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A Displasia ou Luxação Congênita de Quadril é definida como uma anormalidade no tamanho, na morfologia, na orientação anatômica ou na organização da cabeça femoral, na cavidade acetabular ou em ambos. Pode acontecer de 3 formas: Displásico: quadril raso; não se formou adequadamente a ponto de gerar coaptação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo; Subluxado: leve desalinhamento entre a cabeça do fêmur e o acetábulo; Luxado: perca de contato total entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. 1. Genético: frouxidão ligamentar predisponente; 2. Hormonal: devido à liberação do hormônio relaxina durante a gestação e durante o parto para atingir relaxamento das estruturas. O hormônio fica circulante após a liberação intrauterina, cai na corrente sanguínea e é absorvido pelo bebê, causando frouxidão. 3. Mecânico: posicionamento intrauterino devido a um menor espaço para movimentação fetal; nascimento de nádegas. Raio X: bacia ou pelve; incidência anteroposterior e posicionamento em abdução. Em uma criança saudável é possível visualizar as epífises em crescimento e o alinhamento entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, já na displasia, observa-se o fêmur totalmente desalinhado em relação ao acetábulo. Assimetria dos MMII; Desproporção da pelve; Encurtamento aparente dos MMII em relação ao outro → Sinal de Galeazzi Dificuldade em abduzir os MMII; Excesso de rotação externa dos MMII. Manobra de Ortolani: detecta o deslizamento posterior do quadril para dentro do acetábulo (bilateralmente). Manobra de Barlow: detecta o deslizamento do quadril para fora do acetábulo (unilateralmente). Telescopagem da Coxa: manobra de empurrar e puxar. Suspensório de Pavlik, Fralda de Frejka e Gesso (spica) para favorecer o alinhamento entre a cab. do fêmur e acetábulo. Fisioterapia: cinesioterapia (movimentos que favoreçam o desenvolvimento motor) e hidroterapia (menor descarga de peso corporal e ausência de dor) Definição Etiopatogenia Diagnóstico Exame Clínico Tratamento @fisiodiary Primeiro tempo: Em uma das coxas o examinador posiciona o polegar na face interna e o dedo médio na face externa, na região de trocânter maior. É realizada uma abdução com rotação externa do segmento, empurrando o trocânter em direção ao acetábulo, a fim de encaixar a cabeça do fêmur no acetábulo. Segundo tempo: é realizado o oposto, ou seja, uma adução com rotação interna da coxa. As duas coxas são abduzidas com rotação externa, e delicadamente puxadas anteriormente. A instabilidade é indicada pela palpação, às vezes um clique audível da cabeça do fêmur movendo-se sobre o arco posterior do acetábulo e recolocação na cavidade. Manobra de Barlow Manobra de Ortolani Foi descrita em 1910, por Legg nos Estados Unidos, Perthes na Alemanha e Calvé na França como uma osteonecrose avascular ou asséptica da cabeça do fêmur. A incidência da DLCP é de, aproximadamente, 15 por 100.000, sendo mais comum nos meninos do que nas meninas na proporção de 5:1. O envolvimento unilateral é a forma de apresentação mais comum. É de origem idiopática. Ocorre um distúrbio da circulação arterial, da drenagem venosa da cabeça femoral em crescimento ou de ambos. 1. Ao nascer, a criança traz alterações vasculares provavelmente de origem genética; 2. Com o passar do tempo, alterações no crescimento esquelético e na maturação óssea da criança ocorrem; 3. Quando a epífise é mais susceptível à isquemia, o processo seria desencadeado por um fator capaz de romper o precário equilíbrio circulatório. Fatores Desencadeantes: Traumatismo a articulação; Sinovite traumática ou inflamatória; Fratura por estresse ou patológica da epífise; Alterações vasculares; Anemia falciforme ( hemácias = O2) 1. Condensação: necrose e crescimento ósseo cessa; 2. Fragmentação: osso começa a ser reabsorvido e fragmentado – início da revascularização da cabeça femoral; 3. Reossificação: cabeça femoral revascularizada; 4. Remodelamento: cabeça femoral e acetábulo. Dor (descrita no quadril e virilha, porém, normalmente é referida na região medial da coxa ou no joelho; Limitação da ADM articular (rotação interna e abdução); Marcha em Trendelenburg; Atrofia da coxa; Discrepância entre MMII. Suspeita-se com base nos sintomas; Radiografia; Ressonância Magnética. Conservador: medicamentoso e fisioterapêutico. Fisioterapia: a hidroterapia é indicada para ganho de mobilidade articular e para minimizar a descarga de peso em MMII, favorecendo a diminuição do quadro de dor, além de cinesioterapia e eletroterapia. A termofototerapia não e indicada, pois, pode afetar as epífises em crescimento. Obs: A intervenção cirúrgica só é indicada após a fechamento das epífises. Definição Incidência Etiologia