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A474 Alves, Silvio Dutra As Batalhas Espirituais Finais – Parte 3 / Silvio Dutra Alves. - 1ª edição – Fundamentado no tratado de William Gurnall Rio de Janeiro, 2021. 146p; 14,8 x 21 cm 1. Teologia. 2. Vida Cristã. I. Título CDD 230 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16) Se tomarmos as palavras de Jesus em João 3.16 e as transportarmos em sua interpretação para o simples campo do debate religioso, ficaremos a uma profunda distância do seu real significado, aplicando-o de forma generalizada a tudo quanto exista no mundo, o que seria incorreto, pois ali se excluem todas as demais coisas que não possam crer, pois é dito expressamente que o objetivo da missão do Filho em ter sido dado pelo Pai ao mundo e enviado a Ele é dirigido a todo o que crer, e isto sabemos que é dado somente a seres morais, ou seja, à humanidade. Mas o principal a ser recolhido nestas palavras do Senhor é que Ele foi dado para ser um sacrifício e que o que motivou o Pai a isto foi o seu amor por aqueles que viriam a crer no Filho, de modo que não perecessem por causa do pecado, mas, como nas palavras do mesmo texto, que viessem a alcançar a vida eterna. Agora, se permanecermos aqui e não avançarmos em nossa interpretação em busca do pleno significado do que foi dito pelo Senhor, é possível que não cheguemos a compreender como é que este amor de Deus pela humanidade se expressa e para qual finalidade. É preciso examinar todo o contexto destas palavras de João 3.16 para podermos entender que ali se fala da necessidade 2 de um novo nascimento do Espírito Santo para que o propósito de Deus se cumpra, porque o seu amor ao mundo busca uma correspondência de volta a este amor por parte daquele que foi amado. E isto não seria possível caso não houvesse um novo nascimento operado pelo Espírito Santo, pelo qual somente é possível termos este amor de Deus derramado em nossos corações. Em outras palavras, somente por estarmos cheios do Espírito que podemos sentir e expressar o nosso amor a Ele e ao nosso próximo, do mesmo modo conforme somos amados por Ele. Este sentimento e expressão do amor de Deus encontrava-se no apóstolo Paulo e foi isto que o levou a dizer as palavras de 2 Corintios 5.18-21: “18 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, “19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. 20 De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. 21 Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” Como um embaixador enviado por Deus desde o Seu reino para uma nação estrangeira, ele fala 3 com o mesmo sentimento de amor de Deus pelo homem, a ninguém excluindo de sua mensagem, para que atendesse ao convite daquele que o enviou em missão para participarem do Seu Reino, deixando de estar em guerra de oposição a Ele, pois estava disposto a se reconciliar com eles através da obra realizada por seu Filho em favor deles. E se Deus estava assim disposto, cabia a eles estarem dispostos também a se reconciliarem com Ele. Mas estes que se reconciliam são em si mesmos apenas vasos fracos de barro, incapazes de manifestar o amor espiritual, celestial e divino, caso não sejam enchidos e movidos pelo Espírito Santo, que é o único que pode mudar seus corações insensíveis de pedra em corações de carne sensíveis ao amor de Deus, a ponto deste amor transbordar até mesmo em direção daqueles que são seus inimigos. É possível ter sentimentos de amor e inclusive chorar por compaixão de um cruel inimigo? Sim, desde que como vimos antes, sendo tomados pelo Espírito Santo para isto. Então, esta é a mensagem central, o coração do evangelho. Isto é o puro Cristianismo, e revela o quão vil é se opor e atacá-lo sob a alegação de ser uma religião que dissemina o ódio. Uma acusação dessa monta repousa na ignorância do que seja de fato o Cristianismo e poderia ser somente insuflada pelo grande Inimigo de Deus e o evangelho, a saber, Satanás o diabo, que sempre 4 será achado neste propósito de erradicar o cristianismo da Terra. Foi isso que levou Jesus a interceder em favor dos seus algozes, mesmo quando morria na cruz, dizendo que eles não sabiam o que estavam fazendo, pois todo aquele ódio e desprezo por Ele era sem causa, não havia um motivo para aquilo, pois sempre os havia amado a ponto de chorar por toda a Jerusalém, em razão do endurecimento deles ao convite de amor de Deus para se reconciliarem com Ele por meio da fé em Seu Filho. E apesar deste ódio sem causa a Jesus e ao evangelho ter continuado na história da humanidade até os nossos dias, o amor de Deus continua inalterado e ainda enviando embaixadores com a sua mensagem de amor a todas as partes do mundo, e é por causa deste amor movendo os seus corações que muitos destes missionários têm sido martirizados e perseguidos desde os dias da Igreja Primitiva até hoje. Mesmo depois de tantas crueldades e injustiças contra os cristãos e contra a mensagem do evangelho, o amor de Deus permanece o mesmo, ainda que tenha que manter sob acusação para uma condenação eterna caso não venham a se arrepender enquanto vivem aqui embaixo, pois isto é exigido pelo atributo da Justiça perfeita divina que exige que somente por possuir uma justiça também perfeita os seres morais podem ser unidos espiritualmente a Deus fazendo-se co- 5 participantes da Sua natureza, e esta justiça perfeita nenhum ser humano possui, senão somente Jesus que pode imputá-la a nós, caso nos liguemos a Ele em espírito. Então no mesmo contexto de João 3.16, Jesus também disse o seguinte: “17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. 19 O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. 20 Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras. 21 Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.” Com isto, vemos que o amor do qual aqui se fala não envolve apenas sentimento ou mover espiritual, mas também um necessário fundamento na justiça e na verdade, pois ambos antecedem ao amor, porque não há verdadeiro amor onde não haja a justiça e a verdade de Deus em nossas vidas. Sem esgotar todas as particularidades deste amor de Deus, no que tange às suas realizações e 6 manifestações em nós, o apóstolo Paulo nos apresenta a seguinte descrição no texto de I Coríntios 13: “1 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 2 Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. 3 E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado,se não tiver amor, nada disso me aproveitará. 4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; 9 porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. 10 Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. 7 11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. 12 Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. 13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” Por este texto e por tudo o que se falou até aqui podemos ver claramente que toda a pregação que condena o pecado não tem por alvo condenar o pecador em seu estado caído, pois isto significaria uma adulteração da mensagem que Deus confiou aos seus embaixadores para transmitirem aos perdidos em nome de Cristo, não somente de que há esperança para eles, mas que se arrependam de seus pecados para poderem se reconciliar com o Criador, uma vez que o pecado foi o agente responsável pelo afastamento que há entre o homem natural e Deus. Impõe-se a necessidade de um novo nascimento do Espírito Santo, para a recepção de uma nova natureza espiritual santa e sem pecado, que será desenvolvida no crente até que ele chegue à estatura de maturidade que há em Cristo. Com o propósito de convencer a humanidade caída da perigosa posição em que se encontra caso não se converta, Deus operou grandes juízos contra o pecado, especialmente no período do 8 Antigo Testamento, inclusive sobre nações inteiras, para seja temido e atendido em suas ameaças contra o pecado, e por fim muitos se convertam de suas más obras, voltando-se para ele para viverem em justiça e santidade. De modo que tais ameaças e juízos não devem ser considerados que havia um Deus cruel nos dias do Antigo Testamento que foi pacificado por Jesus, uma vez que ambas afirmações são incorretas. Deus não muda, e Jesus sendo Deus veio em missão de salvação, mas há de voltar em missão de Juízo. Mas tanto em suas ameaças quanto em seus juízos não são excluídos sua longanimidade, amor e misericórdia, pois são atributos essenciais de sua natureza divina, de modo que faríamos bem em não considerar erroneamente todas as suas ações contra o pecado como uma forma de ódio pela humanidade, pois não odeia o homem que criou, senão o pecado. E se o homem não mata o pecado, o pecado por fim o matará, e é disso que Deus com grande longanimidade tem procurado livrar o pecador, pois o pecado que ele tanto ama virá por fim a ser o seu algoz, assim como uma serpente venenosa que foi criada em seu peito. Evidentemente, tudo isto não pode ser apenas considerado sob um prisma sentimental e emocional pois é discernido pelo mesmo Espírito Santo, por aqueles que são por ele dirigidos, quantos há que se opõem abertamente a Deus e ao evangelho de amor de Jesus por serem adoradores voluntários e ardorosos do mal e de Satanás, e que são conhecidos como réprobos 9 porque jamais chegariam ao conhecimento da verdade, de modo que destes também se dá testemunho na Bíblia, e podem ser vistos em suas ações deletérias ao longo de toda a história da humanidade, encobertando muitas vezes estas ações sob uma capa de amor ao próximo, e em ações de “beneficência”, pelas quais escondem seus reais propósitos de destruição e maldade. Como poderiam estes serem aprovados para o Reino dos Céus? Como poderiam partilhar de uma verdadeira unidade em justiça e em amor com todos aqueles que amam a Deus? Ao contrário, sendo agentes e instrumentos voluntários nas mãos de Satanás, sempre serão usados por ele para se oporem ao propósito de Deus de salvar os perdidos, e para causarem dores e sofrimentos naqueles que se dispuserem a se converter a Cristo. Triste realidade, mas é o que existe de fato, e com o que se tem convivido ao longo das eras. Apesar de tudo isto, os que estão em missão em nome de Jesus acham-se com lágrimas de compaixão e amor em seus olhos pelos que se perdem. Isto nos faz lembrar quando um pastor disse a Robert Murray Mc’Cheyne que havia pregado um grande sermão sobre a futura destruição dos ímpios, Mc’Cheyne perguntou-lhe se ele o havia feito com lágrimas em seus olhos, pois este é o sentimento que permeia a mente e os corações daqueles que estão de fato cheios do Espírito Santo. 