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1 Apostila de Estudos Dirigidos TEAM DEATHFACE Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 2 Conceitos Avançados, práticos e teóricos do Bodybuilding. Introdução. NESSA APOSTILA VOCÊ ENCONTRARÁ EXPLICAÇÕES TEÓRICAS E GUIAS PRÁTICOS DE LINGUAGEM FÁCIL PARA APLICAÇÃO COTIDIANA DIANTE AS MAIS DIVERSAS SITUACÕES COMUMENTE ENFRENTADAS. Entendendo o Material pelo ponto de vista Científico: “Livros são apenas experiências de terceiros passados em folha.” Cabe salientar aqui, para os marinheiros de primeira viagem. Que nem tudo que lemos na área científica é condizente com a prática. A ciência evolui, e muitas vezes, no caso do Bodybuilding, ela tenta provar o que muitos atletas já fazem há décadas. Então o fisiculturismo é uma ciência empírica. Antes de questionar qualquer informação, é bom ter senso crítico. Afinal o livro referência sobre aquele assunto, pode ter 20 anos, e pode não te ajudar em um mundo moderno no qual informação é acessível a todos. Hoje, todos tem seu próprio laboratório de experimentação dentro do seu laptop. Algumas situações apresentadas possuem embasamento científico atual, outras são simplesmente empíricas. Cabe o seu julgamento, e experiência, trata-las da maneira que lhe for cabível. EM CADA TÓPICO/ASSUNTO DIFERENTE ESTARÃO PRESENTES ALEM DAS IMAGENS ILUSTRATIVAS, ALGUNS REFERENCIAIS CIENTIFICOS. DEIXAMOS COMO FORMA DE ABSTRATO PARA O ALUNO PODER FAZER UMA BUSCA ATIVA DO ARTIGO E DO CONTEUDO E DESENVOLVER SEU PENSAMENTO CRITICO, ASSIM PODERA DISCUTIR COM OS DEMAIS NO GRUPO DE INTERACÃO DO WHATSAPP. O GRUPO DE INTERAÇÃO NO WHATSAPP SERVE COMO FERRAMENTA DE NETWORKING INTEGRANDO ALUNOS INICIANTES AOS MAIS EXPERIENTES PARA PODEREM AMPLIAR SUAS RELACOES E COMPARTILHAR SEUS CONHECIMENTOS. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 3 A CADA DOIS MODULOS NÓS FAREMOS UMA LIVE ABORDANDO OS PRINCIPAIS TEMAS E DISCUSSOES QUE FORAM DEBATIDOS NO GRUPO. PREFÁCIO. Essa apostila tem como objetivo guiar novos aprendizes do bodybuilding em conceitos práticos e teóricos usados no dia-a-dia do atleta/entusiasta. Tudo escrito aqui partirá de experiências e observações de ciência aplicada. O material irá destruir alguns mitos do que se lê hoje na internet, e mostrará qual a nossa filosofia de trabalho sobre assuntos diferentes. Ao término dos módulos você se encontrará preparado para enfrentar e lidar com as diversas variáveis que surgem no dia-a-dia para nós que levamos o bodybuilding e o fitness como estilo de vida, desde as coisas mais simples até as mais obscuras. IMPORTANTE Todas as informações contidas na apostila, tanto teóricas quanto práticas são de cunho informativo, portanto cabe ao aluno/leitor toda a responsabilidade ao seguir ou aplicar qualquer conduta aqui descrita. Ressaltando que diante diversos problemas enfrentados pelos individuos que se aventuram nesse mundo underground, o melhor caminho é sempre buscar o acompanhamento médico em vez de optar pela auto-medicacão. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 4 Sumário Introdução ao conceito de Blast & Cruise / TRT ............................................................ 6 Cinco coisas que você deve saber antes de entrar em B&C ................................ 10 Frequência de uso/administração ........................................................................ 13 Uso em mulheres / Considerações primordiais ........................................................... 15 O impacto dos anticoncepcionais nos ganhos ..................................................... 18 Síndrome dos ovários policísticos ........................................................................ 20 DHT amigo, não vilão ................................................................................................. 22 Finasterida ........................................................................................................... 23 Estradiol .............................................................................................................. 25 Prolactina .................................................................................................................... 27 Ginecomastia ....................................................................................................... 29 Libido ................................................................................................................... 33 Acne ........................................................................................................................... 36 Fertilidade ............................................................................................................ 39 Manutenção do perfil lipídico ............................................................................... 41 Função Hepática ......................................................................................................... 43 Hematócrito/Policitemia secundária aos AES ...................................................... 47 Hipertensão arterial secundária aos AES ............................................................ 50 Tireoidianos ................................................................................................................ 52 Termogenicos ...................................................................................................... 55 Exames ............................................................................................................... 59 Nódulos e Inflamações ............................................................................................... 61 Entendendo Hipertrofia............................................................................................ 65 Dietas ...................................................................................................................... 72 Estratégias .................................................................................................................. 78 Amenizando o impacto do “cheat meal” .................................................................. 79 Metformina .............................................................................................................. 81 Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 5 Antioxidantes .............................................................................................................. 83 O lado negativo de estimulantes em doses altas ..................................................... 84 Enzimas Digestivas ................................................................................................. 85 Lugol ........................................................................................................................... 87 Treinamento, o fator esquecido ............................................................................... 89 GH e Peptídeos ....................................................................................................... 92 SARMS ..................................................................................................................... 104 Conclusão da Apostila ........................................................................................... 107 Referências ........................................................................................................... 108 Créditos .................................................................................................................... 110 Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 6 - Introdução ao conceito de Blast and Cruise / TRT. Muitos alunos chegam com dúvidasa respeito do uso de hormônios. Antigamente a famosa TPC (Terapia pós ciclo) era comum entre os ratos de academia. A questão é que a ciência avançou. Apesar de reposição hormonal ainda ser um tabu no Brasil, na Flórida (Onde Ugo morou por 2 anos.), era algo bem comum. Há todo um interesse das grandes farmacêuticas em manter a reposição de testosterona longe do mercado, mas isso não vem ao caso. O que acontecia com o usuário de hormônios até os anos 90 (adeptos de TPC)? O rapaz usava 8-10 semanas de hormônios, desligando seu eixo hormonal, e após isso colocava um coquetel de drogas para TENTAR recuperar esse eixo, depois repetia o processo, 2,3 até 4 vezes ao ano, até que no final seu eixo se perdia de vez, com recuperações cada vez mais difíceis. De anos pra cá, principalmente fora do Brasil, começou a se usar o processo de Blast and Cruise, Blast seria a fase mais anabólica do uso de hormônios, e o CRUISE, seria a fase de reposição hormonal usando o mínimo possível para se manter a dosagem fisiológica de testosterona (TRT). O cruise também serve como uma ponte entre 2 Blasts. Podendo assim, ser subjetivo em termos de dosagem de atleta pra atleta. Com o tempo foi se descobrindo que essa era a forma mais saudável e estável de se construir um shape a longo prazo. Afinal você não está a brincar com seu eixo a cada 2 meses. Podendo assim parar quando quiser, através de protocolos mais avançados de restauração de eixo. (Como uso da Triptorelina.) Por essas e outras, eu sempre cito aos mais antigos, não se usa mais TPC, hormônios são um estado. Ou você usa ou ,não. Se você usa e de fato quer chegar a outro nivel, vai ter que usar ininterruptamente. E a primeira pergunta que recebo é sobre os gastos. Posso te afirmar que fica muito mais caro pagar antigas TPCs, do que usar dosagens baixas de Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 7 Testosterona por semana. Portanto basicamente o Blast and cruise consiste nesses períodos onde o blast seria aquele momento pré estabelecido onde se usariam doses teoricamente um pouco mais elevadas visando alcançar os objetivos individuais. Já o cruise seria a manutenção de uma dose suprafisiológica baixa que faça a manutenção dos ganhos sejam em termos de massa magra ou baixa de percentual de gordura. É no cruise também onde os usuários devem se atentar a corrigir o máximo possível a sobrecarga causada no blast, como: cuidado com a saúde hepática, perfil lipídico e diversos outros marcadores importantes para manutenção de saúde no usuário. