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FÓRUM 2 23 11 20 sobre inclusão 2

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Olá mestrandos e professores.
Por meio dos três estudos de casos elencados para análise, temos a possibilidade de refletirmos em relação ao termo inclusão e o que é inclusão? Cada um dos casos analisados apresentam uma realidade diferente, embora todos apresentam suas bases no princípio da não discriminação e de igualdade de acesso à escola.
Porém, temos a clareza de que a presença física do aluno na sala de aula, não basta para que o aprendizado e o sucesso da criança sejam efetivados. Podemos perceber que por meio dos três casos apresentados buscou-se a garantia de cumprimento da inclusão dos alunos: Carina, Felix e Inácio, no entanto, cada um foi conceituado de uma maneira devido a cada realidade vivida em cada caso estudado. Trazendo assim, o termo “alunos da inclusão”, cada um com uma maneira de inclusão, mas que foi apresentado, sucedido e conduzido cada um de uma maneira, e assim, cada um teve seu desfecho inclusivo ou não.
Assim, dentro do contexto de inclusão, Mendes (2017, p. 62) nos apresenta o termo inclusão como podendo ser aplicado em diferentes circunstâncias e áreas do conhecimento científico e que segundo ela em cada um desses contextos, assume um significado peculiar dentro de cada área do conhecimento científico. Ainda de acordo com a autora a inclusão, a inclusão escolar, inclusão educacional e a educação inclusiva possuem particularidades que devem ser analisadas rigorosamente para que não haja contradições teóricas, pois durante os estudos foi possível observar a distorção do conceito do termo inclusão. 
Ainda de acordo com esse contexto foi possível observar que cada um dos casos como já foi dito apresenta uma peculiaridade e uma realidade diferente e a inclusão foi apresenta de uma maneira. Carina, chegou a escola aos seis anos de idade. Uma criança surda, que Vivia na área rural e não era usuária da língua de sinais. Era uma criança com grande capacidade de socialização e que foi muito bem aceita pelo grupo. Conseguiu fazer amizades, porém não tinha acesso aos conteúdos do currículo escolar, devido a barreira da comunicação, pois não havia interação com o professor. Carina estava apenas integrada ao grupo, mas lhe era oferecido o atendimento especializado necessário para a aquisição dos conhecimentos e o ensino/aprendizagem fossem efetivados na sua vida. Assim, no caso dela é possível observar o Mendes (2017) atribui o fato de ser apenas levado em conta o ato de matricular ou inserir a criança na classe comum de uma escola regular. Já caso de Felix, é possível perceber uma trajetória bem diferenciada. A condição dele no decorrer de sua história esteve sempre muito ligada a postura da sua família que recebeu orientações de profissionais especializados frente aos desafios enfrentado por ele. E já aos dois anos passou a frequentar o ensino regular na classe comum em que oferecido a ele um currículo adaptado exclusivamente para suas necessidades educacionais, tinha apoio profissional para as suas necessidades de locomoção e higiene. Era também muito dedicado e esforçado que aprendeu a utilizar recursos de tecnologias que lhe permitiu se comunicar e lhe possibilitou ter autonomia na realização de suas atividades escolares, conseguiu ingressar na universidade e se inserir no mercado de trabalho. Por sua realidade e seu contexto familiar e educacional é possível afirmar que foi por meio de uma educação inclusiva que o desenvolvimento dele se deu e seu sucesso foi alcançado. Dentro dessa perspectiva Mendes (2017, p. 63), afirma que o termo “educação inclusiva” não pode ser simplesmente reduzido ao significado da concepção apenas de “educação escolar da população-alvo da Educação Especial ou escolarização desse público em classe comum, pois a população a que esse conceito se refere é muito mais ampla”. Em análise do caso de Inácio é possível observar a postura da família em perceber um atraso em seu desenvolvimento e mantê-lo durante a primeira infância em casa sem o atendimento necessário para possibilitar de alguma maneira o seu desenvolvimento, mesmo que em sua cidade não houvesse uma escola especializada ele poderia ter frequentado a educação infantil ter acesso ao ambiente escolar nas classes comuns, mas a família não acreditava que seu desenvolvimento poderia ser potencializado e preferiu manter ele em casa. A concepção de uma inclusão escolar aqui observada é aquela que perpassa ao efeito de matrícula o que constatada, por meio da sua chegada na escola aos seis anos de idade de acordo com o que está previsto na legislação. Assim, fica claro que Inácio não teve acesso aos currículos escolares, não aprendeu a ler e nem a escrever, que era deixado de lado e visto como um objeto, excluído e segregado do processo educativo em ambiente escolar. 