10 Olhe para Jesus sangrando na cruz, tudo suportando com infinita paciência e amor pedindo ao Pai que perdoasse os seus crucificadores, pois, afinal todos eram seus assassinos porque foi por causa dos seus pecados que Ele entregou sua vida voluntariamente em sacrifício para que pudessem ser salvos. Quanto mais um crente se santifica, mais ele se sente o principal dos pecadores, como assim se expressou o apóstolo Paulo acerca de si mesmo. E por que isto? Porque quanto mais nos aproximamos do sol de perfeição de justiça que é Jesus Cristo mais é revelada a profundidade do pecado que reside em nossa velha natureza. Nada há portanto mais improcedente do que acusar o cristão verdadeiro de se julgar superior às demais pessoas, ou que seja melhor do que elas. Se há alguma excelência no cristão é devido completamente à graça de Jesus que lhe é concedida exclusivamente pela fé. Nada há nele de si mesmo que o recomende a Deus, e é somente aceito por Ele por estar em Jesus Cristo. E o principal de tudo, esta graça está sendo oferecida a todos, sem qualquer acepção de pessoas, e é disso que o crente está encarregado pelo próprio Cristo a fazer por meio do seu testemunho pessoal, pregação e ensino. Quem tudo faz e opera é o próprio Deus, e o crente não passa de um mero instrumento em Suas mãos divinas, assim como o bisturi nas mãos do cirurgião. Mas nada disso pode ser discernido e entendido quando se está na carne, e não no Espírito. E para estar no Espírito é necessário 11 nascer de novo, ao que se chama regeneração, mas não sem que se seja também justificado da culpa do pecado por meio da fé em Jesus e em Seu senhorio, sacrifício e sacerdócio. Então não é de se admirar que todo aquele que ainda não nasceu de novo do Espírito, não possa discernir quem seja de fato o crente e o que ele sente pelo mundo inteiro sem Cristo, com terna compaixão e sentimento sacrificial de gastar a própria vida em prol da salvação de almas. E o diabo, conhecendo amplamente a cegueira decorrente da ignorância espiritual usa de argumentos falaciosos apresentando um simulacro de bem para ser aplicado à sociedade como um todo, que é exatamente o oposto de tudo o que há no reino de Deus. Daí é que decorre toda a perseguição que é levantada contra os crentes, contra Cristo, contra o Evangelho, porque Satanás engana os não crentes com o falso argumento de que estão sendo ofendidos pelos crentes quando estes pregam contra os seus pecados, e vai ainda mais além, enganando-lhes que não há pecado, e que tudo o que fazem é somente o resultado da liberdade que eles têm por seu nascimento natural, e da qual devem desfrutar da maneira que bem entenderem desde que se sintam felizescom isso. Como nas partes anteriores, continuaremos apresentando a seguir o que foi escrito por William Gurnall, em seu tratado intitulado O Cristão na Armadura Completa: Direção em segundo lugar. 12 A natureza da guerra e o caráter dos assaltantes. 'Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”(Efésios 6:12). As palavras são acopladas ao precedente com a partícula casual 'para', que se refere aos dois versículos anteriores - e então elas são mais uma razão, pressionando a necessidade de fortaleza cristã no décimo verso, e móveis no décimo primeiro, ou então até as últimas palavras no décimo primeiro versículo, onde o apóstolo viu que o grande inimigo dos santos é Satanás, e o descreveu em um de seus atributos - sua astuta sutileza - ele neste exibe em suas próprias cores, não para enfraquecer as mãos dos santos, mas para despertar seus cuidados, que vendo seus inimigos marchando de corpo inteiro, eles podem ficar em melhor posição para receber sua carga. Aqui, aliás, nós podemos observar a simplicidade e a franqueza do apóstolo; ele não subestima a força do inimigo, e representá-lo insignificante, como os capitães costumam fazer para manter seus soldados juntos, por menosprezar o poder de seu adversário; não, ele diz a eles o pior no começo. Se Satanás tivesse recebido permissão para estabelecer seu próprio poder, ele poderia ter desafiado não mais do que aqui é concedido a ele. Veja aqui, a diferença entre Cristo lidando com seus seguidores e Satanás com os seus. Satanás não ousa deixar que os pecadores saibam quem é esse Deus contra quem eles lutam; isto seria o suficiente para gerar um motim no acampamento do diabo. Almas tolas, 13 eles são atraídos para o campo por um falso relatório de Deus e seus caminhos, e são mantidos lá juntos, com mentiras e contos bonitos; mas Cristo não tem medo de mostrar aos seus santos seu inimigo em todo o seu poder e principado, a fraqueza de Deus sendo mais forte do que os poderes do inferno. As palavras contêm uma descrição viva de uma guerra sangrenta e duradoura entre o cristão e seu implacável inimigo. Nelas podemos observar: PRIMEIRO: O estado do cristão nesta vida é estabelecido por esta palavra 'luta'. SEGUNDO: Os agressores que aparecem em armas contra o cristão. Eles são descritos - primeiro, negativamente, 'não carne e sangue;' ou melhor, comparativamente, não principalmente carne e sangue. Em segundo lugar, positivamente, 'mas contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.' DIREÇÃO II. PRIMEIRA PARTE GERAL. A natureza da guerra é definida por esta palavra luta. "Pois nós lutamos", Ef. 6:12 .O estado do cristão nesta vida é estabelecido por esta palavra luta. O estado de luta ou conflito de um cristão nesta vida é tornado observável aqui por uma circunstância tríplice. Primeiro, a nitidez do combate. Em segundo lugar, a universalidade do combate. Terceiro, a permanência do combate. 14 Primeiro: A nitidez do combate. O tipo de combate pelo qual o estado do cristão é estabelecido aqui é a frase traduzida por 'lutamos', que embora seja usada às vezes para uma luta de esporte e recreação, ainda é usado aqui para definir a nitidez do encontro do cristão. Existem duas coisas na luta que a tornam um combate mais acirrado do que outros. Primeiro. É um único combate. Combater não é lutar adequadamente contra uma multidão, mas quando um único inimigo sai ao encontro do outro e entra na lista com ele, cada um exercendo toda a sua força um contra o outro; como Davi e Golias, quando todos os exércitos pararam como se estivessem em um círculo para ver o resultado sangrento daquele duelo. Agora, isso é mais feroz do que lutar em um exército, onde embora a batalha seja acirrada e longa, o soldado não está sempre engajado, mas cai quando ele se cansa e toma fôlego um pouco; sim, possivelmente pode escapar sem ferimento ou golpe, porque lá o objetivo do inimigo não é este ou aquele homem, mas toda a companhia. Em luta no entanto, não se pode escapar dela; sendo ele o objeto particular da fúria do inimigo, deve ser abalado e tentado com propósito. Na verdade, a palavra 'luta' significa uma luta que faz o corpo tremer. 2. Satanás não tem apenas uma malícia geral contra o exército dos santos, mas um rancor contra ti, João, e contra ti Joana; ele irá escolher você como seu inimigo. Encontramos Jacó quando 15 estava sozinho, um homem que lutou com ele. Como Deus se agrada em ter comunhão particular com seus santos solitários, então o diabo se delicia em experimentar isso de perto com o cristão quando ele o pega sozinho. À medida que perdemos muito conforto quando não aplicamos a promessa e providência de Deus para nossas pessoas e condições particulares - Deus me ama, me perdoa, cuida de mim. A água na canalização da cidade não me serve de nada, se eu não tiver um cano para colocá-la em minha cisterna; então isso obstrui nosso cuidado e vigilância, quando concebemos a ira e a fúria de Satanás em geral contra os santos, e não contra mim em especial. Oh, quão cuidadosa seria uma alma no dever, se, ao ir à igreja ou ao aposento, ela tivesse uma vida tão séria de meditação como esta: Agora Satanás está em meus calcanhares para me atrapalhar em meu trabalho, se meu Deus não me ajudar! Segundo. É um combate corpo a corpo. Os exércitos lutam a alguma distância. Os lutadores lutam corpo a corpo. Uma flecha disparada ao longe pode ser vista e evitada, mas quando o inimigo se apodera de alguém, não há declínio, mas ou ele deve resistir virilmente ou cair vergonhosamente aos pés de seu inimigo. Satanás se aproxima, e entra no cristão, leva seu controle de sua própria carne e natureza corrupta, e com isso o abala. Terceiro. A universalidade do combate. 