Estágios Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento @fisiodiary Conhecida popularmente como “doença dos ossos de vidro” ou também como Doença de Lobstein, a Osteogênese Imperfeita é uma doença genética de herança autossômica dominante ou recessiva decorrente de mutações nos genes COL1A1 e COL1A2 (síntese das cadeias alfa-1 e alfa-2 do colágeno tipo 1) dos cromossomos 7 e 17. Estima-se que a incidência da OI varie de 1:10.000 a 1:20.000 nascimentos, sem preferência racial ou étnica. No entanto acredita-se que um número significativo de pacientes assintomáticos ou oligossintomáticos não seja diagnosticado. Afeta a estrutura do colágeno tipo 1, que representa 90% do colágeno tecidual e é responsável por 70 a 80% do peso seco dos tecidos fibrosos densos que formam o sistema musculoesquelético (ossos, ligamentos, tendões). O colágeno tipo I é formado por duas cadeias alfa 1 e uma cadeia alfa 2. O gene COL1A1, no cromossomo 17, codifica a cadeia α1, e o gene COL1A2, no cromossomo 7, codifica a cadeia α2. Resulta de três mecanismos: 1. Maior reabsorção do que formação óssea (aumento do turnover ósseo); 2. Imobilizações numerosas e prolongadas; 3. Inadequada atividade musculoesquelética diária, que por sua vez, pode resultar de dor, fraqueza ou deformidade. Cor azulada ou acinzentada das escleras; Pele laxa; Perda auditiva em jovens adultos (ossos do ouvido); Dentinogênese imperfeita; Hipermobilidade articular; Baixa estatura; Progressiva deformidade esquelética; Ossos wormianos (ossos supranumerários no crânio); Face triangular; Protrusão do osso temporal; Osso frontal proeminente. Silence et al, que subdivide em 4 tipos: I. Forma mais branda e frequente, osteopenia leve, estatura normal, escleras azuladas, surdez. II. Forma letal, múltiplas fraturas intrauterinas e deformidades ósseas; III. Forma grave, porém, compatível com a vida, altamente limitante, baixa estatura, face triangular, escoliose grave, dentinogênese imperfeita; IV. Forma moderada, semelhante ao tipo I porém apresenta escleras normais. História Clínica; Ultrassonografia obstétrica; Ressonância magnética; Radiografia; Dosagem sérica de cálcio; Densitometria óssea de corpo total; Definição e Etiologia Incidência Fisiopatologia Densidade Óssea Reduzida Quadro Clínico Classificação Diagnóstico @fisiodiary Relatos de fraturas com mecanismo de trauma que não se justificariam em pessoas com estrutura musculoesquelética normal; Associação das características clínicas (escleras e DI) Baixa estatura; Deformidades angulares nos membros; Aquisição tardia dos marcos motores do desenvolvimento. Atua em relação a mineralização óssea (efeito piezoelétrico), levando a deformidadesmusculoesqueléticas menos graves (descargas de peso); Promover melhor alinhamento dos membros; Evitar movimento de rotação externa pois pode provocar fraturas; Fortalecimento muscular; suporte de peso, melhorando o controle antigravitacional; Uso ativo das extremidades (MMII e MMSS), evitando encurtamentos musculares e de estruturas periarticulares; Fisioterapia na OI A artrogripose múltipla congênita (AMC) é uma condição clínica caracterizada por múltiplas contraturas articulares não progressivas que acometem duas ou mais articulações, e pode ser detectada ao nascimento. A frequência na população é considerada baixa, estando estimada em1 caso para cada 3.000 nascidos vivos de ambos os sexos nos Estados Unidos. Não é totalmente esclarecida e associam-se vários fatores à sua gênese: Uso de medicações durante a gestação, infecções, traumas, doenças crônicas, genética, drogas e álcool, HAS, aumento de líquido amniótico.; Diminuição dos movimentos fetais nos últimos meses ou problemas do desenvolvimento espinhal nos primeiros meses de gestação; Associação recentemente descrita entre a infecção congênita pelo Zika vírus – provável tropismo do vírus pelos neurônios fetais, ocasionando a diminuição da motilidade fetal intrauterina com subsequentes contraturas musculares. Simétrica e múltiplas, com maior gravidade nas extremidades distais; Alterações da pele (diminuição da elasticidade, falta de pregas); Atrofia muscular; Substituição de massa muscular por tecido adiposo e fibroso; As articulações encontram-se deformadas, com restrição de movimentos, rigidez, podendo haver presença de luxação. O diagnóstico da AMC é essencialmente clínico. Anamnese e exame físico detalhados, ressaltando-se a importância da história gestacional e do exame articular. Os achados ao exame clínico caracterizam-se por deformidades articulares, em geral acompanhadas de limitação de movimento, principalmente nos membros inferiores. É possível detectar no pré-natal por meio de ultrassonografia (apenas 25%) Definição Incidência Etiologia Diagnóstico Manifestações Clínicas @fisiodiary
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