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 8 MODULAÇÃO HORMONAL É febre de alguns anos pra cá, o termo “modulação hormonal”, que na verdade não é reconhecido na medicina e muito menos pela sociedade brasileira de endocrinologia. A verdade é que existe a reposição hormonal e a prescrição de esteroides anabolizantes para o ganho estético (em termos de massa magra e perda de gordura) por médicos que 90% das vezes não tem conhecimento teórico nem prático sobre o assunto, e, então este segundo cenário é mascarado com o termo “modulação hormonal”. Raramente um jovem/adulto até os 50 anos de fato apresentaria níveis baixos de testosterona, é muito fácil enganar o cliente por valores de referência (sim nesse ramo o paciente se tornou cliente). E mesmo com os níveis baixos circulando por volta dos 200 ng, ainda se tem que levar em consideração a quantidade de testosterona livre e o SHBG. Mesmo em relação a esses marcadores, sendo a livre média e o shbg normal dentro da referência, é perfeitamente possível se manter em uma condição fisiológica de libido, energia, massa muscular, óssea etc... pela individualidade de resposta de cada um. Portanto é inconsequente colocar jovens completamente desinformados em dependência desses hormônios, porque infelizmente é o que acontece, e, as sequelas na qualidade de vida principalmente nos aspectos psicológicos são grandes e difíceis de se estabilizar. Os médicos devem refletir, assim como nós profissionais da área, antes de prescrever (por mais ínfimos que sejam os colaterais fisiológicos) esteroides para entusiastas, sem ressaltar tudo que vem junto a longo prazo. Por isso há coisas básicas que todo iniciante deve saber antes de iniciar o uso de hormônios, coisas que o profissional médico/coach ou quem indicou, raramente cita. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 9 ( Niveis de Testosterona Livre no Sangue por Idade.) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK216175/ Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK216175/ 10 CINCO COISAS QUE VOCÊ DEVE SABER ANTES DE INICIAR O USO DE HORMÔNIOS 1 - Não importa se você vai utilizar testosterona bioidêntica em creme ou cápsulas, só por isso ela não é diferente nem mais segura que a terapia de reposição com testosterona injetável, e, muitas vezes pode até ser levemente ou mais danosa se você levar em consideração a efetividade, custo, e metabolização da mesma. Afinal você pode até atingir escores de testosterona total altos, porém a testosterona livre não tende a subir tanto logo em termos de ganhos estéticos, os injetáveis são melhores veículos por maior exposição a dosagens plasmáticas elevadas, enquanto os bioidênticos são apenas para reposição funcional. 2- Há efeitos no aumento do desempenho e evolução física, efeitos no sistema nervoso central como aumento do senso de bem estar, e, o potencial ansiolítico. Temos também melhora do desempenho sexual na libido/potência, quando se cessa o uso tem-se um período de adaptação e recuperação longo, que aliado aos fatores externos do dia-a-dia, levam o usuário a um certo grau de dependência, ou desmotivação. Portanto na maioria dos casos principalmente em jovens deve ser ressaltado esse fator. De fato aquele indivíduo está apto a arcar com tudo isso pois na maioria das vezes, ele está entrando em um buraco escuro sem ter consciência disso. 3 - Os efeitos não são dose-dependentes, cada indivíduo tem uma sensibilidade para a testosterona, alguns podem responder melhor com 200mg quinzenalmente, do que outros com as mesmas 200mg semanalmente, depende de “N fatores”. Nunca comece pensando que maiores doses vão significar maiores resultados. Um grande erro é começar com altas doses tendo um shape que não seja proporcional a elas, isso faz com que muito dos usuários se frustrem com os resultados e fiquem estagnados querendo aumentar cada vez mais a dose e esquecendo de fatores importantes. Deve-se sempre aprender a controlar todas variáveis como estradiol, prolactina, dht e os Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 11 outros impactos que os esteróides causam que afetam a qualidade de vida no dia-a-dia. 4 - O fígado diferentemente do que todos pensam não é quem mais sofre com a testosterona e sim o sistema cardiovascular, uma atenção aos níveis do painel lipídico durante toda terapia de reposição hormonal deve ser feita com uma manutenção cautelosa, e adequação de protocolos e proteções para prevenir futuras complicações. 5 - Fertilidade: a testosterona de fato com o uso prolongado diminui a contagem de espermatozoides e a motilidade dos mesmos, mas isso não quer dizer que ela te deixa infértil completamente, isso varia muito, ultimamente muitos homens têm filhos durante a trt e após anos de uso. Inclusive atletas que utilizam e abusam nas dosagens, portanto preste atenção aos métodos contraceptivos utilizados. E em um cenário oposto mesmo quando não pretendem ter filhos em um período de tempo próximo é interessante a manutenção basal da fertilidade do indivíduo, ou de níveis de fsh e lh, paraque se tenha uma quantidade de abp circulante, e futuramente seja mais fácil a recuperação Estudos Selecionados onde a Variação de Testosterona tem impacto sobre composição corporal e força. Reference Study Population Control Variables Results Cross-Sectional Studies Field et al., 1994 MMAS. 1,241 men Age, BMI, smoking Low T levels related to higher BMI Abbasi et al., 1998 144 men, 60 to 80 years of age from communities of SE Wisconsin Age Total T and free T correlated with lean body mass and total adipose mass, with age partialled out of the correlation; hormones did not predict either measure in regression analysis Baumgartner et al., 1999 121 male volunteers, 65-97 years old Knee height Free T associated with muscle mass Couillard et al., 2000 217 healthy and sedentary men ages 17 to 64; 57 men age 50 or older Waist girth Higher BMI, % body fat, fat mass with lower T levels. T also negatively correlated with body fat in waist, hip, but not with visceral adipose tissue NOTE: BMI = body mass index; MMAS = Massachusetts Male Aging Study; T = testosterone. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK216175/ Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK216175/ 12 Frequencia de uso No Brasil, mais exclusivamente, criou-se muita “broscience” até nos aspectos fisiológicos quanto ao funcionamento, sinergia e posologia dos EAA's. Primeiro que não existe uma dosagem mínima de cada droga que nem a cultura do meio propaga. Isso faz que muitas vezes faz com que iniciantes sem a mínima experiência já acharem que é necessário usar mais de meia grama (+500mg) de algo em primeiro contato. Segundo que existe uma janela terapêutica, não tão exata, mas que se o usuário conseguir situar-se dentro dela, vai ter o melhor físico aparente. Terceiro, muitas vezes o atleta, seja homem ou mulher, sobe as dosagens antes do contest e acaba embaçando o shape sem perceber justamente por isso, porém acaba culpando a dieta, o diurético ou o timing. Acontece que quando ultrapassamos essa janela, a nível intra-celular, a resposta dos receptores androgênicos se torna cada vez mais ineficaz, não falemos literalmente que eles se saturam, mas ocorre algo parecido, mesmo sob dosagens de gh e insulina (onde também ocorrem muitas contra regulações). Independente do diurético que o atleta possa estar usando, as alterações a nível de equilíbrio de eletrólitos e reabsorção de água mediadas diretamente pelos hormônios, pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona e pelo adh. Mais uma série de alterações indiretas pela própria ansiedade induzida pelo aumento dos hormônios aliados ao estresse pré-competição, tudo isso vai prejudicar negativamente o atleta custando muitas vezes aquele primeiro lugar ou troféu que ele tanto queria. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 13 Fracionamento de doses Muitos pacientes/usuários aderem ao fracionamento da administração das injeções de testosterona e outros hormônios em uma reposição hormonal, cruise e até alguns blasts. Utilizam do argumento que mesmo com a meia vida média dos ésteres mais utilizados (cipionato e enantato), quanto menor a oscilação menor serão os colaterais como a aromatização. Acontece que na prática isso não ocorre em se tratando da maioria dos usuários (com exceção das high doses), e o embasamento teórico para maior aromatização também é falho. VocêS só se expõem ou expõe paciente/usuário a um maior stress pelo método invasivo com muitas aplicações intramusculares, que vão trazer mais riscos e complicações incômodas como: dor, inflamações, nódulos e abscessos. Simplifique! Como na nutrição, seu corpo não é uma calculadora. Em termos de dosagens vai ser muito individual mas com nossa prática, dosagens de até 400mg/week se o usuário tiver um shape consolidado com um baixo percentual de gordura e não for um aromatizador nato, pode ser feito 1 shot semana perfeitamente. Se puxarmos diretrizes de endocrinologia, os shots são feitos com cipionato por exemplo quinzenalmente e as vezes até de 21 em 21 dias, e isso não confere colaterais ou necessidade de controle extra na maioria dos usuários. Aqueles que têm tendência a aromatizar mudando a frequência ou não acabaram sofrendo com isso. O que se deve ter percepção são alguns fatores que podem aumentar a aromatização como o excesso de tecido adiposo, o estresse hepático e até o uso de tireoidianos concomitante. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 14 Sempre questionam também sobre o uso de doses de cruise 200mg/week em média por via subcutânea. Pode ser feito sem problema algum e até confere uma certa estabilidade, o grande problema está que em alguns indivíduos a imunogenicidade pode gerar maior propensão a nódulos e existe também o fator "dor", a injeção subcutânea de cipionato deixa o local com um certo desconforto. Quando falamos de injeções de outros compostos ou até testosteronas underground, devemos prestar atenção pois são drogas de procedência duvidosa, higiene duvidosa e composição duvidosa. Logo os riscos são maiores, a concentração das drogas para serem utilizadas na via subcutânea também não devem ser muito altas pois a absorção é menos eficaz já que o tecido adiposo é menos vascularizado que o muscular, portanto formulações com no máximo 100mg/ml seriam as mais ideais. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 15 Mulheres e hormonios O que mais vejo são mulheres que em baixo ou alto grau virilizaram pelo uso inocente e/ou errado de hormônios em diversos contextos. Acontece que para as mulheres é quase utópico pensar em usar esteroides ser ter o minimo de efeitos masculinizantes. Mesmo que sejam minimos eles vão existir e é exatamente no primeiro contato onde as mulheres na maioria das vezes usam sem instrucão que ocorre a virilizacão que não acompanha o shape. O que buscamos é sempre manter os traços femininos na face, preservar o tom vocal, evitar hirsutismo (pelos), hiperplasia do clitoris, etc... Para isso alguns cuidados devem ser adotados no uso: Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 16 1- Nunca comecem com doses elevadas ou aquela dose que sua amiga utilizou, afinal cada uma tem uma resposta diferente. Logo é sempre interessante quando for comecar o uso, comecar por doses mais baixas e ir aumentando semanalmente ou bisemanalmente. Mesmo que parecam inofensivas, drogas como oxandrolona e stanozolol tem alto potencial de virilizar. 2- Quando utilizarem drogas de meia vida longa como nandrolona e boldenona, não cometam o erro de ir aumentando por falta de resultados, são compostos que demoram a agir e que tem suas concentrações aumentadas na corrente sanguinea com o decorrer do tempo, por isso demoram tambem pra sair de circulação. Dessa maneira vão demorar a descer seus níveis plasmáticos pela longa meia vida e qualquer efeito que tenha surgido vai demorar mais para ser corrigido.··. 3 - Algumas de vocês tem uma sensibilidade muito alta para androgenos, mas de maneira negativa e geralmente não veem resultados, pois há piora da sensibilidade insulinica e N outros fatores que so as fazem ter colaterais ( em sua maioria ), então há outros caminhos e alternativas em vez de ficar insistindo em aumentar doses ou usar outros hormonios. Logo, sempre procurem saber um pouco mais (além do básico) antes de utilizarem algo afinal é a imagem e saúde de vocês que está em jogo (saúde mental, reprodutiva, cardiovascular, etc) e se estão querendo utilizar os hormonios como uma forma de suprir falhas no treino e na dieta, reforcem as outras variaveisantes. 4- No caso das mulheres nem sempre a avaliacão da proporcão do esteroide quanto ao anabolismo e androgenismo são validos, afinal vemos algumas mulheres respondendo bem a baixas doses de trenbolona que é 5x mais androgenica que a testosterona, mas na pratica virilizando menos. Logo a teoria nesses casos não se aplica pois tem N fatores estruturais dos compostos que vao intervir no resultado final. Não existe um ranking de fato de quais Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 17 compostos são melhores ou piores para as mulheres pois a individualidade reina. Porem como sabido dentre todos compostos alguns se destacam para uso nas mulheres de acordo com o objetivo: primobolan, nandrolona, boldenona e os classicos oxandrolona e stanozolol, sendo esses ultimos os mais comuns porem nem sempre a melhor escolha pois alem de serem mais hepatotoxicos, tambem são piores para o perfil lipidico. Outra ferramenta contra alguns aspectos negativos do uso dos AES nas mulheres é o uso da espironolactona que é um diurético poupador de potássio que age também como um antiandrogênico e pode ser interessante de ser incluído em alguns protocolos para conter alguns efeitos secundários como minimizar um pouco a retenção e controlar um pouco alguns quadros de acne. Já para a queda de cabelo, finasterida pode ser um tiro no pé, sempre optem por tratamentos tópicos com minoxidil por exemplo. Muitas mulheres experienciam efeitos negativos e duradouros com finasterida mesmo após cessarem o uso pela influência do mesmo em alguns neuroesteroides que modulam o comportamento como vocês poderão ver mais a frente. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 18 O IMPACTO DO USO DE ANTICONCEPCIONAIS Como se especula, de fato os anticoncepcionais, muitas vezes "um mal necessário", tem efeitos extremamente negativos para a qualidade de vida da mulher. Baseado em diversas literaturas científicas e metanálises e associando-as à prática, vou listar alguns dos efeitos negativos dos anticoncepcionais, ressaltando que no vídeo acima salvo vou relacionar melhor eles. Em um quadro bem geral o impacto no painel endócrino consiste na diminuição dos níveis de testosterona livre pelo aumento muito expressivo da produção e quantidade circulante de SHBG. Também há uma diminuição dos níveis de testosterona total mas não tão expressivos quanto à livre que é a mais importante para exercer efeitos anabólicos e efeitos no sistema nervoso central que vão desencadear todo padrão comportamental típico dos andrógenos: atividade ansiolítica e aumento da libido por exemplo. Vai refletir nos padrões sinápticos interferindo nas compulsões alimentares e quadros depressivos ou maior tendência aos mesmos. Também há uma elevação dos níveis de cortisol dose-dependentes em relação a quantidade de Estrogénios. Tudo isso esteticamente vai refletir em um acúmulo de gordura localizada e geral maior, aumento da retenção hídrica, uma leve resistência insulínica que pode sim associada a dieta prejudicar o ganho de massa, adicionando o fator da baixa na testosterona livre conseguimos um forte obstáculo no ganho de massa muscular. Na escolha e adaptação como visto na maioria dos estudos, as formulações com menor quantidade de estrogénios tiveram um impacto um pouco menor mas ainda MUITO relevante. E as formulações apenas com progesterona se mostraram as menos impactantes nesses quesitos. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 19 Para as mulheres que são do meio, se não tiverem contra indicações específicas, um dos métodos menos prejudiciais sistemicamente é o DIU- MIRENA ou DIU de cobre, que após colocado, tem ali sua validade média de 5 a 10 anos, e o hormônio progestogênico nele contido, vai ter mais ação local e não sistêmica (no caso do mirena, pois o de cobre nâo contem hormônio). Há hoje em dia no mercado também CHIPS com derivados de progesterona que possuem ação androgênica/anabólica como a gestrinona, que podem agir positivamente no físico e como método contraceptivo. No entanto são métodos caros e podem ter seus efeitos colaterais como retenção, acne entre outros assim como os esteroides, e os resultados estéticos em termos de ganhos de massa magra podem ser frustrantes. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK164632/ Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK164632/ 20 Outra ferramenta contra alguns aspectos negativos do uso dos AES nas mulheres é o uso da espironolactona que é um diurético poupador de potássio que age também como um antiandrogênico e pode ser interessante de ser incluído em alguns protocolos para conter alguns efeitos secundários como minimizar um pouco a retenção e controlar um pouco alguns quadros de acne. Já para a queda de cabelo, finasterida pode ser um tiro no pé, sempre optem por tratamentos tópicos com minoxidil por exemplo. Muitas mulheres experienciam efeitos negativos e duradouros com finasterida mesmo após cessarem o uso pela influência do mesmo em alguns neuroesteroides que modulam o comportamento como vocês poderão ver mais a frente.