'Nós lutamos' abrange tudo. De propósito, você pode 16 perceber o apóstolo mudar o pronome tu no verso anterior, em nós neste, para que ele possa incluir a si mesmo, bem como a eles; até parece que ele havia dito: A briga é com todos os santos. Satanás não teme atacar o ministro, nem despreza lutar com o santo mais cruel da congregação. Grandes e pequenos, ministro e povo, todos devem lutar; nenhuma parte do exército de Cristo no campo, e o outro à vontade em seus aposentos, onde nenhum inimigo vem. Aqui há inimigos suficientes para envolver tudo de uma vez. Quarto. A permanência ou duração deste combate; e isso está no tempo tenso que lutamos. Não, nossa luta foi na primeira conversão, mas agora terminada, e passamos pelas lanças; não, devemos lutar quando a doença vier, e a morte vem; mas nossa luta permanece; o inimigo está sempre à nossa vista, sim, lutando conosco. Existe um mal da tentação de cada dia, que, como as amarras de Paulo, permanece onde quer que estejamos. De modo que esses detalhes somados chegarão a este ponto. A vida do cristão aqui é uma luta contínua com o pecado e Satanás. Doutrina. A vida do cristão é uma luta contínua. Ele é, como Jeremias disse de si mesmo, nascido 'um homem de conflito'. Ou o que o profeta disse a Asa, pode ser dito a todo cristão; 'Daqui tu terás guerras:' do teu nascimento espiritual à tua morte natural; desde a hora em que puseste o rosto no céu, até que puseste os pés no céu. A marcha de Israel para fora do Egito foi, no sentido do 17 evangelho, nossa entrada em campo contra o pecado e Satanás; e quando elestiveram paz? - não até que eles alojaram suas cores em Canaã. Nenhuma condição em que o cristão está, aqui embaixo, é silenciosa. É prosperidade ou adversidade? Aqui está o trabalho para ambas as mãos, para manter o orgulho e a segurança em uma, a fé e a paciência na outra; nenhum lugar que o cristão possa chamar de terreno privilegiado. Ló em Sodoma lutou com seus habitantes ímpios; sua alma justa sendo irritada com sua conversa impura. E como ele está em Zoar? Suas próprias filhas não trazem uma faísca do fogo de Sodoma em sua cama, pela qual ele se inflama de luxúria? Alguns pensaram que se estivessem em tal família, sob tal ministério, fora de tais ocasiões, oh, então eles nunca deveriam ser tentados como agora! Eu confesso que a mudança de ares é uma grande ajuda para a natureza fraca, e estes são chamados de terreno vantajoso contra Satanás; mas pensas tu fugir da presença de Satanás assim? Não, embora você deva tomar as asas da manhã, ele voará atrás de você; estes podem fazê-lo mudar seu método de tentação, mas não desistir de seus projetos; enquanto seu velho amigo estiver vivo por dentro, ele estará batendo à sua porta por fora. Nenhum dever pode ser executado sem luta. O cristão precisa de sua espada tanto quanto de sua espátula, como os judeus que reconstruíram o muro de Jerusalém nos dias de Neemias. Ele luta com um corpo de carne; e isso para o cristão no dever é como a besta para o viajante, ele 18 não pode viajar sem ela e tem muito trabalho para mantê-la. Se a carne for mantida elevada e vigorosa, então ela é devassa e não obedecerá; se baixo, é fraca e logo se cansa. Assim, o cristão poupa avança terreno, porque precisa ir no ritmo de seu corpo fraco. Ele luta com um corpo de pecado tanto quanto de carne; este murmura quando a alma está assumindo qualquer dever, de modo que ela não pode fazer o que faria. Como Paulo disse, eu teria vindo uma e outra vez, mas Satanás me impediu. Eu teria orado, pode o cristão dizer, em tal hora, e meditado na palavra que ouvi, as misericórdias que recebi em outra hora, mas esse inimigo atrapalhou. É verdade, a graça balança o cetro em tal alma; no entanto, como os meninos da escola que gastam seu tempo quando o mestre está fora, excluem-no, e por um tempo dominam-no no desgoverno, embora sejam açoitados por isso depois, assim a parte não regenerada tira vantagem quando a graça não está sob seu comando para perturbar seu governo e excluí-lo de seus deveres. Embora isso afinal torne a alma mais severa em mortificação, ainda assim custa alguma luta antes que possa recuperar seu trono; e quando não pode se desligar do dever, ainda assim o cristão está lamentavelmente em falta com ela no dever. Não pode fazer o que faz como deveria fazer. Muitas cartas em sua cópia estraga este inimigo, enquanto o sacode com pensamentos impertinentes. Quando o cristão está orando, então Satanás e a carne estão tagarelando; ele chora, e ele mais alto para apagá-lo ou abafar seu choro. Assim, vemos que o cristão é atacado por 19 todos os lados por seu inimigo; e como pode ser de outro modo, quando as sementes da guerra estão profundamente enraizadas nas naturezas de ambos, que nunca podem ser enraizadas até que o diabo deixe de ser um diabo, o pecado deixe de ser pecado e o santo seja um santo? Embora os lobos possam rosnar uns para os outros, logo ficam quietos novamente, porque a briga não está em sua natureza; mas o lobo e o cordeiro nunca podem ser feitos amigos. O pecado lutará contra a graça, e a graça contra o pecado, sempre que eles se encontrarem. Repreensão para aqueles que não são verdadeiros lutadores: Primeiro. Isso pode reprovar como luta; mas contra quem? Contra Deus, não contra o pecado e Satanás. Esses são realmente homens ousados, que ousam tentar lutar com o Todo- Poderoso; contudo, existem tais, e um ai é pronunciada contra eles, Isa. 45: 9, 'Ai daquele que contende com seu Criador.' É fácil dizer qual deles será derrotado. O que ele pode fazer a não ser quebrar suas pernas, que as espatifam contra uma rocha? É provável que haja uma bela batalha, quando os espinhos competem como fogo e os restolhos com as chamas. Mas onde moram esses gigantes que ousam entrar na lista com o grande Deus? Quais são seus nomes, para que possamos conhecê-los e marcá-los como criaturas acima de todas as outras indignas de viver? Preste atenção, ó tu que pedes, que o homem miserável a quem procuras desafiar não seja encontrado em tuas próprias roupas. Judas era o traidor, embora não respondesse por seu nome, mas adiasse com um 20 'Mestre, sou eu?' E assim você pode ser um lutador contra Deus. O coração é enganoso. Mesmo o santo Davi, com toda a sua ira, se acendeu tanto contra o rico, que tirou a ovelha do pobre, que a amarrou com juramento, que não viveria o homem que o fizera, mas prova finalmente ser ele próprio o homem, como o profeta disse a ele, II Sam. 12. Agora, existem duas maneiras pelas quais os homens lutam contra Deus. 1. Quando eles lutam contra seu Espírito, 2. Quando eles lutam contra sua providência. 1. Quando lutam contra o seu Espírito. Lemos sobre o Espírito lutando contra a criatura, 'Meu espírito nem sempre lutará com o homem', Gênesis 6: 3, onde o esforço não é com raiva e ira para destruí-los – que Deus poderia fazer sem qualquer agitação ou contenda - mas uma luta amorosa e competição com o homem. O velho mundo estava correndo com tal carreira para a ruína, que ele envia seu Espírito para se interpor, e por seus conselhos e reprovações para oferecer, por assim dizer, pará-los e recuperá-los; como se alguém vendo outro pronto para oferecer violência contra si mesmo, devesse se esforçar para tirar a faca de sua mão, com a qual ele faria o mal; ou aquele que tem uma bolsa de ouro na mão para dar, deve seguir outro por todos os tipos de súplicas, lutando com ele para aceitá-la e pegá-la. Esse tipo de conflito é o do Espírito com os homens. São as concupiscências dos homens – aqueles instrumentos sangrentos de morte, com 21 os quais os pecadores estão se prejudicando - que o Espírito Santo se esforça por seus doces conselhos e súplicas para sair de nossas mãos. Eles são a graça e vida eterna de Cristo que ele se esforça para nos fazer aceitar nas mãos da misericórdia de Deus; e por repelir o Espírito lutando com eles, os pecadores são justamente contados como lutadores contra Deus. 