República elabora o texto normativo, promulga e determina sua publicação. Na delegação atípica (ou imprópria), o Congresso Nacional determinará o retorno do projeto ao legislativo para apreciação em votação única. Nesta hipótese, é vedada qualquer emenda: ou o projeto é aprovado in totum ou rejeitado e arquivado (CF, art. 68, § 3º). Em face da vedação da emenda da Casa Legislativa ao projeto original, a sanção do Presidente da República é dispensável. No pedido deve indicar claramente a matéria que se pretende normatizar, visto que Leis Delegadas não podem versar sobre atos de competência exclusiva do congresso nacional; são matérias reservadas a lei complementar; legislação sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. Com ela, o executivo pode criar ou aumentar empréstimos compulsórios e impostos da competência residual da união. Não é muito utilizada, pois o executivo encontrou na medida provisória um instrumento mais confortável para aumentar a autonomia institucional. Com isso, o executivo sempre deverá elaborar a lei delegada de acordo com as diretrizes estabelecidas no termo de delegação. Caso sejam descumpridos o princípios ali estabelecidos, poderá o órgão legislativo simplesmente sustar a lei por meio de um decreto legislativo, ou seja, segundo o art. 49, V CF, é competência exclusiva do Congresso Nacional de sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem os limites de delegação legislativa, não sendo retroativa segundo Alexandre de Moraes.
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