Moro e trabalho na cidade de Floresta – Pr, um município pequeno com cerca de 12 mil habitantes e que apresentam muitas situações de inclusão, assim como muitos municípios desse porte. Tive a oportunidade te trabalhar com um aluno com autismo leve, e com altas habilidades, que sofria muito tanto no ambiente familiar como escolar. No ambiente familiar encontrava dificuldades por seus pais não aceitarem que ele precisava de ajuda médica. E no ambiente escolar por ser o primeiro caso de autismo na escola, ainda que leve, pois os professores e equipe pedagógica não sabiam como lidar com essa situação, por acharem que suas dificuldades de socialização não passavam de falta de limite, de ser mimado... e por algumas vezes ser agressivo devido à falta de entendimento da sua condição era deixado de lado. A partir do momento em que a família buscou ajuda médica e psicológica e em conversa com a escola, procurou-se entender e aprender sobre a condição educacional que ele necessitava. E com o meu atendimento a ele na sala de recursos busquei junto com a equipe pedagógica e professor regente minimizar todos os problemas enfrentados até aquele momento, e começou-se a se ter um outro olhar sobre o autismo e quais os elementos necessários para promover o aprendizado, desenvolvimento e a mudança de paradigma para a inclusão. Organizamos situações em sala de aula do ensino regular, buscou-se apresentar a turma uma breve e simples explicação do autismo, do apoio e da compreensão de todos para que o aluno e a sala pudessem aprender os mesmos conteúdos e cumprir o currículo com igualdade para todos. O aluno no final do ano foi promovido com sucesso, pois suas habilidades de leitura e escrita e altas habilidades foram estimuladas em conjunto com uma equipe multidisciplinar, professor do ensino regular, com a minha participação como professora da sala de recursos e comunidade escolar, que mesmo enfrentando situações de percursos durante a trajetória dele se esforçavam para que ele se sentisse parte da comunidade escolar.
Diante dessa situação, e com base nas concepções apresentadas por Mendes (2017), foi possível concluir que assim como Felix esse aluno, mesmo tendo encontrado dificuldades conseguiu ter êxito em sua passagem pelo ensino fundamental I, pois foi depois de muitos desencontros a possibilidade de integra-lo a escola, isto é, nesse caso, a escola tomou uma posição inclusiva, ao promover a mudança de comportamento da instituição escolar como um todo e da família. Assim a escola foi ao encontro das afirmações de Glat et. al (2007, apud. MENDES, 2017, p.63) ao destacar que “a educação inclusiva significa pensar uma escola em que são possíveis o acesso e a permanência de todos os alunos e defendem que os mecanismos de seleção e discriminação, até então utilizados, possam ser substituídos por procedimentos de identificação e remoção das barreiras de aprendizagem”. Seguindo assim, nesse caso a proposta da Declaração de Salamanca (1994) o conceito de “escola para todos”. Dessa maneira, a minha concepção de educação inclusiva é o apresentado na trajetória de Félix, por ser semelhante ao que foi vivido em minha escola, mesmo que com uma certa dificuldade de adaptação e mudança de comportamento. Que é muito bem reforçada e abordada na LDB de 1996, como abordaDutra et. al. (2008, pág. 9), no artigo 59 traz que “os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos o currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender as suas necessidades”, para assim garantir o aprendizado que é vivenciado a experiência da oportunidade de estar no mesmo ambiente que os demais estudantes, e assim oferecer o entendimento de um melhor desenvolvimento na aprendizagem e uma educação de qualidade a todos.
Luciana Miriam Pires dos Santos.

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