'Vós, obstinados e incircuncisos de coração e ouvidos, sempre resistis ao Espírito Santo', Atos 7:51. Agora, há uma luta dupla do Espírito e, portanto, de nossa luta contra ele. (1.) O Espírito luta em seus mensageiros com os pecadores. Eles vêm a seu serviço, e não por conta própria, ele atesta os fiéis conselhos, reprovações e exortações que eles nos dão como seu próprio ato. O que Noé, aquele pregador da justiça, disse ao velho mundo é chamado de pregação do Espírito, I Pedro 3:19. As dores que Moisés, Arão e outros servos de Deus tiveram ao instruir Israel são chamadas de instrução do Espírito, Ne. 9:20; de forma que quando a palavra, que os ministros de Deus trazem em seu nome, é rejeitada, os fiéis conselhos que eles dão são lançados nos calcanhares dos pecadores e desprezados; então eles lutam com o Espírito, e lutam contra Cristo como realmente, como se ele visivelmente em sua própria pessoa tivesse estado no púlpito, e pregado o mesmo sermão para eles. Quando Deus vier a considerar os pecadores, isso será provado. Então Deus esfregará suas memórias e cuidará de sua luta com você e de sua resistência cruel. Eles, quer ouçam, quer deixem de ouvir, saberão que 22 aqui esteveum profeta entre eles, Eze. 2: 5. Agora os homens logo esquecem quem e o que ouvem. Pergunte-lhes o que foi pressionado em suas consciências nesse sermão. Eles se esqueceram. Quais foram as verdades preciosas apresentadas em outro? - e eles estão perdidos. E seria bom para eles se suas memórias não fossem melhores em outro mundo; isso aliviaria seus tormentos mais do que um pouco. Mas então eles saberão que tinham um profeta entre eles, e que preço eles tinham com eles em suas mãos, embora fosse em mãos de tolos. Eles saberão o que ele era e o que disse, embora mil anos atrás, tão fresco como se tivesse sido feito na noite passada. Quanto mais zeloso e compassivo, quanto mais doloroso e poderoso ele era em seu lugar, maior seria o pecado deles, para romper com tal violência sagrada oferecida para lhes fazer o bem. Certamente Deus terá algo pelo suor deles, sim, pela vida de seus servos, que se desgastaram lutando com tais rebeldes. Pode ser ainda, pecadores, seu firmamento é claro, nenhuma nuvem à vista que prenuncia uma tempestade; mas saiba, como você costuma dizer, o inverno não apodrece nas nuvens; você o terá finalmente. Cada ameaça que seus ministros fiéis têm denunciado contra você com base na Palavra, Deus está fadado a fazer o bem. Ele confirma a palavra do seu servo e cumpre o conselho dos seus mensageiros, Isa.44:26, e isso no julgamento contra os pecadores, confirmando as ameaças, bem como na misericórdia cumprindo as promessas, que eles declaram como a porção de seus filhos. Mas haverá tempo suficiente para 23 perguntar a eles, em um leito de enfermo, ou na hora da morte, se as palavras do Senhor transmitidas por seus pregadores fiéis não os alcançaram. Alguns confessaram com horror que eles têm; como os judeus 'Tal como o Senhor dos exércitos pensava fazer para nós, assim ele tratou conosco,' Zac. 1: 6. (2.) O Espírito luta com os homens mais imediatamente, quando ele faz suas abordagens internas às consciências dos homens, debatendo em seus próprios seios o caso com eles. Enquanto ele mostra a eles seus pecados em suas cores sangrentas, e para onde eles certamente os levarão, se não for considerado oportuno, o que ele faz de forma tão convincente, que a criatura às vezes cheira o próprio fogo e enxofre ao seu redor, e está atualmente em um inferno temporário; outro enquanto ele negocia e trata com eles, fazendo aberturas graciosas para o pecador, se ele voltar em sua reprovação, apresentar a graça do evangelho e abrir uma porta de esperança para sua recuperação, sim, cair em cortejar e implorar dele para lançar seus braços rebeldes, e vir a Cristo para a vida, cujo coração está em uma disposição presente para receber e abraçar o primeiro movimento que o pecador que retorna faz por misericórdia. Agora, quando o Espírito de Deus segue o pecador de um lugar a outro, e de vez em quando, sugerindo tais movimentos, e renovando seu velho terno, a criatura se lançará das mãos do Espírito, lutando assim com ele, uma coisa não realizada, longe de renunciar às suas 24 luxúrias, ou ter qualquer afeição a Cristo como sempre. Isso é resistir ao Espírito em seu rosto, e carrega tanta malignidade nele, que mesmo onde não foi definitivo, pobres almas humilhadas tão sobrecarregadas com o horror disso, que não puderam por muito tempo serem persuadidos, mas que era o pecado imperdoável. Vejam, portanto, pecadores, como vocês usam o Espírito quando ele vem bater à porta de seus corações. Abra à sua batida e ele será seu convidado; você terá sua doce companhia. Rejeite-o, e você não tem a promessa de que ele baterá novamente. E se ele partir lutando contigo, infeliz, estarás perdido para sempre; tu estás deitado como um navio lançado pelas ondas sobre alguma rocha alta, onde a maré nunca virá buscá-lo. Você pode vir à Palavra, conversar com outras ordenanças, mas em vão. É o Espírito nelas, que é tanto maré quanto vento, para colocar a alma à tona e levá-la adiante, ou então jaz como um navio em terra seca que não se move. 2. Lutamos contra Deus quando lutamos com sua providência; e isso de duas maneiras. (1.) Quando estamos descontentes com sua providencial disposição de nós. Deus esculpindo por nós não nos agrada, mas sim que estejamos nos opondo às suas ações para conosco, pelo menos murmurando algo com a tolice em nossos corações, que Deus ouve tão levianamente quanto o homem nossas palavras. Deus conta, então, 25 começamos a brigar com ele, quando não concordamos e dizemos amém à sua providência, seja ela qual for. Ele chama isso de contenda com o Todo-Poderoso, Jó 40: 2, sim, uma reprovação de Deus. E ele é um homem ousado seguro que ousa criticar Deus, e agir contra o céu. Deus o desafia, seja ele quem for, a responder por sua conta e risco. 'Aquele que reprova a Deus, que responda', verso 2 do capítulo mencionado. Já era tempo de Jó ter feito isso, quando ele ouve o sentido que Deus dá àquelas palavras incautas que saíram dele na angústia de seu espírito e paroxismo de seus sofrimentos. Contender com o Todo-Poderoso? Reprovar a Deus? Bom homem, quão vazio ele está, e grita, eu sou vil, o que devo te responder? Eu colocarei minha mão sobre minha boca. Que Deus perdoe o que passou, e ele não ouvirá mais tal linguagem. Ó, senhores, prestem atenção a esta luta acima de todas as outras. A contenda é desagradável, com quem quer que briguemos - vizinhos ou amigos, esposa ou marido, filhos ou servos, mas o pior de tudo é com Deus. Se Deus não pode agradá-lo, mas seu coração se levanta contra ele, que esperanças existem de você agradá-lo, que não aceitará nada gentilmente daquele homem que está zangado com ele? E como o amor a Deus pode ser preservado em um coração descontente, que está sempre resmungando contra ele? O amor não pode pensar mal de Deus, nem suportar ouvir alguém falar mal dele, mas deve tomar a parte de Deus, como Jônatas a de Davi, quando Saul falava mal dele; e quando não puder ser ouvido, lhe agradará se levantar e ir embora. Quando aflito, o 26 amor pode permitir que você gema, mas não resmungar. Se quiseres aliviar o teu espírito sobrecarregado no seio de Deus pela oração, e humildemente lutar com Deus de joelhos, o amor é por ti e irá ajudá-lo com os melhores argumentos que podes usar para Deus; mas se você desabafar suas paixões destemperadas, e mostrar um espírito rebelde contra Deus, isso apunhalará o coração. (2.) Lutamos contra a providência, quando incorrigíveis sob as várias dispensações de Deus para conosco. A Providência tem voz, se tivéssemos ouvidos. Misericórdias devem atrair, aflições impulsionar. Agora, quando nem os meios justos nem os maus são bons, mas somos impenitentes sob ambos; isso é lutar contra Deus com as duas mãos. Qualquer um deles tem seus agravos peculiares: um é contra o amor e, portanto, hipócrita; o outro é contra o aguilhão de sua vara, e aí desprezamos sua ira e somos cruéis para nós mesmos ao chutar seus golpes. A misericórdia deve nos deixar envergonhados, a cólera com medo de pecar. Aquele que não se envergonha, não tem espírito de homem. Aquele que não tem medo quando é ferido é pior do que a besta que teme o chicote e a espora. Às vezes, a misericórdia, especialmente essas misericórdias exteriores, que têm um sabor agradável para a parte carnal do cristão, tem se mostrado uma armadilha para o melhor dos 27 homens, mas então a aflição costuma recuperá- los. Mas quando a aflição torna os homens piores e eles se endurecem contra Deus, para pecar mais e mais enquanto a vara está sobre eles; como recuperá-los?Poucos são melhorados pela prosperidade, a quem as aflições pioram. Aquele que vai pecar, embora vá com dor, fará muito mais, se isso uma vez desaparecer. Mas preste atenção nesta disputa com Deus. Nada se consegue brigando com Deus, a não ser golpes, ou pior. Se ele disser que não mais te afligirá, é o pior que ele pode dizer; é como se ele dissesse que ficará em dívida com você até outro mundo, e lá pagar-te-á totalmente. Mas se ele quer ter misericórdia de ti, você ouvirá falar dele em alguma aflição mais aguda do que nunca. Ele tem cunhas que podem te separar, se você fosse uma peça com mais nós do que é. Ainda existem os tesouros da maldade e a escassa medida que é abominável? Diz Deus a Israel. O que! Incorrigível, embora a voz do Senhor clame à cidade, Miquéias 6: 9, ordenando que ouçam a vara, e quem a designou? Veja em que curso Deus está decidido. Portanto, vou te deixar doente em golpear-te, verso 13. Como se ele tivesse dito: Meu outro físico, pelo que vejo, estava muito fraco, não funcionou nem revirou seu estômago, mas vou preparar uma poção que vai te deixar mal. Segundo. Reprova aqueles que parecem lutar contra o pecado, mas não de acordo com a palavra de comando que Cristo dá. Existe uma lei na luta livre que deve ser observada. Se um homem 28 também se esforça por vencer, ele não é coroado a menos que se esforce legalmente, II Tim.2: 5. Ele faz alusão aos jogos romanos, para os quais havia juízes nomeados para cuidar de que nenhum jogo sujo fosse oferecido contra a lei da luta livre; o prêmio sendo negado a tais, embora eles superassem seus adversários; que o apóstolo aprimora para tornar o cristão cuidadoso em sua guerra, por estar sujeito a uma lei e disciplina mais rígidas, que requer não apenas coragem para lutar, mas obediência para lutar por ordem e de acordo com a palavra de comando. Agora, poucos fazem isso que vão para grandes lutas. 