··. Sindrome dos ovarios policisticos e estratégias A resistência insulínica presente na maioria das mulheres diagnosticadas com a síndrome dos ovários policísticos é a maior inimiga das mulheres na busca por um corpo estético, além de ser fator de risco para obesidade, hipercolesterolemia e outras doenças metabólicas. Sabemos que as mulheres com SOP têm níveis de andrógenos circulantes mais elevados, porém de nada isso tem validade se a sensibilidade insulínica não for trabalhada. Para isso algumas estratégias básicas devem ser adotadas: A inclusão da Metformina que nesse caso já tem muita literatura comprovando a melhora na captação de glicose e atenuando os efeitos virilizantes negativos; A questão dietética, que é extremamente importante não só reduzindo a quantidade de carboidratos (eu disse reduzindo e não zerando ou fazendo extremamente low) e o timing da ingestão desses carboidratos também é muito importante levando em conta os aspectos bioquímicos de quando o seu corpo esta com maior avidez por glicose (ex: desjejum, pós-treino). Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 21 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4200666/ Obviamente essa adequação deve ser feita de acordo com a rotina do paciente e por um nutricionista que entenda bem esses aspectos metabólicos. Então high carbs com SOP is a NO NO, e fiquem atentos com planejamentos nutricionais com alta frequência de alimentação com carbs presentes em todas elas, pois isso pode estar sabotando seus ganhos. Logo algumas estratégias práticas que gosto de indicar na questão dietética do timing como citei são os jejuns intermitentes adaptados como o 12/12, utilizando dos artifícios de incluir os carboidratos nos momentos onde a sensibilidade insulínica está maior, que vamos abordar mais a frente no módulo da dietética. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4200666/ 22 https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1365-2265.2008.03305.x DHT: amigo, não vilão. Muitos usuários pensam que o DHT é um grande inimigo quando na verdade ele é um aliado tirando o fator estético da queda de cabelo. Essa febre por diminuir ou "controlar DHT" é perigosa. O DHT é um hormônio com uma ótima atividade no sistema nervoso central quando falamos de modulação positiva do humor, "mood", comportamento, ansiolítico e tem uma acão muito pró-libido e funcão sexuais. Infelizmente para aqueles que querem controlá-lo pensando que vão parara queda de cabelo, infelizmente isso não vai ocorrer principalmente se o individuo tiver tendência genética para a calvície. Ele vai até conseguir controlar ela em um grau baixo porém vai estar se prejudicando muito mais em termos de "mood" e dos ganhos/evolução com os AES. O básico que deve ser feito é suplementar com vitaminas suprindo todo complexo B em boas doses e as lipossolúveis também aliados aos tratamentos tópicos como dermaroll e minoxidil com boas concentrações 5% ou mais, aplicados com frequência. Já na questão da escolha e estruturação dos diversos hormônios, para aqueles indivíduos que têm tendência, deve se evitar Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1365-2265.2008.03305.x 23 dosagens altas de testosterona para que não se converta muito DHT. Nesses casos optar por hormônios como a boldenona e a nandrolona que se convertem em DHB e DHN que são metabólitos que tem menor afinidade pelo receptor androgênico que o DHT, já ameniza em certo grau. Finasterida O uso de finasterida para tratar a queda de cabelo em usuários de hormônios (e não usuários) implica alguns fatores a serem ressaltados. De fato inibindo a enzima 5 alfa redutase o indivíduo que faz o uso de testosterona apenas consegue reduzir os níveis circulantes de DHT, isso consegue frear em certo grau a queda de cabelo. Mas ainda assim alguns efeitos adversos devem ser ressaltados. Ao inibirmos o DHT mesmo que ele não caia para níveis muito baixos, podemos ter prejuízos a nível comportamental envolvendo: ansiedade, libido baixa, insônia etc... E isso acontece porque a finasterida não inibe apenas a 5 alfa redutase, inibe também algumas isoformas suas que atuam a nível cortical. Essas isoformas controlam não só a conversão de alguns esteróides como também agem a nível neuronal modulando alguns receptores como o GABA. E é essa inibição que pode causar prejuízos em graus variáveis nos indivíduos que utilizam finasterida. Em graus mais severos pode ocasionar a conhecida (mas não muito comum) Síndrome pós finasterida (SPF). Obviamente os efeitos em não usuários se mostram mais acentuados que nos Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 24 usuários de hormônios, mas cabe novamente a individualidade de cada um. Vale ressaltar também que utilizar finasterida concomitantemente com esteróides derivados de DHT não tem nenhuma utilidade, uma vez que eles já são 5 alfa reduzidos, os 2 exemplos mais clássicos são a oxandrolona e o stanozolol. Mulheres também são mais susceptíveis a sofrer com alguns desses colaterais após uso de finasterida. A posologia varia muito, uma das alternativas para aqueles que querem tentar amenizar ou "controlar" um pouco o DHT seria a utilização de Saw palmetto 200 a 400mg, mas que também não se mostra tão eficaz. Na minha experiência o indivíduo deve tocar em hormonios ja ciente dessa questão da queda de cabelos e não cogitar o uso de finasterida, com exceção de alguns casos. Outro último ponto relevante é sobre a hiperplasia benigna prostática que pode ser agravada com altos índices de DHT, deve se fazer sempre o acompanhamento com dosagens de PSA, porém não é via de regra que acometimentos prostáticos serão tão aumentados assim naqueles usuários que não tem história familiar de doença prostática. Já naqueles com histórico genético, todo cuidado deve ser tomado. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5346286/ Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5346286/ 25 ESTRADIOL O controle de estradiol é uma das variáveis mais sensíveis quando o assunto é sobre hormônios. Nosso comportamento/temperamento, função sexual, níveis hidroeletrolíticos e diversos outros fatores são modulados direta e indiretamente pelo Estradiol. O objetivo é alcançar o "Sweet spot" do estradiol, que é um dos principais capítulos do livro em que estou trabalhando. Em questões numéricas, níveis entre 15 e 35-40 seriam os mais desejáveis em todos os aspectos... Mas porque? Porque é o ponto onde você vai conseguir manutenção da estética do shape, manutenção humoral com constância psicológica, regulação do sistema imune, e melhor proteção cardiovascular. Outra questão interessante a ser citada é que sempre regulamos o estradiol no "feeling", pois o acesso mensal a exames laboratoriais não é uma realidade para todos, porém em alguns casos que não são poucos, o indivíduo pode não apresentar sintomatologia alguma mesmo com altos níveis de E2. É aí que é interessante a periodização dentro da possibilidade de cada indivíduo na questão de controle com mensuração numérica do nível de E2. Muitos problemas corriqueiros como rinites, alergias alimentares, dermatites entre outros problemas de cunho imunológico, estão relacionados com a modulação imune que o Estradiol faz, e também, diversos outros aspectos como a trombogênese. Além disso, ressaltando sempre que devemos correlacionar com outras coisas, como a elevação do hematócrito, que por si só já é um fator de risco para eventos trombóticos. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 26 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4462035/ Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4462035/ 27 PROLACTINA Os maiores causadores de hiperprolactinemia excluindo prolactinomas são os seguintes: Temos primordialmente o hipotireoidismo onde o TRH elevado tem um efeito estimulatório na secreção de prolactina. Além disso, o uso de drogas anti-psicóticas como a quetiapina e alguns antidepressivos que indiretamente podem reduzir a atividade dopaminérgica a nível hipotalâmico. O estrogênio quando elevado também exerce um grau de estímulo e em algumas pessoas sensíveis é possível ter hiperprolactinemia sem o uso de drogas 19nor como trenbolona e nandrolona. Como puxamos isso para prática, além das situações citadas acima? Vou enumerar algumas: Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 28 - Pulsos com grandes doses de HCG, com amplitude. Pelo fato do HCG mimetizar o GnRh, e o GnRH exercer em certo grau um efeito igual do TRH pois ambos tem certa semelhança molecular! - Estradiol descontrolado com o paciente assintomático e usando concomitantemente altas doses de nandrolona e trenbolona principalmente. E muitas vezes usando os anti psicóticos/depressivos também. - Por mais que seja barakatismo/Lairibeirismo ainda existem médicos e coaches que sugerem o uso de lugol para seus alunos/atletas, o lugol que é uma solução de iodo causa um efeito negativo na incorporação do iodo em si na tireoide, assim o paciente pode inclusive desenvolver um certo grau de hipotireoidismo e acaba por elevar seus níveis de TRH. Junte todos esses ingredientes e você tem as situações mais comuns onde a prolactina se elevaria em usuários de esteróides! Regulando estes fatores, e utilizando dosagens normais a medianas de drogas que possam converter em metabólitos semelhantes a prolactina, eu diria que 80% ou mais dos usuários não vão ter problemas com elevação de prolactina. Sendo assim o uso de agonistas d2 como bromocriptina e cabergolina quase sempre não vai ser necessário salve exceções que são confirmadas via dosagem de PRL no exame. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 29 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6179767 – Ginecomastia, aromatização, o que você precisa saber. (PRÁTICO PARA INICIANTES.). Existem dois tipos de Ginecomastia mais comuns: 1- Por aromatizaçãode Testosterona. A testosterona aromatiza-se, ou seja, converte-se em Estrogênio no corpo do homem. Mas isso pode CAUSAR OU NÃO, Ginecomastia. (Explicarei abaixo.) 2- Por aumento de Prolactina. Primeiro vou explicar por prolactina, que é mais simples: Drogas que podem aumentar sua prolactina (mais comuns.); Trenbolona, nandrolona e Hemogenin. "Alguns Anabolizantes "são" Naturalmente Progestinas (Trenbolona, Nandrolona), ainda não há um consenso no mecanismo de causa de Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6179767 30 hiperprolactinemia por conta desses esteroides, mas se supõe que está relacionado à conversão estrutural em metabólitos que se assemelham a prolactina. Esse talvez seja o mecanismo de ação da formação de Ginecomastia por prolactina causada por alguns esteroides e Pré Hormonais existentes no mercado (exemplo M-DROL).”. Como saber em um ciclo se é por prolactina a ginecomastia? Por experiência própria prática alguns dos sinais são: 1- A libido pode ser alterada ou não, mas a ejaculação fica um pouco alterada. 2- Aperte o peito, sairão algumas gotas de líquido, isso é chamado de galactorreia e é altamente sugestivo de aumento de prolactina. 3- A ginecomastia é DOLORIDA, ela dói mesmo, diferente da de estradiol, que da uma hipersensibilidade que é incomoda, mas não dói. Neste caso, podemos usar Cabergolina (Dostinex ou Cabertrix.) ou Parlodel. (Com cuidado, antes checar tópico sobre Prolactina.) Protocolos mais usados: Parlodel, (1/2 comprimido Dia sim Dia não, por 2 semanas.) Cabergolina (1/2 comprimido 2x por semana, por 1 ou 2 semanas.) normalmente 1 semana já cessa o problema. Em doses normais de trenbolona e nandrolona a maioria dos usuários não ter efeitos de aumento de prolactina. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 31 Ginecomastia por aromatização de Testosterona. (Estrogênio) Primeiro, ENGANA-SE quem acha que Estrogênio ALTO = GINECO. Isso até ocorre, mas muitas das vezes o indivíduo pode ter altos níveis de E2 e não apresentar Ginecomastia ou qualquer sensibilidade. A taxa de aromatização depende de N fatores, o fator genético individual, quantidade de massa gorda, pois o tecido adiposo expressa muita aromatase e inclusive os escores hepáticos influenciam no clearance do estradiol. Já outras pessoas podem desenvolver Ginecomastia mesmo com índices relativamente baixos de estradiol, algumas vezes dentro da referência, pois tem abundância em receptores e esses receptores são hiperfuncionantes/sensíveis. PORTANTO, NÃO SE DEVE TRATAR GINECO COM ANTI ESTROGÊNIOS SEM SABER O QUADRO EM QUE ESTA INSERIDO. Tamoxifeno é um remédio CRIADO para inibir a ação do estrogênio no receptor de e2 na glândula mamária, ele não baixa o estrogênio do corpo, mas trata diretamente o nódulo/tecido glandular em si, evitando que o estímulo do e2 desenvolva mais aquela glândula. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 32 Quando você usa ANTI E, você pode ajudar o seu corpo a curar a Ginecomastia OU NAO, pois você esta tratando ela como uma segunda via, (você baixa o estrogênio pra talvez baixar a Ginecomastia.). Portanto ANTE E, pode ser usado sim para PREVENIR, em um cara q usa testo acima de 600 e converte fácil, porém, nunca pra TRATAR, eu não acho jogo usar para prevenir por que você baixando seu estrogênio influencia negativamente em outras coisas, que é assunto pra outro post. Sinais: 1- Coceira, e incômodo no peito. 2- Inchaço 3- Sua libido provavelmente estará ALTA, e não baixa. Exemplo de protocolo de tratamento de Ginecomastia por E1 Cinco dias 60mg tamoxifeno Cinco dias 40mg tamoxifeno Cinco dias 20mg tamoxifeno. 95% dos casos ZERA a Ginecomastia, o que sobrar é o tecido que fibroso (Ginecomastia antiga.), nesses casos, só cirurgia. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15238910 Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15238910 33 – Libido, o que você precisa saber. Primeiramente é imprescindível que se saiba diferenciar o que é libido e o que é potencia/funcionalidade sexual, afinal muitos indivíduos tratam isso como se fossem coisas iguais. Em se tratando do uso de hormônios a funcionalidade se difere muito da libido mesmo que muitas vezes caminhem juntas. A libido engloba principalmente a vontade e o desejo sexual proveniente do sistema nervoso central SNC, enquanto a funcionalidade é a presença da ereção e manutenção da mesma com facilidade. Diversas condições vao impactar negativamente tanto na libido quanto na funcionalidade enquanto algumas vao impactar mais na libido ou mais na funcionalidade. Dentro do âmbito dos usuários de hormônios é muito contraditório pensar que com níveis suprafisiologicos de andrógenos o individuo ainda possa ter uma queda de libido e disfunção erétil, porem infelizmente isso acontece. As oscilações hormonais em conjunto com as alterações nos neurotransmissores alteram muito o comportamento sexual do usuário de esteroides. Quadros de hiperprolactinemia, elevação do estradiol com baixa proporcionalidade com níveis de testosterona podem negativar muito a libido e a funcionalidade, outras alterações como o esgotamento por alterações no padrão do sono e fadiga causados indiretamente pelos hormônios também prejudicam a libido e funcionalidade. Alteracoes orgânicas como elevações brutas do hematócrito, escores inflamatórios sistêmicos altos e afins também tem esse efeito. Mesmo tendo dito tudo isso ainda em termos percentuais digamos que a maioria dos problemas de libido e funcionalidade dos usuários de esteroides são de cunho psicológico. A questão sexual ( vou chamar assim a juncao dos dois fatores ) é altamente passível de ser influenciada pelo fator psicológico que não so gera ansiedade e tensão alterando todos impulsos nervosos que controlam a ereção mas também a vontade, e é justamente nesse ponto que os hormônios deixam os usuários ainda mais sensíveis. É de suma importância que o coach ou o psicólogo atue fornecendo conforto para que a ansiedade de uma possível próxima falha não aterrorize o individuo sempre e aquele Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 34 problema se torne uma bola de neve. Outro ponto a ser citado e que o uso de medicações como inibidores de fosfodiesterase 5 como sidenafila e tadalafila podem servir como muleta de apoio nos estágios iniciais das questões sexuais no inicio, mas tornar o uso deles crônicos quando não se tem problemas orgânicos além de ser mais um fator prejudicial por ser um fármaco a mais diário sendo utilizado, vai acabar perdendo esse efeito de muleta de apoio fazendo com que o individuo recorra a mais drogas ou se afunde em um quadro depressivo/ansioso ainda pior. Portanto descartados todos fatores orgânicos fisiológicos como os citados anteriormente, se nâo tratado o fator psicológico esse quadro dificilmente vai ser vencido. Naqueles que optam pela auto-medicacao com uso dos inibidores de PDE5 como o tadalafila, sempe optem por dosagens conservadoras como o tadala diário de 2,5 a 5mg/dia por ter a mesma efetividade nesse contexto e menos efeitos incômodos. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5027992/ Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5027992/ 35 Libido é sempre um conjunto de variáveis no qual nem sempre tem a ver com seu estilo de vida fitness, ou uso de drogas e hormônios. Exemplo: Se você estiver em uma relação amorosa estressante com seu parceiro ou parceira, isso vai influenciar diretamente no seu psicológico e libido. Ex2: Estresseno trabalho ou dentro de casa. Na minha experiência como coach 80% dos casos de alunos, vieram de fatores não relacionados a drogas. Mas sim, ansiedade, estresse emocional ou físico, e simplesmente compulsão. Temos uma cultura onde achamos que temos que fazer sexo o tempo todo, e não nos damos conta que nosso corpo às vezes não quer aquilo, só nossa cabeça. É a coisa da cultura do sexo. Outro fator que pode comprometer é o excesso de pornografia, é um problema bem sério. Minha dica é se está com libido baixa, faça exames pra analisar quadro clinico, converse com seu parceiro/a, e de tempo ao tempo, quase sempre isso vai se “curar” sozinho em termos fisiológicos, procurar a ajuda de um bom psicólogo sempre é recomendado. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 36 – Acne. (Introdução.) A acne é um dos efeitos colaterais mais temidos nos usuários de esteroides anabolizantes e um dos mais citados desde os tempos em que hormônios não eram coisas banais. Muito se fala e especula sobre a acne que além de ser o efeito colateral mais preocupante pelas proporções na imagem e estética, mas também pela dificuldade no seu combate. Para introduzirmos a questão da acne temos que compreender primariamente que a causa dela é multifatorial, ou seja, no mesmo individuo usuário que tende a desenvolver acne nunca vai ser culpa de um único fator mesmo que um deles tenha mais peso. Podemos dividir como causa de acne 3 principais fatores no individuo inserido no contexto do uso de hormônios. Essa tríade consiste no DHT, no estradiol e na dieta. A acne por DHT normalmente vai surgir naquele usuário mais iniciante que nunca foi exposto a altos níveis de DHT (>1000) então desenvolve uma resposta aguda e rápida com o aumento da produção de sebo pelos sebócitos e interações foliculares. Isso não descarta que indivíduos mais experientes com uso crônico não possam desenvolver acne pelo DHT, porem é menos comum e nesses indivíduos ela vai atuar mais como um fator agravante. A acne por estradiol segue a linha do aumento da oleosidade na pele por mecanismos um pouco semelhantes ao do DHT mas já surge em todos usuários quando se tem níveis altos contínuos ou oscilações de estradiol. A acne proveniente da dieta geralmente surge com dietas ricas em gorduras principalmente ômega 6 que é um acido graxo pró inflamatório, que além de aumentar a oleosidade da pele também tem grande influencia na regulação de algumas racoes imunológicas que favorecem ao surgimento da acne. Unindo essa tríade temos as principais causas que podem ser cobertas fazendo um controle adequado do estradiol naqueles que manifestam acne quando o mesmo esta elevado e ajustando a dieta ( com as fontes de gorduras utilizadas ). Já o DHT poucas vezes vai precisar ser controlado com um inibidor Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 37 de 5 alpha redutase uma vez que os outros pontos sendo cobertos ele por si so no usuário mais avançado não vai ser tao danoso em termos de acne assim.·. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4884775/ (GUIA PRATICO PRA ATLETAS) A acne que vem do uso de esteroides androgênicos é basicamente medicamentosa, ou seja, é importante entender que o conceito dessa acne vem de dentro pra fora. Portanto cremes, normalmente, não serão a solução do seu problema. Existem diversos mecanismos que causam acne, o primeiro é predisposição, depois vem a próprio androgenicidade das drogas junto com a elevação do DHT que normalmente são os maiores causadores de acne naqueles que fizeram o primeiro contato com os esteroides. Evite alimentos com alto índice de gorduras inclusive ômega 6 pois eles dão origem ao ácido araquidônico que é um mediador de inflamação, AMENDOIM é a causa mais comum de acne nos meus alunos, junto com a artificialidade da pasta de amendoim. Pastas, cremes artificiais, temperos zero carbo, podem fazer parte disso. Carne de porco ou crustáceo também. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4884775/ 38 Agora direto ao assunto: A acne medicamentosa é bem difícil de “curar.”, você tem tendência a tê- las ou não. Se não tiver você pode abusar de hormônios a vida inteira, e não terá. A acne por esteroides por ser medicamentosa, normalmente não dá no rosto, apenas no tronco, tórax, costas, lombar, barriga, etc. Usar cremes e sabonetes é como tratar a área superficial, terá pouco resultado, pois acne medicamentosa normalmente é cística. Vitamina A, Benzac AC, Ácido Pantotênico, podem te ajudar, mas nenhum desses vai te dar uma resposta definitiva. Apesar de não ser algo recomendável. A verdade é que: A MAIORIA DOS ATLETAS QUE TEM TENDENCIA A ACNE, JÁ FIZERAM O USO DE ROACUTAN. (Isotretinoina.). O tratamento é possível com o uso de hormônios. Porém complicado e apenas recomendado em última instância com acompanhamento médico devido. Durante o uso, esqueça sol. Sua pele fica extremamente sensível e fina, no final do tratamento a sensibilidade é tanta que qualquer arranhão mais forte já sangra. Lábios secos, e olhos secos são normais também. Primeiros dois meses sua acne vai piorar, depois 5-6 meses, sua pele estará limpa. Após isso recomendo usar mais três meses levando quase um ano o tratamento. Daí já era você só terá que limpar as marcas antigas, pra isso recomendo um Gel/Creme chamado Vitacid. "Mas Algo, me falaram que é muito tóxico ao fígado." É hepatotoxica? Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 39 É. Mas aqui estamos passando o que acontece na realidade. De forma alguma recomendamos o uso indiscriminado, é uma substância forte, controlada, que deve ser tratada com respeito. Para mulheres, é, inclusive ABORTIVA. Então extremo CUIDADO. Mas é uma solução definitiva, inclusive é um remédio tão bom, que a Roche dava uma garantia de que sua acne voltasse ela pagava TODO o tratamento. Pulando a parte underground e negra, vale salientar que a maioria dos casos apenas requer acompanhamento de estradiol/dht. Tenha consciência! FERTILIDADE E ESTEROIDES ANABOLIZANTES O mecanismo fisiológico pelo qual os esteróides anabolizantes agem reduzindo a fertilidade, diminuindo a contagem e a motilidade dos espermatozóides não é comumente elucidado apesar dos usuários saberem que ocorre em certo grau dependendo de tempo/dosagem de exposição. O que ocorre é a inibição da produção e dos pulsos de FSH pela hipófise o que consequentemente gera menor produção de ABP ( androgen binding protein ) cuja função é aprisionar a testosterona nos testículos para que a mesma atue localmente nas células de sertoli com uma ação autócrina e ative a espermatogênese. Isso resulta no quadro visto clinicamente como atrofia testicular. Os protocolos utilizados para manutenção do eixo incluem o HCG que até certo ponto mantêm um grau de espermatogênese porém o mesmo atua mais na secreção de LH do que o FSH propriamente dito, portanto dependendo da individualidade o indivíduo vai necessitar terapias coadjuvantes com FSH recombinante por exemplo! O tempo de recuperação depende de N fatores sendo os principais, a manutenção prévia do eixo com doses de hcg semanais ou com uma frequência que se encaixe na realidade do atleta. Quando o usuário cessa e ja Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 40 quer ter filhos rapidamente, ou tenta ter intra uso a manutenção com o HCG ainda é mais essencial. E ressalto a recuperação depende da resposta individual, dos tipos de drogas utilizadas e suas respectivas meias vidas e o tempo de exposiçãoa elas. Se você ainda não planejou tal situação e é atleta/usuário não negligencie este fator! A manutenção com o HCG mesmo periódica ainda pode trazer ao usuário, um reforço na manutenção do perfil lipídico, alguns kicks no TSH, e alguns benefícios centrais do próprio hcg/gnrh em si que em alguns podem ajudar a estabilizar a libido/função que pode estar alterada mesmo sob altas dosagens! Minha SUGESTÃO para aqueles que ainda não planejam ter filhos nos próximos 2 a 5 anos é que pelo menos de 4 em 4 meses façam um protocolo de 4 a 6 semanas de duração com o HCG de preferência intra cruise. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 41 HCG - (Pequeno Guia Prático.) Exemplo de Protocolo usado: - 500ui de HCG Dia Sim dia Não. (Total 5000ui.) por 20 dias. Congelar a quantidade fracionada: 500ui por seringa. Há discussões a respeito de quanto dura o HCG mesmo estando na geladeira. Como o protocolo dura 20 dias, eu simplesmente o congelaria já dentro das seringas (subcutâneas de insulina.). E tiraria 15min antes de usar. É um protocolo bem conhecido no meio do Bodybuilding. MANUTENÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO Não são danos hepáticos ou renais como todos pensam, que merecem a maior atenção no manejo do paciente usuário de EA's. Considerando a idade jovem de início da exposição ao uso de hormônios aliado ao uso de fármacos, como os inibidores de aromatase letrozol ou anastrozol, tem-se aí o ambiente perfeito para causar prejuízos cardiovasculares a longo prazo. E por não se tratar de uma dislipidemia por obesidade ou hereditariedade, as condutas terapêuticas devem ser completamente diferentes em termos de escolha do tratamento e coadjuvantes e dosagens. Esse guideline não existe ( estou trabalhando no desenvolvimento dele). E é de suma importância no desfecho da qualidade de vida desse paciente após ser absorvido, que sejam minimizados esses efeitos, com o uso mínimo também de medicação. Algumas das recomendações essenciais são a redução da quantidade de gordura da dieta em sua totalidade com a manutenção quase exclusiva com ômega 3 com doses diárias > 8g. O uso de micro doses de estatinas é discutido mas vai depender completamente do contexto individual do paciente. A adição de ácido nicotínico é essencial para ajudar na manutenção dos níveis de hdl, sendo este o único composto que eleva diretamente o hdl. Existem sim peptídeos, sarms e agonistas de ppar que podem auxiliar a Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 42 melhora do perfil lipídico, ultimamente low doses de Cardarina um agonista de PPAR tem se mostrado efetivas para melhorar os escores de HDL. Evitar ao máximo ou periodizar o uso dos 17 aa como o stanozolol e a oxandrolona e manter a dieta regular aliando o uso do ômega 3, a cardarina e o acido nicotinico na media de 500mg diárias ja ameniza muito os danos no perfil lipidico. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2583156 Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2583156 43 TRANSAMINASES HEPÁTICAS Os esteróides anabolizantes são citados como causadores de danos hepáticos... mas será que eles realmente são tão hepatotóxicos assim? Sabemos que a classe mais tóxica para o fígado é a dos esteróides orais 17 alfa alquilados que resistem bravamente ao metabolismo de primeira passagem. Porém, ao compararmos miligrama por miligrama com o Paracetamol, por exemplo, mesmo a Oximetolona ainda se mostra menos hepatotóxica que o outro (e olha que ainda não vi ninguém em uso crônico de oximetolona 500mg a 1g dia rs). Mesmo assim, vejo muitos alunos e outras pessoas me perguntando sobre algumas elevações nas transaminases hepáticas em seus exames e questionando se elas refletem sobrecarga hepática. Na grande parte dos exames que pego, observo apenas uma discreta elevação nos níveis de TGO, é o mais comum de se ver no perfil do usuário e do praticante de atividade física de alta intensidade. A TGO pode se elevar em até 3x por causa do treinamento intenso. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5719197/ Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5719197/ 44 As outras enzimas como a TGP, por exemplo, já não se eleva quase nada. Portanto, se as elevações forem conjuntas, aí sim já nos indicariam outro caminho de investigação clínica. Ainda se tratando de TGO, diversos outros fatores elevam sua contagem. Na hora de colher o exame, por exemplo: colher o sangue no período da tarde, indivíduos afro-descendentes já tendem a ter níveis mais elevados de TGO naturalmente, nos praticantes de musculação, não só pelo treinamento mas pela própria massa muscular elevada, também já temos parâmetros diferentes. Lembrando sempre que estou citando alterações discretas/moderadas abaixo dos 90~. Mesmo assim, a proteção hepática ainda é interessante de ser feita, utilizando como exemplo a N-acetil-cisteína que é o melhor protetor que sempre menciono afinal NAC é utilizado como uma das terapêuticas para intoxicação por paracetamol justamente pela sua capacidade de renovar o estoque de glutationa nos hepatócitos! ANTIOXIDANTES/Protetores hepáticos – NAC Sim esse xaropinho barato e simples que provavelmente sua mãe já te deu como expectorante ou como pózinho de laranja, é um dos melhores antioxidantes que existe principalmente em relação ao custo benefício! Na faixa Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 45 das 200mg dia, a N-acetil cisteína, um aminoácido que funciona como precursor da glutationa, que é o antioxidante mais poderoso em nosso organismo, principalmente no auxilio da saúde dos hepatócitos ( onde geralmente também se tem maior produção de radicais livres ), NAC por exemplo é utilizada nas intoxicações por paracetamol, e tem um grande papel coadjuvante como alternativa barata e eficiente para suplementação! Superior a muitos outros compostos que são modinha por aí, por um centésimo do preço... Ressaltando que é um composto dose dependente, doses muito altas podem alterar o equilíbrio quebrando pontes dissulfeto, portanto nesse caso não é interessante dosagens maiores que 600 mg/dia para indivíduos de peso normal! https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25732608 Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25732608 46 Silimarina Quase sempre se você não for um abuser, você não vai precisar de muitos protetores hepáticos além de um NAC, por exemplo, mas em muitos casos onde as transaminases oscilam em um escore maior, acrescentar de 300 a 600mg diarias de silimarina pode ser uma otima ferramenta para a manutenção da função dos hepatócitos, ressaltando que a silimarina tem um efeito positivo também na saúde cutânea. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3959115/ Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3959115/ 47 POLICITEMIA SECUNDÁRIA A policitemia é uma condição oposta a anemia, ela se caracteriza pelo excesso de produção de glóbulos vermelhos/eritrócitos no sangue. Os esteróides anabolizantes estimulam a eritropoiese, alguns ainda mais que outros como a boldenona por exemplo. Porém a longo prazo e dose dependente a testosterona é quase sempre a maior causadora do aumento do hematócrito, aliada ao uso de outros hormônios. O aumento do hematócrito é o aumento da relação da porção líquida (plasma) com a porção sólida composta por todas células sanguíneas principalmente eritrocitos y leucocitos. Isso acaba refletindo em uma maior “viscosidade”do sangue e altera alguns padrões hemodinâmicos e do transporte de oxigênio. Vejo com muita frequência hematócritos principalmente nos homens, acima de 53/4% e algumas das queixas são comuns no uso de EAA. Porém os mesmos não se dão conta, eritema palmar, coceira pelo corpo sem causa aparente, dores de cabeça, fadiga persistente são alguns dos sintomas que podem ser associados a policitemia. E outro fator importante a ser citado é o aumento do risco da formação de trombos que são agregados de células e plaquetas que se deslocam e podem ocluir algumas artérias como as coronárias que são artérias que irrigam o coração. É de suma importância que o médico e o usuário estejam sempre atentos a esse fator. E como solucionar esse problema? https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5690890/ Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5690890/ 48 Fazer sangria acompanhada por profissional capacitado, ou doações esporádicas em bancos de sangue que aceitem a condição do usuário de hormônios, onde novamente entramos em uma questão ética. Uma alternativa a esses dois métodos seria a diminuição da dosagem entrando em um Cruise, e fazendo um protocolo de maior hidratação por algumas semanas.··. - AAS O AAS (ácido acetilsalicílico) conhecido como Aspirina, é usado por muitas pessoas que comumente dizem que ele “afina o sangue”. Porém esse conceito está errado, e, para nós no mundo do esporte/bodybuilding é muito importante frisar isso pela questão da elevação do hematócrito (hct). O AAS não vai resolver os sintomas do Hct elevado (que surgem normalmente já acima de 51/52% no bodybuilder vide experiência empírica) como as palpitações e fadiga constante. Ele vai agir apenas inibindo a agregação plaquetária, por isso ainda devemos ficar atentos e cuidar do hct para evitar o risco de eventos cardiovasculares, principalmente os infartos que vem ocorrendo nos bodybuilders aqui no brasil. Outro fator a ser citado é a questão da dose de proteção que tem sua eficácia máxima entre 80-100mg para a finalidade que queremos, elevar a dose não quer dizer mais proteção. Acontece que as doses maiores que 80-100mg vão partindo pra inibição maior e ação em outras vias que compreendem a inibição da COX 1. Logo o indivíduo vai começar a ter mais efeitos colaterais como diminuição da Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 49 produção de muco e proteção da mucosa gástrica, aumentando o potencial de surgimento de gastrite e úlceras. Porém inibir a agregação plaquetária com um leve efeito anti inflamatório é interessante, e, defendo o uso de low doses para tal, afinal o bodybuilder está exposto a um alto hematócrito, com maiores quantidades de fatores de coagulação circulantes, menor resposta endotelial do óxido nítrico, e isso é um ambiente perfeito como eu disse para os eventos cardiovasculares. Para isso vou listar novamente os tópicos na questão da estabilização da saúde e diminuição dos danos/riscos nesse aspecto: - Estabilização e manutenção do hematócrito. - Estabilização do perfil lipídico. - Estabilização do E2 em um ponto de equilíbrio, para ter menos e2, produção mais regulada de fatores de coagulação, e resposta normal do endotélio ao NO2. - Uso de AAS 80-100 mg diários - Consumir altas dosagens de ômega 3, e evitar gorduras ruins uma vez que não necessitamos de muito colesterol para sintetizar hormônios, já que estamos sob uso exógeno. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 50 HAS A hipertensão arterial em jovens é uma coisa muito mais comum do que se imagina. Em se tratando de usuários de esteróides então, principalmente quando aliados com alguns fatores, ela vai se instalar silenciosamente. E é dessa maneira silenciosa e discreta que a elevação da PA, vai gerando danos cardiovasculares com o tempo e precocemente pela idade dos indivíduos que se encaixam nesse perfil. Além do sobrepeso e o fator hereditário que são um grande agravante, o uso contínuo de estimulantes, principalmente aqueles alfa adrenérgicos como a efedrina em doses mais elevadas, são grandes causadores do aumento da resistência vascular periférica e, logo da PA. Os hormônios em si também aumentam a reabsorção de sódio renal, e podem gerar alterações no sistema renina, angiotensina, aldosterona! Claro que cada hormônio e fármaco tem sua particularidade assim como cada paciente, o que faz com que nossa função ao acompanhá-lo seja extremamente individualista! Afinal assim consegue se promover o equilíbrio perfeito com maior efetividade e menor agressão/risco ao indivíduo. Portanto acompanhem as medições da pressão arterial de vocês em dias esporádicos lembrando que a medição deve ser feita: -Longe de alguma refeição -Em um dia que não utilizou termogênicos inclusive cafeína -Sem estar com a bexiga cheia com vontade de urinar Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 51 -Sem outros fatores ambientais que agravam as descargas simpáticas como nervosismo ou stress por algum acontecimento específico. De preferência façam a medida com algum profissional habilitado ou com o aparelho analogico de confianca pois alguns sao ruins. A sua pressão deve estar abaixo de 140mmhg por 90mmhg, acima disso você já pode ser considerado hipertenso se em mais de 3 situações de medida ela deu alterada. Logo fiquem atentos pois a PA elevada pode gerar problemas sérios se não tratada. Porém se tratada corretamente apenas com alguns medicamentos, dá para levar um estilo de vida normal. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3647368/ Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3647368/ 52 Tireoidianos Se você cogita ou ja utilizou tireoidiano pensando que são uma ótima ferramenta para aumentar seu metabolismo e queimar muito mais gordura, você está enganado. O uso de tireoidianos é muito mais complexo do que parece e na maioria dos indivíduos eutireoideos ou seja, com a tireóide funcionando normalmente, dificilmente vocês vão acertar uma dose que realmente traga benefícios consistentes livres de colaterais diretos ou indiretos. O porque disso? vamos la. Quando você utiliza tireoidianos t4 ou t3, voce aumenta a quantidade circulante de hormonios tireoidianos, porem mesmo assim curiosamenta na maioria dos exames de usuarios de tireoidianos, o t4l e o t3l quase nunca estão acima da referencia, apenas em usos com dosagens extremamente altas. Porem o que sempre vai estar alterado com um t4 ou t3 legitmo é o TSH. O TSH é um hormonio que responde ao feedback hipofisario, ou seja, mais hormonios livres se tem menos TSH, menos hormonios livres se tem mais TSH. Que sao os paineis classicos de hiper/hipo subclinicos consecutivamente, e com as alteracoes de t4l e t3l, os casos de hiper e hipo propriamente ditos. Vale ressaltar que os tireoidanos atuam de diversas maneiras metabolicamente, primeiro aumentam os receptores beta adrenergicos, sim aqueles que o clembuterol se liga. Isso faz com que a frequencia cardiaca e forca de contracao do coracao aumentem, ja aumentando a demanda metabolica. Tambem há receptores beta3 em tecido adiposo o que aumenta um pouco a lipolise. Mas tambem é dai que surgem a maioria dos colaterais arritmogenicos ( palpitacoes, arritmias etc… ) e as tremedeiras pela hiperativacao simpatica. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 53 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3030139 Porem há um grande impasse no uso dos tireoidianos em quem é eutireoideo e essa relação é intima com a conversão de t4 em t3 livre, que vai estarmaior quando o TSH não esta suprimido, e que fica menor quando o TSH esta suprimido, dessa maneira acabando neutralizando parte dos efeitos esperados pelos tireoidianos. Portanto se voce nao entende e é leigo evite tocar em tireoidianos. Outro ponto é que os hormonios tireoidianos tambem são hormonios catabolicos, aumentam o metabolismo proteico tanto sintese quanto degradacao, aumentam a degradacao glicidica e gasto de atp. Tudo isso interfere esteticamente na condicao do shape que muitas vezes pode se apresentar mais FLAT por queda de estoques de glicogenio, que junto com 1g de glicogenio vão embora 3g de agua por exemplo. Outros fatores tambem devem ser mencionados como o aumento da aromatizacao periferica que ocorre com o uso de tireoidianos em alguns casos e pode contribuir para colaterais por elevação de e2 multifatorial.··. Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3030139 54 O uso de HGH tambem aumenta a conversao de T4 em T3, logo ao contrario do que muitos dizem por ai não é interessante utilizar tireoidianos junto com o HGH, quando forem utilizar, utilizem pequenas doses que nao suprimam o TSH a ponto que voce anule o efeito de aumento de conversao. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29274063 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2690423 Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29274063 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29274063 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2690423 55 Termogenicos Quando falamos em termogenicos pensamos em termogenese, geracão de calor por aumento de gasto metabolico, esse seria um conceito mais literal. Mas em se tratando de termogenicos ou compostos que aumentem a eficacia na perda de gordura temos diversas classes que podem contribuir para esse objetivo. Temos os: Inibidores de apetite. Sensibilizadores insulinicos Agentes que aumentam o gasto metabolico basal por alguma via Inibidores da absorcão de macronutrientes como acidos graxos principalmente. Vamos falar um pouco sobre os termogenicos mais utilizados e como eles funcionam misturando um pouco da teoria e da prática. Farmacos inibidores do apetite por si só: Temos a classica sibultramina que age inibindo a recaptacao de alguns neurotransmissores modulando o apetite e gerando uma inibicão do mesmo. Geralmente esses farmacos possuem efeitos colaterais negativos comportamentais, boca seca e efeitos adversos no trato gastrintestinal. São farmacos controversos ate no uso clinico na endocrinologia pela sua real eficacia no tratamento de longo prazo e nas taxas de recuperacao de peso pós cessamento do uso Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 56 Temos atualmente analogos do GLP1 como a liraglutida que age tanto como um agente que melhora o painel glicidico e atua tambem inibindo o apetite, é uma classe relativamente nova e tem um custo elevado ainda, os principais efeitos colaterais dessa classe sao tambem efeitos do trato gastrintestinal como nauseas e vomitos em algumas situacoes. Temos os agentes adrenérgicos que são os mais utilizados off-label no mundo fitness como: Os beta agonistas como sabultamol e clembuterol que tem uma semelhanca muito grande no seu mecanismo de acão alterando principalmente a meia vida na qual do sabultamol é mais curta. Age primordialmente se ligando nos receptores beta adrenergicos como um todo. Os receptores beta adrenergicos estao presentes na mucosa respiratoria, no coracao e no tecido adiposo. Quando ativados promovem bronco dilatacao, aumento da frequencia e forca de contracao cardiacas e quebra de acidos graxos. Tudo isso contribui para a perda de gordura, esses farmacos tambem apresentam efeitos de "nutrient partitioner" como visto em alguns estudos, onde mostram um melhor aproveitamento metabolico associado com um protocolo dietetico que se encaixe bem. Sempre ficar atentos a utilizar esses termogenicos como ferramenta para auxiliar no objetivo, nunca como fator principal, portanto sempre optem por doses conservadores uma vez que o efeito nem sempre vai ser dose dependente e os receptores beta podem sofrer saturacao. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6138932 Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com 57 Temos os alfa agonistas como a efedrina, um dos termogenicos mais conhecidos principalmente o cloridrato de efedrina que foi vendido no brasil ate o inicio de 2019 sob o nome de franol. Apesar de ser alfa 1 agonista, a efedrina tambem tem efeitos nas descargas adrenergicas como um todo podendo assim ter efeitos indiretos por essas descargas bindando todos receptores adrenergicos inclusive os beta. Logo pode promover lipolise por esse mecanismo e pelos efeitos no sistema nervoso central como a inibicao do apetite. Não necessariamente necessita-se utilizar altas doses uma vez que o excesso dessas descargas pode gerar oscilacoes em termos de neurotransmissores o que pode desencadear mudancas comportamentais, compulsoes alimentares e coisas do tipo como vejo na pratica. Temos tambem os antagonistas alfa 2 como a yohimbina, que age modulando a lipolise positivamente. Muitos estudos associam o potencial lipolitico da yohimbina com o mecanismo dos beta agonistas como o clembuterol, pelo aumento da mobilizacao de lipideos. A yohimbina tambem tem efeito excitatorio no sistema nervoso central podendo causar euforia em alguns usuarios. Outro ponto relevante a se considerar é que os efeitos positivos da yohimbina na lipolise so ocorrem na ausencia de hiperinsulinemia ou seja, ela sera melhor aproveitada utilizada em jejum, ou em refeicoes com proteina e gordura, com a quantidade de proteina tambem controlada uma vez que altas quantidade de leucina podem ter efeito pro insulinico. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1345885 Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1345885 58 https://academic.oup.com/ajcn/article- abstract/55/1/219S/4715222?redirectedFrom=PDF Licensed to Manoel prates neto - Email: manoelpratesmp@gmail.com https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1345885 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1345885 https://academic.oup.com/ajcn/article-abstract/55/1/219S/4715222?redirectedFrom=PDF https://academic.oup.com/ajcn/article-abstract/55/1/219S/4715222?redirectedFrom=PDF https://academic.oup.com/ajcn/article-abstract/55/1/219S/4715222?redirectedFrom=PDF https://academic.oup.com/ajcn/article-abstract/55/1/219S/4715222?redirectedFrom=PDF 59 Escores Hormonais em exames laboratoriais Quando pegamos exames laboratoriais sob a utilizacao de hormonios a primeira coisa que nos vem na cabeça quanto à eficácia é a dosagem de testosterona. Então o que fazemos primeiro é bater o olho nos escores de testosterona total para conferir se ela esta alta condizente com o uso dos ergogenicos, porem muitas vezes os usuarios se frustram pelo fato de encontrarem escores não condizentes com a dose que estao utilizando. Nesse cenário temos 2 possiveis causas: ou a droga utilizada de fato é extremamente subdosada quando os escores dão muito abaixo, ou o pico de utilizacao pode não ter coincidido com o exame dependendo da dose e ester utilizado. Independentemente desses fatores, mais importante que a dosagem de testosterona total é a dosagem de testosterona livre, ela sim é a fracao de testosterona livre dos ligantes que circulam ligados a sua molecula. Logo ela pode agir no 5AR que é seu receptor nuclear e exercer seus efeitos. Algumas pessoas podem ter um nivel de testosterona total metade do de outras, mas ter o dobro da livre e é exatamente isso que determina a efetividade
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