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Jurisdição Objetivos da Jurisdição: - Escopo Jurídico: Resolver a Lide. - Escopo Social: Resolver conflito de interesse entre as partes. - Escopo Educacional: Ensinar, com a resolução da lide, os direitos e deveres dos indivíduos. - Escopo Político: Fortalecimento do Estado, respeito aos valores ditos nas leis, incentivo da participação democrática por meio do processo (como por exemplo, na ação popular) Características Principais: - Caráter Substitutivo: A jurisdição substitui a vontade das partes pela vontade da lei, resolvendo o conflito existente entre elas e proporcionando a pacificação social. Mas isso não é essencial para a existência de Jurisdição (quando ocorre Execução Indireta ou quando as partes estão de acordo é só precisam do Judiciário para fazer papel de ofício). - Lide: Para que aja a “convocação “ da jurisdição, precisa-se da lide, que é um conflito de interesses. A jurisdição se presta à composição justa da lide. Não é essencial para a jurisdição (exemplo: ações constitutivas necessárias; tutela inibitória). - Inércia: A movimentação inicial da jurisdição fica condicionada à provocação do interessado.. uma vez provocada pelo interessado, aplica-se a regra do impulso oficial. - Definitividade: A decisão feita pelo magistrado é definitiva e imutável, a decisão deve ser aceita por todos. *coisa julgada material e formal. *resumo baseado na doutrina: Manual de Direito Processual Civil - Daniel Amorim* Princípios da Jurisdição: - Investidura: O poder judiciário investe na escolha de determinados sujeitos para exercer o poder jurisdicional e representar o Estado na busca da solução do caso. - Territorialidade (aderência ao território): Todo juiz tem competência em todo território brasileiro, porém a atuação jurisdicional só é legítima em uma parte delimitada (foros: comarca / seção judiciária/ subseção judiciária). Sempre que ocorre um ato processual fora de seus limites, usa-se a carta precatória ou a carta rogatória. Exceção: Citação via correio, penhora de bem imóvel, ação de direito real imobiliário de imóvel situado em dois ou mais foros. - Indelegabilidade: O órgão jurisdicional não poderá delegar sua função para outro órgão jurisdicional. As precatórias e rogatórias são a confirmação deste princípio. Exceção: Expedição de carta de ordem pelo Tribunal que delega que o juízo de primeiro grau produza provas periciais, por exemplo (art. 972, CPC). Ou, STF delegue função ao juízo de primeiro grau por falta de estrutura para praticar atos. Art. 972. Se os fatos alegados pelas partes dependerem de prova, o relator poderá delegar a competência ao órgão que proferiu a decisão rescindenda (…) = - e - Inevitabilidade: Aplica-se em dois momentos distintos, na vinculação obrigatória dos sujeitos ao processo judicial (ninguém poderá se negar ao “chamado jurisdicional “), e na hora da decisão judicial. Os sujeitos do processo ficam em um estado de sujeição, deveram suportar os efeitos da decisão jurisdicional mesmo se não gostem ou concordem, isso torna os efeitos da decisão inevitável. - Inafastabilidade: Principal garantia do Direito Subjetivo. Art. 5º, XXXV, CF. Dois aspectos (a relação entre a jurisdição e a solução administrativa de conflito e o acesso a ordem jurídica justa). Define-se pela inasfastabilidade da lei, do direito que o indivíduo possui e da resolução desse um conflito. - Juiz Natural: Ninguém será processado senão pela autoridade competente. Impossibilidade de escolha de um juiz para um julgamento. Espécies de Jurisdição: - Jurisdição Penal: Materiais de Direito Penal; - Jurisdição Civil: Todas as matérias que não sejam penais. - Jurisdição Inferior: Exercida pelo órgão que tem competência originária para a demanda. Aquele que enfrenta o processo desde o início. . Art. 5º, XXXV, CF. A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão a direito. - Jurisdição Superior: Hipótese de atuação recursal - Jurisdição Comum: Justiça Federal e Justiça Estadual - Justiça Especial: Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça Militar. Jurisdição Voluntária: - Exceção. atividade prestada pelo Estado de ofício, não existe uma lide. O juiz participa somente para validar os atos, ele não exerce sua função jurisdicional pois há ausência de Lide, não há partes e sim, interessados. Não atinge coisa julgada. Ex: arts. 726 a 770, CPC. Entre eles, extinção consensual de união estável e matrimônio, alienação judicial, alvará judicial.. Jurisdição Contenciosa: - Toda atividade jurisdicional prestada ao autor e ao réu durante o transcorrer do processo. Existe a lide e o Juiz deve julgar o conflito de interesses. Tipos de Tutela da Jurisdição - Tutela Jurisdicional: Tudo que é prestado pelo Estado para a resolução da Lide. “Proteção prestada pelo Estado quando provocado por meio de um processo, gerado em razão da lesão ou ameaça de lesão a um direito material”. Autor e réu possuem essa tutela. Resumo feito e disponibilizado por Julia Ignacio (@explicajulia) - E - Tutela jurídica: Quando o juiz, na sentença, reconhece o direito que lhe foi pedido. Garantia que o que está na sentença será cumprido. - Tutela de Conhecimento: Juiz tem que dizer na sentença qual das partes tem a razão. Se divide em três espécies. Tutela meramente declaratória: A sentença resolverá a incerteza que existia a respeito de uma relação jurídica ou do fato descrito. Um exemplo, é a ação de investigação de paternidade. Tutela constitutiva: a sentença cria uma nova situação jurídica, resolvendo a crise anterior. Um exemplo, é uma ação de divórcio. Tutela condenatória: resolve a crise de um inadimplemento, reconhece o inadimplemento e imputa o demandado ao cumprimento de uma prestação. Um exemplo, é o inadimplemento de um contrato que contenha uma espécie de obrigação. - Tutela de Execução: Nesta tutela, o direito já foi concedido a uma das partes porém a parte que deveria executar algo, não executou. Há duas formas de se proceder essa situação (processo autônomo e fase procedimental, ou seja, fase de cumprimento de sentença) - Tutela Cautelar: Resolve-se uma crise de perigo. Utilizadas em processos urgentes que podem resultados em algo grave se houver demora na concessão de algum direito. Resumo feito e disponibilizado por Julia Ignacio (@explicajulia) ↳ ↳ ↳
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