1. Alguns enquanto lutam contra um pecado, abraçam outro, e neste caso não é que a pessoa luta contra o pecado, mas um pecado luta contra outro, e não é de se admirar que ladrões caiam quando vão dividir o despojo. As luxúrias são diversas, Tito 3: 3, e é difícil agradar a muitos mestres, especialmente quando seus comandos são tão contrários. Quando os lances do orgulho representam bravura, extravagantes em entretenimento, os lances da cobiça aumentam; quando a malícia pede vingança, a política carnal diz: Esconde a tua ira, embora não perdoes. Quando a luxúria envia para suas prostitutas, a hipocrisia o puxa de volta para a vergonha do mundo. Agora, é o campeão de Deus aquele que resiste a um pecado ao comando de outro, pode ser pior? 29 2. Alguns lutam, mas são empurrados para o campo, não voluntários. Seus medos escravos agora os assustam de sua luxúria, de modo que o combate é mais entre sua consciência e vontade do que entre eles e sua luxúria. Dê-me esse pecado, diz a vontade. Não, diz a consciência, deves escaldar; e jogar fora. Um homem pode amar o vinho, embora não queira queimar os lábios. Os próprios hipócritas têm medo de queimar. Em tais combates, a vontade finalmente prevalece, seja subornando o entendimento para apresentar a luxúria que ele deseja em um vestido mais agradável, para que a consciência não se assuste com tais horríveis aparições de ira; ou pacificando a consciência com alguma promessa de arrependimento para o futuro; ou abstendo-se de algum pecado por enquanto, que é melhor poupá- lo, para ganhar assim a reputação de algo como uma reforma. Ou se tudo isso não acontecer, então, movido pela fúria de sua luxúria, a vontade proclama guerra aberta contra a consciência, pecando diante dela, como algum cavalo selvagem, que impaciente com a espora que o pica e o freio que o freia, coloca o freio entre seus dentes e corre a toda velocidade, até que finalmente ele se livra de seu cavaleiro; e então, onde ele vir o pasto mais farto, nenhuma cerca ou vala poderá retê-lo, até que no final você o encontre morrendo de fome em algum depósito por sua transgressão. Assim, muitos pecam a tal ponto que a consciência não pode mais segurar as rédeas nem sentar na sela, mas é jogada no chão e dada a morte; e então os infelizes vão onde suas luxúrias podem ter a refeição mais completa, até 30 que finalmente pagam por seus prazeres roubados muito caro, quando a consciência volta a si, os persegue e os leva mais seguramente pela garganta do que nunca, para nunca deixá-los ir até que os traga perante o tribunal de Deus. 3. Outros lutam contra o pecado, mas não o odeiam e, portanto, são favoráveis a ele e não buscam a vida do pecado como seu inimigo mortal. Esses lutam por brincadeira, e não seriamente; as feridas que eles causam ao pecado em um dia, são curadas no dia seguinte. Que os homens nunca se decidam tão fortemente contra o pecado, ainda assim, ele voltará a cair em seu favor, até que o amor ao pecado seja apagado no coração; e este fogo nunca morrerá por si mesmo, o amor de Cristo deve apagar o amor ao pecado, como Jerônimo diz excelentemente que um amor extingue outro. Este fogo celestial realmente apagará a chama do inferno; que ele ilustra com a carruagem de Assuero para Vasti, sua rainha, que no primeiro capítulo decreta a toda pressa que não mais se aproxime dele; mas quando sua paixão está um pouco baixa, Ester 2: 1,ele começa a ceder em relação a ela; que seu conselho percebendo, atualmente procura uma bela virgem, em quem o rei possa colocar seu amor, e levar para seu leito real. Feito isso, não ouvimos mais falar de Vasti. Então, e não antes disso, o decreto da alma permanecerá contra o pecado, quando a alma receber a Cristo em seu seio. 31 Como os verdadeiros lutadores deve gerenciar seu combate. Direção aos santos. Vendo que sua vida é uma luta contínua aqui na Terra, é nossa sabedoria estudar como você pode gerenciar melhor o combate com seu pior inimigo; o que você pode fazer, siga estas poucas direções. Primeiro. Olhe, não vá para o campo sem o seu segundo. O que quero dizer é: comprometa Deus, por meio da oração, a ficar atrás de você. Deus está em uma liga ofensiva e defensiva contigo, mas ele precisa ser chamado. Os efraimitas ficaram mal, que Gideão não os chamou ao campo, e não pode Deus muito mais? Como se quisesse roubar uma vitória antes que ele soubesse. Tu tens mais valor do que Moisés, que não se mexeria sem Deus, não, embora ele tenha enviado um anjo para ser seu lugar-tenente. Tu és mais sábio do que Jacó, que para vencer Esaú, agora marchando, se afasta dele e cai sobre Deus; ele sabia que se pudesse lutar com Deus, ele poderia confiar que Deus lidaria com seu irmão. Envolva Deus e a porta dos fundos se fechará, nenhum inimigo pode vir atrás de você, sim, o seu inimigo cairá diante de você. Deus transformou o conselho de Aitofel em tolice, disse Davi. O céu diz amém à sua oração, e o desgraçado se enforca. 32 Segundo. Tenha muito cuidado ao não segurar o seu inimigo. Os lutadores se esforçam para se agarrar a uma parte ou outra, o que lhes dá vantagem mais facilmente para derrubar o adversário; para evitar isso, eles usaram 1. Para deixar de lado suas vestes; 2. Para ungir seus corpos. 1. Cristão, trabalhe para despistar o velho homem que é muito pessoal, aquela corrupção que Davi chama de sua própria iniquidade, Sal. 18:23. Esta é a saia que Satanás segura; observe o que é e mortifique-o diariamente; então Satanás se retirará envergonhado, ao ver a cabeça daquele inimigo na parede, que deveria ter te entregado em suas mãos. 2. Os lutadores romanos costumavam ungir seus corpos. Então faça você o mesmo; banha tua alma com as frequentes meditações do amor de Cristo. Satanás encontrará poucas boas-vindas ondeo amor de Cristo habitar; o amor acenderá o amor, e isso será como uma parede de fogo para afastar Satanás; isso fará com que você desdenhe da oferta de um pecado e, como óleo, flexibilizará as juntas e tornará você ágil para ofender o inimigo. Pense em como Cristo lutou em sua contenda; o pecado, o inferno e a ira teriam vindo todos de boca cheia sobre ti, se ele não os tivesse enfrentado no caminho. E você pode encontrar em seu coração retribuir seu amor, traindo sua glória nas mãos do pecado, por covardia ou traição. Não diga que o ama, contanto que você possa colocar em seu peito aqueles pecados que arrancaram seu coração de seu seio. Seria 33 estranho que uma criança não guardasse e tivesse prazer em usar nenhuma outra faca, exceto aquela com a qual seu pai foi apunhalado. Terceiro. Melhore a vantagem, você consegue a qualquer momento, sabiamente. Às vezes, o cristão tem seu inimigo na cintura, sim, no chão, pode colocar o pé no próprio pescoço de seu orgulho e jogar fora sua incredulidade, como algo absurdo e irracional. Agora, como um lutador sábio, caia com todo o seu peso sobre o inimigo. Embora o homem pense que é um jogo sujo atacar quando seu adversário está caído, ainda assim, não elogie o pecado a ponto de deixá-lo respirar ou subir. Tome cuidado para não ser acusado de Deus, como uma vez foi Acabe, por deixar este inimigo agora em tuas mãos, a quem Deus designou para a destruição. Aprenda um pouco da sabedoria da ninhada da serpente, que, quando tinham Cristo sob seus pés, nunca pensaram que o tinham segurado o suficiente, não, não quando estavam mortos; e, portanto, ambos selam e vigiam seu túmulo. Assim faz tu, para impedir a ressurreição do teu pecado, sela-o com propósitos mais fortes, alianças solenes, e vigia-o por um andar vigilante e circunspecto. Primeira aplicação. Para Consolação. Esta é uma base de consolo para o cristão fraco, que contesta contra a verdade de sua graça, dos conflitos internos e lutas que ele tem com suas luxúrias, e está pronto para dizer como Gideão, em relação aos inimigos externos, 'Se Deus está comigo, por que tudo isso me sobreveio?' Por que encontro 34 essas lutas em mim, me provocando ao pecado, me afastando do que é bom? Por que você pergunta? A resposta é dada em breve; porque tu és um lutador, não um conquistador. Você confunde o estado de um cristão nesta vida. Quando alguém se torna cristão, ele não é chamado para triunfar sobre seus inimigos mortos, mas levado ao campo para enfrentá-los e combatê-los. O estado de graça é o início de uma guerra contra o pecado, não o fim dela; em vez de você não ter um inimigo com quem lutar, o próprio Deus virá disfarçado ao campo e parecerá ser seu inimigo. assim, quando Jacó estava sozinho, um homem lutou com ele até o raiar do dia; e, portanto, sossega o teu coração, se este for o teu escrúpulo. Tua alma pode antes se consolar com isso, que você é um lutador. Esta luta dentro de ti, se no terreno certo, e com a extremidade certa, evidencia que existem duas nações dentro de ti, duas naturezas contrárias, uma da terra, terrestre, e a outra do céu, celestial; sim, para teu maior conforto, saiba que embora tua natureza corrupta seja a mais velha, ela servirá à mais jovem. Segunda aplicação. Esperança de triunfo. Oh, como isso deveria fazer o cristão ansiar por ir para casa, onde não há nenhuma agitação e luta! É estranho que nem toda hora pareça um dia, e todo dia um ano, até que a morte soe seu recuo alegre e te tire do campo - onde as balas voam tão densas e você está lutando por sua vida com seus inimigos mortais – para ir ao tribunal, onde não espadas, 35 mas palmas são vistas nas mãos dos santos; não tambores, mas harpas; não gemidos de soldados sangrando e consciências feridas, mas uma música doce e arrebatadora é ouvida de vencedores triunfantes cantando louvores a Deus e ao Cordeiro, por meio dos quais eles venceram. Bem, cristãos, enquanto vocês estão abaixo, confortem-se com essas coisas. Ainda há um lugar de descanso para o povo de Deus. Você não vence o ar, mas luta por um céu que está além, acima das nuvens; você tem o seu pior primeiro, o melhor virá em seguida. Você luta apenas para ganhar uma coroa, e vence para usá-la, sim, usar, para nunca perdê-la, que uma vez ligada, ninguém jamais irá decolar ou colocá-lo mais em perigo de batalha. Aqui vencemos para lutar novamente; a batalha de uma tentação pode ter acabado, mas a guerra permanece. Que paz podemos ter enquanto os demônios podem sair de suas tocas, ou qualquer coisa de natureza pecaminosa permanece em nós sem mortificação? Esta natureza lutará até de joelhos e atacará com um braço enquanto o outro é decepado; mas quando a morte chega, ocorre o último golpe. Este bom médico irá curar-te perfeitamente de tua cegueira e claudicação espiritual - como o mártir disse a seu companheiro na fogueira, o maldito Bonner o faria fisicamente. O que é, cristão, que tira a alegria de sua vida, senão as lutas e combates a que esse inimigo íntimo te coloca? Não é esta a Penina que, perturbando o teu espírito, te impediu de comer muitas refeições doces, que poderias ter tido em comunhão com Deus e seus santos? — Ou se vieste, te fez cobrir o 36 altar de Deus com tuas lágrimas e gemidos? E não será uma mão feliz que corta o nó e te liberta de tua morte, hipocrisia, orgulho, e o que não, com que foste colocado em jugo? É a vida que é a tua perda e a morte que é o teu ganho. Esteja apenas disposto a suportar o rasgo deste véu de sua carne, e você estará onde quer que esteja, fora do alcance do pecado, em repouso no seio de seu Deus. E por que um breve mal de dor te assustaria mais, do que a libertação de um tormento contínuo do mal do pecado te arrebataria? Alguns que você conhece optaram por serem cortados, em vez de serem triturados diariamente com a pedra, e ainda assim, pode ser que a dor volte; e não podes pensar quietamente em morrer, para ser libertado do tormento destes pecados, para nunca mais voltar? E ainda assim não é a metade que a morte faz por ti. A paz é doce depois da guerra, facilidade após a dor; mas que língua pode expressar que alegria, e que glória deve encher a criatura à primeira vista de Deus e daquela bendita companhia? Nenhuma, senão aquele que mora lá pode dizer. Se conhecêssemos mais desse estado de bem-aventurança, nós, ministros, deveríamos achar difícil persuadir os cristãos que devem estar dispostos a viver aqui por tanto tempo, como agora, para persuadi-los a morrer tão cedo. DIREÇÃO II SEGUNDA PARTE GERAL. Caráter dos Assaltantes ou Inimigos com quem o cristão deve lutar. 'Não contra carne e sangue, mas 37 contra principados, contra potestades, contra os governantes das trevas deste mundo, contra a maldade espiritual nos lugares altos,' Ef. 6:12. Os agressores que aparecem em armas contra o cristão, ou os inimigos com quem ele deve lutar, são descritos, primeiro, negativamente, 'não contra carne e sangue', ou melhor, comparativamente, não principalmente contra carne e sangue. Em segundo lugar, positivamente, 'mas contra principados e potestades', etc. Primeira divisão. Os assaltantes descritos negativamente. 'Não contra carne e sangue.' Não devemos tomar a parte negativa da descrição como uma negação pura, como se não tivéssemos conflito com a carne e sangue, mas total e exclusivamente para se engajar contra Satanás; mas a título de comparação, não apenas com a carne e sangue e, em certo sentido, não principalmente. É comum nas Escrituras tal tipo de frase: Não chame seus amigos para jantar, mas os pobres, Lucas 14:12; isto é, nãosó aqueles, de modo a negligenciar os pobres. Agora, o que se entende aqui por carne e sangue? Há uma dupla interpretação das palavras. O que se entende por carne e sangue. Primeiro. Por carne e sangue pode ser entendido nossas próprias corrupções de peito; aquele pecado que está em nossa natureza corrupta, então frequentemente chamado de carne nas Escrituras - 'a carne cobiça contra o Espírito'; e às vezes carne e sangue, 'Carne e o sangue não revelou isso'; Mat. 16:17, isto é, esta confissão que 38 fizeste vem do alto; tua carne corrupta nunca poderia ter descoberto esta verdade sobrenatural, tua vontade pecaminosa nunca poderia tê-la abraçado. 'Carne e sangue não podem herdar o reino de Deus', I Cor. 15:50; isto é, carne mortal pecaminosa; como é exposto nas palavras a seguir. Não consultei carne e sangue, Gal. 1: 16; isto é, razão carnal. Agora este inimigo pode ser chamado de carne, primeiro. Em parte por sua derivação e em segundo lugar. Em parte devido ao seu funcionamento. Primeiro. Em parte por sua derivação, porque é derivado e propagado para nós por geração natural. Assim a Adão é dito que geraria um filho à sua própria semelhança, pecador como ele era, bem como mortal e miserável; sim, o santo mais sagrado na terra tendo carne nele, deriva esta natureza corrupta e pecaminosa para seu filho, como o judeu circuncidado gerou uma criança incircuncisa; e o trigo purificado e ventilado, sendo semeado, cresce com uma casca. 'Aquilo que é nascido da carne é carne,' João 3: 6. Segundo. É chamado de carne, em parte devido às operações desta natureza corrupta, que são naturais e carnais. Os raciocínios da mente corrupta são carnais; portanto, é chamada de mente carnal, realmente incapaz de coisas de Deus, que ele nem faz nem pode perceber. assim como o sol esconde os céus que estão acima dele, embora revele as coisas abaixo, então a razão carnal deixa a criatura no escuro em relação às verdades espirituais, quando é mais capaz de conceber e discorrer sobre as excelências da 39 criatura e interesses carnais aqui embaixo. Que pergunta infantil para um homem tão sábio, Nicodemos fez a Cristo! Embora Cristo para ajudá-lo tenha envolvido seu discurso em uma frase carnal. Se a razão carnal não consegue entender as verdades espirituais quando assim acomodadas, e as noções do evangelho traduzidas em sua própria língua, que habilidade é ter deles, se colocado para ler eles em sua língua original? Quer dizer, se esta vestimenta de expressão carnal fosse retirada, e as verdades espirituais em sua tonalidade nua apresentada à sua vista. Os movimentos da vontade natural são carnais e, portanto, 'aqueles que andam segundo a carne,' Rom. 8: 5, diz-se que 'cuida das coisas da carne'. Todos os seus desejos, deleites, preocupações, medos, estão em coisas carnais; e não favorece o alimento espiritual mais do que um anjo carnal. O que não podemos saborear, nós iremos dificilmente fazer nossa alimentação diária. Cada criatura tem sua dieta adequada; o leão não come grama, nem a carne do cavalo; o que é alimento para o coração carnal, é veneno para o gracioso; e o que agrada ao gracioso, é desagradável para o carnal. Agora, de acordo com esta interpretação, o sentido do apóstolo não é como se o cristão não tivesse nenhum combate com a sua natureza corrupta, pois em outro lugar é dito, o Espírito luta contra a carne, e a carne contra o Espírito - e este inimigo é chamado de pecado que assola o círculo cristão - mas para agravar seu conflito com este inimigo pelo acesso de um poder estrangeiro, Satanás, que ataca esse inimigo doméstico. Como se enquanto um rei estivesse lutando com seus 40 próprios súditos amotinados, algumas tropas estranhas deveriam se juntar a eles; agora dele pode ser dito, não lutar com seus súditos, mas com uma potência estrangeira. O cristão não luta com suas corrupções nuas, mas com Satanás nelas. Se não houvesse demônio, ainda assim teríamos nossas mãos ocupadas, em resistir às corrupções de nossos próprios corações; mas o acesso desse inimigo torna a batalha mais terrível, pois ele comanda aquele que é um capitão tão hábil e com experiência. Nosso pecado é o motor, Satanás é o engenheiro; deseja a isca, Satanás, o pescador. Quando uma alma é seduzida por sua própria concupiscência, é dito que ele é tentado, Tiago 1:14, porque Satanás e nossa própria concupiscência concorrem para a conclusão do pecado. Primeira aplicação. Deixe-nos fazer você, cristão, executar a obra de mortificação bem de perto. Não é política permitir que teus desejos tenham armas, que certamente se levantarão e se declararão contra ti quando o teu inimigo vier. Os nobres de Aquis sabiam, sabiamente, por não confiarem em Davi em seu exército quando lutar contra Israel, para que na batalha ele não seja um adversário para eles; e você ousa ir para o dever, ou se envolver em qualquer ação, onde Satanás aparecerá contra você, e não se esforçar para certificar-se de teu orgulho, incredulidade, etc., para que eles não se juntem ao teu inimigo? Segunda aplicação. Satanás e sua própria carne estão contra você - não por uma única corrupção, 41 mas afiado com sua política, e apoiado por seu poder? Veja então que necessidade tens de mais ajuda do que a tua própria graça. Preste atenção ao agarrar com ele na força da tua graça nua; aqui tens dois a um contra ti. Satanás era muito difícil para Adão, embora tenha ido tão bem designado para o campo, porque foi entregue a si mesmo; muito mais facilmente ele frustrará a ti. Apegue- se, portanto, ao seu Deus para obter força; pegue-o contigo, e então, embora um verme, tu serás capaz de lidar com esta serpente. Segundo. Carne e sangue são interpretados como uma perífrase do homem. 'Nós não lutamos com carne e sangue', isto é, não com o homem, que é aqui descrito por aquela parte que principalmente o distingue da natureza angelical. Toque em mim, diz Cristo, um espírito não tem carne. Agora, de acordo com esta interpretação, observe estes detalhes. Primeiro. Quão mal o Espírito de Deus fala do homem. Segundo. Onde ele coloca o estresse da santa batalha; não em resistir à carne e ao sangue, mas a principados e a potestades. Onde o apóstolo não exclui nosso combate com o homem, pois a guerra é contra a serpente e sua semente; tão vasto como o mundo é, não podem ser pacificamente mantidos os santos e os ímpios juntos. Mas sua intenção é mostrar que inimigo complicado - a ira do homem e Satanás está entrelaçado - temos que lidar com ele. Como o cristão não luta com carne e sangue. 42 Primeiro. Quão mal o Espírito de Deus fala do homem, chamando-o de carne e sangue! O homem tem uma alma nascida do céu, o que o torna semelhante aos anjos, sim, ao Deus deles, que é o Pai dos espíritos; mas isso é passado em silêncio, como se Deus não possuísse aquilo que está contaminado com o pecado, e não a criatura que Deus primeiro fez; ou porque a alma, embora de extração tão nobre, ainda estando tão imersa na sensualidade, não merece outro nome do que o de carne, aquela parte do homem que o nivela com a besta, e aqui se destina a expressar a fraqueza e fragilidade da natureza do homem. É a frase pela qual o Espírito Santo expressa a fraqueza e impotência de uma criatura. 'Eles são homens, e seus cavalos são de carne', Isa. 31: 3, isto é, fraco; como pelo contrário, quando ele estabeleceria o poder e a força de uma coisa, ele a opõe à carne - 'Nossas armas não são carnais, mas poderosas,' II Cor. 10: 4. E assim no texto, não carne e sangue, mas poderes. Como se ele devesse dizer: 'Você não tinha outro temer senão um débilhomem pesaroso, não valia a pena providenciar armas ou munições; mas você tem inimigos que nem são carne, nem são resistidos com carne.' Para que aqui vejamos como o homem é uma criatura fraca, não apenas mais fraca do que os anjos, porque o homem é espírito e carne - colocado em algum sentido abaixo das bestas, já que a carne do homem é mais frágil do que a carne dos animais; portanto, o Espírito de Deus compara o homem à grama, que logo seca, e sua glória com a flor do campo, Isa. 40: 6. Sim, ele é chamado de vaidade. 'Homens de baixo grau são 43 vaidade, e homens de alto grau são uma mentira, ' Sl. 62: 9. Ambos igualmente vaidosos; apenas o rico e a vaidade do grande homem são cobertos com honra, riqueza, etc., que são aqui chamados de mentira, porque não são o que parecem e, portanto, piores do que simples vaidade, que é conhecida por ser assim, e não engana. Primeira aplicação. O homem é apenas carne frágil? Que isso te humilhe, ó homem, em toda a tua excelência; a carne é apenas um receptáculo de sujeira e corrupção. Tua alma é o sal que te mantém doce, ou então você cheiraria mal acima do solo. É tua beleza em que você se orgulha? A carne é grama, mas a beleza é a vaidade dessa vaidade. Essa beleza é como a flor, que dura não tanto quanto a grama, aparece em sua boca e se foi; sim, como a beleza da flor, que desaparece enquanto a flor permanece. Em quanto tempo o arado do tempo fará sulcos em teu rosto, sim, um ataque de febre, então muda teu semblante, como farão teus amantes amorosos com medo de olhar para ti? É força? Ai, é um braço de carne, que murcha frequentemente ao se estender. Em breve, teu sangue, que agora está quente, congelará em tuas veias; tua primavera coroada com botões de maio pisará no calcanhar de dezembro; tua medula seca em teus ossos, teus tendões encolhem-se, suas pernas dobram-se sob o peso de seu corpo; seus olhos escurecem; tua língua não pode chamar ajuda; sim, teu coração com tua carne desfalecerá. E agora você que é um gigante, dê uma volta se você pode em seu quarto, sim, levantar a cabeça do travesseiro, se puder, ou 44 evitar o fôlego, que está acelerando para sair de tuas narinas, para nunca mais voltar; e te atreves a gloriar-te naquilo que tão cedo pode ser prostrado? Isso é sabedoria? A mesma sepultura que cobre o teu corpo, enterrará tudo o que - a sabedoria da tua carne, quero dizer - tudo o que os pensamentos perecerão, e tuas boas conspirações virão a nada. Na verdade, se um cristão, seus pensamentos como tais devem ascender contigo, nem um sopro sagrado de tua alma será perdido. É o seu sangue e nascimento? Seja você quem for, você é nascido na base até nascer de novo; o mesmo sangue corre em tuas veias com o mendigo na rua, Atos 17:26. Todas as nações são feitas do mesmo sangue; em duas coisas todos são iguais, nós entramos e saímos do mundo da mesma forma; como um não é feito de terra mais fina, então não se reduz a um pó mais puro. Segunda aplicação: O homem é carne? Não confie no homem; 'maldito seja aquele que faz da carne o seu braço!' não o homem poderoso; com mantos podem se esconder e se enfeitar, eles não podem mudar de carne. Não confie em príncipes, Sal. 146: 3; infelizmente, eles não podem manter suas coroas em suas próprias cabeças, suas cabeças em seus próprios ombros; e procuras por aquilo que eles não podem se dar? Não em homens sábios, cujos desígnios recuam frequentemente sobre si mesmos, que eles não podem realizar sua empresa. A sabedoria carnal do homem pretende uma coisa, mas Deus gira a roda e traz outra. Não confie em homens santos, eles têm carne e, portanto, seu julgamento não é infalível, sim, seu 45 caminho é às vezes duvidoso. Seu erro pode te levar para o lado, e embora ele volte, você pode continuar e perecer. Não confia em qualquer homem, em todo homem, nem em ti mesmo, tu és carne. Ele é um tolo, diz o sábio, que confia em seu coração. Nem no melhor que tu estás ou fazes; as vestes da tua justiça estão manchadas com a carne; tudo é contado por São Paulo, como confiança na carne, além de nossa alegria em Cristo, Fp. 3: 3. Terceira aplicação . O homem é apenas carne? Não o temais. Esta foi a resolução de Davi: 'Não temerei o que a carne pode fazer comigo', Sl. 56: 4. Não precisas, não deves temer. Tu não precisas. O que, não é um grande homem, não é do número de homens, que têm as chaves de todas as prisões em seu cinto, que podem matar ou salvar com vida! Não, não estes. Apenas olhe que eles são seus inimigos por causa da justiça. Preste atenção, não fazes a menor criança teu inimigo oferecendo algo errado a ela; Deus endireitará o ímpio até mesmo sobre o santo. Se ele ofender, não encontrará abrigo sob a asa de Deus por seu pecado. Isso fez Jerônimo reclamar que os pecados dos cristãos fizeram os braços daquelas nações bárbaras que invadiram a cristandade vitoriosamente. Mas se a ira do homem te encontrar no caminho de Deus, e sua fúria pegar fogo em tua santidade, tu não precisas temer, embora tua vida seja a presa que ele caça. Carne só pode ferir carne; ela pode te matar, mas não te machucar. Por que você deveria temer ser despojado daquilo que você tem já resignado a 46 Cristo? É a primeira lição que você aprende, se um cristão, negar a si mesmo, tomar sua cruz, e seguir o seu Mestre; para que o inimigo chegue tarde demais. Tu não tens vida a perder, porque tu já a deste a Cristo, nem o homem pode tirar isso sem a permissão de Deus. Tudo o que você tem está seguro; e embora Deus não te prometeu imunidade de sofrimento desta espécie, mas ele se comprometeu a suportar tua perda, sim, para pagar-te cem vezes mais; e tu não ficarás por isso até outro mundo. Ainda, você não deve temer a carne. Nosso Salvador Mat. 10, três vezes no compasso de seis versos, nos ordena não temer o homem. Se o teu coração vacilar com ele, como te comportarás na lista contra Satanás, cujo dedo mínimo é mais pesado que o lombo do homem? Os romanos tinham rebatidas de armas ou porretes, com as quais foram experimentados antes de chegarem ao cerco. Se tu não podes suportar um hematoma na tua carne pelo bastão e arma cega do homem, o que farás quando tu deves ter a espada de Satanás ao teu lado? Deus se considera reprovado quando seus filhos temem um homem fraco; portanto nós somos licitados a santifica o Senhor, e não temer o medo. Agora, se tu não temerás o homem que é apenas carne, trabalhe para fazer essas duas coisas. 1. Mortifique sua própria carne. A carne só teme a carne; quando a alma degenera em desejos e delícias carnais, não é de admirar que ela caia em temores carnais. Tome cuidado, cristão, não te sujeites à escravidão. 47 Talvez o teu coração se alimente do aplauso dos homens, isto te deixará com medo de ser mal mencionado, como aqueles que seguiram a Cristo, João 12:42; para possuí-lo em particular quando não se atreviam a confessá-lo abertamente, pois amavam o elogio dos homens. Davi diz que a boca do ímpio é uma sepultura aberta; e neste túmulo foram enterrados muitos nomes de santos. Mas se este desejo carnal fosse mortificado, você não passaria a ser julgado pelo homem; e assim de todas as afeições carnais. Alguma carne que você observa está dolorida; se puseres teu coração em qualquer coisa que é carnal - esposa, filho, propriedade, etc. - estes te inclinarão a um temor vil do homem, que pode ser o mensageiro de Deus para te afligir nisso. 2. Compare a fé com a carne. A fé fixa o coração, e um coração fixo não teme prontamente. Os médicos nos dizem que nunca estamos tão sujeitos a receber infecções como quando os espíritos estão deprimidos e, portanto,os antídotos que eles administram são todos cordiais. Quando o espírito está abatido por causa da incredulidade, toda ameaça do homem causa uma triste impressão. Deixe sua fé tomar apenas um gole profundo das promessas, e sua coragem aumentará. Quarta aplicação: O homem é apenas carne? Consola a ti mesmo, cristão, com isso, como tu és carne, teu Pai celestial sabe disso e te considera por isso. 48 1. Em ponto de aflição; Sl. 103: 14, 'Ele conhece a nossa estrutura; ele se lembra de que somos pó'. Não como algum empírico inábil, que tem apenas uma receita para todos, fortes ou fracos, jovens ou velhos; mas como um médico sábio considera seu paciente, e então escreve sua receita. Homens e demônios são apenas boticários de Deus, eles não fazem nosso físico, mas dão o que Deus prescreve. Balaão gostava bastante dos honorários de Balaque, mas não podia ir nem um pouco além da comissão de Deus. Na verdade, Deus não é tão escolhido com os ímpios; 'Ele o feriu, como feriu aqueles que o feriram?' Is. 27: 7. Na taça de um santo, o veneno da aflição é corrigido, mas não na dos ímpios; e, portanto, o que é remédio para um é ruína para o outro. 2. Em dever. Ele sabe que você é apenas carne e, portanto, se compadece e aceita seu serviço fraco, sim, ele se desculpa por você. O espírito está pronto, diz Cristo, mas a carne é fraca. 3. Em tentações. Ele considera que você é de carne e osso, e atribui as tentações a uma natureza muito fraca. É chamada de tentação comum ao homem; uma tentação moderada, como na margem, adequada para uma criatura tão frágil. Sempre que o cristão começa a desmaiar sob o peso disso, Deus se apressa em seu socorro, como uma terna mãe faria com seu filho desmaiado; portanto, diz-se que ele está perto para reanimá- los, para que seu espírito não desfaleça. Como o cristão luta com carne e sangue. 49 Segundo. Observe onde ele coloca a ênfase da batalha do santo; não em resistir a carne e sangue, mas principados e potestades; onde o apóstolo não exclui nosso combate com o homem, pois a guerra é contra a serpente e sua semente. Por mais vasto que seja o mundo, ele não pode manter os santos e os ímpios juntos pacificamente. Mas sua intenção é mostrar com que inimigo complicado, a ira do homem e a união de Satanás, temos que lidar. Observe, portanto, a conjuntura dos inimigos do santo. Não temos que ver com o homem nu, mas com o homem conduzido por Satanás; não com carne e sangue, mas principados e potestades agindo neles. Existem dois tipos de homens com os quais o cristão luta, homens bons e maus. Satanás ataca com ambos. 1. O cristão luta com bons homens. Muitos conflitos acirrados ocorreram entre santo e santo, brigando no escuro por causa da má compreensão da verdade, e um do outro; Abraão e Ló em conflito. Aarão e Miriam lutaram com Moisés para o muro, até que Deus interpôs e encerrou a disputa com seu golpe imediato em Miriam. Os apóstolos, mesmo na presença de seu Mestre, estavam exaltados, contestando quem deveria ser o maior. Agora, nessas guerras civis entre os santos, Satanás é a grande brasa, embora pouco vista, porque, como Acabe, ele luta disfarçado, jogando primeiro de um lado, e do outro, agravando todo ferimento insignificante, e daí provocando ira e vingança; portanto o apóstolo, desviando-se da ira, usa este argumento: Não dê lugar ao diabo; como se ele tivesse dito: 50 Não caiam entre vocês, a não ser que desejem a companhia do diabo, que é o verdadeiro soldado da fortuna, como diz a frase comum, que vive por sua espada e, portanto, se apressa para onde há qualquer esperança de guerra. Gregório compara os santos em suas tristes diferenças a dois galos, que Satanás, o mestre do fosso, põe a lutar, na esperança, quando morto, para cear com eles à noite. Salomão disse, Prov. 18: 6, a boca do homem contencioso exige golpes. Na verdade, por nossas lutas mútuas, damos ao diabo um cajado para nos bater; ele não pode trabalhar bem sem fogo e, portanto, acende essas brasas de contenda, que ele usa em sua forja, para aquecer nossos espíritos até a ira, e então seremos maleáveis, facilmente martelados como ele quer. A contenda coloca a alma em desordem e entre as leis das armas silenciam. A lei da graça não age livremente quando o espírito está em comoção. Veja Moisés provocado, fala inadvertidamente. Acho que isso, se nada mais irá soar, deveria soar como um recuo para nossas diferenças infelizes - que este Joabe tem uma mão nelas – ele coloca seu espírito maligno entre irmãos, e que loucura é nos mordermos e devorarmos uns aos outros para fazer o inferno alegre? Estamos propensos a confundir nosso calor com zelo, ao passo que comumente nas lutas entre os santos é um navio de fogo enviado por Satanás para quebrar sua unidade e ordem; enquanto eles permanecem unidos, eles são uma Armada invencível, e Satanás sabe que ele não tem outro caminho a não ser esta destruição para eles. Quando a linguagem do cristão, que deveria ser uma, começa a ser 51 confundida, eles estão perto de uma dispersão; é hora de Deus separar seus filhos quando eles não podem viver em paz juntos. 2. O cristão luta com homens ímpios. Porque você não é do mundo, diz Cristo, o mundo odeia você. A natureza e a vida do santo são antípodas do mundo; fogo e água, céu e inferno, podem ser reconciliados tão logo quanto eles com ele. O herege é seu inimigo pelo amor da verdade; o profano por santidade; amor; por ambos, o cristão é uma abominação, como o israelita para o egípcio. Daí vêm as guerras; o fogo da perseguição nunca se apaga nos corações dos ímpios, que dizem em seus corações como uma vez com seus lábios: Cristãos para os leões. Agora, em todas as guerras dos santos com os ímpios, Satanás é o comandante - chefe; é o trabalho do pai que fazem; suas luxúrias eles cumprem. Os sabeus saquearam Jó, mas seguiram a missão de Satanás. O herege aborda a doutrina corrupta, perverte a fé de muitos, mas nisso ele é o ministro de Satanás, II Cor. 11:15; eles recebem sua chamada, suas artimanhas e salários dele. Os perseguidores têm seu trabalho atribuído ao inferno. É uma perseguição da língua? É o inferno que a incendeia. É da mão? Ainda assim, elas são apenas os instrumentos do diabo, Apocalipse 2:10. O diabo lançará alguns de vocês na prisão. Primeira aplicação: Você vê alguém dirigindo furiosamente contra as verdades ou servos de Cristo? A piedade deles, como os mais miseráveis infelizes do mundo; não tema seu poder, não 52 admire suas partes; eles são homens possuídos e atuados pelo diabo; eles são seus servos e escravos da matança, como o mártir os chamou. Agostinho, em sua epístola a Licinius, alguém de dotes excelentes, mas perverso, que uma vez foi seu erudito, fala assim pateticamente a ele: Oh, como eu choraria e lamentaria por ti, ao ver tal espírito brilhante prostituído ao serviço do diabo! Se você tivesse encontrado um cálice de ouro, você o teria dado à igreja; mas Deus te deu uma cabeça dourada, partes e inteligência, e neste propinas teipsum diabolo - tu bebes para o diabo. Quando você vir homens de poder e dons, usando- os contra Deus que os deu, chore por eles; melhor que tivessem vivido e morrido, um fosse escravo, o outro tolo, do que prestar esse serviço ao diabo com eles. Segunda aplicação. Ó vós santos, quando reprovados e perseguidos, olhem mais longe do que o homem, não gastem sua ira sobre ele. Ai de mim! Eles são apenas instrumentos nas mãos do diabo. Guarde seu descontentamento para Satanás, que é seu principal inimigo. Eles podem ser ganhos para o lado de Cristo e, assim, tornar- se finalmente teus amigos. De vez em quando vemos alguns
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